segunda-feira, abril 16, 2007
Que futuro?
"Aos 14 dias do mês de Abril do ano 2007, pelas 14 horas teve lugar a AG extraordinária para dar continuidade aos pontos que, da anterior, ficaram por resolver, um dos quais era a aprovação das alterações do Estatuto a ser presente à Assembleia da República.
Destinadas a possibilitar à OE o reconhecimento da formação especializada feita fora das escolas, já que nestas deixou de existir, é um instrumento fundamental para que os Enfermeiros, como outros já fazem se possam especializar por conta própria e verem a sua formação reconhecida.
Impõe-se perguntar:
1 . Por que não estavam contidas nas competências da OE esta do reconhecimento das especializações?
2 . Por que resistem tanto alguns dos que vêem fugir por entre os dedos, qual areia fina, uma prerrogativa, que julgavam adquirida; a de formarem especialistas de modo exclusivo?
Convém não perder de vista a Comissão Instaladora da OE e a sua composição, para se poderem analisar os denodados esforços de implantação do exclusivo de habilitar especialistas, mesmo que de forma desnaturada e aberrante, nas escolas.
Quando se pensava que estava tudo resolvido é dada a licenciatura aos enfermeiros, como saída única e natural, ao optar-se pela via uni-etápica, de 4 anos. Com esta medida chegava ao fim a equivalência a licenciatura, através do bacharelato mais uma especialização, fosse denominada diploma de estudos superiores especializados; fosse ela curso de estudos superiores especializados. DESE ou CESE, fazia, então, sentido que essa formação complemento de um bacharelato para obter um título de licenciado a conferir pela escola, fazia sentido que tal formação fosse feita lá.
Temos dito isto vezes sem conta, para quem nos lê e ouve.
Seguiu-se um complemento do bacharelato, para obtenção da licenciatura que, entretanto, está a dar os últimos suspiros. Com o seu termo a Enfermagem caminha a passos largos e rápidos para a normalização no campo dos estudos superiores.
Naturalmente os docentes que integravam os Corpos Sociais da OE e os que os apoiavam, tiveram a infeliz ideia de tentarem perpetuar a sua influência sobre a Profissão, que condicionaram, durante décadas, numa época em que as competências legais do exercício dos Enfermeiros eram as que constavam do currículo escolar, porque tinha sido assim, com os Auxiliares de Enfermagem e Enfermeiros, para os diferençar, entenda-se: para se guerrearem mutuamente, visto que, no dia seguinte ao termo do curso dos auxiliares, a punção venosa que não constava do seu currículo escolar, era-lhe imposta com toda a violência pelas circunstâncias, pois eram eles que ministravam toda a terapêutica, incluindo a intravenosa. Eis um bom e claríssimo exemplo de que a escola não ensina tudo. È prova seguro de que o currículo escolar é o princípio de um percurso profissional, que a prática vai enriquecendo, com as experiências novas e actuais.
É nesta prática ancestral que radica a “ambição” de a escola tentar, na actualidade, condicionar a prática da Enfermagem, fazendo crer que, somente o que a escola ensina é legal e correcto, desvalorizando sistematicamente o saber feito da experiência, caso único.
Ora quem assim pensa está redondamente enganado, caso esteja de boa fé, como enganados estavam e estão ainda, os que pretenderam encaixar as especializações nas escolas como “pós-graduações”. Esta via é redutora e muito dispendiosa para quem frequenta estes programas, enquanto o Estado, principal interessado e beneficiado, esfrega as mãos de contente, por ter gratuitamente, nos Enfermeiros, uma formação especializada, sem investir um cêntimo, enquanto a de outros custa rios de euros sem a garantia de compensarem quem a pagou.
Foi parte disto que esteve em discussão e votação na AG.
Era notório o folgo estertoroso, dos docentes presentes, ao adivinharem a morte certa duma tradição errada que foram alimentando, à custa dos Enfermeiros: as ditas pós graduações.
Tempos houve em que os docentes de Enfermagem eram os que mais vezes apareciam em público, pela sua disponibilidade e por causa duma excessiva modéstia dos outros, mesmo treinados para falarem, em público. Podiam considerar-se os “ideólogos” da “coisa”.
Mas, de tão entretidos que andavam a engrandecer o seu “ego” nem se aperceberam que a sua falta de contacto com a realidade, não obstante o esforço que alguns fazem para visitarem os campos de manobras, como cão que passa pela vinha vindimada, desinseriu-os da realidade e deixaram de preparar convenientemente os alunos para uma vida de trabalho diversificado, que os espera. Em simultâneo, foram perdendo o auditório pelo discurso vazio de conteúdo. Deixou de ter interesse.
O tempo em que os Enfermeiros tinham à sua escolha o hospital e ou o centro de saúde, de preferência o mais próximo possível da sua residência, finou-se e não volta mais. As escolas dividiam, e dividem os campos de estágio por estes dois tipos de instituição, enquanto um conjunto de actividades que se reportam ao âmbito profissional dos Enfermeiros estão a fugir para bombeiros, paramédicos, auxiliares de farmácia, auxiliares disto e daquilo, técnicos de ambulância, enfim…
Os Enfermeiros estão a ser treinados para o desemprego, pois o governo não preenche as lacunas que tem; por seu turno, até outros Enfermeiros, a quem puseram a vergasta na mão, para testarem a sua apetência de vilão, ajudam a explorar os colegas.
A escola prepara-os para os modelos de acção exclusivista no hospital ou centro de saúde (esta segundo um modelo distorcido, àquem das suas possibilidades e competências); debatem-se com enormes dificuldades de sobrevivência e recompensa do esforço e investimento feito num curso à mercê dos exploradores de mão-de-obra barata. Não lhes foram dadas outras perspectivas, nem outros treinos.
Demonstrando um défice brutal de inteligência, alguns professores falhados, ajudam agora, a preparar bombeiros para partejar, em vez de contribuírem para impor respeito a si próprios, enquanto parteiras, primeiramente; pelos colegas desempregados ou não, secundariamente.
É neste universo que o papel da OE é importante, ao dispor de mecanismos e competências para reconhecerem coisas que são feitas pelos Enfermeiros, que vão distendendo a sua actividade em função dos princípios básicos, enformadores da Enfermagem, mesmo que resultem da sua capacidade de iniciativa e não do que aprenderam ou não, na escola, encalhada num determinado paradigma (hospital - centro de saúde), quando existe.
Fora deste universo fechado, há mais mundo profissional aberto às novas experiências que os Enfermeiros podem e devem fazer, na procura de soluções para problemas velhos, que emergem dia-a-dia e que ficam a descoberto à mercê do curandeirismo incompetente.
Pelo que se disse e pelo muito que se pode dizer, ainda, é que o papel da escola é incompatível com o da Ordem, ou por outras palavras: a formação da escola parou com a emissão do diploma de curso, pois é este o seu campo de acção específico. É estática.
A formação profissional diária é constante e dinâmica; é progressiva. Por isso, só os parâmetros de qualidade crescente da OE a podem certificar.
Quem não perceber tudo isto, no todo ou em parte é… ou faz-se…
Não foram aprovados os artigos 7º - relativo e internatos e eficácia inicial da licenciatura e o 77º - relativo à incompatibilidade do título de enfermeiro com o de outras profissões como homeopatia, acupunctura, apesar de a prática não o ser. Não obstante foram rejeitados, pelo que não alteram a situação.
“Vale”."
Destinadas a possibilitar à OE o reconhecimento da formação especializada feita fora das escolas, já que nestas deixou de existir, é um instrumento fundamental para que os Enfermeiros, como outros já fazem se possam especializar por conta própria e verem a sua formação reconhecida.
Impõe-se perguntar:
1 . Por que não estavam contidas nas competências da OE esta do reconhecimento das especializações?
2 . Por que resistem tanto alguns dos que vêem fugir por entre os dedos, qual areia fina, uma prerrogativa, que julgavam adquirida; a de formarem especialistas de modo exclusivo?
Convém não perder de vista a Comissão Instaladora da OE e a sua composição, para se poderem analisar os denodados esforços de implantação do exclusivo de habilitar especialistas, mesmo que de forma desnaturada e aberrante, nas escolas.
Quando se pensava que estava tudo resolvido é dada a licenciatura aos enfermeiros, como saída única e natural, ao optar-se pela via uni-etápica, de 4 anos. Com esta medida chegava ao fim a equivalência a licenciatura, através do bacharelato mais uma especialização, fosse denominada diploma de estudos superiores especializados; fosse ela curso de estudos superiores especializados. DESE ou CESE, fazia, então, sentido que essa formação complemento de um bacharelato para obter um título de licenciado a conferir pela escola, fazia sentido que tal formação fosse feita lá.
Temos dito isto vezes sem conta, para quem nos lê e ouve.
Seguiu-se um complemento do bacharelato, para obtenção da licenciatura que, entretanto, está a dar os últimos suspiros. Com o seu termo a Enfermagem caminha a passos largos e rápidos para a normalização no campo dos estudos superiores.
Naturalmente os docentes que integravam os Corpos Sociais da OE e os que os apoiavam, tiveram a infeliz ideia de tentarem perpetuar a sua influência sobre a Profissão, que condicionaram, durante décadas, numa época em que as competências legais do exercício dos Enfermeiros eram as que constavam do currículo escolar, porque tinha sido assim, com os Auxiliares de Enfermagem e Enfermeiros, para os diferençar, entenda-se: para se guerrearem mutuamente, visto que, no dia seguinte ao termo do curso dos auxiliares, a punção venosa que não constava do seu currículo escolar, era-lhe imposta com toda a violência pelas circunstâncias, pois eram eles que ministravam toda a terapêutica, incluindo a intravenosa. Eis um bom e claríssimo exemplo de que a escola não ensina tudo. È prova seguro de que o currículo escolar é o princípio de um percurso profissional, que a prática vai enriquecendo, com as experiências novas e actuais.
É nesta prática ancestral que radica a “ambição” de a escola tentar, na actualidade, condicionar a prática da Enfermagem, fazendo crer que, somente o que a escola ensina é legal e correcto, desvalorizando sistematicamente o saber feito da experiência, caso único.
Ora quem assim pensa está redondamente enganado, caso esteja de boa fé, como enganados estavam e estão ainda, os que pretenderam encaixar as especializações nas escolas como “pós-graduações”. Esta via é redutora e muito dispendiosa para quem frequenta estes programas, enquanto o Estado, principal interessado e beneficiado, esfrega as mãos de contente, por ter gratuitamente, nos Enfermeiros, uma formação especializada, sem investir um cêntimo, enquanto a de outros custa rios de euros sem a garantia de compensarem quem a pagou.
Foi parte disto que esteve em discussão e votação na AG.
Era notório o folgo estertoroso, dos docentes presentes, ao adivinharem a morte certa duma tradição errada que foram alimentando, à custa dos Enfermeiros: as ditas pós graduações.
Tempos houve em que os docentes de Enfermagem eram os que mais vezes apareciam em público, pela sua disponibilidade e por causa duma excessiva modéstia dos outros, mesmo treinados para falarem, em público. Podiam considerar-se os “ideólogos” da “coisa”.
Mas, de tão entretidos que andavam a engrandecer o seu “ego” nem se aperceberam que a sua falta de contacto com a realidade, não obstante o esforço que alguns fazem para visitarem os campos de manobras, como cão que passa pela vinha vindimada, desinseriu-os da realidade e deixaram de preparar convenientemente os alunos para uma vida de trabalho diversificado, que os espera. Em simultâneo, foram perdendo o auditório pelo discurso vazio de conteúdo. Deixou de ter interesse.
O tempo em que os Enfermeiros tinham à sua escolha o hospital e ou o centro de saúde, de preferência o mais próximo possível da sua residência, finou-se e não volta mais. As escolas dividiam, e dividem os campos de estágio por estes dois tipos de instituição, enquanto um conjunto de actividades que se reportam ao âmbito profissional dos Enfermeiros estão a fugir para bombeiros, paramédicos, auxiliares de farmácia, auxiliares disto e daquilo, técnicos de ambulância, enfim…
Os Enfermeiros estão a ser treinados para o desemprego, pois o governo não preenche as lacunas que tem; por seu turno, até outros Enfermeiros, a quem puseram a vergasta na mão, para testarem a sua apetência de vilão, ajudam a explorar os colegas.
A escola prepara-os para os modelos de acção exclusivista no hospital ou centro de saúde (esta segundo um modelo distorcido, àquem das suas possibilidades e competências); debatem-se com enormes dificuldades de sobrevivência e recompensa do esforço e investimento feito num curso à mercê dos exploradores de mão-de-obra barata. Não lhes foram dadas outras perspectivas, nem outros treinos.
Demonstrando um défice brutal de inteligência, alguns professores falhados, ajudam agora, a preparar bombeiros para partejar, em vez de contribuírem para impor respeito a si próprios, enquanto parteiras, primeiramente; pelos colegas desempregados ou não, secundariamente.
É neste universo que o papel da OE é importante, ao dispor de mecanismos e competências para reconhecerem coisas que são feitas pelos Enfermeiros, que vão distendendo a sua actividade em função dos princípios básicos, enformadores da Enfermagem, mesmo que resultem da sua capacidade de iniciativa e não do que aprenderam ou não, na escola, encalhada num determinado paradigma (hospital - centro de saúde), quando existe.
Fora deste universo fechado, há mais mundo profissional aberto às novas experiências que os Enfermeiros podem e devem fazer, na procura de soluções para problemas velhos, que emergem dia-a-dia e que ficam a descoberto à mercê do curandeirismo incompetente.
Pelo que se disse e pelo muito que se pode dizer, ainda, é que o papel da escola é incompatível com o da Ordem, ou por outras palavras: a formação da escola parou com a emissão do diploma de curso, pois é este o seu campo de acção específico. É estática.
A formação profissional diária é constante e dinâmica; é progressiva. Por isso, só os parâmetros de qualidade crescente da OE a podem certificar.
Quem não perceber tudo isto, no todo ou em parte é… ou faz-se…
Não foram aprovados os artigos 7º - relativo e internatos e eficácia inicial da licenciatura e o 77º - relativo à incompatibilidade do título de enfermeiro com o de outras profissões como homeopatia, acupunctura, apesar de a prática não o ser. Não obstante foram rejeitados, pelo que não alteram a situação.
“Vale”."
Fonte: www.sen.pt
Comments:
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Apesar de falarem de inércia por parte dos sindicatos, a verdade é que o SE tem dito umas quantas verdades e parece ser a única entidade verdadeiramente preocupada com o destino da Enfermagem.
Só concluo uma coisa daqui: somos nós próprios que nos estamos a queimar.
Só concluo uma coisa daqui: somos nós próprios que nos estamos a queimar.
...uma pegunta:
...o texto está em itálico, é alguma citação? ou é a ideia transcrita do gestor do blog?
...o texto está em itálico, é alguma citação? ou é a ideia transcrita do gestor do blog?
Concordo!!! Mas de facto hoje fiquei estupefacto com o que a Ordem pretendia alcançar nesta última reunião extraordinária. Não recebi a convocatória para a mesma, e nesta última proponha-se alterar os Estatutos, introduzindo novas alterações, nomeadamente o artigo 77ª, que não aprecia na reunião de 17 de Março. De lamentar esta tentativa de apunhalamento pelas costas de aqueles que tem oura formação e dignamente a exercem. Tirando a de agente funera´rio, não consigo perceber o porquê das outras profissões serem incompativeis com o exercicio da enfermage!!! Eu por exemplo fix outra licenciatura e na altura, não era incompativel, se agora fosse aprovado, teria que deixar de ser enfermeiro, só porque alguem que se julga dono da ordem. altera os estatutos?? Onde está aqui a defesa dos enfermeiros?? Antes da Ordem existir eu já era enfermeiro, e agoram criamos uma ordem para nos prejudicar??Exerço outra profissão no ambito da saúde e nunca senti que fosse incompatível com a enfermagem!!! Parce que alguem dentro da Ordem sofre de inveja porque alguns enfermeiros adquirem mais competências!!!!Mas os cursos estão abertos a todos, força!! Quem não estiver bem que os faça!!!
Para pensar: os enfermeiros não podem ser donos de farmácias, mas os farmaceuticos podem ser donos de centros de enfermagem e clinicas, e agora até vão poder ter centros de enfermagem nas farmáciaas!! Que rica Ordem que nós temos, defendem mais os interesses dos outros do que o interesse dos próprios enfermairos!!!
O texto é da autoria do Sindicato dos Enfermeiros (está divulgada a fonte, no final do mesmo).
Não consigo perceber como é que a (des)Ordem queria aprovar um estatuto idiota de tornar a profissão de enfermeiro incompatível com a de acunpunctor, homeopata, etc...Perdoem-me a má educação, mas uma ideia destas só pode vir de um imbecil...
Que problema tem a Ordem dos Enfermeiros em Portugal com as terapias alternativas? Realmente vivemos num país muito atrasado. Já que a OE gosta tanto de fazer viagens ao estrangeiro, nunca se deu ao trabalho de ver que, em países francamente mais evoluídos que o nosso, as terapias alternativas são praticadas pelos enfermeiros em contextos hospitalar e comunitário? Posso estar muito desfasada do mundo, mas a verdade é que VI enfermeiros, noutros países, a utilizar técnicas como a acunpunctura e a aromaterapia, com a vantagem ainda de serem os próprios hospitais a financiarem os cursos.
Conheço colegas que estão a tirar e tiraram cursos ligados a terapias alternativas e que, além dos benefícios que estes representam a nível pessoal e profissional do enfermeiro, vêm definitivamente alargar o campo das nossas intervenções, contribuindo para um exercício de enfermagem mais autónomo e cientificamente sustentado (sim, porque todas estas terapias, têm um fundamento científico; não se tratam de bruxedos, nem de «endireitas»).
Também me ensinaram que o enfermeiro deveria esgotar todas as possibilidades não farmacológicas, antes de alertar o médico para uma situação que assim o exija.
Estou de tal modo revoltada com as pretensões da OE fazer aprovar um estatuto que, graças à vontade divina, foi chumbado, que afirmo que a OE está feita com alguém ou alguma coisa... É que trabalha para todos, excepto para os enfermeiros. Tem o patrocínio de alguma indústria farmacêutica? Está a ser patrocinada por uma qualquer entidade que quer radicalmente acabar com os enfermeiros?
Até se pode avaliar esta questão, tendo em conta unicamente o utente. Não será mais benéfico, em diversos níveis, para o utente receber um tratamento por acunpunctura, massagem, musicoterapia, etc, em vez de ser bombardeado com medicamentos. Neste país, por nada prescreve-se logo qualquer droga. Os medicamentos são muito importantes, porém, não tenho dúvidas que somos um país sobremedicado.
Quando as mentalidades começam, cada vez mais, a aceitar novas soluções não farmacológicas, vem uma (des)Ordem querer colocar sempre os enfermeiros na linha de trás...
Será que os nossos dirigentes são mesmo enfermeiros?
Não consigo perceber como é que a (des)Ordem queria aprovar um estatuto idiota de tornar a profissão de enfermeiro incompatível com a de acunpunctor, homeopata, etc...Perdoem-me a má educação, mas uma ideia destas só pode vir de um imbecil...
Que problema tem a Ordem dos Enfermeiros em Portugal com as terapias alternativas? Realmente vivemos num país muito atrasado. Já que a OE gosta tanto de fazer viagens ao estrangeiro, nunca se deu ao trabalho de ver que, em países francamente mais evoluídos que o nosso, as terapias alternativas são praticadas pelos enfermeiros em contextos hospitalar e comunitário? Posso estar muito desfasada do mundo, mas a verdade é que VI enfermeiros, noutros países, a utilizar técnicas como a acunpunctura e a aromaterapia, com a vantagem ainda de serem os próprios hospitais a financiarem os cursos.
Conheço colegas que estão a tirar e tiraram cursos ligados a terapias alternativas e que, além dos benefícios que estes representam a nível pessoal e profissional do enfermeiro, vêm definitivamente alargar o campo das nossas intervenções, contribuindo para um exercício de enfermagem mais autónomo e cientificamente sustentado (sim, porque todas estas terapias, têm um fundamento científico; não se tratam de bruxedos, nem de «endireitas»).
Também me ensinaram que o enfermeiro deveria esgotar todas as possibilidades não farmacológicas, antes de alertar o médico para uma situação que assim o exija.
Estou de tal modo revoltada com as pretensões da OE fazer aprovar um estatuto que, graças à vontade divina, foi chumbado, que afirmo que a OE está feita com alguém ou alguma coisa... É que trabalha para todos, excepto para os enfermeiros. Tem o patrocínio de alguma indústria farmacêutica? Está a ser patrocinada por uma qualquer entidade que quer radicalmente acabar com os enfermeiros?
Até se pode avaliar esta questão, tendo em conta unicamente o utente. Não será mais benéfico, em diversos níveis, para o utente receber um tratamento por acunpunctura, massagem, musicoterapia, etc, em vez de ser bombardeado com medicamentos. Neste país, por nada prescreve-se logo qualquer droga. Os medicamentos são muito importantes, porém, não tenho dúvidas que somos um país sobremedicado.
Quando as mentalidades começam, cada vez mais, a aceitar novas soluções não farmacológicas, vem uma (des)Ordem querer colocar sempre os enfermeiros na linha de trás...
Será que os nossos dirigentes são mesmo enfermeiros?
É pá, saudações!
Já o disse, mas volto a dizer:
- cada vez mais me fascina a acção do SE: porra, o redactor ou redactores deste sindicato são deliciosamente excepcionais no seus comentários (gostaria de os conhecer pessoalmente e dar-lhes um valente aperto de mão...).
Não vou adicionar nada mais ao comentário feito (para já...), porque o que está escrito, escrito está...e MUITO BEM! PONTO FINAL
"VALE"
Aquele abraço
Já o disse, mas volto a dizer:
- cada vez mais me fascina a acção do SE: porra, o redactor ou redactores deste sindicato são deliciosamente excepcionais no seus comentários (gostaria de os conhecer pessoalmente e dar-lhes um valente aperto de mão...).
Não vou adicionar nada mais ao comentário feito (para já...), porque o que está escrito, escrito está...e MUITO BEM! PONTO FINAL
"VALE"
Aquele abraço
Relativamente à alteração do artigo 77:
Alguem consegue dar-me uma justificação racional para esta tomada de posição da OE??
Pretendem o quê?
Será que só os médicos é que podem exercer acupunctura?
Numa altura em que está para sair a regulamentação das Medicinas Alternativas, colocar de fora os Enfermeiros seria menos uma dor de cabeça para alguma(s) classe(s) profissional.
Será que esta alteração foi encomendada? Sinceramente...acredito que sim!
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Alguem consegue dar-me uma justificação racional para esta tomada de posição da OE??
Pretendem o quê?
Será que só os médicos é que podem exercer acupunctura?
Numa altura em que está para sair a regulamentação das Medicinas Alternativas, colocar de fora os Enfermeiros seria menos uma dor de cabeça para alguma(s) classe(s) profissional.
Será que esta alteração foi encomendada? Sinceramente...acredito que sim!
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