segunda-feira, março 24, 2008

Ofereço 1000 euros!

Um comentador disse isto:

"Na realidade não há excesso de enfermeiros, há até uma enorme falta para que se possa dizer que temos um rácio de enfermeiro por mil habitantes considerável"

Ouve-se dizer que Portugal, comparativamente, tem um rácio de Enfermeiros inferiores ao de muitos países e à média da OCDE! Se, no nosso país, englobassemos nestas contas os AAM's ("grosseiramente" equivalentes a auxiliares de Enfermagem), então o nosso rácio seria semelhante aos bonitos rácios europeus!

Ofereço mil euros a quem der o exemplo (e provar!) de mais de 10 países (em todo o mundo!) com um rácio de Enfermeiros diplomados (equivalente ao mais alto grau formativo no país em questão, ou seja, com o curso de Enfermagem completo e reconhecido academicamente como Enfermeiro diplomado!) superior ao nosso (5,5 enf/mil hab.), sem que sejam atingidos pelo desemprego!!
Ouviram bem: mil euros!! Há candidatos?


P.s. - Portanto, não se esqueçam, auxiliares, técnicos de Enfermagem e afins graus inferiores, muito comuns pelo mundo fora, não são contabilizáveis!! Boa sorte!

Comments:
Pode ser que a Ordem dos Enfermeiros se candidate ao prémio. Fabuloso! A OE ainda lhe vai limpar os mil euros...
Vai ter aí a Enf.ª Maria Augusta ou uma amiga sua do SEP a exigir os mil euros. Prepare-se....
 
50 000 enfermeiros
36 000 médicos
9 000 farmacêuticos

Algo está mal, muito mal...
 
Nem sei bem para quê o número dos farmacêuticos, mas ok.
Só assim tipo flash back coisa e tal e porque falamos em "dinero", o que acham do novo..."CARTÃO FARMÁCIA".
Na compra de dois leva 3 e ainda se habilita a uma viagem de ida e volta a Olhão mais uns pontos para o cartão, mais um cupão; então não?
É o delírio senhores ouvintes...

Who am i? (money€€€€€)
 
ao Anónimo das 10:36


Enfermeiros registados na OE : 54220

MB
 
Pois pelos vistos o poder das classes medem-se pelos números dos seus membros, numa razão inversamente proporcional.
Não fechem metade das escolas por ai que vamos ser todos muito felizes.
 
A OE reuniu-se com o ministro mariano gago para debater a oferta formativa dos cursos de Enfermagem. Em vez de alegar que de facto o problema está no excessivo número de Enfermeiros para a capacidade do nosso mercado de trabalho alegou que o problema estava na falta de campos de estágios de qualidade (o que também é verdade). No entanto passou ao lado da questão chave perdendo-se em argumentações acessórias. A ideia com que se fica é que o problema das vagas nos cursos de enfermagem estaria resolvido com a criação dmais campos de estágio!
Mais uma vez a OE desiludiu
 
"Transportam o peso do prestígio e da história. Têm um ambiente solene, a fazer lembrar os clubes mais selectos. Os edifícios que acolhem as mais antigas ordens profissionais portuguesas - dos advogados, engenheiros, médicos, farmacêuticos e arquitectos - guardam segredos de luxo." in NS'

Somos a pedra basilar da saúde, não há sistema que funcione sem nos, e no entanto é esta a realidade que vivemos.
O que teremos de fazer para merecermos o nosso devido lugar no pedestal dos "importantes"????????
 
ao anónimo das 1:26.

Como podemos provar que somos a pedra basilar da saúde?

Imagine que é um presidente de um conselho de administração de uma qualquer instituição... Que faria no lugar dele relativamente aos enfermeiros?
 
Em resposta a vários comentários, a nossa atitude para provar que somos a pedra basilar da saúde?!

SIMPLES!!

---> Exemplo da Finlândia!

Quanto ao facto do problema da Enfermagem neste momento, não é o número de enfermeiros!!! É sim o seu excesso, que influencia negativamente a relação procura/oferta!

É essa relação, numa adequação ao mercado, que devemos e a Ordem dos Enfermeiros devia ter!

Qual campos de estágio com qualidade?! Se for essa razão apenas, supostamente, também há solução...a mesma de sempre! Diminuir as vagas de acesso ao Curso de Licenciatura em Enfermagem! Daí resultaria campos de estágio com qualidade!

Exemplo de campo de estágio: Uma Escola Privada na zona do Porto tem num serviço de cirurgia - mulheres de um certo hospital 20 estudantes!! Sendo que o número de camas ronda os 30! E só em certas alturas as mesmas se encontram ocupadas!

Vamos ser francos: a situação da Enfermagem resolvesse primeiro por "arrumar" a casa (isto é, colocar de lado a Bastonária e sua equipa), depois, auditoria a todas as escolas de Enfermagem (e não venham dizer que a auditoria actual tem valor, pois aquilo é tudo entre amigos!!) enquanto ao mesmo tempo se entra em conversações com o ministério/governo, com intenções de explanar a situação actual da enfermagem e suas soluções (e esta parte consta nos estatutos!!!!). Depois, não a curto prazo, mas sensivelmente cinco anos, teríamos uma boa proporção procura/oferta, sentiria-se um poder negocial por parte dos enfermeiros, e aí a retoma da imagem social actualmente degradada da Enfermagem! (denotem o exemplo de propaganda e publicidade, bem como toda a acção promocional efectuada pelos farmacêuticos!!! Eu cá gosto do que ouço da parte deles!!! lol)

É um facto que a Sra. Enf.ª Bastonária MAS há muito deixou de ser enfermeira, sem contacto com a realidade actual da Enfermagem! A equipa dela é constituída em grande parte por docentes, mais uns que estão desfasados da realidade!! E que só pensam no €...

Enfim... Eu acho simples!!!

Até um "puto" de 5 anos saberia o que fazer nesta situação!
 
É complicado gerir negociações sobre qualidade e carreira quando interesses de gestão e economia interferem no bem maior.

Quanto ao Excesso formativo, todos sabemos que é um problema e penso que se está a trabalhar na sua resolução. É necessário que as Escolas também colaborem neste processo pois o seu futuro depende das saídas profissionais que a profissão tenha.

Em jeito de provocação esses mil Êuros serão passados com o nome próprio ou de Dr. enfermeiro (riso).

Precisamos sim de Equilibrio número de profissionais formados- necessidade Real, até porque os estágios actualmente são pagos, mesmo quando não o deveriam ser, o curso de Enfermagem é relativamente caro de obter, quer pelo investimento quantitativo economico quer pelo investimento pessoal. Termos profissionais que não exerçam em sáude é muito mau pois leva a uma descontinuidade formativo destes profissionais.

Soluções adequar e passar para a Entidade Ordem a adequação e regulação do número de Vagas a serem abertas todos os anos. Isto porque as Escolas já provaram não conseguirem auto-regular, com resultados na formação e na propria profissão.
 
Se muitos de nós deixassem os seus 2º e 3º empregos talvez não houvessem tantos colegas no desemprego.
Mas é dificil, não é colegas?
Gosto muito de vocês, mas primeiro estou eu.
 
Muitos dos segundos e terceiros empregos são umas horas por semana...e em áreas específicas. Os segundos e terceiros empregos em hospitais têm tendência natural para acabar. O problema de base não é esse. Esse é um argumento para formar muitos enfermeiros!
 
LOL... Quem se queixa de acumulações (2.º/3.º empregro), só revela inveja e um raciocínio barato..

Vejamos: digamos que, como a uns anos atrás, tínhamos uma proporção oferta/procura, em que não se sentia uma verdadeira falta de enfermeiros no sistema de saúde, mas permitia aos meus manterem dois ou mais empregos... óbvio que o ideal seria um só emprego, mas isso só seria viável caso as remunerações assim o permitissem...

O problema está nas vagas actuais de acesso ao curso de enfermagem!!! Muito por culpa das escolas privadas!! Mas muita mais culpa por parte da OE!!

Vamos identificar o problema: excesso de formação de novos profissionais de enfermagem por ano!

Vamos dar uma solução possível: regulação e adequação das vagas às necessidades do mercado!

Resumindo, são as regras básicas da gestão!!!

Vamos extrapolar a acumulação de empregos (e não funções!) para a classe médica. Os médicos têm também dois ou mais empregos, certo?! Mas não estão de momento com desemprego na sua classe, que provocaria uma perda do poder negocial por parte deles. E eles já estão a implementar o seu plano: manter/reduzir o número de vagas de acesso ao curso de Medicina! E para tal, são activos em discussões com o Sr. Ministro.

Ora, atrevo-me a dizer que, não querendo copiar, mas aproveitar as melhores práticas da Ordem dos Médicos, a Ordem dos Enfermeiros deveria agir assim!!
 
As acumulações vão sempre existir e é até desejável que existam, nomeadamente na formação, dessa forma não se sentirá um distanciamento tão grande entre a teoria e prática. Os meus melhores professores no curso de enfermagem foram os que acumulavam. Tanto enfermeiros como outros profissionais, como os médicos. Sabiam interligar a teoria com a prática e isso é fundamental!
O mesmo se passa nalgumas áreas. Um enfermeiro na emergência pré hospitalar e com 10 anos de experiência num serviço de medicina interna terá uma visão muito mais abrangente da situação do que um enfermeiro recem formado e que só trabalhe em emergência préhospitalar durante 10 anos.
Na área da saúde não se pode falhar, e a experiência, o contacto com várias situações, a formação contínua é fundamental e para isso (às vezes) é necessário acumular - desde que a saúde física e psíquica o permita.
Também não concordo com acumulações em três hospitais com horário completo, com rivações enormes de sono e descanso: mas não penso que seja muito habitual nos nossos dias , já foi...
Acumule-se, mas com juizinho...
Alguém acha anormal, num serviço mais diferenciado e de enorme responsabilidade, uma determinada empresa preferir enfermeiros com experiência - para fazerem uma horas por semana? Qual o problema?
O excesso de enfermeiros deve-se ao excesso de formação...os enfermeiros não se fazem para estarem parados, esta,os a falar de uma área em constante mudança - o que é verdade hoje é mentira amanhã...
 
Caro "Enfermagem, não só" não sei se reparou mas falei no plural. Portanto não sei de que inveja fala.
Depois mistura alhos com bugalhos: ha desemprego porque se formam muitos enfermeiros, mas não ha desemprego quando colegas tem 2º e 3º extras. E não me falem em poucas horas semanais. Falemos em pelo menos 2 horarios completos.
Quanto ás remunerações... muito se poderia dizer. Ganhamos mal? Concerteza. Mas quando mais ganho, mais quero ganhar. Pena é não ter tempo pró gastar!
Regras basicas de gestão: é aquilo que o Sr. Administrador no post anterior fala!
E deixam lá os medicos em paz e a sua Ordem! Umas vez são uma m... outras deviamos seguir o seu exemplo.
 
Correndo o risco de estar a ser repetitivo...

Imaginemos... eu sou um gestor hospitalar. Como me podem provar que ter um enfermeiro com mais competência e melhor pago produz mais e melhor que outro menos competente e pago a preço da chuva?
Que indicadores me podem apontar para mostrar que um enfermeiro trabalha mais e e melhor que outro?

Em relação aos médicos temos GDH's e em relação aos enfermeiros?É que o nosso trabalho passa virtualmente como invisível portanto porque haveriam de contratar mais enfermeiros ou pagar-lhes melhor se não sei como trabalham?

Exemplos de greves maciças são excepções, não digo que não sejam formas de luta válidas mas serão eficazes? Fala-se na Finlândia... mas Portugal não é a Finlândia e os enfermeiros portugueses não são iguais aos finlandeses, nem a cultura cívica é a mesma nem o Governo nem nada.

Não teremos de mudar simplesmente a nossa forma de luta para uma mais adequada à nossa realidade?
 
Porque lembrem-se ... os administradores hopsitalares ( AH) não apontam só o excesso de enfermeiros como a razão única para este tipo de comportamento. Referem outras situações como os médicos é que trabalham e blá blá blá, e olhem que aos olhos de um gestor ele tem toda a razão do mundo. Há que arranjar formas de avaliar especificamente o desempenho e a produtividade de cada um. Os outros já as têm... e nós?
 
Para o das 2:29:

Não tem razão... nem visão!!
 
Se acabar com as acumulações não acaba com o desemprego...
Se controlar as entradas e saídas secalhar resove alguma coisa.
Não defendo a falta de enfermeiros mas um equilíbrio saudável entre a oferta e a procura, de acordo com as necessidades do país.
 
É impossível competir com os indicadores de produtividade dos médicos. Os indicadores de produtividade têm de ser facilmente mensuráveis...corre-se o risco de gastar mais dinheiro a avaliar do que a tirar partido da avaliação.
 
Sou da opinião do magistral estratega...
 
Tá complicado! Até agora ninguém teve a coragem de arriscar para ganhar os mil euros!
 
era de prever...
 
existem váriso grupos de interesse dentro da enfermagem, nomeadamente: professores, membros da ordem, enfermeiros directores e seus assessores, enfermeiros chefes, prestadores de cuidados, os desempregados, os que são funcionários públicos, os contatados pelo estado, os que tabalham no privado, os recém formados etc. e cada um desses grupos tem preocupações distintas e fazem por resolver as suas própria preocupações.
Dos prestadores de cuidados considero essencialmente dois grandes grupos: os desempregado + os recém formados( aqueles que têm o curso apenas há 2 ou 3 anos), por se encontarem em situções que não os deixa por de parte a hipotese de brevemente experimentar o desemprego; o outro grande grupo são todos aqueles que trabalham há já alguns anos e têm outras preocupações para além do desemprego. preocupações essas que os dividem em pequenos sub-grupos.
 
lamento haver enfermeiros desempregados. no entanto, para mim, o desemprego é um problema a resolver assim como outros, com dimensão e valor semelhantes.
O exercicio da autonomia dos enfermeiros também é um problema a resolver.
há milhares de advogados desempregados. parece-vos que este facto alterou a imagem social dos advogados, ou sua imagem nas instituições onde trabalham?
 
A enfermagem divide-se em três grupos:
Os sofistas - teóricos da treta;
Os banhistas - passam 90% do tempo "a dar banhos" e a mudar fraldas;
Os tecnicistas - Grupo minoritário e que tem tendência a passar para o grupo dos sofistas.
 
Caro colega doutor enfermeiro,

lanço-lhe o desfafio, quantos países prestam melhores cuidados de enfermagem que Portugal? Poderemos dizer que temos um número suficiente de enfermeiros empregados para que prestem cuidados enfermagem de e com qualidade?
Aproveito para dar os parabéns ao Senhor que comentou às 11:25 porque retratou de uma forma simples e rápida o que as pessoas acham que é a enfermagem (incluindo também enfermeiros e futuros enfermeiros), apesar de haver enfermeiros que não se enquadram aí.

Cumprimentos
Carlos
 
Desculpem tenho uma pequena duvida que nada tem haver com o assunto...

Quando me desloco a uma unidade de saúde sei que pela lei posso recusar ser "atendido" por determinado enfermeiro, posso fazer isso com os médicos?

mais uma vez desculpem pela inturmição mas se alguem me poder ajudar agradecia...
 
A discussao vai acesa, mas o objecto é mm quem consegue levar os 1000€.
Pelos vistos, ninguém!
Deixo ainda, o valor de uma profissão reside na responsabilidade social, produtividade, a visao da sociedade sobre essa profissao.

Caros,

respondam a estas questões e verão onde se situa a enfermagem...

Não podem exigir mais dinheiro, qd o valor da profissão se situa mt abaixo dos que ganham bem.

comecem por implementar no vosso departamento discussoes a este nível, abrindo as portas que se fecharam há alguns anos. e que mts mantêm fechadas, para n importunar ning.

dou um exemplo:

suponhamos que vos entra pela urg/serviço/CS um dte com um diagnostico de enfermagem : dependência na mobilidade do hemicorpo direito, disfagia a liquidos.
o q fazer? onde está o nosso valor como actuantes??????

Aqui entra o enfermeiro de cuidados gerais, o enfermeiro de reabilitação e mesmo o enfermeiro de psiquiatria.

Caros, falta esta coordenação, onde o dte sinta a presença de quem o cuida! Existe mt trabalho diferenciado que n é excecutado por nós!
Mts HH's estão a valorizar o trabalho do médico pq é quem produz!
O resto são meros anexos.
Isto pq nós deixámos de fazer diag de enfermagem, planos de cuidados, p "socorrer" o trabalho prioritário - prescriçao médica. Temos a noçao q se este estiver feito - ning (médicos) vem sobre nós, o resto (AUTONOMIA TOTAL DA ENFERMAGEM) não interessa.
Pleno engano!!!!!
Não é este o pensamento que devemos ter e sim, trabalhar p nós!

cumprimentos
 
Para o anónimo das 2:29, pensa lá um pouco! Há uns dois anos atrás, talvez três, e outros mais passados, havia enfermeiros que acumulavam empregos certo?!

E havia desemprego?! Não! Aliás, ainda me lembro de colegas meus a OPTAR por onde trabalhar, e nalguns casos, com dois empregos. Se são empregos a tempo inteiro ou a algumas horas, não interessa. Isso depende de cada um!

Agora pense lá comigo: de estes anos para 2008, o que aconteceu para a Enfermagem estar com níveis de desemprego preocupantes?!

Terá sido o mercado, que não absorve os profissionais?! Não, porque supostamente o mercado tende ainda a absorver mais, visto ser necessidade social melhores serviços/etc, para melhor saúde e cuidados.

Terá sido as acumulações?! Não, porque as mesmas se mantiveram...

Politicas do governo?! Em parte...


Então, mas que raio colocou a Enfermagem no estado que está?! Simples!!! Abertura de sem fim escolas de enfermagem, sem homologação ou qualidade de ensino (e nem me falem de auditorias excelentes, por as conheço bem!), com ao mesmo tempo aumento do número de vagas de acesso ao curso de Enfermagem!

E a Ordem dos Enfermeiros?! Culpa total! Fracasso total! Está explicito nos estatutos que devem participar na vida politica. Fizeram tal?! Para mim, a única coisa que eles nunca falham é o recibo mensal! É certinho!

Por isso, se se conseguisse adequar a proporção oferta/procura, os enfermeiros puderiam até mesmo optar por locais de trabalho, bem como acumular, bem como obter regalias!

O problema é que a oferta aumentou exponencialmente, tipo efeito cogumelo (escolas de enfermagem) em relação à procura, que mantem uma subida lenta e estável.

Agora, uma dica: vá tirar um curso de gestão básica...

Sabe, há problemas que se resolvem rápido. Só é preciso ter atitude e ser pró-activo, algo que falta à nossa Ordem!
 
Concordo em absoluto com tudo o que foi dito pelo colega "enfermagem, não só", resume de forma simplista o diagnóstico da crise da Enfermagem neste momento e aponta possiveis soluções para a sua resolução.
Não vale a pena vir falar de qualidade, visibilidade, inovação, formação, blá,blá,blá..., quando o que está em cima da mesa são coisas tão simples como a lei da oferta e da procura.
É assim tão complicado perceber uma coisa tão simples.
Meus amigos, de que serve formar super enfermeiros se não houver procura?
Ou acham que por serem muito bons vai aumentar a procura?
Primeiro há que limitar/diminuir a formação de enfermeiros.
Desculpem-me a franqueza, mas quando leio alguns comentários, fazem-me lembrar algumas "teóricas" da Escola de Enfermagem, completamente desfasadas da realidade, empenhadas em moldar a cabeça dos enfermeirinhos, a fim de manter o "tachinho" na Escola.
Ao fim de alguns anos de trabalho eu sei que vão dar-me razão.
 
Boa tacada Dr. Enf. . o último reduto foi a Enfermagem Israelita. Sem sucesso...mas encontrei Rebecca Bergman.
A Enfermagem Portuguesa é Única..

MB
 
Em relaçao ao post, posso acrescentar algo relacionado com o rácio de enfermeiros...

Quantas Escolas de Enfermagem tem Espanha?! E França?

E quantas escolas de Enfermagem tem Portugal?!

Agora, façam a sua relação com o n.º de habitantes... Ou mesmo mais simples, mas algo bruto, com os quilometros quadrados de cada pais..

Eu começo a achar que nós Portugal somos uma escola para o mundo de Enfermeiros.. Produzimos em tamanha quantidade...

E sim, muitos professores, muitos deles que nunca mais exerceram a sua profissão de Enfermagem, querem manter os seus tachos...

Vejam lá se as vagas reduzem...?! Não será preciso tantos professores.. Tive até uma professora que esteve apenas 2 anos em exercício, meses desses já incluindo com a pós-graduação... Enfim.. é a qualidade de ensino em Portugal!

Cumps
 
É preciso colocar mais gente dessa (docentes) na Ordem dos Enfermeiros, que eles terão sempre como 1ºobjectivo olhar pelo interesse dos enfermeiros prestadores de cuidados, ou será que não?
Pensando bem, acho que não, primeiro tem de preservar o seu tacho na escola, e como se faz isso? Formando mais Enfermeiros, "porque faltam 33.000"
Desculpem o tom irónico, mas acho que é a melhor forma para descrever a minha revolta!!
 
Caro Dr.Enfermeiro,
Não perca a notícia que o Público na sua edição de hoje(26/03/228)dando conta da indignação dos enfermeiros e auxiliares que trabalham numa clínica...não queria acreditar mas se a moda vem para cá estamos "hodid...s"
 
AS VERSÕES CONTRADITÓRIAS SOBRE A ESCASSEZ OU EXCESSO DE ENFERMEIROS SÃO:

Há falta de enfermeiros (no argumento que até julgo verdadeiro mas ingénuo na forma política como é abordada) quando na realidade se deveria pura e simplesmente dizer que as instituições não funcionam com a qualidade exigida por não terem dotações de enfermeiros seguras, ou seja, eles não são é contratados ,o que nos levaria a perguntar como é que chegaram a essa conclusão de que há falta de…?

Pelos rácios internacionais?
Porque constataram empiricamente?
Porque avaliaram serviço a serviço, instituição a instituição? Que instrumento de medida foi usado e será este fiável ou respeitável?
Ou será que os enfermeiros andam a fazer coisas menores e fora da sua competência legal que os impedem de prestar os seus cuidados de enfermagem levando a que estes não sejam prestados inflacionando as supostas horas de cuidados de enfermagem não prestadas?
Não deveriam haver instrumentos de medida aplicáveis a qualquer género de valência/serviço/instituição e que fossem apresentados individualmente de forma a dar credibilidade aos números apresentados? Por exemplo… NO HSJ EPE faltam mil enfermeiros, 3 no turno da manhã da Urologia, 10 no turno da tarde na UCIPU, 43 no total diário da Urgência. No H. Magalhães Lemos faltam 4 enfermeiros no turno da manhã na PsicoGeriatria, na ULS Matosinhos faltam 8 enfermeiros no turno da tarde na Medicina X ou ainda faltam 20 enfermeiros no Centro de Saúde do Lumiar. Talvez assim fosse de melhor compreensão, credibilidade e verosimilhança os números apresentados. Porquê esta forma de expor o problema? Lá chegaremos…

A outra versão:
Há excesso de enfermeiros (por oferta desregulada) e por isso existe desemprego (mais abaixo falarei também da diminuição nas remunerações…)

Como provar que há excesso se não existem sequer dados devidamente objectivos sobre cuidados de enfermagem que são ou não prestados e se isso não se deve a uma insuficiente dotação de enfermeiros nos serviços?
E aqui remeteria para exemplos semelhantes aos referidos na minha argumentação supracitada sobre a discriminação dos dados, sector a sector.

Porque é que as instituições não contratam ainda mais enfermeiros se eles até se vendem mais baratos, ou seja se dois custam 1000 euros/mês e um custa também 1000/mês porque não contratar dois, até porque supostamente a instituição ficaria a ganhar(dois pelo preço de um)?

- Se há excesso de enfermeiros(a exercer a sua profissão) porque se queixam tanto os enfermeiros de excesso de trabalho, burn out, maior incidência de doenças profissionais relativamente a outros profissionais?

- Porque é que o excesso de enfermeiros (os que exercem) não o é assim entendido pela maioria dos que exercem na sua prática diária, onde consideram não ter mãos a medir para o trabalho que surge? Era uma situação a explorar num estudo que verificasse o nível de cansaço sentido em cada profissão, a nível físico e psíquico ao fim de uma jornada de trabalho?

- Havendo excesso de enfermeiros não seria de verificar-se um aumento da competitividade da parte das instituições para captarem os melhores (efectivamente melhores e não por meia dúzia de parâmetros que incluem morada, idade e realização de um mísero estágio de 2 meses nessa mesma instituição, entre outros)?

Desculpem-me se não referi pontos ou alíneas em ambas as versões, para isso conto convosco…


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