quarta-feira, dezembro 30, 2009

Brilhantina...


(Remuneração anuais médias dos Enf Directores - Clicar para ampliar e ler)
.
Findo o ano de 2009, fico a aguardar os relatórios de contas das várias instituições hospitalares. O ano de 2008 ficou impresso a ferro quente na destruição do SNS. Recordo agora algumas notas de interesse, registadas nos relatórios de contas 2008 e uma tabela remuneratória de referência, relativa ao ganhos (ou por quanto se venderam alguns, repito, alguns!) dos Enfermeiros Directores (remunerações anuais). Ressalvo que, alguns dos listados (não estão aqui todos), poderão já não pertencer aos actuais Conselhos de Administração.
Alguns dos relatórios são fecundos e profícuos na apresentação de dados que reflectem a deterioração do SNS.
Sem relatar pormenorizadamente ou usar de referências instituição-a-instituição de uma forma exaustiva,  permitam-me que vos deixe algumas passagens, no mínimo, interessantes...

Centro Hospitalar Baixo Alentejo EPE, por exemplo, vangloria-se da "significativa redução de encargos com prevenções no grupo de pessoal de Enfermagem (- 40%)"! Facilmente se constata que todos os outros grupos profissionais viram os rendimentos relativos a esta rubrica... aumentarem sgnificativamente. Os sacrificados foram exclusivamente os Enfermeiros. 

O Centro Hospitalar Alto Minho EPE, orgulhoso, demonstra a sua capacidade de "poupança" e boas práticas de gestão: o número absoluto de Enfermeiros diminuiu, todos os outros grupos profissionais assistiram ao reforço dos seus pares! 

Os Hospitais da Universidade de Coimbra EPE, de uma forma brilhante, concretizaram mais um passo rumo à melhoria do SNS: também diminuiu o número de Enfermeiros!

O Centro Hospitalar Vila Nova Gaia/Espinho EPE, roçou o sagrado: reduziram em 60% as horas extraordinárias à custa, exclusivamente, dos Enfermeiros! Aliás, reduziram os pagamentos, para ser mais correcto. Milagrosamente, reduziu também o número de Enfermeiros! Como é isto possível? Se o número de horas de cuidados necessárias não diminuiu e os Enfermeiros decresceram... como pouparam? Simples, não pagaram!  Por isso as despesas com suplementos variou de forma negativa...! Que boa gestão (roubalheira)! Parabéns!
O dinheiro poupado com os Enfermeiros entrou directamente no bolso dos Médicos. As horas extraordinárias e suplementos da classe Médica... aumentou.

O Centro Hospitalar Cova da Beira EPE também levou a cabo um desvaste nos efectivos de Enfermagem! As malabarices do mundo da gestão está-lhes no sangue! Sempre a somar vitórias? Já venderam as motas todas?

Por sua vez, o Centro Hospitalar do Alto Ave EPE, pagou 16 vezes mais horas extraordinárias a Médicos que a Enfermeiros. Foi uma divisão justa!
Do montante disponível para pagamentos desta despesa, desviou 83.5% do mesmo para os bolsos Médicos. Aos Enfermeiros coube uns generosos... 8%! No capítulo das prevenções, a nossa dignidade não ficou tão abalada. A diferença não foi assim tão abismal: para os Médicos, uns humildes 50% do bolo total, para os Enfermeiros... 0%! Porque dinheiro-puxa-dinheiro, 75% da verba paga no âmbito do SIGIC e do Plano de Acesso à Cirurgia Oftalmológica, foi para... os Médicos. Engenharia económica ao mais alto nível!

No Hospital São Sebastião EPE, a saga continua. De 2006 para 2008, o números de profissinais de todos os grupos profissionais aumentaram. Os únicos que diminuíram foram (adivinhem!)... os Enfermeiros! Nesta instituição "reinam" os números... os utentes nem por isso.

Havia tantos outros exemplos. Estes foram alguns aleatórios.

Tudo isto não estaria completo se não fizesse menção ao excelente acordo entre Escolas de Enfermagem e alguns Enfermeiros Directores. Como o número de Escolas e alunos é incomportável em termos formativos e de estrutura física, os bons locais de Ensino Clínico escasseiam... como tal... floresceu uma troca de favores: algumas Escolas "convidaram" os responsáveis das Direcções de Enfermagem para umas "horas de docência" em troca de alguns metros quadrados para "estágios"!
A mestria de alguns é tanta que, além da "reserva" de parcos metros quadrados de pavimento hospitalar para alunos de certas insituições, ainda refinaram melhor a estratégia: se forem "convidados" (para umas aulitas) e bem estimados, no concursos de admissão para Enfermagem, até dão prioridade aos licenciados da respectiva anfitriã.

A indigitação para o cargo de Director de Enfermagem deveria (voltar a ser) por eleição entre pares. Deixo o vídeo de um debate na Assembleia da República, onde um deputado do Bloco de Esquerda, João Semedo (Médico), defende o fim das nomeações (políticas) nos hospitais:



Legenda: "Projecto de lei bloquista pela eleição do Director Clínico e do Enfermeiro-Director para as Administrações dos hospitais foi debatido no plenário da Assembleia. O Bloco defende que são os Médicos e Enfermeiros que devem ter (como o tiveram no passado recente) a responsabilidade de escolher entre os seus pares quem os deve representar na administração do Hospital, dados os benefícios que esta responsabilização, ao invés da nomeação, traz ao conjunto da comunidade hospitalar."

Esperemos um 2010 melhor...
_______________________________________________________________

P.s. - Ah, é verdade!!Com tanta ginástica finaceira e sapiência de gestão, os Hospital EPE tiveram 218 milhões de euros... de prejuízo. 

Comments:
Alguns destes "notáveis" enfermeiros ainda dão aulas nas escolas privadas, ou seja, ainda acrescentam mais uns "euritos" à sua "contita".....
 
Bem apenas reforça um comentário que aqui deixei noutro tema, é preciso arrumar a nossa casa. Cargos de chefia, categorias vitalicias, como é o caso destes senhores, resultou nisto, um pacto com quem está no poder, contra a classe. Qual a necessidade desta categoria??
Nenhuma, um qualquer gestor teria feito menos mal aos enfermeiros destas casas. Enfim, poder e busca pelo poder. A enfermagem parece-me o TITANIC, em que alguns( como estes) vão confortáveis e ao som de orquestras nos botes, e a maioria, os de terceira classe, os trabalhadores, vão ao fundo e a pique.
 
Estou estupefacto, isto é inacreditável, absurdo...
Cumprimentos,
C2
 
Sem nada contra, É IMPRESSIONANTE QUE PS MEDIA NÃO DÊM CONTA DA SITUAÇÃO DA ENFERMAGEM, É QUE SÓ SE FALAM DE PROFESSORES!!

PORQUÊ, SRS DO SINDICATO? EXPLIQUEM-ME PORQUÊ DE NÃO ANDAREM A FAZER NADA PARA MEDIATIZAR A NOSSA LUTA?

E A ORDEM, QUE JÁ NOS HABITUOU HÁ MUITO COM A SUA INACÇÃO??

ANDAM A POUPAR UNS EURITOS JÁ AGORA? É QUE OS CERCA DE 35O MIL EUROS QUE FAZ POR MÊS, A NOSSA ORDEM JÁ PODERIA TER COMPRADO UNS MINUTITOS DE ANTENA NA TV, OU EM JORNAIS!

PALHAÇADA!!
SITUAÇÕES DESTAS TÊM QUE SER PUBLICAMENTE DENUNCIADAS! MERDA LÁ PRÓS SINDICATOS QUE NÃO DIZEM NEM FAZEM NADA!
 
Quero ver como vão fazer face ao GRAVE PREJUÍZO que as epe´s causaram. Um rombo no orçamento da saúde, um roubo aos enfermeiros.

sacanagem!
 
Reduziram ao número de enfermeiros, retiraram o horário acrescido, retiraram as horas extraordinárias aos enfermeiros, enfim, fizeram crer que foram ou são os enfermeiros que provocam os orçamentos dos hospitais quando todos sabemos que estes enfºs directores que fazem parte dos conselhos de administração dessas instituições são uns paus-mandados a troco dessas remunerações. São, enfim, infelizmente, estes dirigentes da nossa classe que destroem uma classe que por si só merecia indubitávelmente mais respeito. Se "eles" imposessem respeito, dignidade e união, de certeza que não existiria nenhuma administração que ditasse regras tão macabras como ditam. Ganhos incalculáveis principalmente da classe médica. Uma pergunta: Que voz activa e importante tem a enfermagem representada pelos enfºs directores nos conselhos de administração? Gostava de obter respostas...
 
O problema aqui não é o cargo vitalício, é a falta de transparência, ou seja , concursos de provas públicas, com critérios publicitados. Estas figuras de topo na Enfermagem, são escolhidas por médicos, leia-se, poder político reinante e exercem por ciclos políticos.
 
Viva ronyjux , como vai. Bom ver que também anda por cá (por estas lides de blogs), bom ver um ex-caloiro =) nosso e actualmente colega .

Quanto ao tema. O problema desta notícia é não compreender.

Não consigo compreender saber-se que isto acontece e nada se fazer. Saber que os cuidados de Enfermagem não são prestados com qualidade, pelo contrário, mas não importa.

Gestão gere números não qualidade. Será esta a realidade que eu e nós enquanto doentes devemos esperar. Pensemos nisto. Ou façamos que outros pensem nisto.

Fruto desta falta de protesto assume a sua quota de responsabilidade na insegurança da situação contratual dos Enfermeiros. Isto faz com que alguns Gestores, Enfermeiros Chefes e Supervisores se aproveitem e que por breves instantes se esqueçam que são Enfermeiros. Vestem a camisa dos Gestores e quem perde é a profissão, os Enfermeiros e mais importante os Utentes.

Um ano finda e outro começa. Esperemos um 2010 mais risonho para Enfermagem e com uma nova Carreira para que haja estabilidade na profissão.

Este é o último passo para que a profissão rume a uma nova etapa formativa, com o exercício profissional tutelado . A formação escolar terá uma supervisão prática e os futuros Enfermeiros terão a garantia de que estarão preparados para Exercerem a sua profissão.

Um bom ano Doutor Enfermeiro. E o Cogitare em Saúde e o Fórum esperam o artigo de Opinião prometido. Será que será para 2010 ?
 
imaculado =D
 
Quem cuida quem

Há uns tempos, no meu hospital, Ponte de Lima existiu uma Enf.ª Directora de Enfermagem, que ainda hoje deixa saudades, pelo seu empenho em ir de encontro às necessidades dos enfermeiros e dos doentes e não da Administração e dos seus números.
Ela sempre disse o seguinte: "Os enfermeiros, cuidam dos doentes, As Direcções de Enfermagem cuidam dos Enfermeiros da Instituição, A Ordem e Sindicatos cuidam da carreira, da dignificação da profissão, da regulamentação da mesma."
Agora, Os enfermeiros continuam a cuidar dos doentes com a certeza que cuidam melhor hoje do que antes, e irão cuidar amanhã melhor do que hoje. A Ordem continua a "regulamentar" a Classe (discutível, dependendo das perspectivas e das expectativas de cada um). Os Sindicatos continuam a tentar, bem, (na minha opinião) ou menos bem, (dependendo das perspectivas e das expectativas de cada um), a Carreira de Enfermagem!
Agora, as Direcções de Enfermagem, essas deixaram de cuidar do enfermeiros e passaram a cuidar dos Números, dos Conselhos de administrações, pois agora são por nomeação politica e não por eleição, tal como sabemos. Assim têm que provar a sua competência em gerir uma classe perante o CA e não mostrar a sua competência perante uma classe de enfermagem que agora anda defraudada, enganada, desiludida, e com uma questão sempre na ponta da lingua! "Quem cuida dos enfermeiros?
À Ordem, que diz que "regulamenta" a enfermagem, pedia que apenas cuide de nós de foma holística, tal como nos pede que cuidemos o doente da mesma forma, mas bem vistas as coisas, o grosso dos elementos da ordem são docentes com a carreira definida e salvaguardada, ou pertencem às direcções de enfermagem ou chefias e estas apenas cuidam dos interesses dos conselhos de administrações, APESAR DOS NUMEROS DIZEREM O CONTRÁRIO, deixando de cuidar dos enfermeiros! Excluo aqui alguns colegas que são chefes e que lutam para cuidar da equipa de enfermagem que tem!
A classe de enfermagem sempre foi uma classe de alguém que cuida de alguém de forma holística! É e foi o que nos ensinaram nas escolas! Porque será que esses profissionais não cuidam da enfermagem de forma holística?
 
A tão famigerada CRISE diz-nos que das duas uma: ou o bolo começa a ser repartido mais justamente (e isso implica que cada fatia seja menor), ou então, estamos condenados a que uma meia dúzia tenha estes salários milionários, e outros (largas centenas!) sejam pagos ao preço da uva mijona.

Não acho que estes salários sejam tão astronómicos quanto isso. Há muito quem ganhe mais… O que me magoa é saber que estas pessoas, pelo menos os casos que conheço, têm um desempenho PÉSSIMO.

Não estou à espera que um enfermeiro director fosse todas as semanas ou todos os meses aos serviços. Mas que ao menos implementassem políticas justas de funcionamento dentro da instituição: recrutamento, transferência de serviço, formação, afirmação/defesa da profissão face aos seus pares, zelar pelos direitos dos utentes…
 
A proposta do bloco de esquerda é interessantíssima. Já constava do seu programa eleitoral (página 26!). Apesar de discordar deste partido em muitos aspectos, reconheço que o médico João Semedo (http://beparlamento.esquerda.net/index.php?Itemid=27&id=17&option=com_content&task=view), e não só, têm tido uma conduta muito séria em matéria de defesa do bem público.

Dr. Enf.,
Fantástico este post.
Informação simples, resumida, mas ESSENCIAL para se perceber porque é que muitos querem ser directores…

Duas notas:
A Maria Purificação Gandra já não é Directora do Santa Maria. Agora é a Batuca (Centro Hospitalar Lisboa Norte)…
Esqueceu-se do centro Hospitalar Braga/Barcelos?
 
Concordo consigo a 200%, Dr. Enf.!
Julgo que nunca como hoje se assistiu a tanta gente que se vende. Sobretudo alguns, fazem-no a um preço de saldo…
Há enfermeiros com 20 anos de carreira a exercer funções de “enfermeiro responsável de serviço” (vá-se lá saber o que isto é?!?!?!), que não só não ganham mais um cêntimo por essa função, como ainda se sentem felizes por andarem a REPOR STOCKS de material! Mais: alguns assistem a um deteriorar da qualidade dos cuidados que se prestam nesses serviços, mas mantêm-se caladinhos…

Quanto às poupanças que os nossos directores andam por aí a fazer:
É bom que a Sr.ª (incompetente) Maria Augusta Sousa deixe de andar com falinhas mansas para pessoas que só contribuem para a destruição da Enfermagem (enfermeiros directores).
Por exemplo, no Santa Maria, os chefes sentem que fazem um óptimo trabalho de gestão ao permitirem que um bloco de urgência (com duas salas) funcione com 5 enfermeiros no turno da noite. Esquecem-se que as equipas de cirurgia geral não só não reduziram o número de elementos, como na maioria dos bancos, metade da equipa nem chega a por os pés no bloco. Já viram quanto é que cada um ganha?!?!?
 
"Projecto de lei bloquista pela eleição do Director Clínico e do Enfermeiro-Director para as Administrações dos hospitais foi debatido no plenário da Assembleia. O Bloco defende que são os Médicos e Enfermeiros que devem ter (como o tiveram no passado recente) a responsabilidade de escolher entre os seus pares quem os deve representar na administração do Hospital, dados os benefícios que esta responsabilização, ao invés da nomeação, traz ao conjunto da comunidade hospitalar."

Duvido muito que esta lei, parecendo mais justa desse os seus frutos no panorama actual de enfermagem.
Uma grande parte destes enfermeiros-directores, quando foram escolhidos num passado recente, chegados ao poder, perfilaram-se aos médicos e tornaram-se figuras autoritárias, tipo capatazes de uma fábrica, retirando direitos aos enfermeiros que os elegeram: horários acrescidos, horário e dispensa como trabalhador-estudante, licenças sem vencimento, comissões de serviço, mesmo antes da saída do CT de Fevereiro de 2008 etc, etc.,....

Acordem, esta gente não faz falta nenhuma, faz que gere mas não gere nada................

Um ex-enfermeiro
 
Caro DE:

Com que então «P.S. - Ah, é verdade!!Com tanta ginástica finaceira e sapiência de gestão, os Hospital EPE tiveram 218 milhões de euros... de prejuízo.»?

Se consultar os relatórios de contas das EPE, verá que o aumento de gastos com recursos humanos em 2009, e, deste modo, a contribuição para o referido prejuízo, foi de 3.7%, sendo que 2.9% foram por força do Orçamento Geral do Estado. Insinuar que o dinehiro foi canalizado dos médicos para os enfermeiros não me parece, mesmo ressalvando não conhecer em pormenor os gastos per capita e por categoria, ser justo. É que, se assim for, haverá médicos a fazerem trabalho de enfermagem, ou então, por outro lado, trabalho de enfermagem que deixoud e ser prestado (em quantidade ou qualidade). Se assim for, se alguma destas premissas for correcta, algo vai realmente mal e não é possível resolver-se com este tipo de apartes incendiários.

E não sei, francamente não percebo, qual seja o problema de um enfermeiro director, com as responsabilidades inerentes ao cargo exercido, vencer cerca de 5000 euros por mês. Nem creio ser aceitável colar de imediato estes vencimentos a uma suposta «venda» de princípios.

Não lhes bastava «cascar» nos vencimentos dos médicos? E dos professores, e dos farmacêuticos?...
 
Relativamente à Cova da Beira, vão ver o que o Enf Carlo Martins anda a fazer.
Em vez do ACES "Cova da Beira" acho que temos o ACES à Beira da Cova.
Posteriormente darei pormenores.
 
se tiram ao pessoal que trabalha para dar às chefias.... acho bem.. eles coitados gastam os neuronios a pensar, em reunioes, no msg, a telefoner para a familia toda..... deve ser uma canseira
 
""Relativamente à Cova da Beira, vão ver o que o Enf Carlo Martins anda a fazer.""

Colega, é importante que por favor, denuncie a situação.

É que este senhor, À semelhança da avó Augusta, anda filado em se mandar À Ordem, e, a ver pelo que muuuuito tem feito o SEP, corre-se o risco de eleger a versão masculina da velhota...

Espero estar enganado..
 
CARO AM...

Bastava que os médicos fossem dispensados como são os enfermeiros quandos os serviços , não tem doentes , e viessem dar as horas para o su em serviço normal em vez de horas extras e vc via o passivo das EPES !!!

Abra os olhos e não diga disparates!
 
Ao anónimo das 5:10:

Repito o que disse: «É que, se assim for, haverá médicos a fazerem trabalho de enfermagem, ou então, por outro lado, trabalho de enfermagem que deixou de ser prestado (em quantidade ou qualidade)».

É para a correcção de situações como a que refere que as forças têm que ser canalizadas.

Foi este o disparate que disse?
 
Não há dinheiro, não há dinheiro, mas para estes ordenados chorudos há e com fartura!!!
 
e eu soube hoje que a recepcionista do meu serviço ganha mais do que eu ao fim do mês... E triste eu gostar tanto daquilo que faço que ainda me sujeito a isto...Esprero um dia esta teimosia acabe e eu deixe de vez a enfermagem, porque a nível financeiro compensa-me mais limpar a casa da minha mãe que paga mais à mulhar a dias que vai lá uma vez por semana... Isto é um desabafo de quem entrou às 23 horas de 31 e só sai às 16 horas do dia 1 de Janeiro...
Cumprimentos de um colega ao Sr Dr Enfermeiro.
 
A divulgação das remunerações dos enfermeiros directores só por si não diz nada. A análise só pode ser feita tendo em conta o seguinte:
- O vencimento que detinham antes de serem escolhidos pelo dito médico amigo.
- Os dias que foram ao serviço (para já não falar de como ocuparam o tempo).
- Os cursos que tiraram durante o exercício do cargo e quem pagou essas formações.
- Os currículos de cada um antes da dita nomeação (escolha médica). Consultei um e fiquei perplexo.
- Directerizes que emanaram para o sector de enfermagem. Algumas de tão estúpidas e lesivas para a classe, alimentavam um blog durante meses.
Valha-nos uma voz, vinda de um médico, do bloco de esquerda, para colocar a questã das nomeações políticas na saúde.
 
Dr. Enfermeiro.
Na verdade estão os enfermeiros inteligentes que de alguma maneira souberam singrar na vida e que venderam a classe de enfermagem e sobretudo os colegas, alguns deles de escola.
Mas podia também expor aqui os vencimentos dos administradores,Pois aquilo que eles souberam fazer foi derrotar os enfermeiros , pior os tratamentos aos doentes.
 
Um médico especialista com alguns anos de carreira, em qualquer hospital, com as horas extra, ganha mais do que um qualquer enfermeiro director, que ocupa um cargo de inquestionável elevada responsabilidade institucional.
Atacar os ordenados das direcções de Enfermagem é reduzir-lhes a importância da sua posição, e consequentemente da classe que representam.
A ideia expressa no post vai de encontro aquilo que alguns defendem (apontados como o inimigo da enfermagem), que é o de não existir médico algum (mesmo que interno) que ganhe menos do que um qualquer enfermeiro (mesmo que este seja um director!)
 
Sr. Anonimo das 8.14, que importância é que têm para os enfermeiros as direcções de enfermagem actuais?
Atacar estas "altas" personalidades é atacar os enfermeiros?
Como?
Porquê?
Onde?
Quando?
 
Vencimentos médicos (brutos) em CTFP (a esmagadora maioria):

Interno ano comum: 1835.42 (10.59 por hora), 40 horas.

Interno formação específica: 1937.39 (11.18 por hora), 40 horas.

Assistente hospitalar/eventual, médico especialista, regime 35 horas: varia da posição 1 (1.853,96, 12.22 por hora) à posição 4 (2240.20, 14.77 por hora).

Por curiosidade, chefe de serviço, posição 4, topo de carreira: 3089.93, 20.37 por hora.

Como repararam, o salário bruto de um especialista que oriente um interno é inferior ao deste (mesmo tendo um valor hora superior). Com o congelamento das carreiras, os especialistas da última década estão na posição 1 de assitente...

Obviamente que as horas extra «ajustam» o vencimento. Mas não contam para progressão, não são pagas nas férias, não há subsídio de férias ou natal destas. E não contam para tempo de serviço. E não são pagas se se adoecer. E não estão disponíveis para muitas especialidades (MFR, dermatologia, anatomia patológica, endocrinologia, nefrologia, etc), pelo menos na maioria dos hospitais.

«não existir médico algum (mesmo que interno) que ganhe menos do que um qualquer enfermeiro (mesmo que este seja um director!)»????

«Mesmo que interno»? Ganham mais que uma boa parte dos especialistas!...

«Mesmo que este seja um director!»? Nem no topo da carreira médica!...
 
Alguém que esclareça as prioridades e o papel:

Das Direcções de Enfermagem de Agora vs ás de 10 anos atrás?
 
Agora as direcções de enfermagem nem sequer existem. A figura do enfermeiro director é proposta por um médico e há casos em que não tinham qualquer experiência de gestão. São ditadores, não reunem com as chefias, apenas com os adjuntos por si escolhidos, da mesma área partidária e também não importa a falta de experiência em gestão de serviços de enfermagem.
 
Não vão iludir-se os leitores com esta apresentação na AR. Ela já foi feita, ainda era Ministro o Correia de Campos.
Se as despesas com os enfermeiros diminuiram, então estavam a ser gastas verbas que não se justificavam, porque foi possivel fazer o mesmo com menos dinheiro. As administrações têm mesmo que se vangloriar.
Se algum enfermeiros se sentiu prejudicado ou não recebeu trabalho que efectivamente prestou, só tinha ou tem que recorrer ao sindicato, para saber como pedir o respectivo pagamento.
Estas análises aligeiradas dão a perceber o nível de quem as faz e para quem são feitas. Quem só se lamenta e não se mexe para lutar pelos seus direitos.
 
Caros Colegas (Enfermeiros)
Boma Ano para todos. Como já tenho vindo a alertar, temos imensas vias que merecem reclamações, preocupações e sobretudo responsabilidade de aceitar o que nos decidem (SEP E ORDEM), não querem pensar bem profundamente na possibilidade de organizarmos uma reunião com os elementos do SE, de forma a criarmos uma via de dialogo e representativa no Ministerio? Pensem pois estamos dispostos s contactar o SE, eles têm uma organização e proximidade diferente, não custa tentar.
Reflitam
 
Essa ideia parece-me excelente, logo entrarei em contacto com o SE.
Parece-me boa ideia fazer-mos uma corrente diferente e obrigar a criar condições para outras vias de negociação.
Não é bom deixar-mos apenas SEP +ordem,onde sabe se lá, dos interesses de uns e outros, arepresentatividade deve ser mais ampla.

VENHAM, OUTRAS IDEIAS E INICIATIVAS.

um bom ano e muinta inspiração.
Boa sorte, até breve.
 
Bem,
tenho a dizer vos que não acho mal que, quem se encontre cada vez mais alto na hierarquia, ganhe mais. Têm ideia de qt ganha 1 mèdico director???
As funções são qs identicas e o "parvo" do enfermeiro recebe mt menos.
o que está mal é isto. Qd lá chegarmos tb gostavámos e achariamos justo receber mais

mas bem pelo andar da coisa, não vou ficar mt mais tempo numa profissao que ganha mal para o que faz e que é não é reconhecida...
Ah! e qd uns lutam, os outros encostam-se
Mt mau
 
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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!