quarta-feira, abril 24, 2013

Sindicato vermelho?!


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A minha declaração de interesses está redigida há muito: sou a favor do conceito e da acção sindical. São estruturas fundamentais. Todavia, ando preocupado com os ecos que vão chegando um pouco por todo o país e que dão notícias da campanha propagandística de um determinado sindicato.
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Ao que parece pretendem limpar a imagem, deteriorada pela péssima negociação da carreira de Enfermagem. São lavagens cerebrais estudadas, que têm como enfoque especial no grupo das chefias/coordenação. É uma estratégia como outra qualquer: difundir a mensagem seguindo a árvore hierárquica. Tudo bem, concordo; aplaudo, até. O sindicalismo na Enfermagem carece de um novo fôlego e, portanto, recorrendo à liberdade que a democracia concede, a coisa prossegue, muito ao estilo "vermelho", mas prossegue.
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A questão que me preocupa verdadeiramente é a questão da defesa dos interesses dos seus associados, neste caso da classe de Enfermagem, uma vez que as "conquistas" sindicais são sempre extensíveis a uma parte muito substancial dos Enfermeiros (há quem defenda que apenas deveriam abranger os respectivos associados). 
A história reza assim: em várias instituições existem negociações/acordos muito concretos entre os Enfermeiros e a instituição. A maior parte dele decorre de pedidos dos Enfermeiros e cedências das Direcções de Enfermagem, que opta por reconfigurar vários aspectos organizacionais em função dos interesses dos próprios Enfermeiros. Aqui entra o aparelho sindical. A pedido de ninguém chega o sindicato e intervém contra a vontade dos Enfermeiros! Alegando um suposto "bem comum" age contra aos desejos e intenções dos Enfermeiros! Para dar dois exemplos específicos, refiro-me, por exemplo, à modelação de horários de trabalho (a pedido dos Enfermeiros!!), pagamento suplementar de transferências inter-hospitalares (alegando que o vencimento mensal já suporta esta actividade!!), etc.! Parece mentira, até!
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Isto soa a regime, extremista e imoderado. É assim que se zela pelos interesses dos Enfermeiros??  

terça-feira, abril 23, 2013

Rumo aos rácios da OCDE!

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Bom ritmo, portanto. Sejamos honestos: já são bem visíveis as diferenças à medida que nos aproximamos dos almejados rácios da OCDE. Mais emprego, melhores salários, mais autonomia, melhor reconhecimento sócio-político, cuidados mais seguros, elevadíssimos índices de auto-realização pessoal e profissional, etc. 
Só faltam mais 25 mil Enfermeiros em Portugal para chegarmos à meta. Siga a rusga. P'ra frente é que é o caminho. A marchar.

Ordem dos Enfermeiros na Comissão Parlamentar da Saúde


Em debate estiveram os Cuidados de Saúde Primários, no qual a Ordem dos Enfermeiros (entre outras associações) se fez ouvir  e deu um precioso contributo. 
Uma excelente intervenção!

segunda-feira, abril 22, 2013

A "crise".


Paradigma "com-papel" ou "sem-papel"!

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"Hospital patients are being denied vital care because overstretched nursing staff spend too much time filling in forms and doing unnecessary paperwork, it is claimed. Britain's nurses spend an estimated 2.5 million hours a week on "non-essential" paperwork(...).
The mountain of paperwork stopping nurses from doing the job they trained for has more than doubled in the past five years." link

quinta-feira, abril 18, 2013

Toda a verdade...

... escrita pela mão dos próprios. Há pouco tempo um conjunto de Médicos (que prestam serviço no âmbito do INEM) tornaram-se signatários de uma carta onde expõem todos os problemas do instituto e respectivo modelo gestionário.
No decurso deste protesto aconteceram reuniões com o Conselho Directivo do INEM e uma extensa troca de e-mails com o seu Presidente (que acusou, em sede da Comissão Parlamentar de Saúde, a Ordem dos Enfermeiros de faltar à verdade nas suas afirmações), Miguel Soares de Oliveira (MSO).
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Publico aqui três e-mails de Médicos (existem alguns muito inflamados e incisivos, pelo que não os publicarei): sinceros, sintéticos, objectivos e rigorosos quanto contexto actual e intenções subsequentes.
Como muitos dos Médicos ameaçaram recusar fornecer as suas disponibilidades para o serviço de helicópteros, o INEM abriu novo curso (com uma finalidade muito óbvia)!
Afinal... a Ordem dos Enfermeiros falava verdade. Os Médicos corroboram!
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sexta-feira, abril 12, 2013

Perigo!

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Recebi vários e-mails de colegas que expressaram sérios receios (e muitas dúvidas), sobre esta comunicação deixada pela Ordem dos Enfermeiros (OE) na sua página oficial: "Ordem dos Enfermeiros preocupada com as alterações à Diretiva 2005/36/CE aprovadas pelo Parlamento Europeu". link
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Nesta comunicação estão bem patentes as preocupações da OE no domínio europeu com óbvias implicações para o contexto português. Em traços gerais esta Directiva Europeia, prevê um downgrade das qualificações de acesso ao ensino de Enfermagem, permitindo que se possa, também, aceder ao curso possuído apenas o 10º ano de escolaridade (que resultará à posteriori numa formação parcial; uma espécie de vertente vocacional). Isto cisalhará irremediavelmente a classe, dividindo-a em dois níveis. 
Para a esmagadora maioria dos países europeus, poderá não ter repercussões nefastas (uma vez que já possuem mais do que um nível de diferenciação), estabelecendo um percurso de uniformização entre todos os países, que, outrora, definiam os critérios de acesso ao ensino da Enfermagem per si.
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Quando reflectimos nas consequências da aprovação desta Directiva aplica a Portugal, irrompem receios fundados - entre nós existe (ainda?) apenas um nível formativo de Enfermeiros (não existem técnicos ou auxiliares de Enfermagem). Isto significa que um Enfermeiro de "nível inferior" (que denominação arrepiante!) que se forme no estrangeiro e desejar exercer em Portugal, terá de ser incluído na nossa classe de Enfermagem (apesar das diferenças científicas e técnicas)!!! Tal fragilizará calamitosamente todos os alicerces estruturais da Enfermagem portuguesa!! 
Se raciocinarmos quatro ou cinco passos à frente do plano lógico podemos concluir as intenções desta Directiva!
A esperança reside em três premissas e, em última instância, num instrumento regulador, como forma de regular a anarquia que se estabelecerá.
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A saber:
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- no acesso parcial à profissão, está prevista a possibilidade de existência de uma exclusão do acesso parcial, desde que devidamente fundamentada;
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- a possibilidade de poder ser feito um controlo às competências linguísticas dos profissionais, em prol da defesa da segurança dos doentes e da saúde pública;
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- a introdução de um mecanismo de alerta para casos de limitação ou inibição da prática profissional e a introdução da obrigatoriedade de desenvolvimento profissional contínuo.
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Apesar destas três possibilidades - e no cenário actual - o Modelo de Desenvolvimento Profissional (que o Ministério da Saúde teima em não querer regulamentar) será a ferramenta que poderá mitigar os futuras assimetrias e deficiências qualitativas.

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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!