quinta-feira, maio 17, 2007
O problema de base...que necessita de ser resolvido JÁ!
Um comentador anónimo deixou-nos este contributo interessante:
"O curso de Enfermagem é o curso com mais vagas e escolas do país. Saem enfermeiros recém-licenciados em Julho (a maior vaga), Setembro, Novembro, Janeiro, Março, Abril... O nº de hospitais não deve ser muito superior ao nº de escolas. Palhaçada maior do que esta, só mesmo no circo! Sábado vamos tentar aprovar o novo estatuto do internato para a licenciatura e especialidades. Consta-se que, a se concretizar a aprovação, as vagas para o internato será de 1000 licenciados em Enfermagem (já não serão imediatamente enfermeiros), ou seja, nem metade dos que se formam. Apesar de concordar com esse número, acho que a única solução sensata para combater os excedentes, seria cortar as vagas de uma vez por todas e encerrar o curso em escolas, quer privadas, quer públicas (infelizmente o Governo não está para aí virado. Congelou as vagas para os cursos de saúde, excepto Medicina e Enfermagem!!!). Acho que nenhum de nós enfermeiros, quando acabámos o nosso curso, gostaríamos de ter sido postos de lado, por não conseguir ingressar no internato. Isto já não é palhaçada, é brincar descaradamente com a vida das pessoas. Mas a OE lá vai tentando remediar a coisa, pois viu que a conversa do rácio já não cola em lado nenhum de tão gasta que estava.
Quanto às médias de ingresso no Ensino Superior Público, depois da vergonha da média de entrada de 7,5 num estabelecimento (não era de Enfermagem felizmente), estes mesmos estão proibidos de aceitar alunos com médias negativas, ao contrário do que se passa com as privadas que é à escolha do freguês. As faculdades de Medicina impuseram uma média mínima de entrada de 14 valores, podendo ter havido ajustes, como foi referido por um comentador que referiu a média mínima de 16 para a Fac Medicina do Porto. Penso que faz todo o sentido impor estes limites. (...)
A investigação em Enfermagem não tem pernas para andar se se confinar ao gabinete, ou às entrevistas em gabinete. Mas como nem tudo é mau, confesso que já li uma tese bastante interessante e que, sim, contribui para o desenvolvimento das práticas em Pediatria."
No site da Ordem dos Enfermeiros, na área reservada ao mebros, é possivel ler o seguinte "A desregulação da oferta formativa em Enfermagem, com o abrupto aumento do número de escolas e cursos (estão em formação 14.500 estudantes, no total dos quatro anos)."...
Assustador, não é? Como pode ser isto possível?
Uma coisa é certa:
1. As vagas para Enfermagem têm de diminuir drasticamente (numerus clausus)!
2. O filtro de selecção para admissão nas escolas necessita de ser bem mais exigente!
3. A qualidade dos cursos está seriamente comprometida, pois as estruturas de saúde/ensino em Portugal não têm capacidade para formar tantos Enfermeiros com qualidade! (corremos o risco de banalizar a formação em Enfermagem)!
Comments:
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A OE acabou com o discurso do rácio, no entanto, acredito que o fez apenas para os enfermeiros, pela impopularidade do mesmo, e que o mantém para o governo; não com o objectivo de perpetuar o actual ritmo de formação, manifestamente elevado, mas sim para aumentar a dotação dos serviços. Parece-me que a OE se tem colado muito ao discurso do ICN, e é esse o seu discurso, sustentado no argumento da segurança dos doentes; e como certamente devem saber, já sortiu efeito em alguns estados nos USA e no Quebeque, onde foram aprovadas leis que definem rácios e que obrigaram as instituições a aumentar a dotação dos seus serviços.
A propósito da investigação: actualmente quase diariamente, a imprensa publica artigos nos quais se fala dos enfermeiros, e muitas vezes nos projectos de investigação em que estão envolvidos. Pergunto: a que se deve este fenómeno? Finalmente os jornalistas passaram a achar os enfermeiros interessantes, e as histórias que os envolvem? Finalmente os enfermeiros passaram a responder às investidas dos jornalistas? Ou nada disto aconteceu de forma espontânea, mas sim de um trabalho organizado e com objectivos bem definidos?
A propósito da investigação: actualmente quase diariamente, a imprensa publica artigos nos quais se fala dos enfermeiros, e muitas vezes nos projectos de investigação em que estão envolvidos. Pergunto: a que se deve este fenómeno? Finalmente os jornalistas passaram a achar os enfermeiros interessantes, e as histórias que os envolvem? Finalmente os enfermeiros passaram a responder às investidas dos jornalistas? Ou nada disto aconteceu de forma espontânea, mas sim de um trabalho organizado e com objectivos bem definidos?
Mais do que ninguém, os estudantes de Enfermagem estão muitíssimo assustados com a possibilidade do internato, o que é perfeitamente compreensível. Em parte solidarizo-me com eles. Vejamos que este internato não é em tudo semelhante aos dos médicos. Não há licenciado em Medicina que fique de fora do internato. Podem é não ir para a especialidade que desejariam, mas não são excluídos, porque não multiplicaram exageradamente as vagas nas faculdades de Medicina, nem se abriram cursos nas privadas.
Por outro lado, concordo que algo tem de ser feito para alterar o estado actual das coisas (veremos se assim será). No entanto, não concordo que a média de curso seja considerada como um dos critérios para o ingresso no internato. O internato da especialidade para os médicos não tem esse factor em conta e isso é cem por cento plausível.
É preciso considerar os diferentes planos curriculares dos cursos, consoante as escolas de enfermagem e os níveis de exigência também muito diferentes de escola para escola. Mesmo a formação dos professores é distinta. Como é possível haver escolas com professores sem qualquer experiência profissional ou completamente desactualizados quanto à realidade do contexto da prática? Que podem eles ensinar sobre enfermagem?
O internato para as especialidades, faz todo o sentido.
Por outro lado, concordo que algo tem de ser feito para alterar o estado actual das coisas (veremos se assim será). No entanto, não concordo que a média de curso seja considerada como um dos critérios para o ingresso no internato. O internato da especialidade para os médicos não tem esse factor em conta e isso é cem por cento plausível.
É preciso considerar os diferentes planos curriculares dos cursos, consoante as escolas de enfermagem e os níveis de exigência também muito diferentes de escola para escola. Mesmo a formação dos professores é distinta. Como é possível haver escolas com professores sem qualquer experiência profissional ou completamente desactualizados quanto à realidade do contexto da prática? Que podem eles ensinar sobre enfermagem?
O internato para as especialidades, faz todo o sentido.
curiosa a foto que meteu neste post... parece que estamos no futuro SAP de Bragança com os enfermeirinhos todos a telefonar ao doutor
...para a clínica privada a acrescentar mais um doente angariado nas urgências, e ainda a avisar que vai chegar um tudo nada mais tarde, pois não conseguiu ninguém que a viesse substituir mais cedo.
Dada a presente situação demográfica, o Governo devia reduzir os números clausus em todos os cursos de todas as universidades, de modo homogéneo, senão ficam prejudicadas as universidades provinciais, que nunca tinham alunos competentes em quantidade suficiente.
Infelizmente, este Governo sabe tão pouco da Educação como os seus antecessores, e só se preocupa em poupar dinheiro.
O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.
Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.
Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.
Sr.(a) Leitor(a), p.f. mande uma cópia ao M.E.
email: gme@me.gov.pt, se.adj-educacao@me.gov.pt, se.educacao@me.gov.pt
Infelizmente, este Governo sabe tão pouco da Educação como os seus antecessores, e só se preocupa em poupar dinheiro.
O País está em crise educativa generalizada, resultado das políticas governamentais dos últimos 20 anos, que empreenderam experiências pedagógicas malparadas na nossa Escola. Com efeito, 80% dos nossos alunos abandonam a Escola ou recebem notas negativas nos Exames Nacionais de Português e Matemática. Disto, os culpados são os educadores oficiosos que promoveram políticas educativas desastrosas, e não os alunos e professores. Os problemas da Educação não se prendem com os conteúdos programáticos ou com o desempenho dos professores, mas sim com as bases metódicas cientificamente inválidas.
Ora, devemos olhar para o nosso Ensino na sua íntegra, e não apenas para assuntos pontuais, para podermos perceber o que se passa. Os problemas começam logo no ensino primário, e é por ai que devemos começar a reconstruir a nossa Escola. Recomendamos vivamente a nossa análise, que identifica as principais razões da crise educativa e indica o caminho de saída. Em poucas palavras, é necessário fazer duas coisas: repor o método fonético no ensino de leitura e repor os exercícios de desenvolvimento da memória nos currículos de todas as disciplinas escolares. Resolvidos os problemas metódicos, muitos dos outros, com o tempo, desaparecerão. No seu estado corrente, o Ensino apenas reproduz a Ignorância, numa escala alargada.
Devemos todos exigir uma acção urgente e empenhada do Governo, para salvar o pouco que ainda pode ser salvo.
Sr.(a) Leitor(a), p.f. mande uma cópia ao M.E.
email: gme@me.gov.pt, se.adj-educacao@me.gov.pt, se.educacao@me.gov.pt
Concordo plenamente com a questão do Internato e não vejo motivo para ficarmos assustados! Afinal, se desejamos obter uma boa qualificação e saber lidar com situações que nos qualifiquem cada vez mais, de forma alguma pode ser encarada como um fator negativo, e sim positivo! Acredito que com essa seleção severa e a longo prazo, as especialidades em Enfermagem que já são realizadas no exterior já poderam ser aplicadas no Brasil com segurança e sem distição pela parte dos Médicos.
Com as novas atividades que a Enfermagem vem ganhando ao longo do tempo acho que seria plausivel um melhor aperfeiçoamento no ensino.
Internatooo, daqui a 4 anos LÁ VOU EEEU!!!!!!! kkkkkkkkkkkkk
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Com as novas atividades que a Enfermagem vem ganhando ao longo do tempo acho que seria plausivel um melhor aperfeiçoamento no ensino.
Internatooo, daqui a 4 anos LÁ VOU EEEU!!!!!!! kkkkkkkkkkkkk
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