quarta-feira, maio 23, 2007
Três avisos sábios!
Estão publicados no site do SE(N) três artigos MUITO importantes que convêm ser lidos!A
A
AVISO AOS ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
"Temos recebido no Sindicato alguns pedidos de apoio para (combater) a proposta da Ordem dos Enfermeiros.
Como é do conhecimento geral, somos a favor de que a formação especializada deve ser feita fora das escolas, porque estas não têm possibilidades de formar nessa área.
Além disso é dispendiosa e não reverte a favor dos Enfermeiros directamente, mas sim das instituições públicas.
A OE precisa de que lhe sejam atribuídas as competências de reconhecimento da formação dos Enfermeiros, sobretudo a formação pós-graduação.
Sem essa competência fica circunscrita a registar Enfermeiros e a receber quotas, elevadas, aliás, para estes tão insignificantes serviços, se excluirmos o de aplicar castigos. Tempos houve em que as escolas eram o reduto formativo dos Enfermeiros.
Com a recusa de os docentes de Enfermagem irem reciclar os seus conhecimentos aos campos de trabalho, o que aconteceu em 1983, quando abateram por influências políticas, essa possibilidade determinada no que seria o Art.º 6º do DL 384-83 (de 3 em 3 anos os docentes deviam cumprir 6 meses de exercício prático), mas retirado, um tanto abusivamente, pelo então ministro da Saúde, Maldonado Gonelha, que sucedeu a Luís Barbosa.
Todo o nosso ensino sofre desta falha dos docentes. Por isso, a sua insistência em quererem continuar a fazer especialistas predominantemente teóricos é continuar num erro crasso que não se justifica, hoje.
Os licenciados de Enfermagem têm o direito de, fora da faculdade, como os outros licenciados, continuarem livremente a investigação que os conduza a novas especializações na área do saber da experiência feito. Para a formação bibliográfica têm o curso de base, com a perigosa tendência para a supremacia da teoria sobre a prática.
O que está em causa é se o exercício da Enfermagem deve ser controlado pela Ordem dos Enfermeiros, criada para esse fim, ou se deve continuar a ser feito nas escolas de Enfermagem, de forma veladamente disfarçada, através de formação que lhe não compete, em essência.
Também defendemos que o título de Enfermeiro deve ser atribuído quando se termina o curso de licenciatura em Enfermagem.
Em síntese: defendemos o que a experiência demonstre ser melhor para a Enfermagem e para os Enfermeiros, cada vez mais libertos de exploração e de exploradores, disfarcem se estes do que se disfarçarem.
O nosso conselho é que cada um pense por si, em função da realidade que temos, evitando manipulações torpes e impróprias de pessoas de bem.
Lutamos muito para que a Enfermagem viesse a ser o que é. Tornou-se num “pitéu” tão apetecível e valioso que todos a querem comer. Atenção, pois, aos predadores!"
Como é do conhecimento geral, somos a favor de que a formação especializada deve ser feita fora das escolas, porque estas não têm possibilidades de formar nessa área.
Além disso é dispendiosa e não reverte a favor dos Enfermeiros directamente, mas sim das instituições públicas.
A OE precisa de que lhe sejam atribuídas as competências de reconhecimento da formação dos Enfermeiros, sobretudo a formação pós-graduação.
Sem essa competência fica circunscrita a registar Enfermeiros e a receber quotas, elevadas, aliás, para estes tão insignificantes serviços, se excluirmos o de aplicar castigos. Tempos houve em que as escolas eram o reduto formativo dos Enfermeiros.
Com a recusa de os docentes de Enfermagem irem reciclar os seus conhecimentos aos campos de trabalho, o que aconteceu em 1983, quando abateram por influências políticas, essa possibilidade determinada no que seria o Art.º 6º do DL 384-83 (de 3 em 3 anos os docentes deviam cumprir 6 meses de exercício prático), mas retirado, um tanto abusivamente, pelo então ministro da Saúde, Maldonado Gonelha, que sucedeu a Luís Barbosa.
Todo o nosso ensino sofre desta falha dos docentes. Por isso, a sua insistência em quererem continuar a fazer especialistas predominantemente teóricos é continuar num erro crasso que não se justifica, hoje.
Os licenciados de Enfermagem têm o direito de, fora da faculdade, como os outros licenciados, continuarem livremente a investigação que os conduza a novas especializações na área do saber da experiência feito. Para a formação bibliográfica têm o curso de base, com a perigosa tendência para a supremacia da teoria sobre a prática.
O que está em causa é se o exercício da Enfermagem deve ser controlado pela Ordem dos Enfermeiros, criada para esse fim, ou se deve continuar a ser feito nas escolas de Enfermagem, de forma veladamente disfarçada, através de formação que lhe não compete, em essência.
Também defendemos que o título de Enfermeiro deve ser atribuído quando se termina o curso de licenciatura em Enfermagem.
Em síntese: defendemos o que a experiência demonstre ser melhor para a Enfermagem e para os Enfermeiros, cada vez mais libertos de exploração e de exploradores, disfarcem se estes do que se disfarçarem.
O nosso conselho é que cada um pense por si, em função da realidade que temos, evitando manipulações torpes e impróprias de pessoas de bem.
Lutamos muito para que a Enfermagem viesse a ser o que é. Tornou-se num “pitéu” tão apetecível e valioso que todos a querem comer. Atenção, pois, aos predadores!"
AA
A
À TERCEIRA É DE VEZ
"Finalmente foi aprovada a proposta de alteração ao artigo 7º do Estatuto da Ordem dos Enfermeiros.
Importa salientar:
art.º 7º............. 3 – O título de Enfermeiro Especialista reconhece competência científica, técnica e humana para prestar , além de cuidados gerais, cuidados de enfermagem especializados em áreas específicas de enfermagem.
4 – O título de enfermeiro especialista, na respectiva área clínica, é atribuído ao detentor do título de enfermeiro que:
a) Obtenha aproveitamento no final da segunda fase do internato de enfermagem de acordo com o respectivo regulamento;
b) Seja portador de habilitações referidas na portaria 268/2002 de 13 de Março, cuja formação se tenha iniciado antes da entrada em vigor do presente Estatuto;
c) Seja portador de curso legalmente instituído antes da entrada em vigor da portaria referida na alínea anterior e que confiram direito a título de enfermeiro especialista.
........
Esta é a essência do que foi aprovado na AG de 19 de Maio 2007.
Foi uma reunião largamente concorrida com a presença de 950 Enfermeiros votantes.
A reunião começou com a referência ao nosso comunicado em que referíamos que estava aberta a caça aos “predadores da Enfermagem”, entre os quais estavam as Escolas de Enfermagem.
O resultado foi oposto ao que a professora de Enfermagem esperava, pois os enfermeiros não esquecem as propinas que têm de pagar para se especializarem, enquanto os médicos ganham bons ordenados e direito a lugares que os enfermeiros tardam em conseguir, com os internatos.
Tal como o D.Qixote, estava a actuar segundo uma episteme ou paradigma ultrapassado, ou seja; raciocinou no paradigma da licenciatura bi-etápica (bacharelato + CESE), quando já estamos no da licenciatura de raiz.
Aliás, foi a reunião das escolas, em Coimbra, na semana anterior, que também ajudou a encher a sala de Lisboa.
A prova da legitimidade das teses que defendemos e publicitamos está na distracção das escolas e seus representantes para a realidade. De tão distraídos que andam a investir em tempos idos e paradigmas perdidos, nem se aperceberam que um ciclo se encerrou, por força das circunstâncias e da vontade dos Enfermeiros. E se não mudam de atitude e não reciclarem conhecimentos de ordem prática, perdem de todo a capacidade de formar enfermeiros, ao deixarem fugir a possibilidade de ministrarem a prática como suporte da teoria. Nenhuma teoria é válida se não for testada pelo seu promotor.
Por enquanto, as escolas ainda ensinam mais o que os alunos não podem fazer, porque os médicos não deixam ou não concordam.
Quando passarem a assumir o ensino das competências que os Enfermeiros já conquistaram na prática, não voltam a dizer que punções arteriais, “entubações endotraqueais, desfibrilações auriculares” e afins são só competências dos médicos, deixando a ideia de que é quase preferível deixar morrer o sinistrado para não contrariar a legitimidade médica. Algum dia ainda vamos apanhá las a dizer que “anestesiar os doentes” é um exclusivo dos médicos, quando por esse mundo além já são os enfermeiros a fazerem isso, com vantagem... Basta ir até França!
Foi muito gratificante para a Enfermagem o fecho deste ciclo, apesar da resistência compreensível dos que tentavam mantê-lo aberto.
O que não entendemos é como alguns continuam sem perceber que, quando se introduziu o ensino de enfermagem no sistema educativo normal, as excepções foram perdendo peso e extinguiram-se. Não faz sentido pretender-se manter os Enfermeiros com algo de diferente, mesmo naquilo em que devem ser iguais, como no caso da especialização."A
Importa salientar:
art.º 7º............. 3 – O título de Enfermeiro Especialista reconhece competência científica, técnica e humana para prestar , além de cuidados gerais, cuidados de enfermagem especializados em áreas específicas de enfermagem.
4 – O título de enfermeiro especialista, na respectiva área clínica, é atribuído ao detentor do título de enfermeiro que:
a) Obtenha aproveitamento no final da segunda fase do internato de enfermagem de acordo com o respectivo regulamento;
b) Seja portador de habilitações referidas na portaria 268/2002 de 13 de Março, cuja formação se tenha iniciado antes da entrada em vigor do presente Estatuto;
c) Seja portador de curso legalmente instituído antes da entrada em vigor da portaria referida na alínea anterior e que confiram direito a título de enfermeiro especialista.
........
Esta é a essência do que foi aprovado na AG de 19 de Maio 2007.
Foi uma reunião largamente concorrida com a presença de 950 Enfermeiros votantes.
A reunião começou com a referência ao nosso comunicado em que referíamos que estava aberta a caça aos “predadores da Enfermagem”, entre os quais estavam as Escolas de Enfermagem.
O resultado foi oposto ao que a professora de Enfermagem esperava, pois os enfermeiros não esquecem as propinas que têm de pagar para se especializarem, enquanto os médicos ganham bons ordenados e direito a lugares que os enfermeiros tardam em conseguir, com os internatos.
Tal como o D.Qixote, estava a actuar segundo uma episteme ou paradigma ultrapassado, ou seja; raciocinou no paradigma da licenciatura bi-etápica (bacharelato + CESE), quando já estamos no da licenciatura de raiz.
Aliás, foi a reunião das escolas, em Coimbra, na semana anterior, que também ajudou a encher a sala de Lisboa.
A prova da legitimidade das teses que defendemos e publicitamos está na distracção das escolas e seus representantes para a realidade. De tão distraídos que andam a investir em tempos idos e paradigmas perdidos, nem se aperceberam que um ciclo se encerrou, por força das circunstâncias e da vontade dos Enfermeiros. E se não mudam de atitude e não reciclarem conhecimentos de ordem prática, perdem de todo a capacidade de formar enfermeiros, ao deixarem fugir a possibilidade de ministrarem a prática como suporte da teoria. Nenhuma teoria é válida se não for testada pelo seu promotor.
Por enquanto, as escolas ainda ensinam mais o que os alunos não podem fazer, porque os médicos não deixam ou não concordam.
Quando passarem a assumir o ensino das competências que os Enfermeiros já conquistaram na prática, não voltam a dizer que punções arteriais, “entubações endotraqueais, desfibrilações auriculares” e afins são só competências dos médicos, deixando a ideia de que é quase preferível deixar morrer o sinistrado para não contrariar a legitimidade médica. Algum dia ainda vamos apanhá las a dizer que “anestesiar os doentes” é um exclusivo dos médicos, quando por esse mundo além já são os enfermeiros a fazerem isso, com vantagem... Basta ir até França!
Foi muito gratificante para a Enfermagem o fecho deste ciclo, apesar da resistência compreensível dos que tentavam mantê-lo aberto.
O que não entendemos é como alguns continuam sem perceber que, quando se introduziu o ensino de enfermagem no sistema educativo normal, as excepções foram perdendo peso e extinguiram-se. Não faz sentido pretender-se manter os Enfermeiros com algo de diferente, mesmo naquilo em que devem ser iguais, como no caso da especialização."A
A
REIVINDICAÇÕES
"“Unidades de Saúde Familiares cativam enfermeiros experientes” é o título que encima o texto do Observatório dito da Ordem dos Enfermeiros, para a área dos Cuidados Primários.
Não esperávamos que a nossa Ordem tivesse analistas tão vesgos ou a fazerem papeis encomendados, para lesarem os Enfermeiros que a sua Ordem deve prestigiar.
Aquando das comemorações do dia do Enfermeiro em 12 de Maio, uma Enfermeira professora numa faculdade Sueca de Enfermagem, ao ouvir falar do que eram as USFs exclamou: “parem com isso, porque isso não funciona”. Estava a falar certamente com os seus conhecimentos teóricos e práticos.
Já tínhamos sido provocados em 3 de Maio na página 8 do mesmo JN, onde se dizia: “Enfermeiros “esquecidos” por sindicatos”. Ora o nosso esquecimento resultou de não termos falado com Rui Cardeira, que lidera a enfermagem das USF, movimento de perto de 70 enfermeiros que estão a constituir uma associação, para fazerem ouvir a sua voz.Não sabemos quem é nem onde trabalha, apesar de conhecermos muitos Enfermeiros sócios e não sócios dos sindicatos, nomeadamente deste. Não queremos acusar quem quer que seja por esta invenção (Rui Cardeira) para contrapor as suas declarações às da Federação que integramos (FENSE). Se o conhecêssemos e as suas intenções, tê-lo-íamos ouvido, para esclarecimento mútuo. Como nem os enfermeiros que integram as USF o conhecem classificámos esta manobra de pouco clara, se não mesmo escura para esbater as declarações da FENSE. Se existe que dê a cara.Já agora alertamos os hipotéticos Ruis para o fenómeno francês dos “cogumelozinhos”, associações disto e daquilo que destruíram o poder reivindicativo dos Sindicatos franceses, para não irmos mais longe. Não é aos enfermeiros bem formados e informados que interessam as divisões para reinar.Se tem veia sindical não precisa de dividir os Enfermeiros com interesses fictícios e alheios à Classe. Nós dispomos de lugares para militantes interessados e aguerridos. Se não aparecer, vamos classificá-lo, para já, invenção desesperada de quem quer ressuscitar o nado-morto que é a USF.O recado serve para o inquiridor da OE que não pára de nos surpreender pela negativa.Mas a OE ainda pode dizer que, sendo uma emanação do Poder Central, tem de cumprir o que lhe ordenam. E ser ingénuo não é crime: é ingenuidade!Mas que respostas vão dar aos Colegas quando estes descobrirem que foram ludibriados, pois nem vão receber mais um cêntimo, do que recebem, pois não está previsto aumento no diploma em discussão e já, antes desta, aprovado em Conselho de Ministros, no qual somente os médicos que já vinham ensaiando o RRE (regime remuneratório experimental) é que têm direito a tabela especial.Sendo assim, há um grupo de enfermeiros que, por razões que desconhecemos, de momento, quer trabalhar para engordar o salário dos médicos experimentados em RRE.Se têm argumentos para nos desmentirem exponham-nos, com os devidos fundamentos, que contrariem a versão final do diploma que cria as USF, em nosso poder.Quanto aos: Manuel Oliveira (não confundir com o realizador de cinema) e Rui Cardeira, iremos estudar as suas motivações, antes de os crucificarmos, como inimigos aparentes da Classe e servidores de outros interesses que não os dos Enfermeiros. A menos que disponham de elementos que os experimentados dirigentes da FENSE, em negociações, ignorem, por não lhes serem fornecidos...Para já, as USF violam a essência da assistência primária e o estatuto dos Enfermeiros segundo as convenções da OMS (Organização Mundial de Saúde), afastando-a das convenções internacionais que Portugal ratificou, subscrevendo-as.Pretender circunscrever a “assistência primária” à vertente curativa e às consultas e consultórios médicos é erro crasso com que não nos identificamos, pois combatemo-lo.Se alguém tem uma cabeça tão pequenina que não consiga albergar o pensamento de que a FENSE (e nós próprios) luta inequivocamente pelos reais interesses e melhoria do estatuto dos Enfermeiros, lamentamos essas cabeças reduzidas, pois somente servem para desempenhar o tal papel de “empregado de consultório” mais ou menos disfarçado com consultas de Enfermagem prévias.O papel dos aderentes e simpatizantes da ideia USF é como o modelo da via férrea do Douro que servia de exemplo para os engenheiros saberem como não se devia construir uma via férrea e para engrandecer e dignificar o esforço da FENSE, que saiu derrotada das negociações de diploma pré‑aprovado já. Não é por esta farsa que lutamos."
Não esperávamos que a nossa Ordem tivesse analistas tão vesgos ou a fazerem papeis encomendados, para lesarem os Enfermeiros que a sua Ordem deve prestigiar.
Aquando das comemorações do dia do Enfermeiro em 12 de Maio, uma Enfermeira professora numa faculdade Sueca de Enfermagem, ao ouvir falar do que eram as USFs exclamou: “parem com isso, porque isso não funciona”. Estava a falar certamente com os seus conhecimentos teóricos e práticos.
Já tínhamos sido provocados em 3 de Maio na página 8 do mesmo JN, onde se dizia: “Enfermeiros “esquecidos” por sindicatos”. Ora o nosso esquecimento resultou de não termos falado com Rui Cardeira, que lidera a enfermagem das USF, movimento de perto de 70 enfermeiros que estão a constituir uma associação, para fazerem ouvir a sua voz.Não sabemos quem é nem onde trabalha, apesar de conhecermos muitos Enfermeiros sócios e não sócios dos sindicatos, nomeadamente deste. Não queremos acusar quem quer que seja por esta invenção (Rui Cardeira) para contrapor as suas declarações às da Federação que integramos (FENSE). Se o conhecêssemos e as suas intenções, tê-lo-íamos ouvido, para esclarecimento mútuo. Como nem os enfermeiros que integram as USF o conhecem classificámos esta manobra de pouco clara, se não mesmo escura para esbater as declarações da FENSE. Se existe que dê a cara.Já agora alertamos os hipotéticos Ruis para o fenómeno francês dos “cogumelozinhos”, associações disto e daquilo que destruíram o poder reivindicativo dos Sindicatos franceses, para não irmos mais longe. Não é aos enfermeiros bem formados e informados que interessam as divisões para reinar.Se tem veia sindical não precisa de dividir os Enfermeiros com interesses fictícios e alheios à Classe. Nós dispomos de lugares para militantes interessados e aguerridos. Se não aparecer, vamos classificá-lo, para já, invenção desesperada de quem quer ressuscitar o nado-morto que é a USF.O recado serve para o inquiridor da OE que não pára de nos surpreender pela negativa.Mas a OE ainda pode dizer que, sendo uma emanação do Poder Central, tem de cumprir o que lhe ordenam. E ser ingénuo não é crime: é ingenuidade!Mas que respostas vão dar aos Colegas quando estes descobrirem que foram ludibriados, pois nem vão receber mais um cêntimo, do que recebem, pois não está previsto aumento no diploma em discussão e já, antes desta, aprovado em Conselho de Ministros, no qual somente os médicos que já vinham ensaiando o RRE (regime remuneratório experimental) é que têm direito a tabela especial.Sendo assim, há um grupo de enfermeiros que, por razões que desconhecemos, de momento, quer trabalhar para engordar o salário dos médicos experimentados em RRE.Se têm argumentos para nos desmentirem exponham-nos, com os devidos fundamentos, que contrariem a versão final do diploma que cria as USF, em nosso poder.Quanto aos: Manuel Oliveira (não confundir com o realizador de cinema) e Rui Cardeira, iremos estudar as suas motivações, antes de os crucificarmos, como inimigos aparentes da Classe e servidores de outros interesses que não os dos Enfermeiros. A menos que disponham de elementos que os experimentados dirigentes da FENSE, em negociações, ignorem, por não lhes serem fornecidos...Para já, as USF violam a essência da assistência primária e o estatuto dos Enfermeiros segundo as convenções da OMS (Organização Mundial de Saúde), afastando-a das convenções internacionais que Portugal ratificou, subscrevendo-as.Pretender circunscrever a “assistência primária” à vertente curativa e às consultas e consultórios médicos é erro crasso com que não nos identificamos, pois combatemo-lo.Se alguém tem uma cabeça tão pequenina que não consiga albergar o pensamento de que a FENSE (e nós próprios) luta inequivocamente pelos reais interesses e melhoria do estatuto dos Enfermeiros, lamentamos essas cabeças reduzidas, pois somente servem para desempenhar o tal papel de “empregado de consultório” mais ou menos disfarçado com consultas de Enfermagem prévias.O papel dos aderentes e simpatizantes da ideia USF é como o modelo da via férrea do Douro que servia de exemplo para os engenheiros saberem como não se devia construir uma via férrea e para engrandecer e dignificar o esforço da FENSE, que saiu derrotada das negociações de diploma pré‑aprovado já. Não é por esta farsa que lutamos."
a
Fonte: www.sen.pt
Comments:
<< Home
Caro colega,
Desculpe a demora, mas tinha que lhe responder.
Apesar de tudo o que foi dito, a verdade é que os enfermeiros das USF's não foram na altura ouvidos pelos sindicatos!! Em fins do ano passado o SEN realizou uma sessão de esclarecimento no C.S. onde trabalho. Foi falado os horários continuos e das USF's, qd perguntei o que podiamos fazer e pedi conselho responderam-me:" Vá trabalhar para um pais do Norte da Europa!". A verdade é que sou Português, vivo em Portugal e antecipo muitas melhorias no S.S. com a implementação das USF's e com Reconfiguração dos CSP. concordo com tudo? Não. Mas se queremos mudar a forma como nos vêem os outros profissionais , a população, o Estado e nós mesmos, temos que ser nós a fazer algo. NÃO PODEMOS SER REACTIVOS, CADA VEZ MAIS TEMOS QUE POR NÓS APRESENTAR SOLUÇÕES, ANTES QUE ALGUÉM AS PROPONHA!!! Continuarmos a dizer " eles têm e nós não temos" ou "aquilo foi feito pra eles", não faz sentido. Este grupo que agora possui 130 associados e praticamente 1 enf. por USF, tem tentado mudar as coisas, já conseguiu mudar algumas, mas acima de tudo demonstrou que os enfermeiros não são meros assistentes médicos, que não precisam de recorrer ao sindicato ou á OE para lhes dizer o papel deles. Neste momento os Enf.os das ~USF's são os únicos a tentar implementar o mod. do Enf. Familia. São os únicos que tiveram coragem de pegar no que estava mal na profissão e mudar, mas acima de tudo, foram os únicos capazes de dizer por meio de acções e resultados aos outros profissionais:"Este espaço é nosso!!". Quero convida-lo para visitar uma USF qq a nível nacional e a seguir visite um CS e diga-me onde é que se trabalha melhor.
Um abraço,
Rui Cardeira
as5175705@sapo.pt
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Desculpe a demora, mas tinha que lhe responder.
Apesar de tudo o que foi dito, a verdade é que os enfermeiros das USF's não foram na altura ouvidos pelos sindicatos!! Em fins do ano passado o SEN realizou uma sessão de esclarecimento no C.S. onde trabalho. Foi falado os horários continuos e das USF's, qd perguntei o que podiamos fazer e pedi conselho responderam-me:" Vá trabalhar para um pais do Norte da Europa!". A verdade é que sou Português, vivo em Portugal e antecipo muitas melhorias no S.S. com a implementação das USF's e com Reconfiguração dos CSP. concordo com tudo? Não. Mas se queremos mudar a forma como nos vêem os outros profissionais , a população, o Estado e nós mesmos, temos que ser nós a fazer algo. NÃO PODEMOS SER REACTIVOS, CADA VEZ MAIS TEMOS QUE POR NÓS APRESENTAR SOLUÇÕES, ANTES QUE ALGUÉM AS PROPONHA!!! Continuarmos a dizer " eles têm e nós não temos" ou "aquilo foi feito pra eles", não faz sentido. Este grupo que agora possui 130 associados e praticamente 1 enf. por USF, tem tentado mudar as coisas, já conseguiu mudar algumas, mas acima de tudo demonstrou que os enfermeiros não são meros assistentes médicos, que não precisam de recorrer ao sindicato ou á OE para lhes dizer o papel deles. Neste momento os Enf.os das ~USF's são os únicos a tentar implementar o mod. do Enf. Familia. São os únicos que tiveram coragem de pegar no que estava mal na profissão e mudar, mas acima de tudo, foram os únicos capazes de dizer por meio de acções e resultados aos outros profissionais:"Este espaço é nosso!!". Quero convida-lo para visitar uma USF qq a nível nacional e a seguir visite um CS e diga-me onde é que se trabalha melhor.
Um abraço,
Rui Cardeira
as5175705@sapo.pt
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