terça-feira, julho 10, 2007

Grave, muito grave!


Os ataques sucedem-se, vindos de todas as direcções. O excesso de profissionais transtornou o poder de reivindicação da classe, e os resultados estão à vista.

Todos querem fazer render a Enfermagem às especulações economicistas, banalizando o ensino e fazendo com que a profissão regrida a uma velocidade sem precedentes.
De facto a este ritmo, a profissão estará destruída em meia dúzia de anos. Eis o alerta urgente lançado pela Ordem dos Enfermeiros, que diga-se de passagem também não tem actuado da melhor forma, pois parece-me que anda a encarar tudo isto de uma forma pacifista e muito pouco confiante. É necessário mais ferocidade!! Eis o tímido alerta da OE:

A

"(...) A OE tem conhecimento de que o MCTES continua a dar despachos a propostas apresentadas por Instituições de Ensino que, ao contrário do proposto, relegam a formação de acesso à actividade profissional para o 1º ciclo, não garantindo os compromissos assumidos em Dezembro de 2006, com esta Ordem, pelo Secretário de Estado do Ensino Superior ao afirmar que a aplicação do processo de Bolonha não poderia colocar em causa o actual estádio do ensino de enfermagem em Portugal e que qualquer decisão teria de ser no sentido da sua melhoria.Ao mesmo tempo, somos alertados para o facto de estar em curso um estudo no MS, ao que parece, sobre competências e perfis dos enfermeiros, que deverá dar suporte a orientações políticas sobre a adequação do ensino de enfermagem ao processo de Bolonha, a ser entregue no final deste mês de Julho. A tal facto acresce não ter havido qualquer consulta ou solicitação de contributos à Ordem dos Enfermeiros, entidade que, no âmbito das suas atribuições, definiu o quadro regulamentar de competências do enfermeiro. Enquanto se verifica, sem explicação objectiva, esta situação de indefinição e falta de transparência na área da enfermagem, foi encontrada para a educação uma solução, já com força de lei desde Fevereiro de 2007. Assim: no quadro de adequação dos ciclos e graus académicos decorrentes do processo de Bolonha só podem ser educadores de infância e professores do ensino básico os possuidores do 2º ciclo.... (...).

(...) A OE vem assim, e mais uma vez, não só denunciar a situação de impasse em que este processo se encontra, como reafirmar vivamente, que tudo fará para que as decisões ora tomadas não venham a fazer perigar o estádio de desenvolvimento da enfermagem portuguesa, assim como o papel de referência no contexto europeu, que tem vindo a assumir.(...)"


É NECESSÁRIO UMA IMPOSIÇÃO INFLEXÍVEL POR PARTE DA OE, E NÃO TÃO ENVERGONHADA COMO FOI NO CASO DAS "VACINAS NAS FARMÁCIAS"
a
Fonte: www.ordemenfermeiros.pt

Comments:
É necessário uma Ordem forte e determinada, escolhendo bem as prioridades, tendo o apoio dos enfermeiros nas questões fulcrais.
 
A questão da autonomia novamente...não posso deixar de transcrever um texto interessante transcrito do forumenfermagem :

Para muitos de nós enfermeiros a enfermagem parece ser uma profissão autónoma. Numa visão mais apaixonada que racional isso compreende-se. A minha opinião quando racionalizada é contrária.

Contudo, na sociedade em geral em disciplinas como a sociologia a discussão é outra...Os sociólogos perguntam mesmo se a enfermagem será uma profissão.... O seguinte texto da socióloga Maria Helena Machado, retirado do livro "Profissões de saúde" ilustra essa visão da sociológia sobre a enfermagem. De acordo com a autora são critérios para definir profissão:

" - Possuir um conjunto de conhecimentos teóricos especializados cuja aquisição requer um período prolongado de treinamento. Nas sociedades atuais esses conhecimentos são adquiridos nas Universidades, necessitando a definição de um currículo mínimo que torne homogêneo o conteúdo teórico a ser transmitido aos aspirantes.
- Possuir orientação para serviço – oferecer serviços especializados ao público que sirvam aos interesses da coletividade; trabalho que tem interesse social.
- Caracteriza-se pela presença de indivíduos que identificam-se com uma vocação, no sentido de aceitarem normas e modelos, identificando-se com os seus pares e tendo forte sentido de coletividade. Adotam um código de ética que formaliza as normas de conduta profissional. Os interesses profissionais dizem respeito:
- Condições de trabalho, mercado de trabalho, modo de organização e divisão do trabalho, salário e jornada.
- Proteção e delimitação do território profissional, identidade e interesses profissionais; relação com os seus pares e relação com os clientes. Possuir uma organização profissional que determine regras para o exercício da profissão, autorize o exercício profissional e determine regras éticas para a sua atuação."
- O profissional pratica essa ocupação em tempo integral e sobrevive da remuneração oriunda dessa atividade.
- Autonomia profissional."

A mesma autora acrescenta ainda:

"Há consenso pelo menos, entre teóricos da área (Moore, Wilesnky, Larson, Freidson, entre outros), de que a existência de um corpo esotérico de conhecimentos e a orientação para um ideal de serviço são dois atributos inquestionáveis para se definir profissão. A medicina, advocacia, engenharia, o clérigo e professores universitários, por exemplo, são, nesta perspectiva, consideradas profissões, enquanto os farmacêuticos, os enfermeiros, são classificados como semiprofissões. A justificativa para tal diferenciação é a ausência (no segundo caso) de um corpo especifico de conhecimento, bem como a inexistência de um mercado de trabalho inviolável, como ocorrem com os médicos, os advogados entre outros profissionais.
A diferença fundamental entre o verdadeiro profissional e o quase profissional é de que o primeiro negocia com uma clientela especifica e o segundo não."


Ora "ordem"??? para quê e com que objectivos ?? Agência de viagens ou puro exercício de ego ? Lembrem-se (os que têm memória para tal) do que era enfermagem antes desta "Ordem" e do que somos agora...........
Palavras para quê....
 
Respeitando as opiniões dos colegas anteriores, eu acho que desde que a ordem foi criada muitas circunstancias se alteraram, como consequência da sociedade mutável em que vivemos.

É hora de pensar em estratégias de acção, aproveitanto tudo o que temos de bom. É fácil mobilizar a opinião púbica nacional; somos cinquenta e tal mil e isso é uma arma poderossícima!

O que é que poderemos vir a fazer? Segundo me recordo, uma das competências dos enfermeiros de cuidados gerais é a de "defender o direito de partcipar no desenvolvimento das políticas de saúde (...) - competência 84 (Ordem dos Enfermeiros). Proponho que se faça algo que incomode. Já pensaram se alguns milhares de enfermeiros resolvessem "entupir" o email oficial do ministério com uma petição num determinado dia?

Há coisas em que cada um de nós pode dar a ORDEM de partida! Quem escreve a petição
 
Amigo, bem haja pela colocação desta transcrição. Gostaria de tecer o seguinte comentário:
- refere a dita socióloga que, entre outras coisas, o que define uma profissão será a "existência de um mercado de trabalho inviolável". Depois dá como exemplo a medicina, advocacia e engenharia. Bom, creio que os exemplos não serão muitos consistentes. E porquê? Na saúde basta estar atento às "profissões" emergentes e que entram no "campo de actuação" (as ditas competências) da medicina. Adocacia? Então aqui nem se fala (presumo que todos já tenham lido cartazes com slogans do tipo "procuradoria ilícita - informe-se". Na engenharia é de bradar aos céus (há engenheiros, arquitectos, desenhadores, etc - só não sabe disso quem nunca precisou de fazer casa).
Ainda relativamente aos "saberes esotéricos" tenho a dizer o seguinte: esta é uma concepção irrealizável, na medida em que todas as profissões necessitam de uma forma ou de outra, de conhecimentos subsidiados por múltiplas ciências, sendo a medicina um caso flagrante (com recurso à Biologia, Física, Química, Matemática, Psicologia, etc). No fundo é tudo uma questão de "pontos de vista", de mercado e em última instância, de Euros (cá está a economia)...
Como profissões verdadeiras daria os seguintes exemplos:
- carpinteiro, electricista, serralheiro, sapateiro, agricultor, mecânico, trolha, pescador, etc.
Já no que diz respeito à Ordem dos Enfermeiros, creio que o que estará a faltar será mesmo LIDERANÇA. Alguém implacável, mas com sentido diplomático.
Para já é tudo.
Aquele abraço.
 
Não que isso seja muito importante, mas cá vai o reparo ao colega das 6:04 PM(que se pretende construtivo):
- leia-se poderosíssima onde está poderossícima.
Caro colega das 6:04 PM bem haja pelo seu comentário. Já agora, podem contar comigo (caso se inicie alguma acção de protesto)
Aquele abraço.
 
A Ordem existe, como deve existir uma instituição que represente um grande grupo. Se o defende bem ou mal isso é outra questão. Temos um poder reivindicativo que não imaginamos, contudo não podemos protestar por tudo e por nada... temos de definr bem as nossas prioridades, assim como a nossa Ordem deve estabelecer as suas, que deviam ser coincidentes ou no mínimo convergentes, assim existiria um movimento fortíssimo. A revisão da carreira será um momento de protesto? O reconhecimentos de várias funções já desempenhadas um motivo de luta? Certo é que não nos podemos acomodar, um pouco à imagem deste blog.

Bem hajam colegas
 
Quanto a mim, e numa análise estritamente pessoal, existem algumas premissas que caracterizam uma profissão verdadeira e autónoma:

-Campo de actuação exclusivo
-Soberania de actuação no seu campo exclusivo
-Máquina própria de produção de saberes e conhecimentos
-Insubstituibilidade
-Organização corporativa
-Mandato social
-Auto-regulação

Existem áreas supracitadas que ainda necessitam de serem trabalhadas. No entanto, a Enfermagem assume-se como uma profissão, sendo que a maior prova de tal facto é a criação de uma Ordem profissional, veleidade dada apenas a uma minoria de profissões que se assumem estratégicas e autónomas. No entanto, a questão da autonomia ainda tem que ser muito trabalhada, uma vez que apesar de haver um potencial latente de autonomia, na prática ainda estamos muito coartados pelos poderes tradicionais e pelos arquétipos de hierarquias normativas. Este é um trabalho ser encetado por várias gerações, e em várias frentes, e que passa não só pela renvindicação e luta socias mas também poruma formação de maior qualidade e um maior protagonismo social. Este último ponto é fulcral, uma vez que as profissões de maior prestígio como é a profissão médica deve esse mesmo prestígio a um "Marketing" de imagem eficaz e estruturado, encabeçado pela sua respectiva Ordem que entre outras coisas assume as funções de máquina de propaganda da classe1
 
Olá colegas enfermeiros!
Trabalho há 15 anos e nunca me senti tão "sem chão" como agora. Para trabalhar sou obrigada a pagar a uma organização que em vez de nos trazer soluções traz-nos preocupações. A ordem deve existir sim,mas não da forma como actualmente existe. Consiste numa organização que mais não é que um degrau para outras prestações por parte de todos os órgãos directivos. Quem se propõe para ser representante da ordem, é remunerado para tal, certo? Só assim se compreende que tenham deixado a sua função de supervisoras, etc... Aliás, nós pagamos-lhes para que defendam os nossos interesses. Expliquem-me então porque algumas destas senhoras passam a vida a dar aulas em escolas privadas e só estão uns míseros minutos ao fim da tarde na sede. Não é por falta de condições porque estou especificamente a referir-me ao palácio recém recuperado na rua Latino Coelho no Porto. Em contrapartida nós vimos os nosssos ordenados de tal forma desatualizados que nem para uma pintura refrescante da nossa casa dá. Primeiro inventaram o Complemento em Enfermagem. Depois, recomeçaram as especialidades embora quem as homolgasse soubesse que iriam ser totalmente remodeladas. Mas isso não importou. O importante era continuar a manter rentabilidade das inúmeras escolas de enfermagem Sim. porque tudo isto é um negócio. O que irão inventar a seguir? Se o trabalho que têm para fazer na ordem não é suficiente para lhes preencher o tempo, que vão para os hospitais prestar cuidados e colmatar a falta de enfermeiros sentida nos nossos serviços. Sim, porque com isso não se preocuparam. Apesar de haver muitos colegas no desemprego cada vez o rácio enfermeiro doente é maior. Mas se por sobrecarga de trabalho um enfermeiro comete um erro, aí sim, lá está a ordem a instaurar um processo ao colega. É rápida e faz questão de publicar o feito. Não vejo isto em outras ordens. E, já agora porque temos que ter uma bastonária assim? Será que não haveria ninguém mais dinamico, mais novo enfim uma pessoa que ao olhar para ela não nos fizesse pensar que a ordem dos enfermeiros seria uma casa de repouso. Pelo amor de Deus, temos a Dra Lucília Nunes, uma senhora cheia de capacidades e capaz de defender as suas convicções. Esta Ordem serve ao governo mas não serve aos enfermeiros.
 
Só uma opinião pessoal: A Drª Lucília Nunes também não é a melhor pessoa para nos representar, pois é demasiadamente lírica: além disso, está demasiadamente afastada da prática.
Coloquem algúem que conheça a Enfermagem não através de livros mas através do seu exercício profissional!
 
Colega do último comentário 10:15, concordo consigo em muito do que disse, mas o nome que refere como alternativa; não me convence, pois a Dra Lucília é actualmente membro integrante dos orgãos sociais da Ordem, concretamente, Vice-presidente do conselho Jurisdicional. E já estou um pouco (para não dizer bastante), farto de tantos congressos de ética. FARTO, simplesmente.
Ainda uma curiosidade: este ano, um dos exames possíveis para a candidatura ao curso de Enfermagem é FILOSOFIA. Interessante não acha?
Ah, e também é docente na Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal (Professora adjunta).
Aquele abraço.
 
É evidente que quem deveria estar há frente dos destinos da ordem era sem dúvida alguém que estivesse muito longe dos lobbies das escolas e muito perto da prática. Para que isto fosse possivel era necessário que em vez de serem os pseudo-intelectuais das escolas a irem às assembleias deveriam ir os enfermeiros da prática. Já agora porque não aprovar um artigo em que fosse incompativel o exercicio de bastonário(a) com qualquer outra actividade (professor, acessor...).
 
O facto de sermos cinquenta e tal mil não constitui uma arma poderosa, porque participamos pouco na sociedade; e decretos de lei não vão aumentar a nossa participação na definição, ou até mesmo implemantação, das políticas de saúde; isso só acontecerá se participarmos na sociedade e exercermos pelenamente a cidadania.
 
Se a Enfermagem é profissão de mulher, porque raio ter uma bastonária tão andrógina?
E depois queixam-se de ser enrabados....
 
Boa tarde, sou um recém-licenciado da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Assim como, a quase totalidade dos meus colegas, encontro-me na saga de procura de emprego. A situação aqui em discussão é a mais preocupante deste momento da Enfermagem portuguesa.
No meu ponto de vista, mais tarde ou mais cedo a profissão vai romper porque vamos ser nós próprios os primeiros inimigos uns dos outros.
Os boatos de enfermeiros que cedem a meia dúzia de tostões para exercer a PROFISSÃO que todos nós adoramos, faz com que estejamos a rebaixar o nosso orgulho.
Continuaremos a ser orgulhosamente Enfermeiros, mas por favor não vamos ceder a interesses desses senhores que querem, podem e mandam!!!
Apelo desde já à Ordem dos Enfermeiros ter um papel mais activo neste processo.
 
Na minha opinião, com este tipo de instituição intitulada como ordem, a profissão irá desaparecer enquanto tal,num curto espaço de tempo. É cada vez mais evidente. Tanto enfermeiro a ser drenado para o desemprego anualmente irá provocar um descalabro na profissão!!!
 
Soluçao: Emigrar para os Estados Unidos e ganhar mais de 6000 euros mes. Estão previstos faltarem mais de 1 milhao de enfermeiros nos proximos anos!
 
É uma situação preocupente, podemos permitir que as escolas actuem exclusivamente em seu benefício e não estejam em defesa da enfermagem? Que posição têm em relação ao desemprego? Não se operam mudanças. Se for modificada esta situação, as suas repercussões ainda vão tardar. O poder reivindicativo vai diminuir.
Encontrei uma colega a fazer voluntariado numa clínica há um ano... Onde vamos parar? Tudo isto afecta negativamente a enfermagem.

DoutorEnfermeiro a Bastonário!
 
O problema da Ordem é que ela é um bastião de interesses de facções minoritárias dentro da Enfermagem: Professores, directores de Enfermagem, sindicalistas. Mais: é incompreensível como alguns elementos da Ordem (Directores de Enfermagem, Enfermeiros supervisores, etc...) defendem princípios enquando membros da mesma que não cumprem minimamente no exercício das suas funções de direcção ou de supervisão, tendo em muitos casos atitudes perfeitamente antagónicas.A Ordem deveria ser constituida por elementos com provas dadas na área dos cuidados, com uma visão pragmática das coisas e com um verdadeiro interesse em defender a profissão e não os interesses da Ordem...porque os interesses das duas entidades têm de ser obrigatoriamente os mesmos. Em mais nenhuma das profissões se verifica um divórcio tão grande entre a Ordem profissional e a classe que representa. Por isso, precisamos de colocar Ordem na nossa "caravela" antes de nos aventurar-mos em conquistas e lutas,caso contrário o barco afunda-se mesmo antes de sair do porto!
 
Eleições pra OE possivelmente em Dezembro:por favor não deixem de faltar à chamada! Toca a pôr a andar essas pardalinhas que mal sabem cantar.
 
Olá colegas!
E o que têm a dizer quanto às intenções da OE em proibir o exercício acumulado? Se é para dar emprego a todos os colegas que infelizmente estão no desemprego estou 100% de acordo. Mas, será que a demora da tomada de decisão não está directamente relacionada com os "tachos" que eles não querem perder? Um dos critérios para pertencer a qualquer um dos órgãos directivos da Ordem deveria ser a incompatibilidade com qualquer outra actividade. Afinal é para isso que lhes pagamos. Exclusividade! Quem quer, quer e quem não estiver satisfeito que dê o lugar a outro que seja mais competente e que seja ENFERMEIRO.
 
90 e tal euros de quotas anuais por pessoa para pagar esta inércia?
Que raio de ordem a nossa
 
Essa de proibir o segundo emprego, a levar por diante, seria mais uma descriminação em ralação à nossa profissão; mas mais grave é o facto desta mesma descriminação partir do seio da própria classe. Por outro lado, essa medida seria uma manobra de distracção: o problema não são as acumulações mas sim o desenfreado ritmo formativo das escolas de Enfermagem. Impor uma exclusividade sem retribuição pela mesma é obrigar a que sejamos todos nós a financiar o negócio das escolas privadas ao garantir um nicho para os seus novos recém licenciados mediante o despejo dos enfermeiros das suas acumulações.Note-se ainda que antes de haver desemprego em Enfermagem já haviam muitas acumulações mas mal apareceram as escolas privadas o desemprego emergiu com grande vitalidade. Atendendo ao princípio da causa efeito não é muito difícil ver onde está a culpa...
 
Bem isto anda um bocado seco...lol
 
Bem a meu ver acho que a Ordem, não se pode pronunciar sobre a Acumulação de Funções! Em Primeiro Lugar porque a Função da Ordem é Controlar a QUALIDADE dos Cuidados Prestados aos Utentes e para estes! Assim a acumulação de funções só pode ser questionável se a qualidade dos cuidados diminuir... De outra forma considero ilegal qualquer atitude da nossa Ordem. Escrevam com conhecimento de causa!

Quanto a outro artigo que li sobre Exclusividade, mais uma vez parece-me haver confusão, A ORDEM como nos vem sempre Repetindo, não se "mete" na discussão da Carreira, mas sim na forma como trabalhamos e prestamos cuidados. A Ordem tem o Papel de supervisionar e defender a nossa Classe. No que se refere a Exclusividades e Carreiras isso é para os Sindicatos. Quanto a estes últimos estão muito CALADOS! Espero que ao entrarmos neste Semestre Importante para Negociar a nossa Carreira tenhamos informações a tempo de podermos participar!

Espero sinceramente que o Internato Geral e o Internato das Especialidades sejam aprovados com a maior brevidade Possível, até porque não percebo alguns Programas de algumas Escolas, quer na Licenciatura, quer nas Especialidades. Assim ao haver Internatos e exames de admissão ao menos as Escolas Eram Avaliadas (de forma indirecta, certo)! Tenho pena que esta medida faça com que tenhamos Licenciados em Enfermagem e não Enfermeiros, mas isso caros colegas foi o problema por todos. A culpa é nossas que quando as Escolas abriram não nos impusemos, não só da Ordem (esta só avaliada os conteúdos programáticos, embora pudesse ter feito mais). Agora quem sofrerá serão os nossos Futuros Colegas os actuais estudantes em Enfermagem!

Outra coisa que ninguém parece querer falar é o Preço ALTISSIMO que as Escolas de Enfermagem Praticam! Comparemos com Medicina em que ao candidatar-me para um mestrado nada pago, nem os papéis e só na inscrição é que se paga faseadamente! Em enfermagem inicia-se o pagamento logo no acto de candidatura, podendo entrar ou não! Isto numa Escola Publica.

Perguntem-se porque é que as Escolas estão contra o Internato
Geral e das Especialidades, porque pensam nos Seus alunos!

Tudo parece girar à volta do dinheiro, esse mesmo que ainda AGUARDAMOS pois Somos Licenciados, sem carreira remuneratória e Legal para tal! O REPE quando é Reformulado! Isso era o quer devíamos estar a discutir!

Participem, informem-se e lutem e saiam do imobilismo, pois sentados em frente ao PC sempre a criticar em nada nos faz progredir! Enviem cartas para o Governo a Protestar!

Quando acabei a Licenciatura enviei uma carta dirigida ao Governo a Protestar contra a Situação! Quantos de vós fizeram o mesmo! "Critique aquele que saiba e consiga fazer melhor"- Provérbio popular!

Abraço a todos e boas COGITAÇOES

Peço desculpa por me alongar! Passem pelo Cogitare e vejam com alguns colegas nossos fazem Enfermagem Progredir e isso reflecte-se na Sociedade!
 
Aquela baston�ria s� mesmo � "Bastonada!". Nem parece ex-sindicalista, tal � a cruzada que enceta contra a classe. Querem expurgar os Enfermeiros das acumula�es, chagando a sugerir que estas s�o uma forma dos Enfermeiros sustentarem um certo "n�vel de vida". Mas esses elementos da Ordem, que anunciam essas ideias parvas, s�o os mesmos que, sendo supervisores, directores, chefes espremem a Enfermagem ao m�ximo, diminuindo o n�mero de enfermeiros nos servi�os a um n�mero cr�tico (a� j� n�o se lembram da qualidade) e coartando a admiss�o de novos elementos. Limitam as horas extras, mas n�o � para admitirem novos elementos mas sim para pouparem dinheiro para o pagamento de horas extras de outras classes.
Para esses senhores da OE, tenham ju�zo e n�o culpem os Enfermeiros pela situa�o criada pela imp�rita condu�o da pol�tica da OE, que pouco mais � do que um punhado de jantares e de viagens ao Oriente e arredores: um �ltimo concelho, na vossa pr�xima viagem, comprem um bilhete s� de ida, que n�s agradecemos!
 
Concordo com o life passenger.
Só não sei quem são os colegas que fazem a Enfermagem progredir como foi dito no seu post pois só a vejo a andar para trás...

Abraço
 
Caro colega do post 11:01 PM, só um reparo (construtivo, claro!), só porque não dignifica a profissão. Estupefacto que fiquei com essa, de essa escola ter Filosofia como pré-requisito para enfermagem que resolvi validar essa informação. No site acesso ao ensino superior em http://www.acessoensinosuperior.pt/detcurso.asp?code=3155&codc=1169
pode-se constatar que as provas de Ingresso são:

02 Biologia e Geologia (B)
e
Uma das seguintes provas:
07 Física e Química (F)
07 Física e Química (Q)
16 Matemática
18 Português

(E penso que o site esteja actualizado!)

um abraço,
 
OS colegas que fazem Progredir a Profissão somos todos nós. Senão repare, a Enfermagem de Hoje não é a mesma de a 25 anos! Não discuto progressões Remuneratorias, pois tal como já referi aguardo serenamente uma proposta do governo, para aí poder opinar. Agora quando a Funções, a competências, não tenho dúvidas que Melhoramos muito!

É Com a Participação de todos. E não é só teclar em blogs... Temos que estar nos eventos. Nas discussões da Ordem, por exemplo. Quando foi a votação Importante, estavam lá poucos Enfermeiros. Vi muita Gente das Escolas... Temos que estar lá para não serem sempre os mesmos a opinar.
 
Convidamos todos os presentes nesta acesa discussão a passar no nosso blog e a divulga-lo junto da Populaçao. Este é um PROJECTO de Enfermeiros para a População. Aguardamos a vossa Visita
 
Caro anónimo das 9h14 AM, sim o site esta actualizado mas as provas de ingresso não são as msms pra todas as escolas.
Escola Superior de Enfermagem de Coimbra:
Provas de Ingresso
Duas das seguintes provas:
02 Biologia e Geologia (B)
06 Filosofia
07 Física e Química (Q)
Pois e dificil de acreditar mas e a realidade.
 
Escola Superior de Enfermagem de Maria Fernanda Resende:
Provas de Ingresso
Um dos seguintes conjuntos:
02 Biologia e Geologia (B)
06 Filosofia
ou
06 Filosofia
07 Física e Química (Q)

Escola Superior de Saúde de Beja:
Provas de Ingresso
Uma das seguintes provas:
02 Biologia e Geologia (B)
06 Filosofia
07 Física e Química (Q)

E pk geologia (B)?
 
"...E pk geologia (B)?..." (ANÓNIMO;3:06 PM)

Caro colega não faça perguntas difíceis...
:-)
 
Com a nova reforma do ensino secundário (mais uma) a disciplina agora chama-se Biologia e Geologia (é apenas uma), assim como Física e Química é somente uma (antigamente é que havia só Biologia, só Geologia, só Química e só Física).
A disciplina de Filosofia como prova de ingresso já existe há mto tempo. Não é novidade deste ano. Por ex., a esc. Ana Guedes exigia 2 provas de ingresso: uma a Biologia (obrigatória) e outra à escolha, entre as quais poderia ser Filosofia. Acho um pouco estúpido (mas tb são precisos enfs. com veia filosófica; há mtos que não pensam, nem se interrogam sobre nada).
Se é para inventarem provas de ingresso que pouco têm a ver com a área, então mais valia fazerem como em alguns países, em que para se ingressar num curso superior o aluno presta provas a várias disciplinas (desde a língua materna até às disciplinas mais relacionadas com a área pela qual quer enveredar); a soma dos resultados a essas diversas provas dita a entrada nos cursos.
Também não vejo a utilidade da Matemática em Enfermagem. Aquilo que se aprende de Matemática no curso (isto claro dependendo dos planos curriculares das escolas) não atinge o grau de complexidade da Matemática de 11º ou 12º anos. Mas também já vi enfermeiros a não saberem fazerem regras de 3 simples (que se aprende pra aí no 7º ano).
No fundo e analisando agora cada situação qualquer disciplina teria um bocadinho de fundamento como prova de ingresso. Até Religião e Moral.
 
Que vergonha. Em que buraco estamos, em qual vamos parar?
 
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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!