terça-feira, outubro 30, 2007

Eu não vos dizia?


Chamem-me cartomante, astrológo ou "adivinho", o que quiserem!
Eis um excerto de um post escrito aqui há tempos...

"Reparem que, por exemplo, há 2 anos, era possível ler que faltavam 22 mil Enfermeiros segundo o SEP. Recentemente a OE, afirmou que afinal... só faltavam 21 mil. Na semana passada, eram apenas e só... 11 mil! Por sua vez, o SEP, afirmou que "olhando bem a coisa", afinal faltavam 30 mil Enfermeiros. Há quinze dias, eram 8 mil, há um mês, 25 mil, na semana passada 11 mil, esta semana 30 mil... bom, o número varia quase semanalmente. Alguém quer arriscar o número da semana que vem?"

Lembram-se desse post?

Pois bem, esta semana, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses neste artigo do Jornal de Notícias, faltam 33 mil Enfermeiros...
Apetece-me dizer "cum catano"! Nem o euromilhões dá tanta emoção!

Comments:
Pai,
perdoai-lhes porque eles não sabem o que dizem, nem o que fazem!
É por esteas e por outras que os Enfermeiros se estão a converter em pessoas medrosas.
Que dirão os milhares de desempregados a estas previsões inconscientes?
 
Realmente não sei o que pensar sobre esta questão. A perspectiva que o SEP tem sobe esta questão é simplesmente ridícula. Afinal de contas o que se poderia esperar de um sindicato comunista? Ideias comunistas e desadequadas da realidad. Sinceramene sobre esta matéria já só cai quem quer e por isso gosta ou quem anda, de todo, distraído.
 
Mas ó Sr. Doutor.
O importante era V.ª Ex.ª consegir demonstrar o contrário e não lançar atoardas. Bem sei que essa é a missão do seu Blog: lnçar confusão. Mas faço.lhe um desafio: Prove cabalmente que não faltam enfermeiros em Portugal. sabia que o ratio da OCDE são 8,1 Enf/1000 hab. e por ex. o distriro de Beja tem 3,2?
Meta-se sem casa e largue o duplo.
 
Mas que nos vale a nós termos um rácio de 3, 4, 5...Enf / Habit, Se milhares de enfermeiros continuam no desemprego. Há falta de enfermeiros nas instituições de saúde, mas o problema é k não vagas, nem recursos económicos para os supotar, esse é o grande problema. Eu tb gostaria de ter no meu serviço um enfermeiro para cada doente, mas tal não é possivel...Além disso os colegas que estão no desemprego cobrem essas lacunas, para quê cotinuar a formação de enfermeiros em massa??
 
E diga lá quem é que pára a formação? A Ordem? Não pode. As escolas? Diga isso aos colegas Professores. Ou tb é daqueles que acha que os Professores não são colegas?
Soluções? Isso é que eu gostava de ouvir. Mas é só blá, blá, blá.

Olhe se eu mandasse acabava com os duplos e triplos
 
Provar que não há falra de enfermeiros? É fácil, basta ver os milhares de desempregados...
 
Olha-me este com um rácio de 8,1 enfermeiros...
Ó colega, não sabe que para as contas da OCDE tb entram os auxiliares de enfermagem? O que significa que as contas não são reais...
Numa situação semelhante, podíamos englobar nestas contas oS AAM, e aí tínhamos um rácio ainda superior ao da OCDE...
O colega deve ser um apoiante da actual bastonária, só pode, pois pelas burrices que diz...
E pelo termo "ratio" deve ir lá desses lados onde se "cogita", blá, blá, blá....
 
A política de continuidade da actual bastonária e do seu grupo de apoiantes está claramente expressa nas teorias expressas pelo anónimo das 10:04h. Faz-me lembrar um indicador a que na estatística chamamos de "media", e que de acordo com a teoria do senhor anónimo é o seguinte: se pusermos a cabeça de uma pessoa na arca frigorífica e os seus pés no forno o que podemos concluir é que a "média" está correcta... esquecemo-nos no entanto e tão simplesmente e de forma incompetente dos outros factores absolutamente cruciais na análise do problema...
Será que estas pessoas se continuam a considerar uns génios e não dão ouvidos ao que a maioria dos enfermeiros vêm apelando desde há dois/três anos? Chiça!Ou devem só considerar que nós somos uns tipos aborrecidos e que devem por esse facto ser ignorados? Já não há paciência para estes argumentos de m...
E chamam estes ignorantes aos outros...
 
Burro é você que só olha como se tivesse óculos de cabedal.
Pode pedir ao EA para ele lhe explicar o que ouviu no Japão sobre ratios e dotações seguras. Pode ser q ainda não se tenha esquecido, pois lá tb concordou.
Quanto a ser apoiante, eu sou apoiante da Enfermagem Portuguesa e não me guio por corporativismos ou bairrismos mesquinhos.
Diga-me lá onde é que descobriu que os ratios da OCDE incluem os AAM. Deixe aqui o site ou a fonte de informação que eu prometo que corrijo.
Vá lá...
 
Cursos de estatística da farinha amparo... Pobres os espíritos que ainda que possam nõa conseguem ver mais do que a cenoura à frente do nariz...
 
Pela sua lógica Portugal não tem falta de nenhuma profissão pois há pessoas de todas as áreas desempregadas. Bravo, inteligente!
É pena q nós sejamos especilamente peritos a dar tiros nos pés pois isso implica que mts percam os duplos e triplos que tiram emprego aos novos mas especialemente infantis a discutir os problemas da regulação da profissão.
Venha o Salvador da Pátria dos mamões da Enfermagem, Votem Azevedo. Mas só no Norte. O Norte é uma nacão, carago.
Pelo menos ficamos descansados no Sul, Ufa...
 
Temos de ter em atenção os ratios do desemprego, porque se se quer lutar por mais enfermeiros (coisa que não é difícil, a engermagem ao quilo) deve-se lutar para que exista uma dotação correcta de enfermeiros, coisa que sindicatos e OE se esquecem. Na minha prespectiva devia existir uma avaliação conjunta de OE e tutela, para que se formem um número adequado de enfermeiros, que não peque por excesso ou por defeiro.

Desassossego
 
Estimados,
Esquecendo essa coisa de eu sou mais inteligente que tu e tal, e óculos de cabedal e cenouras e não sei quê, tenho a dizer que se fosse eu que mandasse muita coisa mudaria:
- acabaria com os duplos e triplos empregos, a começar pelos cabecilhas, nomeadamente professores, enfermeiros chefes, supervisores, etc. É que a diferença entre o comum dos enfermeiros e estes outros "colegas" é, diria, superficial, quiça aparente... Os primeiros fazem-no para sobreviver,já os outros, porque sim.
Pessoalmente não faço privada (pelo menos para já, pois pelo andar da carruagem...) pois não ando para sustentar pançudos.
Mas faria algo mais:
- acabaria com a necessidade de um comum enfermeiro ter dois ou mais empregos, aumentado (MAIS QUE JUSTAMENTE) o valor do seu ordenado, que aliás deveria ser "a luta" dos sindicatos (e porventura da ordem). Se todos acharmos que um enfermeiro licenciado ganhe menos do que um camionista, ou pedreiro, ou operador de outra coisa qualquer (sem ofensa - não acho que que deveriam ganhar menos, digo sim é que nós deveríamos ganhar mais), então creio que algo de muito errado se passa. Para os "colegas" de topo, compreendo que não se queixem. São estas assimetrias que impedem avanços;
- promoveria também auditorias às Escolas Superiores de Enfermagem, para atestar da sua qualidade formativa/pedagógica. Da mesma forma, desenvolveria TODAS as deligências que estivessem ao meu alcance para regulamentar as propinas de frequência dos cursos, nomeadamente as pós-graduações e mestrados. É, para mim, inconcebível que as propinas de frequência de uma pós-graduação seja igual à de frequência de um curso de especialização.
- promoveria a rápida adaptação do plano formativo do Curso Superior de Enfermagem às novas exigências (é impensável que um recém-licenciado em enfermagem vá exercer (os que têm sorte) para unidades de CI ou Urgências só a "pensar" em ética e filosofia. IMPENSÁVEL;
- promoveria a criação, ou pelo menos as condições necessárias, de novas especialidades, em que o enfermeiro que se encontrasse a fazer o curso fosse PAGO pelo Estado (todos nós) e não o contrário (à semelhança do que se passa com outras profissões). Portanto uma separação clara entre habilitações académicas (frequência obrigatória nas Escolas Superiores) e especialização "profissionalizante" extra faculdade.

Para agora chega de propostas.
Cenas(tristes) dos próximos capítulos.

Aquele abraço.
 
Mas nas outras profissões não há duplos? Claro que há, o problema não se combate por aí. Não me acredito que um enfermeiro queira um duplo para trabalho (umas horas por semana). A OE a ir adiante com essa ideia sem nexo que comece a dar o exemplo...

Desassossego
 
que tristeza.. Afinal nem sindicato temos de jeito.. Falta de enfermeiros?!!! Eu tou desempregada a um ano e meio.. se existisse falta, ja teria emprego nao??!!! deixem-se de palermices, e vejam o obvio!!
 
Fico abismado com afirmações de supostos "colegas", mas ok, vou tentar (resumidamente) expôr o meu "point-of-view":

"Pode pedir ao EA para ele lhe explicar o que ouviu no Japão sobre ratios e dotações seguras. Pode ser q ainda não se tenha esquecido, pois lá tb concordou.
Quanto a ser apoiante, eu sou apoiante da Enfermagem Portuguesa e não me guio por corporativismos ou bairrismos mesquinhos"

Este argumento só seria válido se o patronato (chamemos-lhe assim) demonstrasse interesse em dotar os serviços de saúde com Enfermeiros suficientes. Mas obviamente (tendo em conta a conjuntura sócio-económico-política), não está. Então, qual o objectivo de atingir determinados rácios, se o emprego não aumentará? Só irá continuar a acumular profissionais no desemprego, com todos os riscos que este acarreta..
As tentativas de pressão para admissão de profissionais de Enfermagem, são feitas usando outra estratégia que não a "formação-em-massa-para-o-desemprego"!

"sabia que o ratio da OCDE são 8,1 Enf/1000 hab?"

Sabia. Mas o que se calhar o colega não sabe, tal como um colega anónimo também já aqui referiu, é que os rácios da OCDE são calculados usando para o efeito todo o pessoal de "Enfermagem", que nos outros países integram os auxiliares de Enfermagem e em alguns os técnicos de Enfermagem. Daí um rácio tão elevado! Se calcular exclusivamente o rácio de Enfermeiros "diplomados", constatará (para sua surpresa?) que em Portugal temos ainda mais Enfermeiros "diplomados" que muitos países...

"Meta-se sem casa e largue o duplo."

Este argumento é um clássico desta bastonária. Falacioso, muito falacioso. Antes de mais, muitos empregadores só admitem enfermeiros em part-time em regime de acumulação.
Mas vamos fazer um exercício simples: suponha que existem 5 mil Enfermeiros desempregados e que existem 5 mil lugares disponíveis (imaginando que todos deixavam de acumular). O que o colega conseguiria era adiar o problema, nada mais!
Nessa suposição ficaria com zero desempregados, certo? Ao ritmo de formação de 4 mil Enfermeiros/ano, para o ano terá 3500-4000 Enfermeiros no desemprego (considerando que as admissões de pessoal são baixas)! Daqui a dois anos terá 7000 a 8000 Enfermeiros desempregados... Vê? O problema continua! (e aí nem o argumento das acumulações servirá!)
A estratégia de combate ao desemprego deve, SEM DÚVIDA, iniciar-se pelo corte de vagas do acesso ao curso.
Aliás, este país não tem capacidade estrutural ou humana para formar tantos Enfermeiros com ELEVADO nível de qualidade!

Portugal, como vê, não consegue absorver mais de 45-50 mil Enfermeiros, com esse utópico rácio da OCDE (8,1), significa que Portugal iria ter 81 mil Enfermeiros (!!), logo, um desemprego estimado de 30 mil Enfermeiros!
Tente explicar esta filosofia dos "rácios-para-o-desemprego" a todos os colegas que estão em casa, depois de um curso desgantante sem perspectivas de emprego... ou tente explicar isso aqueles que abandonaram a família para concretizar o sonho "além-fronteiras", ou então aqueles que trabalham graciosamente (à borla!) por não haver vagas para eles... Tente explicar isso a todos os alunos que mesmo antes de terminar o curso sabem, à partida, que vão para o desemprego, e consequentemente estudam sem motivação ou entusiasmo! Fale-lhes nos rácios...

P.s. - Não pense que eu defendo isto para meu proveito próprio, sou Enfermeiro do quadro da Função Pública (Ministério da Saúde). Eu defendo a classe de Enfermagem! Se os Enfermeiros fosse unidos..."jamais seriam vencidos" - como diz o povo!
 
Para o colega anónimo (já não sei de que horas) sugiro (já que pede) a leitura do relatório da OMS do ano passado. (2006 - penso que de Dezembro)
Leia por favor o relatório! Verá que nesse relatório diz uma coisa que o vai surpreender, e muito!... diz lá que existem demasiados profissionais de saúde na Europa quando comparados com os restantes continentes. Uma diferença abismal que até choca os mais atentos. (relembro desde já, se isto lhe disser alguma coisa, que estamos numa economia de Mercado, Europeu - aberto)
E, destes, verificará que existem demasiados Enfermeiros formados nesta mesma Europa. É só ler. E não sou eu que o digo. É o relatório da OMS. Volto a repetir... da OMS. A OMS diz-lhe alguma coisa?
Que nos alerta para isso mesmo... formamos demasiados profissionais de saúde, ente os quais enfermeiros, para as necessidades que a Europa tem...
Não leu? Já devia ter lido. Faça um rápido "douwload" no site da OMS. E, já que o vai ler, alerto para a qualidade da estratégia que a OMS vai seguir até 2015... Estratégia que desconhecemos dos actuais amigos da Ordem!!
Olhe para os gráficos e leia o que estes lhe dizem.
Se tiver o cuidado de lhe juntar um outro elemento de grande referência, a que chamamos mercado neoliberal (ou capitalismo como alguns ainda gostam de chamar) terá que chegar a umas conclusões... mas tem que ler para além das revistas do SEP ou da Ordem dos Enfermeiros..
Mais alguma coisa?
E, sim, estmos a fomar demasiados Enfermeiros que vão continuar vergonhosamente no desemprego. Que posso dizer mais? Não vos chega a evidência de verem já uns milhares na rua? Ou estão à espera que este, ou os próximos governos que virão no futuro, vão abrir "os cordões à bolsa" para darem resposta aos rácios que os Enfermeiros lhe querem impor? Sabem que para se abrirem os "cordões à bolsa" é preciso dinheiro. E não há dinheiro para o ego de alguns enfermeiros que não reconhecem a realidade tal como ela é! Com milhares de enfermeiros desempregados. E a querer formar mais uns milhares, também para o desemprego. Para quê?
Alguém acredita nisto para além dos nossos amigos comunistas?
Pelo menos vão sabendo agitar os Enfermeiros criando-lhes ilusões. Não é por acaso que a CGTP tem os enfermeiros portugueses como referência... mas adiante.
Para que isso pudesse vir a acontecer era necessário que tivéssemos um país em crescimento económico, algo que não acontece há uma década. E como todos sabemos, não vai também acontecer na próxima década. Querem milagres? Então vão ao Papa. Não há paciência para estas teorias da CGTP encapotadas de Democracia e de interesse pela profissão.
Por fim... sempre podemos enviar alguns Enfermeiros em breve para África ou para alguns dos países Sul americanos... como o próprio Relatório refere e pede. Sabiam? Como poderiam saber se nem a actual Bastonária sabe... Que paciência!
 
Bem... caro colega "Doutor Enfermeiro"... acabei de ler o seu "post"... não podíamos estar em maior sintonia...
 
Reparem as VMER querem contratar médicos e nenhum se oferece, e os enfermeiros aparecem ao milhares!!! Contra-censo?
 
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