sexta-feira, agosto 31, 2007

A isto a OE chama evolução...

Foto: Sérgio Simões, www.olhares.com


Sou um apoiante fervoroso das ordens profissionais. A formação da Ordem dos Enfermeiros (OE), em 1998, teve em mim um apoiante. Auspiciava um evolução proveitosa para a profissão, para a nossa visibilidade e para a qualidade de cuidados. No entanto, sou frontalmente contra a actual direcção da OE (penso que já todos devem ter percebido!)!

Após quase 10 anos, a miséria vai tomando conta da casa. Os membros da actual OE falam em ganhos, evolução, conquistas, etc, etc,...Após anos de inércia, dezenas de seminários de ética, de encontros e palestras de baixo interesse, ideologias subvertidas e incompatíveis com as concebidas pela respectiva classe, muitos castigos injustos e um silêncio quase blackout, enfrentamos agora um dos nossos piores momentos.

Afrontas após afrontas provenientes de entidades e classes profissionais várias, os nossos supostos representantes permanecem calados.

A OE insiste em falar de rácios mirabolantes quando o Ministério da Saúde pensa em reduzir o corpo de Enfermagem que está ao serviço do estado. O desemprego, a precariedade, humilhação, exploração e o sub-emprego aumentam a um ritmo sem precedentes. Os sindicatos perderam todo o seu poder de reivindicação.

Pedalar de bicicleta não chega para resolver os problemas!!

A OE quer encomendar um estudo das necessidades de cuidados de enfermagem da população residente em Portugal. Para quê? Antes de ser concretizado o respectivo estudo, já todos sabemos o resultado. As conclusões utópicas não são o que mais servem os interesses dos Enfermeiros e dos utentes. É fundamental ter em linha de conta o contexto sócio-político, as contingências da vida real. Todos nós gostaríamos de ter um médico e um enfermeiro para cada utente, mas todos sabemos que tal é impossível. A Ordem dos Médicos já compreendeu isso, a OE parece-me que não.

Voltando atrás no raciocínio, a OE sempre referiu ser absolutamente necessário aumentar o número de Enfermeiros. Para quê, se os empregadores não concordam esta ideia. Para quê produzir mais tijolos se a casa nunca será maior que determinado tamanho? O fluxo formativo deve ser adaptado ao mercado. De nada vale produzir, sem ter perspectivas de utilização (se me permitem uma referência analógica)! É banalizar a classe.
A OE devia era concentrar as suas atenção na balbúrdia que é a acatual formação inical dos Enfermeiros. Sem padrões qualitativos ou quantitativos, sem filtros de selçectividade... sem qualidade de ensino, sem corpos docentes adequados, sem rigor, etc, etc,...

O que mais me incomoda é ter que contribuir monetariamente com uma quota, para uma estratégia que eu não concordo minimamente.

E incomoda-me ainda mais que os nossos representantes (OE) considere isto um evolução.

Comments:
Cada vez que um enfermeiro representante da OE ou do SEP, é convidado a participar num qualquer programa televisivo, comenta sempre a falta de enfermeiros em Portugal. Hoje, constata-se desemprego na profissão, por isso seria muito útil que estas entidades divulgassem os locais onde estão a empregar enfermeiros pois muitos jovens investiram nesta profissão com base na informação que estes responsáveis pela classe difundiram.
 
E quem difunde esta informação errada fica impune.

Os mebros da oe, além de ficarem impunes, ainda podem fazer as suas acumulações (sim, aquelas que não gostam que os enfermeiros façam): dar aulas, formação privada, cargos de gestão, cargos políticos, etc...
 
Calma... É Necessário ter números para depois termos argumentos para pedirmos enfermeiros para assegurar Cuidados Com Qualidade! A falta de Enfermeiros penso que tem a ver com a falta que os serviços demonstram, ou seja tal como se passa a nivel Mundial eles são precisos , mas não os contratam!!

Já existem estudo sobre ratios nos vários Serviços!
 
E de que nos servem os estudos, a nós que estamos desempregados, que percorremos o país de norte a sul,com a vontade de podermos exercer a profissão pela qual lutamos, se estamos sempre a ouvir que não têm vagas??
Infelizmente é o que acontece...e nós, claro, cá vamos aguentando à espera que tudo mude, na espera vã de que algum dia isso aconteça...
 
De facto, a realidade do desemprego na enfermagem está a deixar que todos consigam banalizar a classe, tal como, aconteceu aos professores. Mas, não devemos "baixar as mãos", a luta tem de permanecer, o SEP e outros organismos da classe são comandados por enfermeiros, logo, devemos manifestar os nossos pensamentos, críticas aos mesmos. De que forma??? marcando entrevistas, quer com a bastonária, quer com os presidentes dos sindicatos. Quanto há perda de poder sindical, isto não é bem verdade, porque neste momento, não há nenhuma classe profissional do estado que esteja "a esfregar as mãos" de contentamento. O Governo tem uma prepotência enorme e até agora mantem-se a sua máxima "quero, posso e mando". Dando exemplo:
Não é pelo facto de existirem enfermeiros em excesso na vizinha Espanha que o sálario e mesmo regalias diminuiram, pelo contrário, aumentam, mas também os enfermeiros espanhóis não têm medo de assumir mais responsabilidades, por exemplo, prescrição de fármacos nos CS protocolados com os médicos. Ao invés do dte ir "guardar" a sua vez para ser atendido no CS para poder ter uma receita, vai à consulta de enfermagem, etc, etc.
Malta, o sufrágio para a OE deve estar perto de acontecer, quem não concorda, dê a cara e crie uma lista, defina os objectivos e cá estarei para apoiar.
VIVA a ENFERMAGEM !!!!!!!!!!!!

Serrano
 
Algumas afirmações são mesmo de ignorante! As ordens não teêm nada a ver com a formação. Ou não tem acompanhado o assunto? como cidadão, ouvi atentamente o Ministro. Pelos vistos, o senhor não. Informe-se...
 
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