terça-feira, novembro 08, 2016

Ordem dos Enfermeiros não se manifesta??!

Em pouco tempo, os Técnicos de Emergência viram a sua carreira aprovada, as farmácias viram o seu espectro de actividade aumentado, o acto médico foi redigido (limitando os Enfermeiros), a Ordem dos Médicos propôs um novo perfil (condição: licenciatura em Medicina) para os gestores do SNS, o Bastonário dos Médicos enxovalhou e minorizou a actividade dos Enfermeiros da linha Saúde 24, o candidato a Bastonário dos Médicos, Álvaro Beleza, afirmou que os Médicos devem ser os líderes do sistema, militares da GNR humilharam os Enfermeiros... e, agora, foi publicada legislação sobre a prescrição e comparticipação do material para as ostomias.

.
Sintetizando: os Enfermeiros formaram-se e especializaram-se em ostomias, fazem TODO o trabalho de forma independente nesta área (pedagógico, curativo, profilático, etc.)... e a prescrição é dos Médicos??!?!?

Comments:
Apenas uma questão: quem prescreve e exectua as ostomias?
 
A execução dos ostomias, são uma intervenção médica. Porém, a questão coloca-se noutros moldes: quem é que cuida desses ostomias (recorre a material, fármacos, vigilância, etc.)?

É que se o Médico ostomiza em pouco tempo (a intervenção pode durar minutos ou horas)... o Enfermeiros trata e cuida dessas ostomias os restantes meses ou anos de "vida ostomizada" (pode ser o resto da vida, por exemplo).

A ver: em tempos percentuais, o Médico consome 0,1% do tempo de "tratamento/cuidado" do tempo de vida útil da ostomia. O Enfermeiros... 99,9%. Por outras palavras: se o uma ostomia tem um tempo de vida de 20 anos, o Médico só interveio na "situação" umas escassas horas desses 20 anos. Os Enfermeiros exponencialmente mais!
Todos os dias, em Portugal, os Enfermeiros cuidam de milhares de ostomias. Os Médicos, não.

Portanto, quem deve prescrever todo o material inerente a esse cuidado?!
 
Os Enfermeiros só cuidam das ostomias porque os Médicos as realizam. Essa é a única verdade!
 
De que valeria fazer ostomias se ninguem as cuidava? Senao ha continuidade dos cuidados de que vale a pena fazer ostomias?

De qye cale a pena prescrever antibioticos se os enfermeiros nao cumprirem com as dosagens e os tempos?

Ups pelos vistos o exito das intervençoes dos medicos depende dos enfermeiros! Ja pensaram nisso?

E quando o enfermeiro na sua vigilancia ifentifica situaçoes que poe em risco a segurança e vida doentes?

Onde andam os medicos quando o doente faz uma reaçao transfusional ou parahem no internamento?

Quem age? Se esperarem pelo medico bem que podem morrer!!!
 
Essa conclusão tem tanto de verdade de estúpido...
É caso para afirmar então que os médicos também só realizam ostomias porque há utentes que precisam?!
 
Só falta dizer que a Terra gira porque existem os Enfermeiros.
 
MAIS NADA, Temos dito.........
 
Cambada de estupidos é o que me ocorre escrever ao ler estes comentários!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1

Tanta estupidez em profissionais de saude!!! leva-me a questionar que quando um dia precisar de cuidados o que me vai acontecer!!???
 
Simples:
(1) Se for tratada por um eventual enfermeiro mini-médico que por agora apenas existe na imaginação do sr enfermeiro autor deste blog, provavelmente morrerá.
(2) Se for tratada por um médico, é provável que as coisas corram bem.
 
Há por aqui muita estupidez nos comentários produzidos. De alguns (penso que médicos...) mas principalmente de muitos enfermeiros.

Eu como enfermeiro acho que a grande culpa do marasmo em que se encontra a profissão é da quase exclusiva responsabilidade ...dos próprios enfermeiros.

Esta comparação com os médicos é completamente suicidária. Não tenho problema nenhum em reconhecer que um médico deve ter uma remuneração compatível com a sua longa formação (normalmente maior que a generalidade dos enfermeiros,...mas tb dos dietistas, assistentes sociais, terapeutas...) e também com a sua responsabilidade.

Pergunto é porque não imitaram os médicos em relação à estruturação da carreira, onde se valoriza a formação e experiência. Onde é possível encaixar um médico recém formado, um especialista, etc...

Foram os médicos que destruíram a carreira de enfermagem?

Forma os médicos que acabaram com as categorias na enfermagem, como o graduado e o especialista?

São os médicos que impedem os especialista de exercerem a sua especialidade?

São os médicos que impedem o gozo de direitos elementares aos enfermeiros?

São os médicos que obrigam os enfermeiros a acumularem horas e horas de trabalho para além horário normal e sem serem consideradas horas extra?

Formam os médicos que inventaram a jornada de trabalho dos enfermeiros e os horários sempre desajustados com a vida familiar e sempre com horário de fim de semana e sem horas extraordinárias?

Foram os médicos que negociaram uma carreira sem qualquer valorização pela formação académica ou titulação profissional?

São os médicos que atafulham os enfermeiros em registos e burocracias que os impedem de melhor cuidarem dos utentes?

Foram os médicos que recusaram um aumento para 1400 euros de início de carreira e recusaram a inserção de uma categoria para quem fizesse a especialidade?

Foram os médicos que acharam que não fazia sentido a existência de uma categoria para quem adquirisse uma determinada experiência profissional inicial (enf graduado)?

São os médicos que obrigam os enfermeiros directores a eternizarem-se no poder e não terem nenhuma consciência da prática?

São os médicos que obrigam as escolas de enfermagem a sobreviverem à custa da exploração dos enfermeiros e a venderem ilusões e banha da cobra?

E podíamos ter aqui uma lista interminável...


 
Acho que o colega das 09:44 está cheio de razão.

A questão das especialidades é de uma enorme injustiça. Tb acho que deve haver algum rigor na atribuição do título de enfermeiro especialista e a mim não me choca nada as quotas, relacionadas com dotações seguras por especialidade.

Se quisermos ser levados minimamente a sério está mais do que na hora de só atribuir (a partir de agora) o título de especialista a quem tenha como habilitação mínima o mestrado.
 
Por fim dois comentários lúcidos!
 
Desde que houve o acordo de Bolonha que as especialidades em enfermagem deviam corresponder ao 2º ciclo de estudos (mestrado), só que os enfermeiros que nos governam não tiverm e não têm qualquer tipo de visão estratégica para a profissão.
Também não percebo a vantagem de sermos todos especialistas, especialmente se isso for feito (como se antevê) com facilitismo. A única consequência será a completa banalização do papel do enfermeiro especialista e a sua falta de credibilidade académica, técnica e científica. Concordo com DPT apenas se tiver como critério de ingresso o grau académico de mestrado (em qualquer área - trata-se de uma questão de perfil geral de competências necessárias, nomeadamente em saber e perceber investigação e ciência, para além de uma questão de exigência e rigor). Para além de ter o mestrado deverá existir um plano curricular exigente teórico e prático, modular. Por fim campos de estágio devidamente certificados e com garantias de qualidade. A seleção para o acesso as especialidades deveria ser anual e de acordo com as necessidades, tendo-se a garantia que cada enfermeiro especialista irá efetivamente exercer a sua especialidade e com a perspectiva de reconhecimento salarial.

O que temos agora e que iremos ter no futuro será uma formação maciça de especialistas, promovida pelas escolas e sem qualquer relação com a realidade dos serviços.

Enfermeiros de saúde materna e obstétrica a trabalharem em medicinas, de saúde infantil em lares de idosos, de reabilitação em blocos operatórios. Ou então estaõ no serviço aparentemente adequado, mas a trabalhar como generalistas (por falta de tempo...). Mas eu sei...com um pouco de paciência ainda vão aparecer enfermeiros a dizerem as enormes vantagens de ter um enfermeiro de reabilitação num BO ou até um de saúde infantil num lar de idosos. É a enfermagem no seu melhor!!

Mas isto vai continuar assim, não tenho dúvidas... Não vejo ninguém com vontade de mudar!

Temos o que merecemos e a culpa não é dos médicos (há bons e maus...como em tudo). A culpa é toda nossa (principalmente de alguns já aqui citados em cima!!)
 
A prioridade dos enfermeiros não deve a prescrição de medicamentos. É claramente uma área médica e mesmo quando há outros profissionais a poderem prescrever (enfermeiros, farmacêuticos, etc) a última é decisiva palavra terá de ser do médico assistente. Isso pode ser feito de várias formas com a tecnologia disponível. Essa perspectiva lunática de que o enfermeiro passará a prescrever algo contra a vontade do médico não tem sentido.
 
Tanta desonestidade intelectual francamente, quem lê isto e desconhece estes doentes até pensa ser verdade. Dá a entender que o doente com ostomia não é um doente crónico acompanhado regularmente pelo médico de família ou gastro/cirurgia...
 
São os enfermeiros quem têm a perspectiva lunática de um dia poderem prescrever, ou é crença lunática dos médicos que, actualmente, o seu acto exclusivo de prescrever, não deixará de o ser.
 
O ato de prescrição foi, é e será sempre um ato de natureza tendencialmente exclusiva dos médicos; é tão natural como serem os juízes a fazerem os julgamentos e não os polícias, pois até são estes últimos que conhecem mais de perto os crimes e os criminosos.
 
Defendo uma prescrição por níveis, pelo que considero que faz sentido os enfermeiros poderem prescrever apositos de pensos, ajudas técnicas/produtos de apoio e alguns fármacos. Claro que, principalmente em relação aos fármacos o médico assistente tem de ter sempre a última palavra. Talvez muitos dos medicamentos de venda livre necessitassem de prescrição pelos enfermeiros e farmacêuticos. É contudo importante perceber que o real problema da enfermagem não é este!
 
Os enfermeiros (alguns...) não querem categorias na carreira.

Vejamos os resultados noutras carreiras:

Os médicos quando especialistas têm tido lugar para entrar na categoria mesmo nestes últimos anos de crise...

Os militares têm subido da mesma forma...

Na GNR também já existiram promoções ...

Para a PSP já há promessas para 2017...

Os bombeiros para lá caminham ...

Os enfermeiros continuam todos a ganhar o mesmo: Mal... Quer estudem mais ou estudem menos. Até pagam um título a uma ordem que em termos de carreira dá direito a ...

Se tivéssemos uma carreira que obrigasse a um número mínimo de especialistas em determinadas áreas em determinados serviços...podíamos estar aqui de peito cheio a dizer este serviço para funcional segundo a lei tem que ter X especialistas. Em termos comparativos foi assim que os exemplos atrás foram reivindicando.

Nós andamos a querer inventar o quê?


 
"Os médicos quando especialistas têm tido lugar para entrar na categoria mesmo nestes últimos anos de crise..."

A diferença é que os medicos não vão para a especialidade que querem , pois o numero de vagas na especialidade é ditado pelas necessidades do SNS ao passo que as vagas das especialidadés em Enfermagem dependem apenas do interesse das escolas. O estado não pode pagar a um Enfermeiro por ser especialista quando foi este que unilateralmente decidiu adquirir a sua especialidade.
 
"A diferença é que os medicos não vão para a especialidade que querem , pois o numero de vagas na especialidade é ditado pelas necessidades do SNS ao passo que as vagas das especialidadés em Enfermagem dependem apenas do interesse das escolas. O estado não pode pagar a um Enfermeiro por ser especialista quando foi este que unilateralmente decidiu adquirir a sua especialidade."

Pois... e era assim que devia ser também na enfermagem. Os enfermeiros é que inventam!!! Eu também acho para se ter o título de enfermeiro especialista no futuro devia-se ter como habilitação mínimo o mestrado, mas qualquer um... não necessariamente numa escola de enfermagem. Que acabe a "mama" dos professores das escolas. A formação teórica e prática das especialidades deveria ser organizada obrigatoriamente pela Ordem e de acordo com as REAIS necessidades e de acordo com as vagas negociadas na carreira.




 
trabalho num pais da europa e sou enfermeiro por conta propria, a minha relacao com os medicos é maravilhosa, tomamos cafezinhos, vamos a congressos, recebemos prendinhas dos laboratorios enfim. Recebo, fora as cotisacoes para seguranca social e reforma 5000limpos e vou ter que contratar mais enfermeiros porque nao tenho maos a medir. Quando venho aqui ler umas coisas é como o sirio a tentar saber noticias la da terrinha.
Esses tecnicos de emergencia, preferem o status que ter dinheirinho para por comida na mesa, porque em termos de remuneracao è a mesma que o trolha, ou do repositor do continente. ja os medicos é triste ver uma profissao completamente dependente do estado, que por sua vez pouco leite tem para dar.... safam se algumas especialidades e os seus gabinetes privados, para quem pode claro...
 
"as vagas das especialidades em Enfermagem dependem apenas do interesse das escolas." Será mesmo assim?! As escolas abrem vagas nas especialidades de acordo com a procura... Afinal de conta ninguém obriga os enfermeiros a tirarem a especialidade... muito menos a especialidade x ou y...
 
"Eu também acho para se ter o título de enfermeiro especialista no futuro devia-se ter como habilitação mínimo o mestrado, mas qualquer um... não necessariamente numa escola de enfermagem."

Que raio de comentário... Tirava então um mestrado em informática e era especialista de quê?!

E já agora, leiam o estatuto da OE.
Esta regula a profissão! A formação é na escola e nos contextos de prática clínica!

 
A questão do mestrado está relacionada com habilitação académica mínima e com aquisição de competências gerais de um mestrado, nomeadamente em compreender investigação. Não é nada de excepcional, sendo utilizado este critério em diversas áreas e em diferentes países. O tirar o mestrado em informática não dava acesso a especialidade nenhuma, apenas cumpria um dos critérios de acesso ao título de enfermeiro especialista. Trata-se precisamente de aumentar o nível de exigência.

Há que mudar quase tudo ao nível da estratégia para o desenvolvimento da enfermagem...coisa que não acredito vir a acontecer. Cada um pensa no seu umbigo ou tem uma perspectiva lunática da profissão...
 
"Cada um pensa no seu umbigo ou tem uma perspectiva lunática da profissão..."

O pensar no seu umbigo é bem verdade, não é Sr Professor carlos. A perspectiva lunática é mais dedicada à actuação de alguns sindicalistas.

Onde das formas de se tirar medicina em muitos países (em Portugal tb já há de certa forma essa possibilidade) é ter como requisito uma Licenciatura prévia. Para aceder à carteira profissional de técnico Superior de Higiene e Segurança é necessário ter no mínimo licenciatura prévia. Para uma vasta larga de profissões é necessário o mestrado. Por que raio é que para se ser enfermeiro especialista não se deve ter como habilitação mínima o mestrado. Até concordo que se obrigue à existência de uma lista de mestrados que possam dar acesso a concorrer para acesso à formação para especialista (áreas das ciências biomédicas, psicologia, sociologia,...). Era só vantagens em ter enfermeiros com formação fora das escolas de enfermagem. Abrir horizontes!!!

FILIPE
 
Ponto 1 - O que é mesmo absurdo é gastar rios de dinheiro num curso pós licenciatura, pagar para inscrever um título numa cédula e supostamente para poder exercer uma especialização e depois ficar a ver navios

Ponto 2 - Ter um mestrado como condição para poder se candidatar a ser especialista é uma evolução natural, principalmente depois do acordo de Bolonha

Ponto 3 - Deve-se saber exactamente que tipo e quais os especialistas necessários, onde trabalham e quanto ganham. Não vejo lógica em sermos todos especialistas, até porque acho que também são necessários generalistas. Nisto não acredito que possamos copiar os médicos. Até porque a situação deles também se irá colocar em risco. Na esmagadora maioria dos países há médicos sem especialidade. Em relação aos enfermeiros devemos ser dos poucos países em que não existem vários níveis de enfermagem com diferentes funções (Canadá, Brasil, EUA, Inglaterra, Espanha, Etc...)

Ponto 4 - O acesso à especialidade deve ser feito estritamente de acordo com as necessidades e com um acesso justo em que cheguem os que estejam motivados para tal e que sejam obviamente os mais capazes (critérios de seleção justos e conhecidos por todos).




 
E a mãe de todas as greves? Onde andas?
Os tecnicos de diagnostico ja a estao a fazer por tempo indeterminado!!!
Os nossos sindicatos andam vendidos ao BE e PCP e falam de igauldade e justiça.
Quando existe de facto essa oportunidade onde andam?
 
E o SE que andou vendido ao PSD, que até nem uma greve fez no reinado de Passos Coelho e que criticou a passagem para as 35H só porque esta fora conseguida pela geringonça? Já agora, foi o BE e o PCP que reduziram o horário de trabalho aos Enfermeiros, não a direita podre...
 
Ainda faço 40h e sou CIT que começou a trabalhar em 2003 a 35h!!!

Porque existem colegas nos centros de saude e camaras a ganharem o mesmo k eu e a trabalhar 35h??

Deve ser o BE e o PCP que conteibuiram para a descriminaçao em k apenas ums enfermeiros passam e os mais fracos continuam mais fracos!!
 
E por que é que existem colegas com 2 anos de profissão que fazem 35 horas, e que ganham o mesmo que um enfermeiro que trabalha há 20 anos?
 
O problema nao sao os colegas k trabalham ha 2 anos e que ganham menos 300 euros k um prof licenciado! o problema sao os enfermeiros com 13, 20 ou mais anos que nao foram atualizados!
Como existem no Estado trabalhadores nos hospitais ganhar menos k nas camaras?
 
Bom dia "Dr. Enfermeiro",

Peço que quando possa entre em contacto comigo para o email stblink@gmail.com para uma possível parceria, visto que não encontrei o seu e-mail em lado nenhum.

Obrigado
 
"stblink": com esse nome a parceria só pode ser para abrir uma casa de alterne LOL!
 
Há muito, mesmo muito tempo que não visitava esta página e vejo que continua tudo na mesma. A velha mania persecutória dos enfermeiros, complexados a vários níveis.
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

AmazingCounters.comVisitas ao blog Doutor Enfermeiro


tracker visitantes online


.

Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!