quarta-feira, maio 30, 2007
Prémio "blog com tomates"!?!
Após ter tido esta honra, cabe-me nomear cinco blogs para o mesmo efeito, o que se revelou uma tarefa ingrata. Mas há que ser justo, e aqui ficam os 5 blogs que eu mais visito pela sua qualidade (sem qualquer ordem sequencial):
terça-feira, maio 29, 2007
Dia 30 de Maio este blog estará...
Os Enfermeiros tem sérios motivos para fazer greve!!
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Foi por causa da Greve geral dos Enfermeiros em 1976 que hoje existe nos moldes actuais.
"Passados 30 anos o enfermeiro José Correia Azevedo recordou, no Porto, a greve geral que impulsionou a carreira destes profissionais. O clima de tensão, que fez com que os governantes ficassem sitiados no Ministério da Saúde, marcou os três dias de paralisação.
“O doutor Albino Aroso, secretário de Estado da Saúde, teve de dormir no ministério porque sitiámos os governantes. Nesses três dias jogou-se muito bluff”. A recordação é do enfermeiro José Correia Azevedo e remonta a 1976, ano em que se realizou uma greve geral de enfermeiros determinante para a evolução na carreira destes profissionais. Só no Porto foram centenas os enfermeiros que se recusaram a assinar o livro de ponto, as assembleias gerais seguiram-se umas atrás das outras e, no final de três dias, conseguiu-se a actualização almejada dos salários. O resumo da paralisação foi ontem lembrado com o lançamento do livro «Greve de 1976 - A greve que mudou a enfermagem», no Sindicato dos Enfermeiros.Os intervenientes desta história justificaram repetidamente que o contexto socio-político determinou o desenrolar dos acontecimentos e, passados 30 anos, Albino Aroso não temeu em reconhecer que estava a favor das reclamações dos enfermeiros. “Tinha uma concepção europeia da sociedade e a ansiedade em mudar radicalmente estava de acordo com a minha ideia”, lembrou ao JANEIRO, minorando o clima de tensão vivido e referindo-se sem rancor à noite que pernoitou no Ministério da Saúde. Apesar de ter tomado posse três dias antes da paralisação, e de ter sido “apanhado” pelos enfermeiros, agora confessa que a surpresa não foi tão grande quanto seria de esperar.Já o enfermeiro José Correia Azevedo, em 1976 opositor do Governo mas ontem sentado ao lado de Albino Aroso, não poupou nos pormenores mais revolucionários. O profissional, presidente do comité da greve, lembrou a ajuda “da rapaziada do MRPP”, que facultou números anónimos para contactarem com os governantes, e recordou “momentos trágicos que podiam ter resultado em sangue”. De fora recebiam o apoio de milhares de enfermeiros que, apesar de garantirem os serviços mínimos nos hospitais, mostravam-se solidários com uma greve geral.Ainda que reconheça que hoje o contexto seja diferente, José Correia Azevedo ironiza que o livro serve para mostrar aos enfermeiros mais jovens o que deve ser feito para reclamarem os seus direitos. “É preciso relembrar que não podemos ser achincalhados”, alertou, mostrando-se de costas voltados com o actual Governo. Para o enfermeiro a situação destes profissionais “não é famosa”, nomeadamente no que concerne às actualizações salariais, e está na altura de reclamar por uma atenção maior por parte dos governantes. “A saúde pode esperar por um ministro melhor”, desabafou no lançamento do livro. Paralelamente admite que devem ser exigidas mais tarefas a estes profissionais no sentido de se conseguir uma maior humanização dos serviços prestados e uma aproximação maior aos doentes. "
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Fonte: www.oprimeirodejaneiro.pt
segunda-feira, maio 28, 2007
"Pela primeira vez o Estado vai ocupar-se com problemas relacionados com o exercício da medicina e da enfermagem"
Eis uma interessante entrevista ao Dr. Francisco George retirada do site do INEM:
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"Especialista em Saúde Pública, Francisco George é Director-Geral da Saúde desde Agosto de 2005. Em entrevista ao “Via Verde para a Vida” fala sobre as áreas de actuação da DGS. Em tom optimista, afirma que os indicadores não enganam: a saúde dos portugueses está a melhorar.
É um dos responsáveis pela saúde dos portugueses. Quando se levanta de manhã o que é que o preocupa?
Começo o meu trabalho às oito horas da manhã e acabo às oito horas da noite. Estamos numa fase de reestruturação da Administração Pública. A Direcção-Geral de Saúde (DGS) é também alvo de reestruturação e isto exige mais atenção, mais trabalho.
No que diz respeito à saúde dos portugueses o que é que lhe tira o sono?
Se essa expressão se refere a preocupações, digo-lhe que temos áreas de trabalho bem identificadas, que são, sobretudo, ligadas à promoção da saúde. Depois há uma outra área ligada mais à doença, que são a prestação de cuidados de saúde e uma terceira, que é nova e está em grande desenvolvimento, e que é a qualidade clínica. Existe um movimento europeu e da Organização Mundial de Saúde conhecido por Pacient Safety, a que agora damos uma redobrada atenção. Pela primeira vez o Estado vai ocupar-se com problemas relacionados com o exercício da medicina e da enfermagem. Temos uma quarta área, que tem a ver com a epidemiologia, sistemas de vigilância epidemiológica e a produção de estatísticas de saúde. Todas estas áreas podem, naturalmente, estar na origem de preocupações.
Quando tomou posse assinou uma carta de missão. Consulta regularmente esse documento?
Sim, trabalhamos sempre na base dos objectivos que tinham sido desenhados. Agora têm de ser refeitos em função da nova estrutura.
Tem os meios e os recursos necessários?
Temos tido. Com esta nova reestruturação que se estima efectiva a partir de Abril há necessidade de adaptar a DGS à sua nova missão.
Vai ter de fazer mais com menos gente. Como é que consegue isso?
Temos de mudar o perfil dos funcionários, de aumentar a relação de especialistas, que deixa de contar com pessoal auxiliar e administrativo.
Isso vai ter alguma influência na aplicação do Plano Nacional de Saúde?
Não. Tudo tem de se manter.
Tem falado muito na questão da qualidade da saúde. Em que é que e vai actuar especificamente nessa área?
Tem falado muito na questão da qualidade da saúde. Em que é que e vai actuar especificamente nessa área?
Na definição de orientações clínicas que têm de ser observadas, quer diagnóstico, quer nas abordagens terapêuticas. E garantir uma melhor segurança ao doente. Nós temos de perceber aquilo que se passa nos hospitais e nos estabelecimentos de saúde, no que diz respeito a exposição a riscos.
Preocupa-o mais o facto de os portugueses estarem gordos ou a gripe das aves?
São duas preocupações de níveis diferentes. Os portugueses estão a ganhar peso. Foram concebidas estratégias para a redução da obesidade, juntando a prevenção ao diagnóstico, que tem de ser precoce e às medidas terapêuticas imediatas. É muito importante que se evite a entrada numa área já de obesidade instalada.
Como é que se evita isso?
Evita-se em termos de prevenção secundária, identificar desvios precoces, aconselhando e tratando o excesso de peso. Mais importante é actuar ao nível da prevenção primária e evitar que se instale a obesidade. Para isso é necessário conjugar três pilares: alimentação, exercício físico e estilos de vida saudáveis.
Voltando à gripe das aves, tem sido procurado preparar os portugueses para o facto vir a ocorrer a transmissão do vírus para os humanos, mas por outro lado também diz que não devemos estar preocupados, porque a Saúde está preparada. Essa transmissão pode ou não vir a suceder?
Se não vier a suceder, óptimo, é sinal que os mecanismos que foram adoptados estão a funcionar. A história mostra que em cada século surgem duas a três pandemias correspondentes ao aparecimento de um vírus novo. Quando ele surgir e se transmitir de pessoa a pessoa dá origem a uma pandemia. Não se pode, neste momento, antecipar a sua gravidade. Pode ser um processo pouco virulento, como aconteceu em 1968 ou muito virulento como aconteceu em 1918. São aspectos que não podemos antecipar. Podemos fazer cenários, mas as previsões só podem ser feitas quando emergir um subtipo de vírus novo, capaz de infectar seres humanos de forma difusa, que ainda não surgiu no processo de transmissão de pessoa a pessoa.
Os portugueses têm cuidado com a sua saúde?
Isso é visível nos indicadores que medem o estado de saúde dos portugueses: estamos a andar para a frente.Por exemplo, na tuberculose, temos todos os anos uma diminuição da taxa de novos casos. Todas as doenças são exemplo. Não há sinais de retrocessos nem de perdas. Na área materno-infantil têm sido identificados grandes ganhos, temos das melhores taxas de mortalidade infantil em todo o mundo. Em muitos outros indicadores temos objectivamente tido ganhos e tudo indica que vamos continuar a ter.
Por fim, qual é a ideia que tem do INEM?
Eficaz. Exigente.
Reforma das urgências
Qual é a sua opinião sobre a reforma das urgências?
O país mudou, o padrão demográfico é diferente do que era e o sistema de saúde tem de se adaptar a essas mudanças. Naturalmente, considero-me integrado neste processo de mudança de reformas.
Porque é que é tão difícil comunicar a necessidade dessas alterações ou dessas reformas?
Antes de mais é preciso saber se toda a população está satisfeita com o actual sistema de urgências e se fizermos uma sondagem para sabermos se estão todos satisfeitos com o sistema actual, naturalmente que podemos imaginar que a resposta é que há muitos cidadãos que não estão satisfeitos. Há correcções a fazer e essas estão agora a ser desenhadas. Fala-se muito no desaparecimento das urgências, mas ninguém fala nos novos pontos de serviço de urgência que vão ser criados. Há que distinguir o acesso a um médico a qualquer hora, que é uma questão diferente da organização do sistema de saúde, com base na distribuição geográfica de serviços de urgência hospitalares capazes de atender casos de emergência e de urgência em tempo adequado nos hospitais, sublinho.
Francisco GeorgeNasceu em Lisboa, em 21 de Outubro de 1947. Formado pela Faculdade de Medicina de Lisboa, entre 1980 e 1991 foi funcionário da Organização Mundial de Saúde. Em 2006 foi condecorado pelo Presidente da República com a Ordem do Infante D. Henrique.
O que é que faz nos seus tempos livres e o que é que deixou de fazer desde que está na Direcção Geral da Saúde?
Tenho uma ocupação diária profissional exigente de 12 horas, como todos aqueles que ocupam lugares deste tipo. Descanso ao fim-de-semana e, sobretudo, ocupo-me da leitura, da literatura: releio muito livros de Eça de Queiroz. O último livro que li é um clássico da literatura mundial, um poeta latino do século primeiro antes de Cristo, “A arte de amar”, de Ovídio. É uma tradução excelente que recomendo do Professor Carlos Ascenso André.
Gosta de música?
De dois tipos de música: sinfónica, aquela que todos conhecem, gosto especialmente dos compositores do século XVIII, que é o século que mais me atrai. Não há ninguém, por exemplo, que não possa gostar das glórias de Vivaldi ou do conjunto das tão diversificadas das obras de Mozart. Mozart atrai-me bastante, tenho uma especial emoção. Quando visitei em Viena a casa dele, senti qualquer coisa de especial, por estar na casa onde viveu um génio como ele. Mas também gosto de música melódica moderna. Dou um exemplo: um DVD com a ópera, enfim vamos chamar-lhe ópera, do Roger Waters, “The Wall”, que é magnífica. Os Pink Floyd são os meus preferidos, gosto também da música africana, em especial cabo-verdiana, “Os Tubarões” são a banda africana que mais gosto."
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Fonte: www.inem.pt
Enfermeiras búlgaras ilibadas.
As 5 Enfermeiras búlgaras e um médico palestiniano, condenadas à morte em 2004, foram ilibadas.
Para quem não se recorda da notícia original, cá fica o link.
Para quem não se recorda da notícia original, cá fica o link.
A linha da discórdia.
Dizem que nasceu debaixo dos protestos dos médicos.
Recentemente o ministro ordenou que todos os seus profissionais fossem obrigatoriamente Enfermeiros.
Deixo-vos a notícia, com os números que reflectem o primeiro mês de funcionamento.
Persigo esta questão há anos...
Um comentador lançou a seguinte questão:
"E porque não se faz uma greve "à séria"? Porque o SEP não paga aos enfermeiros dos BO e das Consultas para estarem indefinidamente me greve, até algo se alterar? O que se conseguiu de relevante com estas greves até agora? "
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Porquê? Há anos que me questiono acerca disto. Porque é que as estruturas sindicais e organizações de Enfermagem não apoiam monetariamente a greve, que por sua vez poderia ser indefinida até os problemas serem resolvidos de uma vez por todas. Um greve geral como há uns largos anos atrás. Numa semana deixamos a nossa posição marcada.
Já alguém pensou na "força" da Enfermagem? Podemos paralisar um sistema de saúde inteiro, pois como sabem os Enfermeiros são a maior classe profissional na saúde além que de que 80% do trabalho realizado no sector da saúde (segundo o ICN) é feito pela classe de Enfermagem...
sexta-feira, maio 25, 2007
Ainda o SAP de Bragança!
Nos últimos tempos o bastonário da Ordem dos Médicos tem andado de uma forma desrespeitosa a afrontar os Enfermeiros.
No site da Ordem dos Médicos é possível ler o seguinte: "uma vez que o ministro decidiu acabar com os SAP, onde, referiu, citando Correia de Campos, “havia apenas um médico com um estetoscópio”. Mas esse “médico solitário que conseguia resolver os problemas foi agora substituído por um enfermeiro com um telefone”. Perante este cenário, perguntou o presidente da Ordem dos Médicos: “Será isto melhor?”."
Eis uma nota informativa no site do SE(N) "O Sindicato reuniu hoje, com Enfermeiros dos Centros de Saúde de Bragança para análise da situação e medidas a tomar para um atendimento eficaz em situações de urgência.
A situação actual constatou-se não ser muito diferente da anterior, pois já eram os enfermeiros que resolviam a maior parte das situações. As mais graves, ontem como agora, são encaminhadas para os Hospitais.
Verificamos com agrado, que os Enfermeiros estão conscientes do seu papel e serenos, pois mesmo a necessidade de terem alguém que os acompanhe, foi prontamente resolvida.
O Sindicato comprometeu-se a ajudar os enfermeiros com acções de formação feitas por prelectores experimentados e credenciados a nível nacional e internacional, na área do trauma e do suporte avançado de vida.
Este é um prémio que o Sindicato vai facultar àqueles Enfermeiros de Bragança como compensação pela sua disponibilidade e profissionalismo, postas ao serviço da saúde na área da assistência primária.
Este é o principio de um longo percurso a alargar a nível nacional.
É gratificante concluir que alguma ponta de polémica que tentava emergir, não passa de ficção."
A situação actual constatou-se não ser muito diferente da anterior, pois já eram os enfermeiros que resolviam a maior parte das situações. As mais graves, ontem como agora, são encaminhadas para os Hospitais.
Verificamos com agrado, que os Enfermeiros estão conscientes do seu papel e serenos, pois mesmo a necessidade de terem alguém que os acompanhe, foi prontamente resolvida.
O Sindicato comprometeu-se a ajudar os enfermeiros com acções de formação feitas por prelectores experimentados e credenciados a nível nacional e internacional, na área do trauma e do suporte avançado de vida.
Este é um prémio que o Sindicato vai facultar àqueles Enfermeiros de Bragança como compensação pela sua disponibilidade e profissionalismo, postas ao serviço da saúde na área da assistência primária.
Este é o principio de um longo percurso a alargar a nível nacional.
É gratificante concluir que alguma ponta de polémica que tentava emergir, não passa de ficção."
Será isto preocupação ou corporativismo exacerbado por parte dos médicos? (preocupação não deve ser, pois muitas vezes certos médicos recusvam ver doentes, transferindo-os indiscriminadamente! Além disso, a maior parte das intervenções sempre foram feitas pelos Enfermeiros!)
O problema do corporativismo médico só aos médicos diz respeito, mas atinge os Enfermeiros quando o nosso nome está envolvido...
... mas triste, é a figura do bastonário da Ordem dos Médicos.
Greve geral no dia 30 de Maio!
Se não lutamos pelos nossos interesses, quem lutará?
Creio que já quase todos sabem que dia 30 de Maio haverá um greve geral!
Se queremos ter uma carreira digna, manter e (re)conquistar direitos, temos de o fazer unidos!
Sabem o que querem fazer aos Enfermeiros?
Convencido? GREVE GERAL!
Leão sem juba!
O sr. Miguel Leão, médico licenciado e candidato a bastonário da Ordem dos Médicos, numa entrevista ao jornal Correio da Manhã, proferiu estas palavras (clicar na imagem em cima para ampliar e ler)...
Este senhor, demonstra uma visão restritiva e focalizada muito tendenciosa e prejudicial ao sector da saúde... que chega a a roçar a ignorância!
Além disso, será que alguém já o informou que estamos em pleno séc. XXI?
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Fonte: Excerto de texto retitado do Jornal Correio da Manhã
quarta-feira, maio 23, 2007
Três avisos sábios!
Estão publicados no site do SE(N) três artigos MUITO importantes que convêm ser lidos!A
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AVISO AOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
"Temos recebido no Sindicato alguns pedidos de apoio para (combater) a proposta da Ordem dos Enfermeiros.
Como é do conhecimento geral, somos a favor de que a formação especializada deve ser feita fora das escolas, porque estas não têm possibilidades de formar nessa área.
Além disso é dispendiosa e não reverte a favor dos Enfermeiros directamente, mas sim das instituições públicas.
A OE precisa de que lhe sejam atribuídas as competências de reconhecimento da formação dos Enfermeiros, sobretudo a formação pós-graduação.
Sem essa competência fica circunscrita a registar Enfermeiros e a receber quotas, elevadas, aliás, para estes tão insignificantes serviços, se excluirmos o de aplicar castigos. Tempos houve em que as escolas eram o reduto formativo dos Enfermeiros.
Com a recusa de os docentes de Enfermagem irem reciclar os seus conhecimentos aos campos de trabalho, o que aconteceu em 1983, quando abateram por influências políticas, essa possibilidade determinada no que seria o Art.º 6º do DL 384-83 (de 3 em 3 anos os docentes deviam cumprir 6 meses de exercício prático), mas retirado, um tanto abusivamente, pelo então ministro da Saúde, Maldonado Gonelha, que sucedeu a Luís Barbosa.
Todo o nosso ensino sofre desta falha dos docentes. Por isso, a sua insistência em quererem continuar a fazer especialistas predominantemente teóricos é continuar num erro crasso que não se justifica, hoje.
Os licenciados de Enfermagem têm o direito de, fora da faculdade, como os outros licenciados, continuarem livremente a investigação que os conduza a novas especializações na área do saber da experiência feito. Para a formação bibliográfica têm o curso de base, com a perigosa tendência para a supremacia da teoria sobre a prática.
O que está em causa é se o exercício da Enfermagem deve ser controlado pela Ordem dos Enfermeiros, criada para esse fim, ou se deve continuar a ser feito nas escolas de Enfermagem, de forma veladamente disfarçada, através de formação que lhe não compete, em essência.
Também defendemos que o título de Enfermeiro deve ser atribuído quando se termina o curso de licenciatura em Enfermagem.
Em síntese: defendemos o que a experiência demonstre ser melhor para a Enfermagem e para os Enfermeiros, cada vez mais libertos de exploração e de exploradores, disfarcem se estes do que se disfarçarem.
O nosso conselho é que cada um pense por si, em função da realidade que temos, evitando manipulações torpes e impróprias de pessoas de bem.
Lutamos muito para que a Enfermagem viesse a ser o que é. Tornou-se num “pitéu” tão apetecível e valioso que todos a querem comer. Atenção, pois, aos predadores!"
Como é do conhecimento geral, somos a favor de que a formação especializada deve ser feita fora das escolas, porque estas não têm possibilidades de formar nessa área.
Além disso é dispendiosa e não reverte a favor dos Enfermeiros directamente, mas sim das instituições públicas.
A OE precisa de que lhe sejam atribuídas as competências de reconhecimento da formação dos Enfermeiros, sobretudo a formação pós-graduação.
Sem essa competência fica circunscrita a registar Enfermeiros e a receber quotas, elevadas, aliás, para estes tão insignificantes serviços, se excluirmos o de aplicar castigos. Tempos houve em que as escolas eram o reduto formativo dos Enfermeiros.
Com a recusa de os docentes de Enfermagem irem reciclar os seus conhecimentos aos campos de trabalho, o que aconteceu em 1983, quando abateram por influências políticas, essa possibilidade determinada no que seria o Art.º 6º do DL 384-83 (de 3 em 3 anos os docentes deviam cumprir 6 meses de exercício prático), mas retirado, um tanto abusivamente, pelo então ministro da Saúde, Maldonado Gonelha, que sucedeu a Luís Barbosa.
Todo o nosso ensino sofre desta falha dos docentes. Por isso, a sua insistência em quererem continuar a fazer especialistas predominantemente teóricos é continuar num erro crasso que não se justifica, hoje.
Os licenciados de Enfermagem têm o direito de, fora da faculdade, como os outros licenciados, continuarem livremente a investigação que os conduza a novas especializações na área do saber da experiência feito. Para a formação bibliográfica têm o curso de base, com a perigosa tendência para a supremacia da teoria sobre a prática.
O que está em causa é se o exercício da Enfermagem deve ser controlado pela Ordem dos Enfermeiros, criada para esse fim, ou se deve continuar a ser feito nas escolas de Enfermagem, de forma veladamente disfarçada, através de formação que lhe não compete, em essência.
Também defendemos que o título de Enfermeiro deve ser atribuído quando se termina o curso de licenciatura em Enfermagem.
Em síntese: defendemos o que a experiência demonstre ser melhor para a Enfermagem e para os Enfermeiros, cada vez mais libertos de exploração e de exploradores, disfarcem se estes do que se disfarçarem.
O nosso conselho é que cada um pense por si, em função da realidade que temos, evitando manipulações torpes e impróprias de pessoas de bem.
Lutamos muito para que a Enfermagem viesse a ser o que é. Tornou-se num “pitéu” tão apetecível e valioso que todos a querem comer. Atenção, pois, aos predadores!"
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À TERCEIRA É DE VEZ
"Finalmente foi aprovada a proposta de alteração ao artigo 7º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros.
Importa salientar:
art.º 7º............. 3 – O título de Enfermeiro Especialista reconhece competência científica, técnica e humana para prestar , além de cuidados gerais, cuidados de enfermagem especializados em áreas específicas de enfermagem.
4 – O título de enfermeiro especialista, na respectiva área clínica, é atribuído ao detentor do título de enfermeiro que:
a) Obtenha aproveitamento no final da segunda fase do internato de enfermagem de acordo com o respectivo regulamento;
b) Seja portador de habilitações referidas na portaria 268/2002 de 13 de Março, cuja formação se tenha iniciado antes da entrada em vigor do presente Estatuto;
c) Seja portador de curso legalmente instituído antes da entrada em vigor da portaria referida na alínea anterior e que confiram direito a título de enfermeiro especialista.
........
Esta é a essência do que foi aprovado na AG de 19 de Maio 2007.
Foi uma reunião largamente concorrida com a presença de 950 Enfermeiros votantes.
A reunião começou com a referência ao nosso comunicado em que referíamos que estava aberta a caça aos “predadores da Enfermagem”, entre os quais estavam as Escolas de Enfermagem.
O resultado foi oposto ao que a professora de Enfermagem esperava, pois os enfermeiros não esquecem as propinas que têm de pagar para se especializarem, enquanto os médicos ganham bons ordenados e direito a lugares que os enfermeiros tardam em conseguir, com os internatos.
Tal como o D.Qixote, estava a actuar segundo uma episteme ou paradigma ultrapassado, ou seja; raciocinou no paradigma da licenciatura bi-etápica (bacharelato + CESE), quando já estamos no da licenciatura de raiz.
Aliás, foi a reunião das escolas, em Coimbra, na semana anterior, que também ajudou a encher a sala de Lisboa.
A prova da legitimidade das teses que defendemos e publicitamos está na distracção das escolas e seus representantes para a realidade. De tão distraídos que andam a investir em tempos idos e paradigmas perdidos, nem se aperceberam que um ciclo se encerrou, por força das circunstâncias e da vontade dos Enfermeiros. E se não mudam de atitude e não reciclarem conhecimentos de ordem prática, perdem de todo a capacidade de formar enfermeiros, ao deixarem fugir a possibilidade de ministrarem a prática como suporte da teoria. Nenhuma teoria é válida se não for testada pelo seu promotor.
Por enquanto, as escolas ainda ensinam mais o que os alunos não podem fazer, porque os médicos não deixam ou não concordam.
Quando passarem a assumir o ensino das competências que os Enfermeiros já conquistaram na prática, não voltam a dizer que punções arteriais, “entubações endotraqueais, desfibrilações auriculares” e afins são só competências dos médicos, deixando a ideia de que é quase preferível deixar morrer o sinistrado para não contrariar a legitimidade médica. Algum dia ainda vamos apanhá las a dizer que “anestesiar os doentes” é um exclusivo dos médicos, quando por esse mundo além já são os enfermeiros a fazerem isso, com vantagem... Basta ir até França!
Foi muito gratificante para a Enfermagem o fecho deste ciclo, apesar da resistência compreensível dos que tentavam mantê-lo aberto.
O que não entendemos é como alguns continuam sem perceber que, quando se introduziu o ensino de enfermagem no sistema educativo normal, as excepções foram perdendo peso e extinguiram-se. Não faz sentido pretender-se manter os Enfermeiros com algo de diferente, mesmo naquilo em que devem ser iguais, como no caso da especialização."A
Importa salientar:
art.º 7º............. 3 – O título de Enfermeiro Especialista reconhece competência científica, técnica e humana para prestar , além de cuidados gerais, cuidados de enfermagem especializados em áreas específicas de enfermagem.
4 – O título de enfermeiro especialista, na respectiva área clínica, é atribuído ao detentor do título de enfermeiro que:
a) Obtenha aproveitamento no final da segunda fase do internato de enfermagem de acordo com o respectivo regulamento;
b) Seja portador de habilitações referidas na portaria 268/2002 de 13 de Março, cuja formação se tenha iniciado antes da entrada em vigor do presente Estatuto;
c) Seja portador de curso legalmente instituído antes da entrada em vigor da portaria referida na alínea anterior e que confiram direito a título de enfermeiro especialista.
........
Esta é a essência do que foi aprovado na AG de 19 de Maio 2007.
Foi uma reunião largamente concorrida com a presença de 950 Enfermeiros votantes.
A reunião começou com a referência ao nosso comunicado em que referíamos que estava aberta a caça aos “predadores da Enfermagem”, entre os quais estavam as Escolas de Enfermagem.
O resultado foi oposto ao que a professora de Enfermagem esperava, pois os enfermeiros não esquecem as propinas que têm de pagar para se especializarem, enquanto os médicos ganham bons ordenados e direito a lugares que os enfermeiros tardam em conseguir, com os internatos.
Tal como o D.Qixote, estava a actuar segundo uma episteme ou paradigma ultrapassado, ou seja; raciocinou no paradigma da licenciatura bi-etápica (bacharelato + CESE), quando já estamos no da licenciatura de raiz.
Aliás, foi a reunião das escolas, em Coimbra, na semana anterior, que também ajudou a encher a sala de Lisboa.
A prova da legitimidade das teses que defendemos e publicitamos está na distracção das escolas e seus representantes para a realidade. De tão distraídos que andam a investir em tempos idos e paradigmas perdidos, nem se aperceberam que um ciclo se encerrou, por força das circunstâncias e da vontade dos Enfermeiros. E se não mudam de atitude e não reciclarem conhecimentos de ordem prática, perdem de todo a capacidade de formar enfermeiros, ao deixarem fugir a possibilidade de ministrarem a prática como suporte da teoria. Nenhuma teoria é válida se não for testada pelo seu promotor.
Por enquanto, as escolas ainda ensinam mais o que os alunos não podem fazer, porque os médicos não deixam ou não concordam.
Quando passarem a assumir o ensino das competências que os Enfermeiros já conquistaram na prática, não voltam a dizer que punções arteriais, “entubações endotraqueais, desfibrilações auriculares” e afins são só competências dos médicos, deixando a ideia de que é quase preferível deixar morrer o sinistrado para não contrariar a legitimidade médica. Algum dia ainda vamos apanhá las a dizer que “anestesiar os doentes” é um exclusivo dos médicos, quando por esse mundo além já são os enfermeiros a fazerem isso, com vantagem... Basta ir até França!
Foi muito gratificante para a Enfermagem o fecho deste ciclo, apesar da resistência compreensível dos que tentavam mantê-lo aberto.
O que não entendemos é como alguns continuam sem perceber que, quando se introduziu o ensino de enfermagem no sistema educativo normal, as excepções foram perdendo peso e extinguiram-se. Não faz sentido pretender-se manter os Enfermeiros com algo de diferente, mesmo naquilo em que devem ser iguais, como no caso da especialização."A
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REIVINDICAÇÕES
"“Unidades de Saúde Familiares cativam enfermeiros experientes” é o título que encima o texto do Observatório dito da Ordem dos Enfermeiros, para a área dos Cuidados Primários.
Não esperávamos que a nossa Ordem tivesse analistas tão vesgos ou a fazerem papeis encomendados, para lesarem os Enfermeiros que a sua Ordem deve prestigiar.
Aquando das comemorações do dia do Enfermeiro em 12 de Maio, uma Enfermeira professora numa faculdade Sueca de Enfermagem, ao ouvir falar do que eram as USFs exclamou: “parem com isso, porque isso não funciona”. Estava a falar certamente com os seus conhecimentos teóricos e práticos.
Já tínhamos sido provocados em 3 de Maio na página 8 do mesmo JN, onde se dizia: “Enfermeiros “esquecidos” por sindicatos”. Ora o nosso esquecimento resultou de não termos falado com Rui Cardeira, que lidera a enfermagem das USF, movimento de perto de 70 enfermeiros que estão a constituir uma associação, para fazerem ouvir a sua voz.Não sabemos quem é nem onde trabalha, apesar de conhecermos muitos Enfermeiros sócios e não sócios dos sindicatos, nomeadamente deste. Não queremos acusar quem quer que seja por esta invenção (Rui Cardeira) para contrapor as suas declarações às da Federação que integramos (FENSE). Se o conhecêssemos e as suas intenções, tê-lo-íamos ouvido, para esclarecimento mútuo. Como nem os enfermeiros que integram as USF o conhecem classificámos esta manobra de pouco clara, se não mesmo escura para esbater as declarações da FENSE. Se existe que dê a cara.Já agora alertamos os hipotéticos Ruis para o fenómeno francês dos “cogumelozinhos”, associações disto e daquilo que destruíram o poder reivindicativo dos Sindicatos franceses, para não irmos mais longe. Não é aos enfermeiros bem formados e informados que interessam as divisões para reinar.Se tem veia sindical não precisa de dividir os Enfermeiros com interesses fictícios e alheios à Classe. Nós dispomos de lugares para militantes interessados e aguerridos. Se não aparecer, vamos classificá-lo, para já, invenção desesperada de quem quer ressuscitar o nado-morto que é a USF.O recado serve para o inquiridor da OE que não pára de nos surpreender pela negativa.Mas a OE ainda pode dizer que, sendo uma emanação do Poder Central, tem de cumprir o que lhe ordenam. E ser ingénuo não é crime: é ingenuidade!Mas que respostas vão dar aos Colegas quando estes descobrirem que foram ludibriados, pois nem vão receber mais um cêntimo, do que recebem, pois não está previsto aumento no diploma em discussão e já, antes desta, aprovado em Conselho de Ministros, no qual somente os médicos que já vinham ensaiando o RRE (regime remuneratório experimental) é que têm direito a tabela especial.Sendo assim, há um grupo de enfermeiros que, por razões que desconhecemos, de momento, quer trabalhar para engordar o salário dos médicos experimentados em RRE.Se têm argumentos para nos desmentirem exponham-nos, com os devidos fundamentos, que contrariem a versão final do diploma que cria as USF, em nosso poder.Quanto aos: Manuel Oliveira (não confundir com o realizador de cinema) e Rui Cardeira, iremos estudar as suas motivações, antes de os crucificarmos, como inimigos aparentes da Classe e servidores de outros interesses que não os dos Enfermeiros. A menos que disponham de elementos que os experimentados dirigentes da FENSE, em negociações, ignorem, por não lhes serem fornecidos...Para já, as USF violam a essência da assistência primária e o estatuto dos Enfermeiros segundo as convenções da OMS (Organização Mundial de Saúde), afastando-a das convenções internacionais que Portugal ratificou, subscrevendo-as.Pretender circunscrever a “assistência primária” à vertente curativa e às consultas e consultórios médicos é erro crasso com que não nos identificamos, pois combatemo-lo.Se alguém tem uma cabeça tão pequenina que não consiga albergar o pensamento de que a FENSE (e nós próprios) luta inequivocamente pelos reais interesses e melhoria do estatuto dos Enfermeiros, lamentamos essas cabeças reduzidas, pois somente servem para desempenhar o tal papel de “empregado de consultório” mais ou menos disfarçado com consultas de Enfermagem prévias.O papel dos aderentes e simpatizantes da ideia USF é como o modelo da via férrea do Douro que servia de exemplo para os engenheiros saberem como não se devia construir uma via férrea e para engrandecer e dignificar o esforço da FENSE, que saiu derrotada das negociações de diploma pré‑aprovado já. Não é por esta farsa que lutamos."
Não esperávamos que a nossa Ordem tivesse analistas tão vesgos ou a fazerem papeis encomendados, para lesarem os Enfermeiros que a sua Ordem deve prestigiar.
Aquando das comemorações do dia do Enfermeiro em 12 de Maio, uma Enfermeira professora numa faculdade Sueca de Enfermagem, ao ouvir falar do que eram as USFs exclamou: “parem com isso, porque isso não funciona”. Estava a falar certamente com os seus conhecimentos teóricos e práticos.
Já tínhamos sido provocados em 3 de Maio na página 8 do mesmo JN, onde se dizia: “Enfermeiros “esquecidos” por sindicatos”. Ora o nosso esquecimento resultou de não termos falado com Rui Cardeira, que lidera a enfermagem das USF, movimento de perto de 70 enfermeiros que estão a constituir uma associação, para fazerem ouvir a sua voz.Não sabemos quem é nem onde trabalha, apesar de conhecermos muitos Enfermeiros sócios e não sócios dos sindicatos, nomeadamente deste. Não queremos acusar quem quer que seja por esta invenção (Rui Cardeira) para contrapor as suas declarações às da Federação que integramos (FENSE). Se o conhecêssemos e as suas intenções, tê-lo-íamos ouvido, para esclarecimento mútuo. Como nem os enfermeiros que integram as USF o conhecem classificámos esta manobra de pouco clara, se não mesmo escura para esbater as declarações da FENSE. Se existe que dê a cara.Já agora alertamos os hipotéticos Ruis para o fenómeno francês dos “cogumelozinhos”, associações disto e daquilo que destruíram o poder reivindicativo dos Sindicatos franceses, para não irmos mais longe. Não é aos enfermeiros bem formados e informados que interessam as divisões para reinar.Se tem veia sindical não precisa de dividir os Enfermeiros com interesses fictícios e alheios à Classe. Nós dispomos de lugares para militantes interessados e aguerridos. Se não aparecer, vamos classificá-lo, para já, invenção desesperada de quem quer ressuscitar o nado-morto que é a USF.O recado serve para o inquiridor da OE que não pára de nos surpreender pela negativa.Mas a OE ainda pode dizer que, sendo uma emanação do Poder Central, tem de cumprir o que lhe ordenam. E ser ingénuo não é crime: é ingenuidade!Mas que respostas vão dar aos Colegas quando estes descobrirem que foram ludibriados, pois nem vão receber mais um cêntimo, do que recebem, pois não está previsto aumento no diploma em discussão e já, antes desta, aprovado em Conselho de Ministros, no qual somente os médicos que já vinham ensaiando o RRE (regime remuneratório experimental) é que têm direito a tabela especial.Sendo assim, há um grupo de enfermeiros que, por razões que desconhecemos, de momento, quer trabalhar para engordar o salário dos médicos experimentados em RRE.Se têm argumentos para nos desmentirem exponham-nos, com os devidos fundamentos, que contrariem a versão final do diploma que cria as USF, em nosso poder.Quanto aos: Manuel Oliveira (não confundir com o realizador de cinema) e Rui Cardeira, iremos estudar as suas motivações, antes de os crucificarmos, como inimigos aparentes da Classe e servidores de outros interesses que não os dos Enfermeiros. A menos que disponham de elementos que os experimentados dirigentes da FENSE, em negociações, ignorem, por não lhes serem fornecidos...Para já, as USF violam a essência da assistência primária e o estatuto dos Enfermeiros segundo as convenções da OMS (Organização Mundial de Saúde), afastando-a das convenções internacionais que Portugal ratificou, subscrevendo-as.Pretender circunscrever a “assistência primária” à vertente curativa e às consultas e consultórios médicos é erro crasso com que não nos identificamos, pois combatemo-lo.Se alguém tem uma cabeça tão pequenina que não consiga albergar o pensamento de que a FENSE (e nós próprios) luta inequivocamente pelos reais interesses e melhoria do estatuto dos Enfermeiros, lamentamos essas cabeças reduzidas, pois somente servem para desempenhar o tal papel de “empregado de consultório” mais ou menos disfarçado com consultas de Enfermagem prévias.O papel dos aderentes e simpatizantes da ideia USF é como o modelo da via férrea do Douro que servia de exemplo para os engenheiros saberem como não se devia construir uma via férrea e para engrandecer e dignificar o esforço da FENSE, que saiu derrotada das negociações de diploma pré‑aprovado já. Não é por esta farsa que lutamos."
a
Fonte: www.sen.pt
Mau, mau!
Parecia-me que a Ordem dos Enfermeiros já tinha abandona o velhinho discurso do "faltam 21 mil enfermeiros nos hospitais e 12 mil nos centros de saúde", quando li ontem num jornal um membro da Ordem a querer "reavivar" este argumento poeirento!
Para esclarecer tudo e todos é melhor ser mais claro: "são necessários mais alguns Enfermeiros nas instituições, mas estes Enfermeiros já se encontram disponíveis no mercado"!
Não vá muita boa gente pensar que é necessário formar (ainda) mais Enfermeiros!
Nem o Luís de Matos conseguiria "encaixar" mais 33 mil Enfermeiros nos serviços de saúde!
Tenham dó! Falem em possibilidades reais tendo em conta a conjuntura sócio-política e económica!
Linha Saúde 24 considerada como serviço de emergência
A partir de agora, as chamadas realizadas para a linha Saude24 serão consideradas como comunicações de emergência. A decisão foi do Ministro da Saúde publicada em despacho no Diário da República. A tutela entende que o conceito deste projecto se enquadra no conceito de serviço de emergência adoptado pela Comissão Europeia no nº 4 do artigo 4º da Lei 41/2004.
Desta forma, os Enfermeiros podem transferir as chamadas para o CODU do INEM ou para o Centro de Informação Anti-Venenos (CIAV) da mesma entidade, sempre que a situação assim o exija.
De notar que quando este esta linha foi inaugurada, contava com 300 profissionais, entre os quais 260 Enfermeiros e 40 assistentes de atendimento (para chamadas de teor não clínico). Devido a esta mudança de conceito, toda a linha passará a ser assegurada na totalidade só por Enfermeiros!
domingo, maio 20, 2007
A "discussão" do momento nos EUA
Capa: Laura Bartley, Oncology Nurse, Hillman Cancer Center, University of Pittsburgh Medical Center
Nos EUA, os Enfermeiros assumem um papel cada vez preponderante nas políticas de saúde (a Europa também começa seguir os mesmos passos).
Uma simples pesquisa na internet e encontramos inúmeros estudos e relatórios que concluem que os cuidados prestados por Enfermeiros e Médicos são equivalentes.
Um grande exemplo disto, é o recente estudo americano, que concluíu que os Enfermeiros anestesistas prestam os mesmos cuidados com a mesma qualidade relativamente aos médicos anestesistas. Resultado: logo à partida 29 estados americanos dispensaram os médicos anestesistas e os blocos operatórios ficaram só com Enfermeiros anestesistas com as mesmas funções dos médicos. As associações médicas protestaram agoirando erros e "desgraças"! Após anos de experiência, esses agoiros esbateram-se, e as estatísticas e relatórios mostram que em termos de eficácia, efectividade e qualidade, os cuidados Médicos são iguais aos Enfermeiros anestesistas! As vozes médicas calaram-se. (Para quem não sabe um Médico Anestesista nos EUA têm 8 anos de formação, especialização incluída, e os Enfermeiros Anestesistas têm 7 anos de formação + 1 ano de experiência em "cuidados críticos")
Por tudo isto, a revista "US News" lançou esta polémica capa....
... e eu deixo os seguintes links:
sábado, maio 19, 2007
É hoje!
É hoje, na Assembleia Extraordinária da Ordem dos Enfermeiros, que se decide o futuro da Enfermagem ao aprovar ou não a alteração estatutária. Somos nós quem decide.
Ou deixamos tudo tal como está (excesso de Enfermeiros, desemprego, exploração, precariedade, baixos salários...), ou aprovamos a alteração dos estatutos e mudamos de "trilho" rumando a um futuro sólido para a profissão, livre de "dependências" que só atrasam o nosso desenvolvimento...
Nós escolhemos. Hoje, é o que se pode chamar o "dia dos Enfermeiros"...
quinta-feira, maio 17, 2007
O problema de base...que necessita de ser resolvido JÁ!
Um comentador anónimo deixou-nos este contributo interessante:
"O curso de Enfermagem é o curso com mais vagas e escolas do país. Saem enfermeiros recém-licenciados em Julho (a maior vaga), Setembro, Novembro, Janeiro, Março, Abril... O nº de hospitais não deve ser muito superior ao nº de escolas. Palhaçada maior do que esta, só mesmo no circo! Sábado vamos tentar aprovar o novo estatuto do internato para a licenciatura e especialidades. Consta-se que, a se concretizar a aprovação, as vagas para o internato será de 1000 licenciados em Enfermagem (já não serão imediatamente enfermeiros), ou seja, nem metade dos que se formam. Apesar de concordar com esse número, acho que a única solução sensata para combater os excedentes, seria cortar as vagas de uma vez por todas e encerrar o curso em escolas, quer privadas, quer públicas (infelizmente o Governo não está para aí virado. Congelou as vagas para os cursos de saúde, excepto Medicina e Enfermagem!!!). Acho que nenhum de nós enfermeiros, quando acabámos o nosso curso, gostaríamos de ter sido postos de lado, por não conseguir ingressar no internato. Isto já não é palhaçada, é brincar descaradamente com a vida das pessoas. Mas a OE lá vai tentando remediar a coisa, pois viu que a conversa do rácio já não cola em lado nenhum de tão gasta que estava.
Quanto às médias de ingresso no Ensino Superior Público, depois da vergonha da média de entrada de 7,5 num estabelecimento (não era de Enfermagem felizmente), estes mesmos estão proibidos de aceitar alunos com médias negativas, ao contrário do que se passa com as privadas que é à escolha do freguês. As faculdades de Medicina impuseram uma média mínima de entrada de 14 valores, podendo ter havido ajustes, como foi referido por um comentador que referiu a média mínima de 16 para a Fac Medicina do Porto. Penso que faz todo o sentido impor estes limites. (...)
A investigação em Enfermagem não tem pernas para andar se se confinar ao gabinete, ou às entrevistas em gabinete. Mas como nem tudo é mau, confesso que já li uma tese bastante interessante e que, sim, contribui para o desenvolvimento das práticas em Pediatria."
No site da Ordem dos Enfermeiros, na área reservada ao mebros, é possivel ler o seguinte "A desregulação da oferta formativa em Enfermagem, com o abrupto aumento do número de escolas e cursos (estão em formação 14.500 estudantes, no total dos quatro anos)."...
Assustador, não é? Como pode ser isto possível?
Uma coisa é certa:
1. As vagas para Enfermagem têm de diminuir drasticamente (numerus clausus)!
2. O filtro de selecção para admissão nas escolas necessita de ser bem mais exigente!
3. A qualidade dos cursos está seriamente comprometida, pois as estruturas de saúde/ensino em Portugal não têm capacidade para formar tantos Enfermeiros com qualidade! (corremos o risco de banalizar a formação em Enfermagem)!
quarta-feira, maio 16, 2007
O momento...
"Há momentos únicos, que duram para sempre..."
E com este pensamento, para relaxar (os Enfermeiros precisam!), deixo-vos uma das melhores músicas de todos os tempos (opinião pessoal)...
Não sou fã incondicional das Spice Girls, mas esta música ("Viva Forever") é de outro mundo...
O dia "D"...
"A Ordem dos Enfermeiros está a fazer mais uma AG, desta feita, no próximo dia 19 pelas 17 horas, no local habitual (Faculdade de Ciências, ao Campo Grande, em Lisboa).
Nenhum Enfermeiro que se preza pode deixar de estar presente, elegendo a sua participação como prioridade máxima.
Nenhum Enfermeiro que se preza pode deixar de estar presente, elegendo a sua participação como prioridade máxima.
Está aberta a caça aos predadores da Enfermagem, sejam governantes, médicos, gerentes ou outros enfermeiros. A opção de se transformar de caçador em presa fácil é de cada um.
O que está em causa é o futuro da Profissão, que todos temos de garantir.
Estamos na fase de a formação especializada ser feita nos locais próprios, que são os serviços, onde cada um trabalha e não as escolas de ensino de enfermagem.
Somente alguns, poucos, por enquanto, se aperceberam que não é dos antigos cursos complementares, com o nome de especialidades que foram feitos nas escolas, para ascender a especialista ou chefe, que estamos a falar. As escolas fizeram o que puderam sem olharem ao modelo e fim útil do mesmo. Como tinham em arquivo o do curso complementar, foi esse que foram usando.
Agora lutam de forma irracional e antiquada por uma pós-graduação qualquer que pretendem ministrar a quem goste de andar com livros na pasta, ou precise de se afastar, por uns tempos, do serviço, para alívio psíquico, como acontecia no tempo em que havia bolsas de estudo, para aqueles que, hoje, nem o estatuto de trabalhador estudante querem reconhecer.
A irracionalidade das escolas, intervenientes na sementeira da confusão, radica em não perceberem as suas limitações e incapacidades para especializarem os Enfermeiros, pois como licenciados, que são, não precisam de DESE nem de CESE, para juntarem ao curso de bacharéis. Sendo assim, não é de um título académico que os especializandos precisam, mas do reconhecimento da formação que fazem em serviço, pela Ordem dos Enfermeiros.
Para viabilizar esse reconhecimento a nossa Ordem precisa de que lhe seja reconhecida, por quem a criou, essa competência, que não detém.
Podíamos discursar exaustivamente sobre a irracionalidade das escolas pretenderem eternizar a sua tuteria sobre os Enfermeiros, pois está provado que nunca especializaram ninguém, no sentido mais legítimo da palavra.
Porém, o nosso objectivo é convidar aqueles que se dizem interessados e são mesmo interessados em resolver problemas actuais da Classe, a estarem presentes na AG da Ordem no Sábado próximo, para poderem exercer o seu direito de voto no sentido de expurgar a Enfermagem de fenómenos adventícios e espúrios.
Se não ajudarem, não têm o direito de se lamentar, por continuarmos a remar contra a maré e à mercê de oportunismos e oportunistas.
“De costas voltadas, não se vê o futuro, nem a estrada que a ele nos conduz”!"
Podíamos discursar exaustivamente sobre a irracionalidade das escolas pretenderem eternizar a sua tuteria sobre os Enfermeiros, pois está provado que nunca especializaram ninguém, no sentido mais legítimo da palavra.
Porém, o nosso objectivo é convidar aqueles que se dizem interessados e são mesmo interessados em resolver problemas actuais da Classe, a estarem presentes na AG da Ordem no Sábado próximo, para poderem exercer o seu direito de voto no sentido de expurgar a Enfermagem de fenómenos adventícios e espúrios.
Se não ajudarem, não têm o direito de se lamentar, por continuarmos a remar contra a maré e à mercê de oportunismos e oportunistas.
“De costas voltadas, não se vê o futuro, nem a estrada que a ele nos conduz”!"
Fonte: www.sen.pt
terça-feira, maio 15, 2007
As "aves raras" e a paciência infinita dos Enfermeiros!
Os médicos continuam a sua saga "anti-Enfermagem"! Já se aperceberam que de nada vale apelar ao ministro da saúde, pois mesmo este que já começa a ser indiferente às fanfarronices destes profissinonais, pelo que estes começam (a tentar) acalentar uma campanha contra os Enfermeiros nas televisões, jornais e rádios, que por sua vez sequiosas de "notícias-sensação" alimentam a estupidez e a ignorância médica...
Mas nem todos os médicos (porque nem todos cabem dentro do mesmo "saco", claro!) se prestam a este circo!
Nesta peça emitida pela TVI, estas duas "aves raras" deram a cara: um tal sindicalista, que é sobejamente conhecido pelas suas "macacadas" em público, chamado Carlos Arroz (CA) e um outro, este sim, de veia poética, chamado José Manuel Silva (JMS), que era o último que faltava na caderneta! Este JMS é tão impressionantemente banal, que todas as vezes que o ouvi ou li, não diz ou escreve nada de novo! Simplesmente faz figuras aparlemadas, tal como fez no programa prós e contras, emitido pela RTP. E parece gostar!
A classe médica insiste no slogan "vai morrer gente em Bragança", numa tentativa frustrada de ilustrar o problema com que se debatem: a renúncia de médicos no SAP de Bragança! A classe médica estava (mal!) habituada a negociar como queriam e com quem queriam na base do pressuposto "nós-somos-imprescindíveis-à-saúde"!!
Ora, tal e qual como acontece nos países avançados, os Enfermeiros são profissionais que têm competância para assumir as suas responsabilidades! O sr. CA afirma nesta peça da TVI que o "país está doido" ou que vai haver "mortes desnecessárias", pois apesar de esstar apenas um Enfermeiro no serviço, o INEM continua a drenar urgências para o SAP de Bragança, e a população continuar a afluir, para serem observadas pelos Enfermeiros!
Esta última afirmação é curiosa ("vai haver "mortes desnecessárias""), pois recentemente médicos da VMER de Bragança recusaram-se a trabalhar se os seus honorários não fosse aumentados de 17 para 25 euros/hora (argumentos económicos!!), deixando a VMER INOP, e a população exposta ao risco de "mortes desnecessárias"! Logo, parece-me pateta virem criticar esta situação situação desta forma! Serão esquecidos ou fazem-se esquecidos?
Será que estes dois, CA e JMS, não sabem em que moldes funcionam os serviços de urgência do Reino Unido e Austrália por exemplo? Tão sapientes para umas coisas e tão ignorantes para outras!!
O Ministro da Saúde colhe o apoio da Ordem dos Enfermeiros!
Resta à Ordem e ao Ministério da Saúde a atribuição e reconhecimento legal de novas competências para os Enfermeiros, que são imprescindíveis para autonomia da classe! Quem tiver oportunidade de visionar a referida peça da TVI, terá oportunidade de ver a bastonária da Ordem dos Enfermeiros a defender a nossa posição, perante a ofensiva desesperada de duas "aves raras" que escaparam do circo!
sábado, maio 12, 2007
A evolução e a revolução... com a concepção de Enfermeiros!
Este fantástico acontecimento vem noticiado em vários sites da internet, entre os quais, o www.mni.pt, de onde retirei esta notícia que é motivo de satisfação para todos os Enfermeiros e utentes!
"Cientistas da Escola de Enfermagem da Universidade Politécnica de Hong Kong, China, anunciaram esta semana terem desenvolvido o primeiro teste indolor que mede a quantidade de açúcar no sangue, sem retirar uma amostra de sangue.
Trata-se de um aparelho, do tamanho de um telemóvel, que emite uma forma fraca de raios infravermelhos que penetram na pele do dedo, atingindo a circulação sanguínea e fazendo a medição sem a necessidade da picada no dedo.
Dos muitos componentes do sangue, os raios infravermelhos são capazes de identificar moléculas de glicose, através da frequência ou comprimento de ondas que emitem. O aparelho mostra a quantidade de açúcar presente no sangue em 10 segundos.
"Há diferentes tipos de células nos vasos sanguíneos: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, outros componentes, proteína, glicose, colesterol, mas o nosso modelo selecciona apenas a glicose e mede os seus níveis", explicou em conferência de imprensa, a líder da investigação, Joanne Chung.
A equipa é composta por 28 especialistas chineses e australianos: enfermeiros, médicos, engenheiros, engenheiros informáticos, assim como matemáticos— que trabalharam durante os últimos quatro anos no desenvolvimento do equipamento, tendo garantindo que o mesmo passou por cinco testes clínicos e consegue 85% de precisão."
Trata-se de um aparelho, do tamanho de um telemóvel, que emite uma forma fraca de raios infravermelhos que penetram na pele do dedo, atingindo a circulação sanguínea e fazendo a medição sem a necessidade da picada no dedo.
Dos muitos componentes do sangue, os raios infravermelhos são capazes de identificar moléculas de glicose, através da frequência ou comprimento de ondas que emitem. O aparelho mostra a quantidade de açúcar presente no sangue em 10 segundos.
"Há diferentes tipos de células nos vasos sanguíneos: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, outros componentes, proteína, glicose, colesterol, mas o nosso modelo selecciona apenas a glicose e mede os seus níveis", explicou em conferência de imprensa, a líder da investigação, Joanne Chung.
A equipa é composta por 28 especialistas chineses e australianos: enfermeiros, médicos, engenheiros, engenheiros informáticos, assim como matemáticos— que trabalharam durante os últimos quatro anos no desenvolvimento do equipamento, tendo garantindo que o mesmo passou por cinco testes clínicos e consegue 85% de precisão."
Pensar e reflectir sobre Enfermagem no dia do Enfermeiro!
Os últimos debates cá no blog produziram alguns comentários que servem de base para uma reflexão. Deixo-vos com um dos últimos...
"Meus caros: tudo isto que se passa, na verdade já se passa há muito, mas muito tempo...eu ainda sou do tempo que ficava sózinho no SAP, atendia os doentes que lá recorriam e ainda cuidava dos internados. Medicava, suturava, tomava decisões clínicas...E os médicos só lá apareciam para assinar as fichas.
A Ordem dos médicos sabia disso, mas não se importava porque os seus sócios ganhavam sem lá por os pés. Agora é um pouco diferente, mas nós salvamos vidas na presença do senhor doutor que fica muitas vezes quase imóvil, limitando-se a assinar a folha de transferência...
Já salvei algumas vidas sem ajuda dos médicos, e eles até me agradecem, e queriam que eu estivesse de serviço com eles, sei que corria riscos..mas tambem sabia o que fazia. Sabiam que por exemplo isto já é feito em países mais evoluidos que o nosso, como EUA, e os estudos dizem que a qualidade não é inferor ao atendimento médico, e em alguns casos até passa, apesar de ganharem menos que eles?
Sabiam que há cerca de 4 anos, abriu um Doutoramento em enfermagem numa faculdade dos EUA, cujo objectivo era proprocionar formação avançada aos enfermeiros e ficarem com as mesmas competências do médicos de familia, para trabalharem autonomamente - diagnosticarem pedirem exames complementares, medicarem etc, e que antes de abrir o curso foi efectuada uma experiência piloto, e chegaram à conclusão que o nivel de eficácia era igual à dos médicos e que o de erro era inferior? Tudo isto foi publicado num Jornal nacional Médico!!!
Vá lá, deixemo-nos de tretas e vamos trabalhar aquele que o saiba fazer melhor, que o faça!!! O bem do doente acima de tudo!!!
Atenção,os enfermeiros não precisam de poleiro, precisam, isso sim, de condições para cuidar das pessoas, sim pessoas como aquelas que tanto os criticam, mas que dia menos dia, lá estão elas a precisar de algo deles. Consultas médicas como vemos, muitas delas até podem vir a ser efectuadas por computadres...cuidados de enfermagem, muito duvido!Sim, enfermagem é aquela profissão que muitos desdenham, mas no fundo sabem que é um corpo profissional "rico", que actua em todas as circunstâncias, e olhem até quando a medicina nada mais tem a fazer, lá esta o tal enfermeiro a fazer algo pouco prestigiante para alguns, mas de uma grandeza imesurável para outros.
Bem haja a todos os enfermeiros..."
Carlos.
50% de desconto para enfermeiros na Exposição «O corpo humano como nunca o viu» - Dia Internacional do Enfermeiro
"Os promotores da Exposição «O corpo humano como nunca o viu» oferecem 50% de desconto no preço dos bilhetes adquiridos amanhã, Dia Internacional do Enfermeiro, a todos os enfermeiros que queiram visitar a colecção patente no Palácio dos Condes do Restelo, na Rua da Escola Politécnica, em Lisboa.
A exposição pode ser visitada amanhã entre as 10 e as 23 horas e para poder usufruir do referido desconto os membros da Ordem terão apenas de apresentar a sua cédula profissional no momento da aquisição."
A exposição pode ser visitada amanhã entre as 10 e as 23 horas e para poder usufruir do referido desconto os membros da Ordem terão apenas de apresentar a sua cédula profissional no momento da aquisição."
Fonte: www.ordemenfermeiros.pt
Dia do Enfermeiro!
E porque hoje é dia do Enfermeiro, deixo os melhores cumprimentos a todos os colegas, com votos de um futuro melhor para cada um em particular e para toda a nossa classe!
sexta-feira, maio 11, 2007
"Grunhidos"... de preocupação com os Enfermeiros!
O blog queraiodesaudeanossa.blogspot.com apresenta um post (do qual deixo-vos apenas um excerto) que é bem alusivo às disputas que pairam no ar....
A
"Há poucos meses atrás sobre a colocação de enfermeiros, em vez de médicos, nas viaturas de emergência médica, disse o Bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes:
«A ser verdade, é inqualificável, porque passaríamos a ter em Portugal cidadãos de primeira e de segunda no que respeita aos cuidados médicos».
«A ser verdade, é inqualificável, porque passaríamos a ter em Portugal cidadãos de primeira e de segunda no que respeita aos cuidados médicos».
Sobre este tema, a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Maria Augusta Sousa, defende que este projecto pode ser «um passo em frente» no serviço de emergência, onde, no seu entender, «ainda muito está por fazer».
A
Sobre o Saúde 24, diz a Ordem dos Enfermeiros:
"A Ordem dos Enfermeiros endereça ainda uma palavra de grande estima e consideração a todos os enfermeiros envolvidos no Saúde 24 - desde os responsáveis pelo serviço no âmbito da Direcção-Geral da Saúde aos 250 enfermeiros que estão a fazer o atendimento telefónico ao cidadão.Congratulamo-nos igualmente pelo facto de o coordenador da Unidade de Apoio do Saúde 24 ser também um enfermeiro."
Enquanto que Pedro Nunes diz:
"Se o call center foi criado como um serviço complementar ao sistema de saúde, é uma boa medida mas infelizmente não é isso que, aparentemente, está a acontecer. Há sítios onde as pessoas, em vez de terem um médico, passam a ter um telefone. E os doentes não se observam pelo telefone".
Sobre o Saúde 24, diz a Ordem dos Enfermeiros:
"A Ordem dos Enfermeiros endereça ainda uma palavra de grande estima e consideração a todos os enfermeiros envolvidos no Saúde 24 - desde os responsáveis pelo serviço no âmbito da Direcção-Geral da Saúde aos 250 enfermeiros que estão a fazer o atendimento telefónico ao cidadão.Congratulamo-nos igualmente pelo facto de o coordenador da Unidade de Apoio do Saúde 24 ser também um enfermeiro."
Enquanto que Pedro Nunes diz:
"Se o call center foi criado como um serviço complementar ao sistema de saúde, é uma boa medida mas infelizmente não é isso que, aparentemente, está a acontecer. Há sítios onde as pessoas, em vez de terem um médico, passam a ter um telefone. E os doentes não se observam pelo telefone".
A
E sobre a prevenção dos médicos e a presença dum enfermeiro durante o período nocturno nos antigos SAP do Distrito de Bragança, considera a Ordem dos Médicos:
"A ordem dos médicos alerta a população do distrito de Bragança para a falta de segurança do novo sistema de emergência nocturna criado pelo Governo, podendo até prever-se a morte de pessoas por deficiente assistência, tal como aconteceu recentemente no Alentejo."
A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros só achou que:
"Não nos passaria sequer, da leitura que fizemos do protocolo, que pudesse estar subjacente uma solução que passava por ter uma porta aberta com apenas uma pessoa", tendo levado esta reclamação ao Ministro da Saúde e proposto a presença de um auxiliar de acção médica o que foi aceite.
"A ordem dos médicos alerta a população do distrito de Bragança para a falta de segurança do novo sistema de emergência nocturna criado pelo Governo, podendo até prever-se a morte de pessoas por deficiente assistência, tal como aconteceu recentemente no Alentejo."
A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros só achou que:
"Não nos passaria sequer, da leitura que fizemos do protocolo, que pudesse estar subjacente uma solução que passava por ter uma porta aberta com apenas uma pessoa", tendo levado esta reclamação ao Ministro da Saúde e proposto a presença de um auxiliar de acção médica o que foi aceite.
A
Assim não vamos lá!!!"
As últimas guerras entre médicos e enfermeiros estão na berra. Ou melhor, a guerra dos médicos para com os enfermeiros.
Os médicos criticam o modelo de SAP em Bragança, o projecto Saude24, as Unidades Rápidas de Suporte Imediato de Vida (URSIV), etc...
Os médicos criticam o modelo de SAP em Bragança, o projecto Saude24, as Unidades Rápidas de Suporte Imediato de Vida (URSIV), etc...
Observando cuidadosamente constatamos que todos estes projectos envolvem enfermeiros prescindindo do médico em primeira instância, ou seja, pela primeira vez em Portugal, o médico deixa de ser o pivô, para passar a actor de rectaguarda.
Ultimamente a ordem dos médicos tem-se desdobrado em críticas, ofensas, e difamações para com os enfermeiros. Os médicos dizem-se preocupados com as populações, com a saúde, com o atendimento... A mim parecem-me que estão a "grunhir", desesperados pela perda da centralidade, pela desmobilização da imprescindibilidade, pela substituição por outros profissionais.... Se estão assim tão preocupados com Bragança, pergunto-me:
- porque é que não se preocupam com os seus colegas que resolvem não comparecer ao serviço nas VMER, deixando-as INOP, e aí sim, colocando os utentes em risco a vida?
- porque é que não se preocupam com o não cumprimento dos horários, saindo mais cedo para a privada deixando os utentes do público sem cuidados médicos?
- porque é que não se preocupam com o cumprimento do calendário cirúrgico (fazendo aumentar a lista de espera) e depois fazem cirurgias do PECLEC em horas normais de serviço?
- porque é que não se preocupam com as horas de espera nos SU's (com utentes desesperados) enquanto "atendem" calmamente delegados de informação médica?
- etc, etc, etc...
Lembro que em Bragança muitos médicos se recusaram a tripular a VMER local, por exigir que aumentassem os seus honorários de 17 euros/hora para 25 euros/hora... na altura, por meros motivos económicos, não se preocuparam assim tanto com a vida dos utentes...!!!
A mim parece-me que se a linha Saude24 fosse composta por médicos, então sim, seria classificado pela ordem dos médicos como uma ideia genial, uma forma de afastar as falsas urgências dos SU's, aconselhar e orientar as pessoas!
Apesar dos protestos dos médicos, o projecto das URSIV está a avançar, a linha Saude24 já avançou e Bragança também vai no encalço!
A razão de tantos protestos e fúrias é o corporativismo retrógado e a ideia que o médico passará a não ser "o único galo do galinheiro", a reinar como nos seus tempos aúreos...
Relativamente a Bragança, penso que já muita gente sabe que o modelo dos enfermeiros em presença sem médico, é muito comum noutros países com excelentes resultados....
Relativamente às URSIV, também é sobejamente conhecido que muitos países com óptimos serviços de emergência pré-hospitalar, têm "enfermeiros na rua" sem a presença do médico... A bastonária, Enfª Maria Augusta de Sousa, disse há tempos num debate na TSF, respondendo às críticas dos médicos presentes no auditório, que achava que "o suporte avançado de vida ainda era igual tanto para os médicos como para os enfermeiros"... ou não é?
No que toca ao projecto Saude24, também é conhecido o sucesso de projectos semelhantes e conduzidos por enfermeiros em Portugal e no estrangeiro...
Em suma, parece-me que o problema dos médicos não está na preocupação com a população, está sim com os enfermeiros....!
quinta-feira, maio 10, 2007
De coice de burro ninguém está livre (diz o ditado)... e o SE(N)!
Acerca das mais recentes ofensas de uma certa classe de profissionais de saúde, o sindicato dos Enfermeiros teceu o seguinte comentário:
"Dia 8 de Maio foi o dia escolhido pelo governo para dar a conhecer ao público o serviço telefónico 808 24 24 24. Do outro lado da linha está uma voz calma e avisada, com conhecimentos suficientes para esclarecer quem liga o número.
Esperava-se uma informação óbvia do Primeiro-ministro: “É um serviço que já existe em muitos países e onde a Ordem dos Médicos local tem o comportamento para com o trabalho dos Enfermeiros como a Ordem dos Médicos Portugueses”;
Não se esperava a prudência envergonhada do Ministro da Saúde ao ir buscar o saber da experiência feito ao gineceu da família que era um santuário das mulheres da família (quando havia esse tipo de família) onde o homem só entrava para nascer e para morrer. Depois continuou com as cautelas para dizer que o tipo de informação do 3x24 nem era de diagnóstico nem de receita de medicamentos.
Com a experiência que tem na área da Saúde que temos, não lhe ficava nada mal reconhecer publicamente que os Enfermeiros são técnicos altamente qualificados e os principais obreiros da saúde, com conhecimentos teóricos e práticos para muito mais do que os simples aconselhamentos telefónicos.
"Dia 8 de Maio foi o dia escolhido pelo governo para dar a conhecer ao público o serviço telefónico 808 24 24 24. Do outro lado da linha está uma voz calma e avisada, com conhecimentos suficientes para esclarecer quem liga o número.
Esperava-se uma informação óbvia do Primeiro-ministro: “É um serviço que já existe em muitos países e onde a Ordem dos Médicos local tem o comportamento para com o trabalho dos Enfermeiros como a Ordem dos Médicos Portugueses”;
Não se esperava a prudência envergonhada do Ministro da Saúde ao ir buscar o saber da experiência feito ao gineceu da família que era um santuário das mulheres da família (quando havia esse tipo de família) onde o homem só entrava para nascer e para morrer. Depois continuou com as cautelas para dizer que o tipo de informação do 3x24 nem era de diagnóstico nem de receita de medicamentos.
Com a experiência que tem na área da Saúde que temos, não lhe ficava nada mal reconhecer publicamente que os Enfermeiros são técnicos altamente qualificados e os principais obreiros da saúde, com conhecimentos teóricos e práticos para muito mais do que os simples aconselhamentos telefónicos.
A tendência para hiper valorizar a prescrição terapêutica e o diagnóstico, por serem as defesas da corporação da medicina seria bom para o povo que também em Portugal se reduzisse à sua dimensão real de valor relativo.
Ao Bastonário da Ordem dos Médicos lembramos mais uma vez que, nada do que os Enfermeiros fazem é em substituição de consultas médicas. Estas têm o seu tempo e modo que não substitutos de outras acções tão ou mais válidas do que essas.
Àquele dirigente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, retiramos o direito de emitir aleivosias ou mesmo alarvices de classificar as Enfermeiras dos ex-SAP de telefonistas. Dizia o inteligente dirigente: “Nos SAPs de Bragança não há lugar para um Médico de estetoscópio ao pescoço, mas há lugar para uma Enfermeira de telefone ao pescoço”. Emitiu este pedaço de prosa altamente esclarecedor da mentalidade do autor, no noticiário da TVI, veiculado pelo repórter para o Bastonário.
Será que esta medicina, que temos, ainda não percebeu que a relação dos seus agentes para com os Enfermeiros é muito semelhante à dos engenheiros com os arquitectos?
Temos de lhes retirar a possibilidade de verterem todo o trabalho dos Enfermeiros na acção do Médico!
Vai-lhes doer muito, mas vai fazer bem à saúde. Temos de erradicar esta escara do SNS, já!"
Ao Bastonário da Ordem dos Médicos lembramos mais uma vez que, nada do que os Enfermeiros fazem é em substituição de consultas médicas. Estas têm o seu tempo e modo que não substitutos de outras acções tão ou mais válidas do que essas.
Àquele dirigente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, retiramos o direito de emitir aleivosias ou mesmo alarvices de classificar as Enfermeiras dos ex-SAP de telefonistas. Dizia o inteligente dirigente: “Nos SAPs de Bragança não há lugar para um Médico de estetoscópio ao pescoço, mas há lugar para uma Enfermeira de telefone ao pescoço”. Emitiu este pedaço de prosa altamente esclarecedor da mentalidade do autor, no noticiário da TVI, veiculado pelo repórter para o Bastonário.
Será que esta medicina, que temos, ainda não percebeu que a relação dos seus agentes para com os Enfermeiros é muito semelhante à dos engenheiros com os arquitectos?
Temos de lhes retirar a possibilidade de verterem todo o trabalho dos Enfermeiros na acção do Médico!
Vai-lhes doer muito, mas vai fazer bem à saúde. Temos de erradicar esta escara do SNS, já!"
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Fonte: www.sen.pt
quarta-feira, maio 09, 2007
"PRESS RELEASE" - ORDEM DOS ENFERMEIROS CONGRATULA "SAÚDE 24"
Este press release encontra-se no site na Ordem dos Enfermeiros. É um reconhecimento da importância que esta linha assume na viragem para uma nova estratégia de atendimento dos utentes. De acordo com o site da SIC, a linha Saude24 "(...) é um serviço em que os portugueses podem confiar. "Os funcionários são do melhor que há em Portugal", disse José Sócrates na inauguração oficial do novo Centro de Atendimento, que já se encontra em funcionamento experimental desde o dia 25 de Abril (...)".
Esses funcionários são Enfermeiros!
"Lisboa, 9 de Maio de 2007
O Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros, reunido hoje, um dia após a inauguração oficial da Linha Saúde 24, vem publicamente manifestar a sua satisfação e congratular o Ministério da Saúde pela entrada em funcionamento de um recurso que pretende desempenhar um papel determinante no acesso dos cidadãos a cuidados de saúde.
A experiência portuguesa e internacional tem demonstrado que serviços deste tipo dão resposta adequada a um conjunto de questões colocadas pelos cidadãos e são vitais no processo de triagem e encaminhamento dos utentes para os serviços de saúde que eles necessitam.
A Ordem dos Enfermeiros endereça ainda uma palavra de grande estima e consideração a todos os enfermeiros envolvidos no Saúde 24 - desde os responsáveis pelo serviço no âmbito da Direcção-Geral da Saúde aos 250 enfermeiros que estão a fazer o atendimento telefónico ao cidadão.
Congratulamo-nos igualmente pelo facto de o coordenador da Unidade de Apoio do Saúde 24 ser também um enfermeiro.
O serviço prestado vem comprovar, mais uma vez, que os cuidados de Enfermagem constituem um dos pilares do Serviço Nacional de Saúde e que as competências dos profissionais em causa, aplicadas ao Saúde 24, podem fazer a diferença no que diz respeito à melhoria da acessibilidade e, em alguns casos, à prevenção da doença e promoção da saúde.
As 16 mil chamadas efectuadas num espaço de 15 dias vêm comprovar que os portugueses acreditam que esta nova linha telefónica traz mais-valias, sentindo confiança na informação que lhes é fornecida.
Para os enfermeiros, a criação do Saúde 24 pode transformar-se numa nova via para, tal como a Ordem advoga, estarem mais próximos dos cidadãos, contribuindo para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde."
O Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros, reunido hoje, um dia após a inauguração oficial da Linha Saúde 24, vem publicamente manifestar a sua satisfação e congratular o Ministério da Saúde pela entrada em funcionamento de um recurso que pretende desempenhar um papel determinante no acesso dos cidadãos a cuidados de saúde.
A experiência portuguesa e internacional tem demonstrado que serviços deste tipo dão resposta adequada a um conjunto de questões colocadas pelos cidadãos e são vitais no processo de triagem e encaminhamento dos utentes para os serviços de saúde que eles necessitam.
A Ordem dos Enfermeiros endereça ainda uma palavra de grande estima e consideração a todos os enfermeiros envolvidos no Saúde 24 - desde os responsáveis pelo serviço no âmbito da Direcção-Geral da Saúde aos 250 enfermeiros que estão a fazer o atendimento telefónico ao cidadão.
Congratulamo-nos igualmente pelo facto de o coordenador da Unidade de Apoio do Saúde 24 ser também um enfermeiro.
O serviço prestado vem comprovar, mais uma vez, que os cuidados de Enfermagem constituem um dos pilares do Serviço Nacional de Saúde e que as competências dos profissionais em causa, aplicadas ao Saúde 24, podem fazer a diferença no que diz respeito à melhoria da acessibilidade e, em alguns casos, à prevenção da doença e promoção da saúde.
As 16 mil chamadas efectuadas num espaço de 15 dias vêm comprovar que os portugueses acreditam que esta nova linha telefónica traz mais-valias, sentindo confiança na informação que lhes é fornecida.
Para os enfermeiros, a criação do Saúde 24 pode transformar-se numa nova via para, tal como a Ordem advoga, estarem mais próximos dos cidadãos, contribuindo para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde."