domingo, maio 30, 2010
Aumento de quotas (10 euros)...
Enfermagem em Portugal...
sábado, maio 29, 2010
Inacreditável!
Devido à elevada carga de trabalho, esta semana não foi possível escrever com a habitual regularidade.
Vários são os assuntos quer gostaria de abordar, mas não posso deixar passar este em branco, sobretudo se o pesar em consciência.
O Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) - Universidade do Porto - abriu um procedimento concursal, disponível na sua bolsa de recrutamento, para efectuar a contratação de um Enfermeiro Veterinário - considerado Técnico Superior, com um salário-base de 1373 euros!
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1 - Não consigo compreender o que é "Enfermagem Veterinária" (esta questão já foi abordada aqui no blog). O conceito Enfermagem é incompatível com Veterinária. Será necessário explicar porquê? As pedras da calçada estão - penso eu - demasiado gastas. O motivo é evidente: uma má compreensã/interpretação das Ciências da Enfermagem, que foram moduladas e o "coladas" ao campo da Veterinária, para conferir um estatuto credível a esta profissão emergente;
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1 - Não consigo compreender o que é "Enfermagem Veterinária" (esta questão já foi abordada aqui no blog). O conceito Enfermagem é incompatível com Veterinária. Será necessário explicar porquê? As pedras da calçada estão - penso eu - demasiado gastas. O motivo é evidente: uma má compreensã/interpretação das Ciências da Enfermagem, que foram moduladas e o "coladas" ao campo da Veterinária, para conferir um estatuto credível a esta profissão emergente;
2 - Sem desprezo para os referidos profissionais, como é que um Enfermeiro Veterinário inicia a carreira com 1373 euros?
3 - Há muitos anos que circula o boato da conspiração. Este assume a existência, dissimulada, de um movimento de vários interesses (desde políticos a profissionais), cujo objectivo é impedir/dificultar a evolução da Enfermagem! Nem é preciso reflectir muito sobre esta insinuação: se um técnico de Veterinária, indefinido e hermafrodita, a quem por motivos de marketing associam a matriz Enfermagem, é considerado Técnico Superior e aufere um salário muito superior aos próprios Enfermeiros (apesar da nossa luta), alguém que ouse explicar... como é isto possível?
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4 - Ininteligivelmente a balança dos valores/necessidades/importância/reconhecimento está invertida!
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4 - Ininteligivelmente a balança dos valores/necessidades/importância/reconhecimento está invertida!
terça-feira, maio 25, 2010
GREVE GERAL!
domingo, maio 23, 2010
Começa hoje (23 de Maio)...
sexta-feira, maio 21, 2010
Oposição frontal da OE ao TEPH!
A Ordem dos Enfermeiros manifesta a sua veemente discordância relativamente ao Plano Estratégico de Recursos Humanos de Emergência Pré-hospitalar (Ler Parecer do CD da OE na íntegra)
"Findo o prazo da consulta pública a que o Plano Estratégico de Recursos Humanos de Emergência Pré-hospitalar esteve sujeito, a Ordem dos Enfermeiros (OE) vem tornar público a sua manifesta discordância relativamente ao documento proposto pelo Dr. Manuel Pizarro, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
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Esse desagrado encontra-se plasmado no parecer que a OE elaborou e remeteu para o Ministério da Saúde - no âmbito do processo de consulta pública que culminou ontem, 20 de Maio. Desse documento destaca-se o seguinte:
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1. O plano estratégico apresentado pelo Ministério é redutor, pois foca apenas os recursos humanos, ao invés de apresentar uma proposta global que institua «o modelo de Emergência Pré-hospitalar que melhor se adeqúe à realidade do nosso país».
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2. A Ordem dos Enfermeiros considera ainda que é «incompreensível e inaceitável que nos recursos actualmente afectos aos Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) não seja mencionado o número de enfermeiros que neles prestam serviço desde 2007, assim como a clara e explicita intenção de afastar este recurso qualificado. Note-se que o compromisso assumido pelo senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde com a Ordem dos Enfermeiros foi o de se proceder à avaliação prévia antes de qualquer decisão. Ora, no documento em apreço não vislumbramos qualquer elemento de análise que faça perigar a nossa profunda convicção de que os enfermeiros nos CODU acrescentam valor ao sistema pela disponibilização permanente de uma resposta qualificada que outros profissionais não clínicos jamais podem oferecer».
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3. Da mesma forma, o parecer da Ordem dos Enfermeiros advoga que «não pode ser admissível que no enquadramento geral, tal como está referido para os meios de Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Imediato de Vida (SIV), quando é feita referência aos meios de Suporte Avançado de Vida (SAV ‐ viaturas rápidas, terrestres ou aéreas), não esteja expresso que estes são tripulados por médico e enfermeiro».
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4. Ao apostar-se, ao arrepio do enquadramento legal vigente, na hipotética «transferência de competências dos enfermeiros para outros profissionais» o documento em análise «prefigura uma primeira etapa para a alteração do modelo de prestação de cuidados em ambiente pré-hospitalar». Como consequência, a Ordem dos Enfermeiros antevê «uma regressão nas condições de qualidade e segurança dos cuidados pré-hospitalares».
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5. No mesmo contexto, a OE assume a sua «frontal oposição à criação de um grupo técnico para actuar em emergência sem domínio científico e colocando em causa a segurança e a qualidade dos cuidados a prestar aos cidadãos».
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6. A Ordem dos Enfermeiros deixa bem claro junto dos responsáveis políticos que «jamais se associará a qualquer estratégia que redunde em prejuízos para a prestação de cuidados aos cidadãos e, por maioria de razão, em área tão sensível como é a área da EPH». E por isso afirma que «utilizará todos os meios ao seu alcance para garantir que os cidadãos continuarão a ter direito à mais-valia decorrente das competências próprias dos enfermeiros no âmbito da Emergência Pré-Hospitalar».
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7. Considerando que o perfil funcional do enfermeiro contido no plano estratégico foi elaborado «sem consulta prévia à Ordem dos Enfermeiros, ergue-se a questão da legitimidade da regulação destes profissionais a partir de um plano estratégico de recursos humanos, por uma entidade que não detém competências reguladoras». Assim sendo, a Ordem dos Enfermeiros exige a alteração desse perfil de acordo com as sugestões constantes do parecer.
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Considerando a total discrepância entre os compromissos anteriormente firmados com vários responsáveis do Ministério da Saúde, a Ordem dos Enfermeiros remeteu o parecer acima referido para o Gabinete do Senhor Primeiro Ministro, aos Grupos Parlamentares e à Comissão parlamentar de Saúde, estes últimos com pedido de audiência.
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Não obstante a análise negativa do documento proposto pelo Ministério da Saúde, a OE continua expectante de que as suas preocupações sejam atendidas e que seja possível elaborar um verdadeiro plano estratégico para EPH. Nesse sentido, a Ordem dos Enfermeiros reforça a sua disponibilidade para dar os contributos necessários." link
quinta-feira, maio 20, 2010
Ordem dos Enfermeiros pretende aumentar quotização...
No próximo dia 29 de Maio decorrerá, em Lisboa, uma Assembleia Geral Ordinária da Ordem dos Enfermeiros. Um dos pontos da ordem de trabalhos constante na convocatória, é precisamente a "Discussão e votação da proposta sobre o aumento de quotização ao abrigo da alínea g) do artigo 12.º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros".
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Numa análise mais profunda aos conteúdos disponíveis na área reservada, é possível tomar conhecimento que a pretensão é aumentar a quota mensal de 7,48 para 10 euros. Argumentam que nunca se procedeu a qualquer alteração deste valor, e que, de acordo com a taxa de inflação média (calculada em 2,5%), esse valor deveria rondar, em 2009, os 9,77 euros.
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Tem havido sucessivas manifestações de desagrado no que diz respeito a esta intenção. A origem deste descontentamento relaciona-se com o sentimento de que a expectativa face ao trabalho desenvolvido por esta Ordem não apresenta correspondência directa à mesma, isto é, os Enfermeiros não consideram a quota como um investimento proveitoso, mas antes uma obrigação incontornável. Não existe percepção da boa aplicação deste dinheiro.
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É um facto que somos uma das Ordens Profissionais com a quotização mais baixa, mas, em contrapartida, somos uma das mais numerosas, o que significa que temos uma receita considerável (embora o elevado número de membros acarretem despesas inerentes...)
Concordaria com esse aumento se, objectivamente, fosse bem gerido e aplicado. Se efectivamente fosse empregue na dignificação da profissão.
Talvez nas próximas eleições...
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Numa análise mais profunda aos conteúdos disponíveis na área reservada, é possível tomar conhecimento que a pretensão é aumentar a quota mensal de 7,48 para 10 euros. Argumentam que nunca se procedeu a qualquer alteração deste valor, e que, de acordo com a taxa de inflação média (calculada em 2,5%), esse valor deveria rondar, em 2009, os 9,77 euros.
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Tem havido sucessivas manifestações de desagrado no que diz respeito a esta intenção. A origem deste descontentamento relaciona-se com o sentimento de que a expectativa face ao trabalho desenvolvido por esta Ordem não apresenta correspondência directa à mesma, isto é, os Enfermeiros não consideram a quota como um investimento proveitoso, mas antes uma obrigação incontornável. Não existe percepção da boa aplicação deste dinheiro.
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É um facto que somos uma das Ordens Profissionais com a quotização mais baixa, mas, em contrapartida, somos uma das mais numerosas, o que significa que temos uma receita considerável (embora o elevado número de membros acarretem despesas inerentes...)
Concordaria com esse aumento se, objectivamente, fosse bem gerido e aplicado. Se efectivamente fosse empregue na dignificação da profissão.
Talvez nas próximas eleições...
Nostradamus.
"Chegará mesmo um dia em que não haverá dinheiro para pagar aos Médicos, aos Enfermeiros, aos Professores (...)" link
Pedro Passos Coelho, PSD
Último dia para a discussão pública do Plano da Emergência Pré-Hospitalar!
Antes de prosseguir, queria confessar que desconhecia a existência tantos sindicatos relacionados estes profissionais na emergência - SINAPEM, STAE, ANTEPH, etc. Há mais de onde estes floresceram?
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Hoje é o último dia disponível para a expressão contributiva relativa ao Plano Estratégico dos Recursos Humanos da Emergência Pré-Hospitalar (todos os Enfermeiros têm a responsabilidade e dever de contribuir!).
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No passado dia 11 de Maio (data do comunicada apresentado em cima), a Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, encetou uma fantástica iniciativa - um debate no âmbito do Dia Internacional do Enfermeiro, onde estiveram presentes 5 partidos políticos (4 da oposição). A opinião final foi clara - toda a oposição política é contra a criação dos Técnicos de Emergência nos moldes propostos! O mentiroso (Pizarro) ficou aborrecido...
Haverá alguém (ou algum país) que no seu perfeito juízo, dispondo de recursos humanos altamente diferenciados (Médicos e Enfermeiros), entregue a emergência pré-hospitalar a Técnicos-do-desenrasca?
Dizem eles que a nós compreendemos mal a proposta e que ninguém vai substituir os Enfermeiros. Se nunca iriam conseguir substituir Enfermeiros (tal é uma pretensão ignóbil), porque iríamos nós pensar isso?
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Talvez porque eles apresentam um proposta de carreira quase fotocopiada da antiga carreira de Enfermagem (alguns excertos copiados integralmente - plágio!)!
Talvez porque propõem a usurpação de uma miríade de funções dos Enfermeiros, porque iríamos nós de pensar que eles pretendem substituir o papel da Enfermagem?
As vantagens que alguns perspectivam nesta criação são, tão só, a obediência médica indiscutível, ganhos económicos (dinheiros da formação no bolso de uns quantos cabecilhas) e serem baratos... aliás, o argumento do barato é discutível, basta apreciar, com calma, a proposta remunerativa (pág. 17 - chegam a exigir 1660 euros de base em certos escalões)! Quase que chegam a esquecer um dos motivos mais fortes da sua existência - "barato"!
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Andaram estes jovens (que emitiram mais um comunicado com erros ortográficos - ver em cima), de porta-a-porta, a tentar iludir os grupos parlamentares acerca de um possível cenário idílico na emergência médica, esquecendo que Portugal não reúne as condições que propiciaram as mesmas opções políticas em outros países.
Porque haveriam, os portugueses, em tempos de crise, desperdiçar dinheiro com um mero capricho de alguns, que tentam encaixar à força um modelo (anglo-saxónico, com os típicos "paramédicos" dos filmes!) que não cabe na nossa realidade, e cuja tendência é... desaparecer?!
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Espanha, por exemplo, alargou a formação dos seus Técnicos de Emergência (a formação que existia era muito díspar) através de um Real Decreto (Real-Decreto 1397/2007). Passarão a ter 2000 horas de formação!
Apesar disto, ninguém usurpa o papel dos Enfermeiros! A sua concepção assenta numa linha de complementaridade: não estarão capacitados para administrar medicação ou colocar IVs, intubar, colocar sondas ou drenagens de pneumotórax hipertensivo (nem agora, nem no futuro!) ... só podem fazer Suporte Básico de Vida e DESA, e "ajudar os Médicos e Enfermeiros em suporte avançado de vida" (citação do Real Decreto!).
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Hoje é o último dia disponível para a expressão contributiva relativa ao Plano Estratégico dos Recursos Humanos da Emergência Pré-Hospitalar (todos os Enfermeiros têm a responsabilidade e dever de contribuir!).
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No passado dia 11 de Maio (data do comunicada apresentado em cima), a Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, encetou uma fantástica iniciativa - um debate no âmbito do Dia Internacional do Enfermeiro, onde estiveram presentes 5 partidos políticos (4 da oposição). A opinião final foi clara - toda a oposição política é contra a criação dos Técnicos de Emergência nos moldes propostos! O mentiroso (Pizarro) ficou aborrecido...
Haverá alguém (ou algum país) que no seu perfeito juízo, dispondo de recursos humanos altamente diferenciados (Médicos e Enfermeiros), entregue a emergência pré-hospitalar a Técnicos-do-desenrasca?
Dizem eles que a nós compreendemos mal a proposta e que ninguém vai substituir os Enfermeiros. Se nunca iriam conseguir substituir Enfermeiros (tal é uma pretensão ignóbil), porque iríamos nós pensar isso?
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Talvez porque eles apresentam um proposta de carreira quase fotocopiada da antiga carreira de Enfermagem (alguns excertos copiados integralmente - plágio!)!
Talvez porque propõem a usurpação de uma miríade de funções dos Enfermeiros, porque iríamos nós de pensar que eles pretendem substituir o papel da Enfermagem?
As vantagens que alguns perspectivam nesta criação são, tão só, a obediência médica indiscutível, ganhos económicos (dinheiros da formação no bolso de uns quantos cabecilhas) e serem baratos... aliás, o argumento do barato é discutível, basta apreciar, com calma, a proposta remunerativa (pág. 17 - chegam a exigir 1660 euros de base em certos escalões)! Quase que chegam a esquecer um dos motivos mais fortes da sua existência - "barato"!
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Andaram estes jovens (que emitiram mais um comunicado com erros ortográficos - ver em cima), de porta-a-porta, a tentar iludir os grupos parlamentares acerca de um possível cenário idílico na emergência médica, esquecendo que Portugal não reúne as condições que propiciaram as mesmas opções políticas em outros países.
Porque haveriam, os portugueses, em tempos de crise, desperdiçar dinheiro com um mero capricho de alguns, que tentam encaixar à força um modelo (anglo-saxónico, com os típicos "paramédicos" dos filmes!) que não cabe na nossa realidade, e cuja tendência é... desaparecer?!
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Espanha, por exemplo, alargou a formação dos seus Técnicos de Emergência (a formação que existia era muito díspar) através de um Real Decreto (Real-Decreto 1397/2007). Passarão a ter 2000 horas de formação!
Apesar disto, ninguém usurpa o papel dos Enfermeiros! A sua concepção assenta numa linha de complementaridade: não estarão capacitados para administrar medicação ou colocar IVs, intubar, colocar sondas ou drenagens de pneumotórax hipertensivo (nem agora, nem no futuro!) ... só podem fazer Suporte Básico de Vida e DESA, e "ajudar os Médicos e Enfermeiros em suporte avançado de vida" (citação do Real Decreto!).
quarta-feira, maio 19, 2010
Maio 2010 - Ponto de situação do processo negocial da Carreira de Enfermagem!
Revista Focus, Pág. 24.
terça-feira, maio 18, 2010
MST e os "Doutores Enfermeiros"...
O Miguel Sousa Tavares (MST) resolveu escrever sobre Enfermeiros... e não só. Quiçá, estava atento à polémica dos Enfermeiros com o outro jornalista (ou lá ou que é) Henrique Raposo do Jornal Expresso ("A lata dos Enfermeiros" I e II) e anseia, também, por um incremento de 15 minutos de fama.
Escreveu um artigo de opinião sobre a conjuntura no mural que é o Expresso. Nada de especial - os clichés do costume, o pseudo-radicalismo, a suposta frontalidade e coragem, a consusbtanciação demagógica do que ele pensa que o povo matuta, enfim, um conjunto de banalidades "democráticas" que ficam bem - julga ele - em tempo de erguer, de novo, a pátria, etc, etc, etc.
Não tenho paciência para o MST nem a Enfermagem é o "Equador". Não tenho paciência para o seu intelectualismo altivo. Não vale sequer a pena tentar explicar o que é um Enfermeiro ou argumentar recorrendo ao espectro do profissionalismo/dignidade.
Não tenho paciência para o MST nem a Enfermagem é o "Equador". Não tenho paciência para o seu intelectualismo altivo. Não vale sequer a pena tentar explicar o que é um Enfermeiro ou argumentar recorrendo ao espectro do profissionalismo/dignidade.
Há uns dias, no programa "Sinais de Fogo" na SIC, MST questionava a Ministra da Saúde, Ana Jorge, numa previsível e deduzida concordância, sobre o parco salário dos Enfermeiros e a injustiça da proposta do Governo. Era fachada de entrevistador que anseia singrar! Passaram uns dias e já o homem anda a escrever soundbytes populistas que revelam uma ignorância bacoca.
Logo ele que sempre pensou que lhe tinham roubado o seu portátil para se apropriarem da sua obra-prima, mas, ao que me parece, é bem mais provável ter sido "fã" sem vontade (alguma) de ler as suas intelecto-banalidades!
Poderá dominar certas matérias, outras com certeza que não. Há dias que os Enfermeiros têm paciência, noutros com certeza que não.
O meu respeito (digamos assim...) para com o MST deve-se, mais do que tudo, à sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, um poetisa notável, que deixou uma obra digna de relevo, da qual me confesso apreciador.
Poderá dominar certas matérias, outras com certeza que não. Há dias que os Enfermeiros têm paciência, noutros com certeza que não.
O meu respeito (digamos assim...) para com o MST deve-se, mais do que tudo, à sua mãe, Sophia de Mello Breyner Andersen, um poetisa notável, que deixou uma obra digna de relevo, da qual me confesso apreciador.
segunda-feira, maio 17, 2010
Plano de austeridade...
"Governo vai congelar a admissão de Médicos, Enfermeiros e Professores (...).
O Serviço Nacional de Saúde está proibido de contratar Médicos e Enfermeiros" link
quinta-feira, maio 13, 2010
Francisco George e a "dignidade" dos Enfermeiros...
Temos uma dignidade reconhecida pelo Estado? Onde? Aquela que querem incutir na proposta miserável para a carreira de Enfermagem? Ah, essa "dignidade"...
Toda a oposição contra os Técnicos de Emergência nos moldes propostos!
(Clicar para ampliar e ler)
Os Enfermeiros (e toda a oposição política) está contra o perfil do susposto Técnico de Emergência Pré-Hospitalar, principalmente na (enorme) vertente que se sobrepõe e usurpa as funções dos Enfermeiros!
O tipo de solução que propõe para Portugal, é obsoleta e apenas prevalece em países com escassez absoluta de recursos humanos de Enfermagem. Portanto, uma solução que não passou de um simples remedeio, que o Ministério da Saúde, inconcebivelmente, tenciona implementar!
Relembro todos os colegas que, até dia 20 de Maio, a proposta para o Plano Estratégico dos Recursos Humanos da Emergência Pré-Hospitalar, está discussão pública! Todos podemos e devemos dar o nosso contributo!
Todas as contribuições são válidas para a aprovação de qualquer plano ou projecto!
Todas as contribuições são válidas para a aprovação de qualquer plano ou projecto!
Ironias do alarido!
Anda para aí um burburinho esquisito. Certas mentes tresloucadas atreveram-se a profanar a classe de Enfermagem. Uns arrimam com afirmações de carácter difamatório, exclamando que as Escolas de Enfermagem andam a formar gente a mais! Uns quantos ingénuos tiveram a insensatez de clamar - pasmem-se! - que há desemprego entre os Enfermeiros! Há ainda quem vocifere que a esmagadora maioria dos recém-licenciados em Enfermagem atravessam longos interregnos afastados do contexto clínico, e que uma fracção substancial talvez nunca conseguirá exercer sequer!
Proliferam também, pelos quatro ventos, vozes inconsequentes que garantem que os Enfermeiros deixaram de ter poder de reivindicação! Certos mentiroso alvitram que os salários têm "caído"...
Lamento, mas este cenário é impossível! Sim, impossível! Se a Bastonária argumenta que os rácios da OCDE roçam, quase, os 10 Enf/mil habitantes e Portugal afigura-se nestas matemáticas com uns paupérrimos 6 Enf/mil habitantes... então como pode ser?
A conclusão é fácil: os Enfermeiros são uns queixinhas! Atingiram (apenas) ainda pouco mais de metade dos rácios de referência e já se queixam? Já se lamentam? Pura ignorância!
Com 60 mil Enfermeiros em Portugal há desemprego? Impossível!
Para nos situarmos próximos da treta da OCDE precisamos de 100 mil Enfermeiros! E vamos com sorte: a Noruega tem 31 Enf/mil habitantes! Portanto, é só fazer as contas, cá o Portugalito tem que dispôr de 310 mil Enfermeiros!
Por favor Escolinhas de Enfermagem: toca formar mais, que a romaria ainda vai longe! Ordem dos Enfermeiros: urge escrever uma cartinha ao Mariano Gago a explicar a necessidades de não-sei-de-quê-não-sei-que-mais-pré-pé-peu-pardais-ao-ninho, não?
Há gente que avisou, avisou, avisou, mas não. Sem qualquer enquadramento legal relativo a dotações, andamos a atrás dos gigantes imaginários... 59,999 Sanchos Panças e uma Dona Quixota!
Um recado: rácios e dotações não são a mesma coisa!
Pelo menos, fruto do suor e de tanto pregar aos peixinhos, já muita gente parece ter compreendido, porquê que os rácios da OCDE, ou até da OMS, não são extrapoláveis para Portugal!
Pelo menos, fruto do suor e de tanto pregar aos peixinhos, já muita gente parece ter compreendido, porquê que os rácios da OCDE, ou até da OMS, não são extrapoláveis para Portugal!
quarta-feira, maio 12, 2010
12 de Maio...
Este ano, o tema do Dia Internacional do Enfermeiros é "Servir a comunidade e garantir qualidade: os enfermeiros na vanguarda dos cuidados na doença crónica".
Muito bem, pertinente q.b.! Quando penso no repto deixado pelo International Council of Nurses - ICN - ("Enfermeiros de todo o mundo: liderem a luta contra a doença crónica" link), o entusiasmo mantém-se.
A ICN, como sempre, faz um enquadramento geral subordinado ao tema. Nesse, podemos averiguar vários aspectos, entre eles as estratégias a adoptar no sentido de liderar a luta mundial contra a doença crónica. Foi precisamente aí que o entusiasmo se esboroa discretamente - o repto carece de mecanismos palpáveis, inovadores, eficazes, objectivos, etc. Foi apresentada a amálgama do costume que, aparentemente, foi ao forno fundir, para agora ser modelada de uma forma supostamente diferente. or outro lado admiro a pompa designatória do ICn, isto e, a forma como faz parecer imensamente complexo algo que se pretende simplificar. Aliás, já é simples na sua consubstanciação.
Mas o busílis da questão não se esgota aqui. Na senda deste nevoeiro, as Organizações Profissionais de alguns países, ficam "contagiadas". Um bocado como a nossa. Tem a surpreedente capacidade de abstractizar tudo, por forma que, com certeza absoluta, a nossa digníssima (com um "d" minúsculo) Bastonária, consegueria a proeza de discursar mais do que o Fidel e dizer ainda menos um mudo.
Mas, não há motivos para preocupação, é que se os Enfermeiros não liderarem coisa alguma, alguém fará o favor de o fazer...
Agora e só colocar a massa cinzenta a funcionar: se eu não tivesse a força da razão nesta matéria, então os Enfermeiros já encabeçavam o pelotão em alguma frente! Certo?
Agora e só colocar a massa cinzenta a funcionar: se eu não tivesse a força da razão nesta matéria, então os Enfermeiros já encabeçavam o pelotão em alguma frente! Certo?
Feliz Dia Internacional do Enfermeiro!
terça-feira, maio 11, 2010
Elementar...
segunda-feira, maio 10, 2010
O desmoronar...
do INEM.
O Instituto não é mais do que uma sombra daquilo de que foi... Só de pensar que está tão longe do que se sonhou que um dia seria...
"Faltam máscaras de oxigénio, soro fisiológico e paracetamol e existem fármacos fora de validade que demoram a ser repostos nas ambulâncias do INEM. (...) As faltas de material serão frequentes e que ocorrem a nível nacional, obrigando, muitas vezes, os profissionais a pedir os materiais emprestados aos hospitais" link
Enquanto o mentiroso, o mago e o militar por lá vaguearem,
o objectivo é destruir,
se deles os portugueses se safarem,
até os falecidos se erguem para aplaudir...
E se...?
sexta-feira, maio 07, 2010
Plano de Novas Oportunidade da Emergência Pré-Hospitalar?
Já é conhecido o aguardado Plano Estratégico dos Recursos Humanos da Emergência Pré-Hospitalar (PERHEPH).
Antes de continuar a minha curta apreciação, deixem-me confessar a minha tristeza de etiologia múltipla. Vamos falar a sério: temos um Ministério da Saúde apático, destruturado, sem ideias, sem soluções, sem nada, que sucumbe a interesses acéfalos.
Uma Ministra, boa moça, mas incompentente no posto que ocupa. Sem garra, mas simpática (que, infelizmente, não garante sucessos!)
Um Óscar Gaspar, Secretário de Estado, lírico e teórico dos números, sem chama, apesar de mangas arregaçadas. Poupa isto, poupa aquilo e afinal... não poupa nada.
Um Manuel Pizarro, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, um mentiroso inveterado, que gere os seus interesses (ainda vai comprar mais acções da CESPU? Ou as que tem já chegam para o sustentar, com o dinheiro dos futuros desempregados que pagam de propinas?) à medida da sua fraca inteligência. Substancialmente, nada. Um homem nulo.
No INEM temos um grupo de... "inclassificáveis". Um género de hermafrodistismo político e sócio-profissional. Temos o Presidente Abílio, militar de barba rija, o homem que queria macas na VMER, uma escolha de último recurso para o cargo. Uma péssima escolha!
Depois, o mago: Armelim Sá de Almeida. Um fulano com resquícios mal resolvidos que ainda que lhe assolam o id (ler teoria de Freud). Não sequer vou perder tempo em pormenorizações: a maior parte deles são incompetentes.
Outros (mas insignificantes) estão no lugar errado, como a engenheira florestal, a actriz, a Raquel Leal (e o best friend Serralva), enfim, uma constelação... de ignorância!
Outros (mas insignificantes) estão no lugar errado, como a engenheira florestal, a actriz, a Raquel Leal (e o best friend Serralva), enfim, uma constelação... de ignorância!
Agora ao que interessa: alguma mente - instável - resolveu delegar ao mentiroso (Pizarro) as hostes do pré-hospitalar. Pé-ante-pé, o sopinha de massa lá fez um trabalho notável, do tipo Rei Midas, mas ao contrário deste, nada se transforma em ouro quando é tocado. É isso mesmo: vira trampa.
No que diz respeito ao PERHEPH, este permite constatar a paupérrima alma de Portugal, atrasado em tudo (como sempre!), mas com a enorme vantagem de ver nos outros os erros e os sucessos cometidos e alcançados. Escolheu precisamente... os erros! Incrível!
É preciso ser estúpido. De um modelo Franco-Alemão, quer virar para o Anglo-Saxónico, um modelo desenrasca, um fóssil do tempo em que havia carência de Médicos e Enfermeiros, mas sobretudo dos últimos.
É preciso ser estúpido. De um modelo Franco-Alemão, quer virar para o Anglo-Saxónico, um modelo desenrasca, um fóssil do tempo em que havia carência de Médicos e Enfermeiros, mas sobretudo dos últimos.
Pretende excluir os Enfermeiros do CODU's recorrendo a argumentos falaciosos quer permitir (ainda está em avaliação?!) um aumento de competências dos actuais TAE's (intubação, auscultação, medicação por todas as vias, lavagens gástricas), que viram assim um misto Médico-Enfermeiro, baratos e parolos, sem enquadramento e formação, a imitar os remedeios de certos países que agora invertem as suas tendências, orientando as suas estratégias para a inclusão de Enfermeiros.
Um mistela de competências pertencentes a Médicos e Enfermeiros, que agora querem atribuir a uma espécie de mutante. Uma baralhada monumental, digno de um país atrasado e orgulhoso disso. Uma macacada!
Tudo isto assente numa possível e provável promiscuidade da algumas Escolas de Enfermagem que, fervilhantes de boas ideias(!), querem dar uma força na formação dos futuros Técnicos de Emergência Pré-hospitalar. A fonte da formação de Enfermeiros está a secar, pelo que urge sugar até ao tutano a próxima vítima...
Portugal não precisa de um Plano Estratégico que mais parece um Plano de Novas Oportunidade da Emergência Pré-Hospitalar!!
Colegas, contribuam, pois até 20 de Maio, este Plano está em discussão pública!
sábado, maio 01, 2010
Há vida para além da Av. Almirante Gago Coutinho?
Foi com aprazimento que constatei a efectivação de um debate político relativo ao "futuro da Enfermagem", inserido nas comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro, iniciativa oriunda da Secção Regional do norte da Ordem dos Enfermeiros (SRNOE), sem paralelo na história da Enfermagem (nunca percebi muito bem porquê…).
Este simples debate encerra em si algo que se reveste de significativa importância, que até poderia passar despercebida aos olhos dos mais incautos, ou antes, distraídos. Mas não passa, pelo menos no que diz respeito à minha leitura do evento e respectivo significado.
Consideravelmente, os significados são ainda mais densos que os próprios eventos, pese a intenção de não me referir a este em particular, que admito que me suscita curiosidade e, humildemente, aconselho a todos que se interessam pelos desígnios e meandros da profissão.
Invoco a vossa atenção para dois aspectos particulares: o âmbito político do debate e um pequeno (colossal) pormenor: associação da dimensão remuneratória às preocupações da SRNOE. Repararam?
Devotar aspectos particulares (ou latos) da profissão à consideração e reflexão política é desejável, louvável, necessário e vital. Empreender o presente e o futuro no leito político é uma inevitabilidade cujo custo teria que ombrear com a selectividade darwiniana.
Significa tão só que incitamos a classe política a pensar sobre Enfermagem e a familiarizar-se com uma profissão que a maior parte demonstra desconhecer na sua essência.
De acordo com Descartes ou Damásio, se eu penso ou sinto, logo existo! Estabelecendo a analogia: como pode a Enfermagem delinear uma estratégia para a sua evolução e modernização, se a classe política e a sua influência desconhece os nossos problemas, características, anseios, vontades ou ideias? Quem não tem densidade de massa, não tem peso sócio-político! Sem peso político lutamos com que espada?
Incentivar os outros a discutir sobre os nossos problemas não implica que influenciem as decisões dos Enfermeiros quanto ao seu futuro, mas, sem dúvida, que abre as mentes que sempre estiveram fechadas para a importância da Enfermagem!
Aspecto seguinte: remunerações! Há uns dias atrás, passava em revista as notícias da OE, quando me deparei com algo interessante - numa incursão institucional da SRNOE ao Hospital de S. Martinho (privado), uma minúcia circunstancial clamou pela minha atenção: a problemática "remunerações" no centro das preocupações. A SRNOE a interferir no domínio remuneratório? Uma vénia.
A OE sofre de uma patologia de infância: fobia na delimitação do traço que separa a sua jurisdição, daquele pela qual malha sindical se rege. De tal modo fóbico que desmembra qualquer intervenção que exija um equilíbrio gestaltista! Para tal, é sabido, existem as estruturas sindicais, mas a separação extremista das águas, despontencializando energia, rompe a continuidade de qualquer incursão.
Não quero dizer com isto que a OE negoceie ou tome o lugar dos sindicatos – não deve, não pode. Significa meramente perscruta a profissão na sua abrangência, revelando apreensão com todas as dimensões componenciais.
Estreitar a complementaridade Sindicatos/OE consolida a profissão. A linha deve flexível q.b., o suficiente para consubstancializar os interesses da profissão, no que concerne à regulação, desempenho, exigência e condições de exercício/laborais.