segunda-feira, novembro 28, 2005

Próximo passo na Enfermagem: a prescrição?

Um pouco por todo o mundo os enfermeiros começam a prescrever. Muito lentamente e cautelosamente o processo habitualmente inicia-se nos cuidados paliativos, onde formalmente os enfermeiros passam a prescrever.

Aos poucos o processo de prescrição abrange outras áreas, embora as situações mais específicas sejam do foro médico. A grande vantagem é o faceta holística que os cuidados passam a ter, sendo o enfermeiro detentor da possibilidade de prescrição.

Esta etapa, não é inicada logo após o terminus da licenciatura (semelhante aos médicos), mas apenas depois de formação farmacologica extra e experiênica profissional. Há uns tempos li que em alguns países essa posibilidade era apenas para os enfermeiros especialistas.

Mesmo em Portugal os enfermeiros especialistas em enfermagem obstétrica, já podem requerer exames complementares de diagnóstico (pelo menos já existe esse normativa europeia).

Deixo alguns excertos do que se vai passando no mundo da prescrição por enfermeiros!


Documento oficial do governo do Reino Undo, que lista as patologias nas quais os enfermeiros podem prescrever, os fármacos e as vias de administração. Fica o link:

http://www.dh.gov.uk/assetRoot/04/08/38/85/04083885.pdf


Outros artigos de interesse:

Where has nurse prescribing got to in England, Northern Ireland and Scotland?

link: http://www.nurse-prescriber.co.uk/Journals/Journals%2003%20archive/PPE2003_general.htm#Opinions


The history of nurse prescribing

link: http://www.nurse-prescriber.co.uk/Journals/Journals%2003%20archive/PPE2003_general.htm#Opinions


Opinions on district nurse prescribing in Sweden

Wilhelmsson S and Foldevi M. Exploring views on Swedish district nurses’ prescribing – a focus group study in primary health care. Journal of Clinical Nursing 2003; 12: 643-650

"This focus group study of Swedish GPs and district nurses (DNs) disclosed positive views among the DNs about nurse prescribing, lack of knowledge about DN training in prescribing among GPs, and lack of discussion between DNs and GPs about DN prescribing.

DNs saw the prescribing of drugs as a serious responsibility and some had introduced systems for self-monitoring. The availability of many drugs without prescription was seen by some as lowering the increased status of the prescriber. Pharmacists were frequent discussion partners for DNs, in contrast to GPs.

Most DNs had experienced resistance to DN prescribing, with some health centres not allowing DNs to take part in the training course. The compulsory training course in pharmacology and drug treatment was regarded very positively. The boundaries between GPs and nurses was expressed in terms of territory and prestige.

GPs felt that DN prescribing was extremely marginal and did not experience much relief in their workload whereas DNs thought that it provided GPs with the chance to spend more time with patients with serious diseases.

DNs in Sweden have been able to prescribe from a limited list of drugs since 1994. The necessary training course on pharmacology and drug treatment is now included in the speciality training course for all DNs. When it followed the speciality course, it was for a minimum of eight weeks.
"


Nurse prescribing education

Griffiths M. Education for nurse prescribers. Journal of Community Nursing 2003; 17(7)

"This article examines the current educational provision for nurse prescribers and how it may develop as nurse prescribing grows. It looks at the different resources available, at how learning is assessed and at the different sources of education and support.

Uptake of the independent prescribing courses has been slow, perhaps because: some nurses were waiting for the introduction of supplementary prescribing; the original Nurse Prescribers’ Extended Formulary was limited to four areas; the number of CATS points in England was originally limited to 20 at level 3; and the original requirement that the course be completed in three months (this has now been extended to six). More nurses are now seeing the potential benefits, with the advent of supplementary prescribing.

Nurses at all levels will be affected as nurse prescribing grows and develops and their life science educational requirements will increase. Research is needed to examine the educational preparation for nurse prescribing and to address concerns about its introduction.
"

Os Enfermeiros dos EUA e a prescrição.

US nurse prescribing

Plonczynski D et al. The past, present and future of nurse prescribing in the United States. Nurse Prescribing 2003; 1(4): 170-174

"Although Advanced Practice Nurses (APNs) have some degree of prescribing authority, there is much variation between states, and many barriers to prescribing exist, according to this review of nurse prescribing in the USA.

Many doctors have opposed prescribing by nurses and the American Medical Association has been a powerful and united lobbying organization for doctors. In contrast, nurses have been represented by numerous professional groups with no unified, nationwide attempt to increase prescriptive authority or recognition.

In many states, APNs’ prescriptive authority is linked to a collaborative agreement with a doctor and many of these agreements remain supervisory. It can be difficult to find a collaborating doctor and some pharmacists and healthcare companies refuse to accept APN prescriptions. Many insurers will not accept APNs on provider panels, effectively preventing them from prescribing. The article discusses these and other barriers and the progress that is being made to overcome them.
"


Em breve haverá mais notícias, acerca de outros países, onde a prescrição dos enfermeiros ainda está em debate.

quinta-feira, novembro 17, 2005

50 escolas de Enfermagem!!

"50 escolas de enfermagem... a desgraça!"

in www.forumenfermagem.org


Agora digo eu, não será altura da Ordem dos Enfermeiros actuar? E do senhor ministro pôr um travão?

Será que um país tão pequeno precisa de 50 escolas de enfermagem (reparem que só há 7 faculdades de medicina)??? Há locais de estágio de qualidade para todos e o ensino é certificado e com qualidade? Neste momento há um desregulação total dos fluxos de formação de enfermeiros! O mais grave é que, muitas escolas não oferecem a mínima qualidade! E o que acontece a quem não oferece qualidade? Fecha-se!

Na minha opinião, as escolas de enfermagem, devem ser sempre agregadas a hospitais centrais!! Sempre!!

ENFERMEIROS BRITANICOS PASSAM A RECEITAR MEDICAMENTOS

"Numa decisão governamental inédita e que se prevê que vá dar grande polémica, os enfermeiros e farmacêuticos britânicos poderão, a partir da Primavera do próximo ano, passar a receitar medicamentos (ainda que excluindo-se drogas como a morfina e após terem recebido uma formação específica acelerada). Aplaudida pelos representantes dos enfermeiros e dos farmacêuticos, a decisão foi qualificada de irresponsável e perigosa pela Associação Britânica dos Médicos (BMA), ainda que esta admita a prescrição de uma gama muito limitada de medicamentos por esses profissionais.
A noticia, veiculada esta semana pela comunicação social, não esclarece se esta medida se deve à falta de médicos naquele país ou se existem pressões de lobbies económicos por trás da medida"

in www.simedicos.pt

Agora, digo eu, após formação específica na área, qual será a diferença? Será que os médicos aprendem de maneira diferente dos enfermeiros e farmacêuticos?
Ou será que começam a ver "fugir" o seu mais importante previlégio?
Terão medo de alguma coisa? Há já inúmeros estudos que a actuação do médico e enfermeiros, são semelhantes.... embora há quem não goste!

Mas na realidade a Enfermagem, têm vindo a evoluir!!

domingo, novembro 06, 2005

Portugueses confiam nos Enfermeiros.

O estudo ‘Marcas de Confiança 2005’, desenvolvido a nível europeu para avaliar os níveis de confiança relativamente às instituições, profissões e marcas, revela que os políticos são aqueles em que os portugueses menos confiam. O estudo abrangeu em Portugal 1 355 leitores da ‘Readers Digest’, que responderam a um questionário postal, e foi realizado entre Setembro e Novembro de 2004. Na Europa o estudo representa cerca de cinco milhões de lares num total de 14 países.

O Governo é ainda a instituição que detém menos reconhecimento (18 por cento), ficando abaixo dos sindicatos, que no ano passado ocupavam o fim da lista.

Quanto às áreas de actuação do Governo, apenas a Assistência Social e a Saúde registam um nível de confiança de 15 por cento, o que traduz uma apreciação negativa da performance governativa.

A Educação, que em 2004 reuniu 21 por cento da confiança dos portugueses, caiu este ano para o fundo da tabela com 10 por cento, apenas acima do emprego, que teve 8 por cento. quanto a profissões, os portugueses confiam mais nos pilotos de aviação e nos bombeiros.

PILOTOS, BOMBEIROS E ENFERMEIROS

No que respeita a profissões, e de acordo com o estudo ‘Marcas de Confiança 2005’, os portugueses confiam sobretudo nos pilotos de aviação (92,4 por cento), bombeiros (92 por cento), farmacêuticos (88 por cento), enfermeiros (86 por cento) e médicos (80 por cento).

Os portugueses manifestaram ainda grande confiança nos agricultores (73 por cento) e manifestaram desagrado relativamente aos jornalistas (33 por cento) e funcionários da administração fiscal (22 por cento).

Paradoxalmente, a Rádio é, para os portugueses, o meio em que mais confiam (73 por cento), a Televisão registou uma subida dos níveis de confiança face ao ano passado, de 48 para 54 por cento, e a Imprensa de 38 para 42 por cento.

Os portugueses continuam também a confiar no casamento, apesar da ideia de que a instituição se encontra em crise na sociedade portuguesa, dado o elevado número de divórcios registados em Portugal.

in www.correiodamanha.pt

A TSF não gosta dos Enfermeiros!!

Na sequência da tomada de posição discriminatória, que a rádio TSF Rádio Noticias, tomou face à Ordem dos Enfermeiros, a Bastonária Maria Augusta Sousa , fez chegar ao Director daquela Rádio Dr. José Fragoso e ao Presidente do Conselho de Administração Dr. Joaquim Oliveira, no passado dia 25 de Outubro, uma carta na qual expressa o descontentamento da Ordem face aquela posição.
Por não ser uma carta aberta, não nos parece razoável reproduzir aqui o seu teor, no entanto, e em virtude de sabermos que muitos enfermeiros estão a fazer chegar o seu protesto pessoal junto da Administração da Rádio, iremos indagar junto da mesma da viabilidade da sua publicitação.

in www.ordemenfermeiros.pt

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