quarta-feira, março 26, 2008
Os conceitos da semana! - Parte I
"Balbúrdia"
É o que se passa com a Ordem dos Enfermeiros (OE). Ninguém respeita. Esta entidade - supostamente reguladora da profissão - não tem capacidade para rigorosamente nada. Não tão pouco faz respeitar as recomendações que emana.
Há pouco tempo, na sua revista, declarou incompatível a profissão de Dentista e de Enfermeiro. O certo é que muitos Enfermeiros são Dentistas em acumulação. Sem problemas.
Outro exemplo: a OE deu a conhecer, publicamente, a sua posição sobre os Enfermeiros no Pré-hospitalar, mas ninguém parece respeitar. Não existe autoridade. Nem jurídica, nem social, nem moral! As funções dos Enfermeiros são usurpadas, diariamente, por este Portugal fora, e quando o denunciamos, a OE não faz escutar a sua voz, ou então é simplesmente ignorada.
Nem existe uma clara regulação em nada. É pena. Fui um dos muitos Enfermeiros que lutou e apoiou a sua criação em 1998. O mandato da Enfª. Maria Augusta de Sousa (MAS) ficará - sem dúvida - conhecido como o "período negro" da Enfermagem.
"Audiência"
Decorreu no dia 24 de Março a aguardada audiência com o Dr. Mariano Gago, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Como sempre, a OE, desiludiu em alguns aspectos.
A impossibilidade do desenvolvimento, neste momento, do ensino da profissão deitou por terra as expectativas da classe. A OE emitiu o seguinte comentário:
"o Prof. Mariano Gago afirmou que a legislação em vigor não permite, neste momento, mais do que a consolidação do ensino de Enfermagem num 1º Ciclo de 240 créditos (quatro anos)"
A OE defende que a profissão de Enfermeiros possa apenas ser atribuída a quem for detentor de 2 ciclos de ensino. Concordo em absoluto. Continuando:
"A estabilização deste quadro permitirá, no seu entender, a manutenção das competências que, desde 1999, são objecto do ensino da Enfermagem."
Aqui reside um grande problema. As competências dos Enfermeiros. É completamente desadequado o pensamento sobre esta questão. Num mundo onde todas as profissões evoluem numa perspectiva científica, técnica, social e humana, a OE contenta-se com competência do século passado literalmente.
Assunto seguinte: a regulação da oferta formativa. A julgar pelo comentário da OE, esta assunto foi abordado como uma preocupação secundária. Até porque "Portugal tem falta de Enfermeiros" - diz a OE. A minha oferta de mil euros ainda se mantêm de pé!
Resta o contentamento pelo reconhecimento da inexistência de recursos humanos, técnicos e estruturais para formar tantos Enfermeiros com a qualidade exigida à profissão, vai daí a OE comprometeu-se "apresentar ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, na primeira quinzena de Abril, um conjunto de dados que permitirão a adopção de medidas".
Ainda que analisando este problema empriricamente, as vagas do ensino de Enfermagem deveriam ser racionalizadas e diminuídas para valores inferiores a 50% das actuais.
Formar para o desemprego é apavorante, formar sem qualidade é perigoso e imprudente!
Em suma, uma audiência pouco fértil. A Enfermagem continua a afundar-se (como o Titanic) sob a batuta da Enfª. MAS!
"15 mil"
Existem "cerca de 15 mil estudantes de Enfermagem nos vários estádios do ensino, distribuídos pelos 42 cursos existentes em todo o país". Ou seja, dentro de 4 anos seremos cerca de 70 mil!! Lembrem-se que o desemprego começou quando foi ultrapassada a barreira dos 50 mil! Para reflectir, deixo-vos "números oficiais" de Abril de 2007:
> 50353 Enfermeiros no activo;
> 5022 sem actividade declarada (desemprego?);
> 34134 Enfermeiros a exercer nos hospitais;
> 7568 Enfermeiros a exercer nos Centros de Saúde;
> 2469 Enfermeiros a exercer no privado;
> 2223 Enfermeiros estrangeiros a exercer em Portugal.
a
O excesso de profissionais, faz com isto acontença. Se houvesse escassez, ninguém se atreveria!
Comments:
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Por enquanto ainda só falam em acabar com as acumulações...
Em breve os defensores da direcção da OE virão dizer que os 2223 Enfermeiros estrangeiros são a real causa do desemprego...
Limitem as vagas de acesso aos CLE. Defendam as especializações, mas com especialidades actualizadas e novas.
Bem é melhor calar-me que isto são palavras lançadas ao vento e que ninguém quer ouvir....
Um abraço cansado....
Em breve os defensores da direcção da OE virão dizer que os 2223 Enfermeiros estrangeiros são a real causa do desemprego...
Limitem as vagas de acesso aos CLE. Defendam as especializações, mas com especialidades actualizadas e novas.
Bem é melhor calar-me que isto são palavras lançadas ao vento e que ninguém quer ouvir....
Um abraço cansado....
Por enquanto ainda só falam em acabar com as acumulações...
Em breve os defensores da direcção da OE virão dizer que os 2223 Enfermeiros estrangeiros são a real causa do desemprego...
Limitem as vagas de acesso aos CLE. Defendam as especializações, mas com especialidades actualizadas e novas.
Bem é melhor calar-me que isto são palavras lançadas ao vento e que ninguém quer ouvir....
Um abraço cansado....
Em breve os defensores da direcção da OE virão dizer que os 2223 Enfermeiros estrangeiros são a real causa do desemprego...
Limitem as vagas de acesso aos CLE. Defendam as especializações, mas com especialidades actualizadas e novas.
Bem é melhor calar-me que isto são palavras lançadas ao vento e que ninguém quer ouvir....
Um abraço cansado....
Neste momento somos menos respeitados, temos menor visão social que um mulher-a-dias, para além de ganharmos menos (as mulheres a dias merecem o meu maior respeito). Só temos o que merecemos!!! Talvez quando começarem a mexer nas poucas regalias de mts dos acomodados da nossa classe, as coisas ganhem outro rumo
Mas é preciso dizer mais alguma coisa?! Eu acho que não.
Sabem como a OE executaria um brilhante plano para este 4 anos?! Muito simples, bastava analisar os diversos blogs de Enfermeiros, como este, para saber o que se passa, o que tem que ser resolvido, como resolver, quando, etc etc etc..
Mas pronto, que querem, desculpem do termo, de uma pessoa idosa?! Idosa em idade, idosa no pensamento, idosa no conhecimento.. Enfim, ultrapassada!!!!!!!!!!
Sabem como a OE executaria um brilhante plano para este 4 anos?! Muito simples, bastava analisar os diversos blogs de Enfermeiros, como este, para saber o que se passa, o que tem que ser resolvido, como resolver, quando, etc etc etc..
Mas pronto, que querem, desculpem do termo, de uma pessoa idosa?! Idosa em idade, idosa no pensamento, idosa no conhecimento.. Enfim, ultrapassada!!!!!!!!!!
ao colega enfermagem e não só, e entenda isto não num tom provocatório pejorativo mas sim saudável mas explique-me que ideias CONCRETAS é que se podem rerirar dos nossos discursos por aí dispersos. É que todos apontamos os problemas e as ideias gerais para os resolver mas quantas delas são realmente concretas, objectivas e passíveis de serem postas em prática?
Medidas concretas... não gerais
Medidas concretas... não gerais
Não sei se foi boa ideia ter lutado ao lado de alguns pela criação da OE...na década de 80 ... estou a ficar cansada...de ver que a enfermagem corre em direcção a nada............
Tigre
Tigre
Sem problema, pois estamos aqui para debater estes assuntos, e encontrar soluções viáveis...
Qual a situação actual da Enfermagem?
Desemprego.
O que originou esta situação?
Aumento excessivo do número de vagas de acesso ao CLE, sem garantir a estabilidade da profissão nem a qualidade de ensino. Preferiu-se a quantidade à qualidade, algo que beneficia os docentes de Enfermagem.
Quem é responsável pela regulação da classe de Enfermagem?
A Ordem dos Enfermeiros, liderada pela Enf.ª Maria Augusta de Sousa.
Daqui pode-se retirar que as opções e objectivos destes últimos 4 anos, não foram as melhores. Logo, assume-se que, se não se assumir uma postura diferente (pelo que vimos não irá acontecer tal), irá manter-se a mesma coisa. Mais, os órgãos sociais são compostos por mais docentes do que enfermeiros no activo, que não têm uma visão actual da profissão ou se têm, não mostram interesse sobre a mesma.
Qual a solução possível para a resolução da situação actual?
Redução gradual acelerada mas controlada do número de vagas de acesso ao CLE (isto para não optar por encerrar os cursos, que não têm qualidade de ensino).
Mais, a postura pró-activa e participativa da OE na vida politica e outras, afim de melhorar a imagem social, de momento enfraquecida, da Enfermagem.
Porque a OE não opta por esta solução?
Ora, os órgãos da OE são compostos na sua maioria por docentes. Logo, numa tentativa de protecção de seus iguais, não querem enveredar pela solução ideal para a Enfermagem, porque levaria a perda de postos de trabalho, autênticos tachos, de muitos docentes. Assim, presume-se que a OE coloca os interesses particulares e pessoais dos seus órgãos acima dos interesses da classe!
E agora, é preciso ser alguém com experiência para delinear este plano?! Não.
Para uma classe prosperar a todos os níveis, tem que manter uma saudável relação oferta/procura!
Temos que começar a atribuir valor à Enfermagem.
E os Farmacêuticos já começaram isso mesmo!
Mais soluções: definir o campo de actuação e conhecimentos de Enfermagem (todos os dias a Enfermagem fica mais pequena em competências e áreas de actuação), controlar o ensino de Enfermagem nas diversas escolas, etc.
Basta a OE consultar os blogs para pelo menos se aperceber dos problemas que a Enfermagem enfrenta!
Mais, quem diz que a OE está a fazer um optimo trabalho, está equivocado. Quem colocou a Enfermagem neste estado, como entidade final?! A OE.
Cumps!
Qual a situação actual da Enfermagem?
Desemprego.
O que originou esta situação?
Aumento excessivo do número de vagas de acesso ao CLE, sem garantir a estabilidade da profissão nem a qualidade de ensino. Preferiu-se a quantidade à qualidade, algo que beneficia os docentes de Enfermagem.
Quem é responsável pela regulação da classe de Enfermagem?
A Ordem dos Enfermeiros, liderada pela Enf.ª Maria Augusta de Sousa.
Daqui pode-se retirar que as opções e objectivos destes últimos 4 anos, não foram as melhores. Logo, assume-se que, se não se assumir uma postura diferente (pelo que vimos não irá acontecer tal), irá manter-se a mesma coisa. Mais, os órgãos sociais são compostos por mais docentes do que enfermeiros no activo, que não têm uma visão actual da profissão ou se têm, não mostram interesse sobre a mesma.
Qual a solução possível para a resolução da situação actual?
Redução gradual acelerada mas controlada do número de vagas de acesso ao CLE (isto para não optar por encerrar os cursos, que não têm qualidade de ensino).
Mais, a postura pró-activa e participativa da OE na vida politica e outras, afim de melhorar a imagem social, de momento enfraquecida, da Enfermagem.
Porque a OE não opta por esta solução?
Ora, os órgãos da OE são compostos na sua maioria por docentes. Logo, numa tentativa de protecção de seus iguais, não querem enveredar pela solução ideal para a Enfermagem, porque levaria a perda de postos de trabalho, autênticos tachos, de muitos docentes. Assim, presume-se que a OE coloca os interesses particulares e pessoais dos seus órgãos acima dos interesses da classe!
E agora, é preciso ser alguém com experiência para delinear este plano?! Não.
Para uma classe prosperar a todos os níveis, tem que manter uma saudável relação oferta/procura!
Temos que começar a atribuir valor à Enfermagem.
E os Farmacêuticos já começaram isso mesmo!
Mais soluções: definir o campo de actuação e conhecimentos de Enfermagem (todos os dias a Enfermagem fica mais pequena em competências e áreas de actuação), controlar o ensino de Enfermagem nas diversas escolas, etc.
Basta a OE consultar os blogs para pelo menos se aperceber dos problemas que a Enfermagem enfrenta!
Mais, quem diz que a OE está a fazer um optimo trabalho, está equivocado. Quem colocou a Enfermagem neste estado, como entidade final?! A OE.
Cumps!
Não acumulo e a esmagadora maioria dos colegas que conheço não o faz e dos que o fazem é em part time . É enganador pensar que que os que acumulam tiram empregos a outros...começa é a não haver empregos para todos!
As acumulações vão naturalmente reduzir-se áquelas que é normal existirerem pois é essa a lógica da oferta e da procura. Já existiram bem mais que hoje, no entanto há determinadas áreas em que é normal haver sempre: a formação, por exemplo e em pequenas clínicas que por vezes apenas precisam de um enfermeiro poucas horas por semana (e naturalmente preferem alguém com experiência).
Eu icetivo todos os efermeiros com competências técnicas importantes a acumularem em contexto formativo (para não termos aulas com enfermeiros com dois anos de experiência profissional), aconselho os enfermeiros de saúde materna a acumularem em aulas de preparação para o parto, ...
Experimentem a acabar com as acumulações e vão retirar qualidade a muitos serviços, áreas de actuação e não vão resolver nada do desemprego!!
Agora que devam existir regras, nomeadamente no máximo de horas permitidas, isso sim...mas a OE anda sempre às aranhas...
Eu icetivo todos os efermeiros com competências técnicas importantes a acumularem em contexto formativo (para não termos aulas com enfermeiros com dois anos de experiência profissional), aconselho os enfermeiros de saúde materna a acumularem em aulas de preparação para o parto, ...
Experimentem a acabar com as acumulações e vão retirar qualidade a muitos serviços, áreas de actuação e não vão resolver nada do desemprego!!
Agora que devam existir regras, nomeadamente no máximo de horas permitidas, isso sim...mas a OE anda sempre às aranhas...
Pois, não me parece que o problema seja a acumulação! Mas qual é o problema da OE? Mas têm os olhos tapados? Mas porque é que não nos defendem? Devíamos aconselhar a OE consultar assiduamente este Blog!
sofia, a explicação já foi dada pelo "Enfermagem, não só" (aliás, muitissimo bem explicado)
A ordem não tem os olhos tapados, simplesmente, as medidas que teria de tomar para resolver a crise, colocaria em risco a actividade profissional de grande parte dos membros da ordem (docentes).
A ordem não tem os olhos tapados, simplesmente, as medidas que teria de tomar para resolver a crise, colocaria em risco a actividade profissional de grande parte dos membros da ordem (docentes).
pelo que leio nos blogs de enfermagem
o problema de fundo é uma ordem com uma velhina que está nun lar da 3ª idade que nada faz pela enfermagem
mas não se esqueçam que ela foi eleita á pouco tempo está lá colocada por enfermeiros , então temos aquilo que mercemos e ainda vámos ter mais.
o problema de fundo é uma ordem com uma velhina que está nun lar da 3ª idade que nada faz pela enfermagem
mas não se esqueçam que ela foi eleita á pouco tempo está lá colocada por enfermeiros , então temos aquilo que mercemos e ainda vámos ter mais.
Epa! Alto ai! Eu cá não votei na lista dela...lolol
Eu por mim seria alguém novo, com vontade de fazer tremer muitos "tachos"!!!!
Eu por mim seria alguém novo, com vontade de fazer tremer muitos "tachos"!!!!
Não se combate um erro com outro erro(eu). Acumular é mau, mas não acumular é pior, pois os grupos que emigram do público para o privado, actuam em conjunto e não têm tempo nem disposição para integrarem gente nova ou diferente. Percebe-se.
Este problema será naturalmente resolvido quando a separação do público privado se der.
Dar-se-á a curto prazo se o artigo 28º da Lei 12-A/2008 de 27 de Fevereiro for para valer: "nem a título gracioso se pode trabalhar na função do estado"....
Esta história das acumulações faz lembrar o método que o PCP usava no Alentejo para recrutar militantes.
Inquérito:
Pergunta (P) Se o camarada tivesse 10 casas que fazia?
Resposta (R). Ena, Camarada, para que queria eu tantas casas? Ficava com uma para mim e para a minha Jaquina, outra para o meu filho Zé e as outras 8 dava ao Partido.
P-Se tivesse 10 carros que fazia?
R - Ficava com um para mim e para a minha Jaquina, outro para o meu Zé e os 8 sobrantes davao ao Partido.
P- se tivesse 10 porcos que fazia?
R- Calma aí, Camarada, só 15 tenho eu.
Moral da história: a ninguém custa dar o que não tem; a ninguém custa falar dos interesses dos outros; bem mas quando o problema nos atinge, aí já a coerencia muda tudo, porque nem sempre nos acompanha.
Acumular é um fenómeno criado pela escassez e circunscrito às situações onde os enfermeiros não podem ser substituídos por bombeiros, paramédicos, ignorantes e afins. Se nas situações pudessem estar os indevidos, podem ter a certeza de que não estavam lá enfermeiros.
Como muitos outros este problema vai resolver-se por si.
Bem?
Mal?
Veremos
Gardingo
Este problema será naturalmente resolvido quando a separação do público privado se der.
Dar-se-á a curto prazo se o artigo 28º da Lei 12-A/2008 de 27 de Fevereiro for para valer: "nem a título gracioso se pode trabalhar na função do estado"....
Esta história das acumulações faz lembrar o método que o PCP usava no Alentejo para recrutar militantes.
Inquérito:
Pergunta (P) Se o camarada tivesse 10 casas que fazia?
Resposta (R). Ena, Camarada, para que queria eu tantas casas? Ficava com uma para mim e para a minha Jaquina, outra para o meu filho Zé e as outras 8 dava ao Partido.
P-Se tivesse 10 carros que fazia?
R - Ficava com um para mim e para a minha Jaquina, outro para o meu Zé e os 8 sobrantes davao ao Partido.
P- se tivesse 10 porcos que fazia?
R- Calma aí, Camarada, só 15 tenho eu.
Moral da história: a ninguém custa dar o que não tem; a ninguém custa falar dos interesses dos outros; bem mas quando o problema nos atinge, aí já a coerencia muda tudo, porque nem sempre nos acompanha.
Acumular é um fenómeno criado pela escassez e circunscrito às situações onde os enfermeiros não podem ser substituídos por bombeiros, paramédicos, ignorantes e afins. Se nas situações pudessem estar os indevidos, podem ter a certeza de que não estavam lá enfermeiros.
Como muitos outros este problema vai resolver-se por si.
Bem?
Mal?
Veremos
Gardingo
AS VERSÕES CONTRADITÓRIAS SOBRE A ESCASSEZ OU EXCESSO DE ENFERMEIROS SÃO:
Há falta de enfermeiros (no argumento que até julgo verdadeiro mas ingénuo na forma política como é abordada) quando na realidade se deveria pura e simplesmente dizer que as instituições não funcionam com a qualidade exigida por não terem dotações de enfermeiros seguras, ou seja, eles não são é contratados ,o que nos levaria a perguntar como é que chegaram a essa conclusão de que há falta de…?
Pelos rácios internacionais?
Porque constataram empiricamente?
Porque avaliaram serviço a serviço, instituição a instituição? Que instrumento de medida foi usado e será este fiável ou respeitável?
Ou será que os enfermeiros andam a fazer coisas menores e fora da sua competência legal que os impedem de prestar os seus cuidados de enfermagem levando a que estes não sejam prestados inflacionando as supostas horas de cuidados de enfermagem não prestadas?
Não deveriam haver instrumentos de medida aplicáveis a qualquer género de valência/serviço/instituição e que fossem apresentados individualmente de forma a dar credibilidade aos números apresentados? Por exemplo… NO HSJ EPE faltam mil enfermeiros, 3 no turno da manhã da Urologia, 10 no turno da tarde na UCIPU, 43 no total diário da Urgência. No H. Magalhães Lemos faltam 4 enfermeiros no turno da manhã na PsicoGeriatria, na ULS Matosinhos faltam 8 enfermeiros no turno da tarde na Medicina X ou ainda faltam 20 enfermeiros no Centro de Saúde do Lumiar. Talvez assim fosse de melhor compreensão, credibilidade e verosimilhança os números apresentados. Porquê esta forma de expor o problema? Lá chegaremos…
A outra versão:
Há excesso de enfermeiros (por oferta desregulada) e por isso existe desemprego (mais abaixo falarei também da diminuição nas remunerações…)
Como provar que há excesso se não existem sequer dados devidamente objectivos sobre cuidados de enfermagem que são ou não prestados e se isso não se deve a uma insuficiente dotação de enfermeiros nos serviços?
E aqui remeteria para exemplos semelhantes aos referidos na minha argumentação supracitada sobre a discriminação dos dados, sector a sector.
Porque é que as instituições não contratam ainda mais enfermeiros se eles até se vendem mais baratos, ou seja se dois custam 1000 euros/mês e um custa também 1000/mês porque não contratar dois, até porque supostamente a instituição ficaria a ganhar(dois pelo preço de um)?
- Se há excesso de enfermeiros(a exercer a sua profissão) porque se queixam tanto os enfermeiros de excesso de trabalho, burn out, maior incidência de doenças profissionais relativamente a outros profissionais?
- Porque é que o excesso de enfermeiros (os que exercem) não o é assim entendido pela maioria dos que exercem na sua prática diária, onde consideram não ter mãos a medir para o trabalho que surge? Era uma situação a explorar num estudo que verificasse o nível de cansaço sentido em cada profissão, a nível físico e psíquico ao fim de uma jornada de trabalho?
- Havendo excesso de enfermeiros não seria de verificar-se um aumento da competitividade da parte das instituições para captarem os melhores (efectivamente melhores e não por meia dúzia de parâmetros que incluem morada, idade e realização de um mísero estágio de 2 meses nessa mesma instituição, entre outros)?
Desculpem-me se não referi pontos ou alíneas em ambas as versões, para isso conto convosco…
http://saudeeportugal.blogspot.com
Há falta de enfermeiros (no argumento que até julgo verdadeiro mas ingénuo na forma política como é abordada) quando na realidade se deveria pura e simplesmente dizer que as instituições não funcionam com a qualidade exigida por não terem dotações de enfermeiros seguras, ou seja, eles não são é contratados ,o que nos levaria a perguntar como é que chegaram a essa conclusão de que há falta de…?
Pelos rácios internacionais?
Porque constataram empiricamente?
Porque avaliaram serviço a serviço, instituição a instituição? Que instrumento de medida foi usado e será este fiável ou respeitável?
Ou será que os enfermeiros andam a fazer coisas menores e fora da sua competência legal que os impedem de prestar os seus cuidados de enfermagem levando a que estes não sejam prestados inflacionando as supostas horas de cuidados de enfermagem não prestadas?
Não deveriam haver instrumentos de medida aplicáveis a qualquer género de valência/serviço/instituição e que fossem apresentados individualmente de forma a dar credibilidade aos números apresentados? Por exemplo… NO HSJ EPE faltam mil enfermeiros, 3 no turno da manhã da Urologia, 10 no turno da tarde na UCIPU, 43 no total diário da Urgência. No H. Magalhães Lemos faltam 4 enfermeiros no turno da manhã na PsicoGeriatria, na ULS Matosinhos faltam 8 enfermeiros no turno da tarde na Medicina X ou ainda faltam 20 enfermeiros no Centro de Saúde do Lumiar. Talvez assim fosse de melhor compreensão, credibilidade e verosimilhança os números apresentados. Porquê esta forma de expor o problema? Lá chegaremos…
A outra versão:
Há excesso de enfermeiros (por oferta desregulada) e por isso existe desemprego (mais abaixo falarei também da diminuição nas remunerações…)
Como provar que há excesso se não existem sequer dados devidamente objectivos sobre cuidados de enfermagem que são ou não prestados e se isso não se deve a uma insuficiente dotação de enfermeiros nos serviços?
E aqui remeteria para exemplos semelhantes aos referidos na minha argumentação supracitada sobre a discriminação dos dados, sector a sector.
Porque é que as instituições não contratam ainda mais enfermeiros se eles até se vendem mais baratos, ou seja se dois custam 1000 euros/mês e um custa também 1000/mês porque não contratar dois, até porque supostamente a instituição ficaria a ganhar(dois pelo preço de um)?
- Se há excesso de enfermeiros(a exercer a sua profissão) porque se queixam tanto os enfermeiros de excesso de trabalho, burn out, maior incidência de doenças profissionais relativamente a outros profissionais?
- Porque é que o excesso de enfermeiros (os que exercem) não o é assim entendido pela maioria dos que exercem na sua prática diária, onde consideram não ter mãos a medir para o trabalho que surge? Era uma situação a explorar num estudo que verificasse o nível de cansaço sentido em cada profissão, a nível físico e psíquico ao fim de uma jornada de trabalho?
- Havendo excesso de enfermeiros não seria de verificar-se um aumento da competitividade da parte das instituições para captarem os melhores (efectivamente melhores e não por meia dúzia de parâmetros que incluem morada, idade e realização de um mísero estágio de 2 meses nessa mesma instituição, entre outros)?
Desculpem-me se não referi pontos ou alíneas em ambas as versões, para isso conto convosco…
http://saudeeportugal.blogspot.com
Ao colega enfermagem e não só.
Os seus argumentos até serão parcialmente válidos quanto à questão do desemprego mas não explicam a questão dos vencimentos baixos...
http://saudeeportugal.blogspot.com
Os seus argumentos até serão parcialmente válidos quanto à questão do desemprego mas não explicam a questão dos vencimentos baixos...
http://saudeeportugal.blogspot.com
Estimado Magistral,
antes de mais propunha que tentasse arrecadar os mil euros que ofereço num post anterior.
Depois, há variáveis fundamentais que não considera no seu raciocínio: os enfermeiros executam imensas tarefas que a si não pertencem, mas sim a administrativos, auxiliares, etc... daí, a impressão errada da falta de profissionais de Enfermagem em alguns serviços.
A solução desta questão está muitas vezes no aumento de AAM's e não de Enfermeiros.
Repare que os países que têm grande número de Enfermeiros por habitante são habitualmente aqueles onde os Enfermeiros são mais "indiferenciados" e onde a Enfermagem ainda desempenha dum papel de "auxiliares dos médicos"!
Em Portugal existe uma má rentabilização de Enfermeiros. Usá-los paras as tarefas exclusivas da Enfermagem era uma óptima medida.
Analogamente, os médicos afirmam que existem uma má redistribuição médica, mas com argumentos falíveis e menos sólidos: têm listas de espera para cirugia, consultas em atraso, etc...o que demonstra falta de médicos.
Os Enfermeiro não!
Mas se os médicos tivessem que preparar os seu próprio bloco operatório antes da cirugias, repôr stocks nos seus consultórios, etc, veria que APARENTEMENTE haveria muita falta de médicos... Compreende o raciocínio? Estou certo que sim.
Os médicos apenas se dedicam à função EXCLUSIVAMENTE médica. Os Enfermeiros englobam uma multiplicidade de funções que cabem muitas vezes a outros profissionais ou então podem ser delegadas noutros, pois é má gestão acupar um profissional licenciado com tarefas indiferenciadas.
Os salários reflectem isso mesmo: quantos mais profissionais, menos dinheiro se poderá atribuir à remuneração de cada um - falando friamente!
Um exemplo: pagaria a um engenheiro informático salários exorbitantes para ele transportar computadores? Lógicamente - como bom gestor - não! Isso é perfeitamente executável por alguém com um mínimo de formação, não requer um licenciado!
O problema nos Enfermeiros é que se criou um excedente e agora muitos querem encontram uma solução à força, nem que seja reivindicando para os Enfermeiros tarefas dos AAM's ou não compatíveis com o grau académico da classe!!!
Esta banalização que o execsso de oferta traduz, só torna a enfermagem mais débil, com uma formação menos rigorosa!
Muitos de nós vêem a introdução de mais AAm's como um "roubo" de lugares de Enfermagem. Eu não. Muitos colegas dizem, acerca de outras questões, cada "macaco no seu galho" - nesta questão aplica-se o mesmo princípio!
Estou certo que muitos colegas não conseguirão os seus empregos, mas não podemos reduzir o nível do patamar técnico e científico da profissão só para que mais colegas sejam absorvidos! Isto é um problemas de excesso de escolas e vagas e não de falta de emprego!
Acha correcto um enfermeiro licenciado proceder "fazer uma cama" (como acontece, infelizmente, ainda em algumas instiutições - aqui estou certo que aparentemente haverá falta de Enfermeiros)? Eu não, nem acho que se deva pagar muito dinheiro por esta tarefa, pelo contrário devemos dirigir os Enfermeiros para outras tarefas bem mais complexas, "desmonopolizando" os cuidados exclusivamente médicos, agilizando os sistemas de saúde e incrementado a autonomia e satisfação dos Enfermeiros. Ah e com salários mais elevados!
Existem outras formas (finitas) de desbloquear emprego para os enfermeiros: alargamento das suas competências é a mais lógica! Deixar de lado a "arrumação de stocks" para atender utentes, deixar de "montar e desmontar processos" (em algumas instituições) para atender utentes, deixar os "aspectos administrativos" para atender utentes, deixar "as camas por fazer" para atender utentes, etc...
Quel tal gerir competências e poder intubar sozinho, prescever certso fármacos para que o trabalho dos Enfermeiros não tenha que ser sucessivamente interrompido por pedidos aos médicos para prescrever isto ou aquilo, orientar grávidas sem supervisão médica (requerendo exames complementares de diagnóstico), consultas de saude mental/comportamental sem que se dependa do médico, assegurar os transportes intra-hospitalares de risco, reuqrer certos meios compemntares de diagnóstico (ex. um utente cai na enfermaria, e apresenta com suspeita de fractura da mão - não seria sensato o enfermeiro ter poder para requerer desde logo o exame, para depois ser avaliado pelo médico/Enfermeiro, ou é necessário andar atrás do médico para tal?)
Mas digo-lhe mais (depois das alterações curriculares necessárias), para ser sincero, penso que a clínica geral (e todas as suas competências) deveria ser um campo do enfermeiro! (infelizmente ainda está enraizado como função médica)
Ou prefere tornar-se naqueles países onde as Enfermeiros gerem e marcam as consultas aos médicos?
Não queira colega, chegamos até aqui, agora não vale a pena regredir, pos não?
antes de mais propunha que tentasse arrecadar os mil euros que ofereço num post anterior.
Depois, há variáveis fundamentais que não considera no seu raciocínio: os enfermeiros executam imensas tarefas que a si não pertencem, mas sim a administrativos, auxiliares, etc... daí, a impressão errada da falta de profissionais de Enfermagem em alguns serviços.
A solução desta questão está muitas vezes no aumento de AAM's e não de Enfermeiros.
Repare que os países que têm grande número de Enfermeiros por habitante são habitualmente aqueles onde os Enfermeiros são mais "indiferenciados" e onde a Enfermagem ainda desempenha dum papel de "auxiliares dos médicos"!
Em Portugal existe uma má rentabilização de Enfermeiros. Usá-los paras as tarefas exclusivas da Enfermagem era uma óptima medida.
Analogamente, os médicos afirmam que existem uma má redistribuição médica, mas com argumentos falíveis e menos sólidos: têm listas de espera para cirugia, consultas em atraso, etc...o que demonstra falta de médicos.
Os Enfermeiro não!
Mas se os médicos tivessem que preparar os seu próprio bloco operatório antes da cirugias, repôr stocks nos seus consultórios, etc, veria que APARENTEMENTE haveria muita falta de médicos... Compreende o raciocínio? Estou certo que sim.
Os médicos apenas se dedicam à função EXCLUSIVAMENTE médica. Os Enfermeiros englobam uma multiplicidade de funções que cabem muitas vezes a outros profissionais ou então podem ser delegadas noutros, pois é má gestão acupar um profissional licenciado com tarefas indiferenciadas.
Os salários reflectem isso mesmo: quantos mais profissionais, menos dinheiro se poderá atribuir à remuneração de cada um - falando friamente!
Um exemplo: pagaria a um engenheiro informático salários exorbitantes para ele transportar computadores? Lógicamente - como bom gestor - não! Isso é perfeitamente executável por alguém com um mínimo de formação, não requer um licenciado!
O problema nos Enfermeiros é que se criou um excedente e agora muitos querem encontram uma solução à força, nem que seja reivindicando para os Enfermeiros tarefas dos AAM's ou não compatíveis com o grau académico da classe!!!
Esta banalização que o execsso de oferta traduz, só torna a enfermagem mais débil, com uma formação menos rigorosa!
Muitos de nós vêem a introdução de mais AAm's como um "roubo" de lugares de Enfermagem. Eu não. Muitos colegas dizem, acerca de outras questões, cada "macaco no seu galho" - nesta questão aplica-se o mesmo princípio!
Estou certo que muitos colegas não conseguirão os seus empregos, mas não podemos reduzir o nível do patamar técnico e científico da profissão só para que mais colegas sejam absorvidos! Isto é um problemas de excesso de escolas e vagas e não de falta de emprego!
Acha correcto um enfermeiro licenciado proceder "fazer uma cama" (como acontece, infelizmente, ainda em algumas instiutições - aqui estou certo que aparentemente haverá falta de Enfermeiros)? Eu não, nem acho que se deva pagar muito dinheiro por esta tarefa, pelo contrário devemos dirigir os Enfermeiros para outras tarefas bem mais complexas, "desmonopolizando" os cuidados exclusivamente médicos, agilizando os sistemas de saúde e incrementado a autonomia e satisfação dos Enfermeiros. Ah e com salários mais elevados!
Existem outras formas (finitas) de desbloquear emprego para os enfermeiros: alargamento das suas competências é a mais lógica! Deixar de lado a "arrumação de stocks" para atender utentes, deixar de "montar e desmontar processos" (em algumas instituições) para atender utentes, deixar os "aspectos administrativos" para atender utentes, deixar "as camas por fazer" para atender utentes, etc...
Quel tal gerir competências e poder intubar sozinho, prescever certso fármacos para que o trabalho dos Enfermeiros não tenha que ser sucessivamente interrompido por pedidos aos médicos para prescrever isto ou aquilo, orientar grávidas sem supervisão médica (requerendo exames complementares de diagnóstico), consultas de saude mental/comportamental sem que se dependa do médico, assegurar os transportes intra-hospitalares de risco, reuqrer certos meios compemntares de diagnóstico (ex. um utente cai na enfermaria, e apresenta com suspeita de fractura da mão - não seria sensato o enfermeiro ter poder para requerer desde logo o exame, para depois ser avaliado pelo médico/Enfermeiro, ou é necessário andar atrás do médico para tal?)
Mas digo-lhe mais (depois das alterações curriculares necessárias), para ser sincero, penso que a clínica geral (e todas as suas competências) deveria ser um campo do enfermeiro! (infelizmente ainda está enraizado como função médica)
Ou prefere tornar-se naqueles países onde as Enfermeiros gerem e marcam as consultas aos médicos?
Não queira colega, chegamos até aqui, agora não vale a pena regredir, pos não?
Caro colega, aí se engana novamente, acerca dos vencimentos baixos!
Apesar de não ser boa prática, vamos fazer uma analogia com a classe médica. Ora esses já prevêem o desemprego na sua classe, muito devido ao mercado e também pelo governo querer a todo o custo abrir novas vagas de acesso ao curso de medicina. Mas associado a esse facto, existe o também de manutenção dos vencimentos e regalias!
Ainda estes dias, até neste blogue, vimos médicos a exigir mais por serem poucos nas suas áreas, aproveitando assim o facto de poderem extorquir mais à custa desse facto.
Ora, não pretendo aqui afirmar que a classe de Enfermagem deva ser capaz de extorquir, muito pelo contrário! E admito que haja falta de enfermeiros nos serviços, mas que os hospitais e cs não integrem mais enfermeiros nos serviços.
Mas acima de tudo está a lei básica do mercado, como já referi, da procura/oferta!
A classe de Enfermagem deveria ser capaz de auto-regular (onde já vi isto ser função da OE?!), a fim de manter uma boa relação procura/oferta!
O meu colega fala de vencimentos baixos... Pois digo-lhe o seguinte: um administrador pode dar-se ao luxo de neste momento definir um salário qualquer para uma vaga de enfermagem, pois são tantos à procura de emprego que alguém qualificado irá aceitar.
Imagine agora nós podermos gozar de poder negocial, vencimentos adequados à nossa classe (licenciatura/técnicos superiores!) e regalias adequadas!!! E como isso é possível?!
Bem, poderíamos até enveredar pela opção da Finlândia, mas voltaríamos certamente ao mesmo... Pois o problema de base manteria-se! Agora imagine que de facto Portugal precisa-se de por exemplo 10 enfermeiros, e fossemos capaz de garantir apenas 10 enfermeiros, não 11, 12, 13, etc...
Seriamos bem remunerados, pelas nossas funções.
Aparte disso, o meu colega assume uma posição em muito partilhada pela OE, que é uma ideia errada.
Temos que combater o desemprego, principalmente na sua fonte/origem!
Cumprimentos
Apesar de não ser boa prática, vamos fazer uma analogia com a classe médica. Ora esses já prevêem o desemprego na sua classe, muito devido ao mercado e também pelo governo querer a todo o custo abrir novas vagas de acesso ao curso de medicina. Mas associado a esse facto, existe o também de manutenção dos vencimentos e regalias!
Ainda estes dias, até neste blogue, vimos médicos a exigir mais por serem poucos nas suas áreas, aproveitando assim o facto de poderem extorquir mais à custa desse facto.
Ora, não pretendo aqui afirmar que a classe de Enfermagem deva ser capaz de extorquir, muito pelo contrário! E admito que haja falta de enfermeiros nos serviços, mas que os hospitais e cs não integrem mais enfermeiros nos serviços.
Mas acima de tudo está a lei básica do mercado, como já referi, da procura/oferta!
A classe de Enfermagem deveria ser capaz de auto-regular (onde já vi isto ser função da OE?!), a fim de manter uma boa relação procura/oferta!
O meu colega fala de vencimentos baixos... Pois digo-lhe o seguinte: um administrador pode dar-se ao luxo de neste momento definir um salário qualquer para uma vaga de enfermagem, pois são tantos à procura de emprego que alguém qualificado irá aceitar.
Imagine agora nós podermos gozar de poder negocial, vencimentos adequados à nossa classe (licenciatura/técnicos superiores!) e regalias adequadas!!! E como isso é possível?!
Bem, poderíamos até enveredar pela opção da Finlândia, mas voltaríamos certamente ao mesmo... Pois o problema de base manteria-se! Agora imagine que de facto Portugal precisa-se de por exemplo 10 enfermeiros, e fossemos capaz de garantir apenas 10 enfermeiros, não 11, 12, 13, etc...
Seriamos bem remunerados, pelas nossas funções.
Aparte disso, o meu colega assume uma posição em muito partilhada pela OE, que é uma ideia errada.
Temos que combater o desemprego, principalmente na sua fonte/origem!
Cumprimentos
Ao colega doutorenfermeiro citando-me "Ou será que os enfermeiros andam a fazer coisas menores e fora da sua competência legal que os impedem de prestar os seus cuidados de enfermagem levando a que estes não sejam prestados inflacionando as supostas horas de cuidados de enfermagem não prestadas?" Acho que fiz menção a isso no meu raciocínio tendo apenas pecado por não lhe ter dado a ênfase que provavelmente mereceria.
Não vou contestar os números da OCDE pois não há margem para isso, nem poderia haver, mas indo na mesma linha de raciocínio do doutorenfermeiro nesse aspecto, poderíamos comparar o número de pessoal auxiliar entre os diferentes países, talvez aí algumas coisas fossem mais esclarecedoras.
Ao colega enfermagem e não só, e aos demais. Em relação aos vencimentos: Não há dúvida que o desemprego explica um vencimento baixo para recém formados e outros menos experientes mas como já disse não o explica para os outros. É que partem do pressuposto que a maioria da população assim como dos corpos gerentes do nosso SNS reconhecem o valor de um enfermeiro e a sua importância (e aqui vamos para a questão de uma remuneração justa), assim como a diferença entre ter um enfermeiro mais qualificado que outro. Olhe que a maioria das pessoas não vê as coisas assim, arrisco-me a dizer que praticamente só nós enfermeiros o vemos assim ( e na minha perspectiva correctamente) só que ainda não arranjamos maneira de o provar da forma como as entidades mais competentes o possam compreender...
Não vou contestar os números da OCDE pois não há margem para isso, nem poderia haver, mas indo na mesma linha de raciocínio do doutorenfermeiro nesse aspecto, poderíamos comparar o número de pessoal auxiliar entre os diferentes países, talvez aí algumas coisas fossem mais esclarecedoras.
Ao colega enfermagem e não só, e aos demais. Em relação aos vencimentos: Não há dúvida que o desemprego explica um vencimento baixo para recém formados e outros menos experientes mas como já disse não o explica para os outros. É que partem do pressuposto que a maioria da população assim como dos corpos gerentes do nosso SNS reconhecem o valor de um enfermeiro e a sua importância (e aqui vamos para a questão de uma remuneração justa), assim como a diferença entre ter um enfermeiro mais qualificado que outro. Olhe que a maioria das pessoas não vê as coisas assim, arrisco-me a dizer que praticamente só nós enfermeiros o vemos assim ( e na minha perspectiva correctamente) só que ainda não arranjamos maneira de o provar da forma como as entidades mais competentes o possam compreender...
Vê-se que Magistral Estratega pertence aos "sem sono", pois chega sempre, ou quase a horas matutinas.
Para estes a Enfermagem é "querida" e adapta-se-lhes o dizer do poeta:
" Dormes e eu velo, sedutora imagem/
Grata miragem que no ermo vi/
Dorme, impossível que encontrei na vida,
Dorme, Querida, que eu descanto aqui!
É destes que descantam um pouco por todo o lado que a Enfermagem precisa.
há erros toscos de concepção que se mantêm indefinidamente, porque nem sequer temos tempo de para para os corrigir.
As técnicas de Enfermagem , são do enfermeiro, obviamente. Foram grandes vultos da enfermagem que as inventaram para dar credibilidade e dignidade ao nosso trabalho.
Fazer uma cama vulgar, pode não ser uma das prioridades da Enfermagem, dos licenciados en Enfermagem; mas fazer uma cama para um doente com um grau elevado de imobilidade, pode significar a diferença entre o caminho aberto para as úlceras de pressão, o mal estar do doente...
Um auxiliar pode fazer isso sem saber porque o faz, por isso não valoriza o vinco; o enfermeiro sabe valorizar isso.
Qualquer mecânico de alta competição sabe limpar a viseira do capacete do piloto, mas ninguém o faz como ele, porque só ele sabe como quer a coisa.
O principal erro dos enfermeiros é não se aperceberem de que já podem dignificar mais o seu trabalho pela introdução de gestos, de práticas que até aqui não eram possíveis, porque só podiam fazer o estritamente caracteristico dos enfermeiros.
Hoje poderiam e poderão ir mais longe, introduzindo pormenores nas suas abordagens dos doentes, que até aqui estavam subentendidas e ocultas.
Esta é uma forma de criar novos postos de trabalho e nova imagem do Enfermeiro.
Por exemplo, em vez de andar a contribuir para que o médico passe menos tempo no serviço, se o forçar a permanecer e a resolver problemas que só ele tem de resolver, talvez as listas de espera das cirurgias e das especialidades, deixem de existir, porque vão caminhando para o zero.
Mas isso é lá com os médicos, dirão os comodistas...
Isso também é com os enfermeiros, porque são eles que vivem mais de perto o problema dos doentes. São eles os seus protectores, provedores, advogados, como queiram.
Mas houve alguém que falou de ratios e a discussão trava-se à volta do que é acessório.
Mais importante do que o ratio é cada enfermeiro rationalizar o seu trabalho não o fazendo a correr e mal.
Lá chegaremos.
Precisamos é de acelerar o ritmo pondo o metrónomo a contar mais depressa, o tempos do compasso.
Gardingo
Para estes a Enfermagem é "querida" e adapta-se-lhes o dizer do poeta:
" Dormes e eu velo, sedutora imagem/
Grata miragem que no ermo vi/
Dorme, impossível que encontrei na vida,
Dorme, Querida, que eu descanto aqui!
É destes que descantam um pouco por todo o lado que a Enfermagem precisa.
há erros toscos de concepção que se mantêm indefinidamente, porque nem sequer temos tempo de para para os corrigir.
As técnicas de Enfermagem , são do enfermeiro, obviamente. Foram grandes vultos da enfermagem que as inventaram para dar credibilidade e dignidade ao nosso trabalho.
Fazer uma cama vulgar, pode não ser uma das prioridades da Enfermagem, dos licenciados en Enfermagem; mas fazer uma cama para um doente com um grau elevado de imobilidade, pode significar a diferença entre o caminho aberto para as úlceras de pressão, o mal estar do doente...
Um auxiliar pode fazer isso sem saber porque o faz, por isso não valoriza o vinco; o enfermeiro sabe valorizar isso.
Qualquer mecânico de alta competição sabe limpar a viseira do capacete do piloto, mas ninguém o faz como ele, porque só ele sabe como quer a coisa.
O principal erro dos enfermeiros é não se aperceberem de que já podem dignificar mais o seu trabalho pela introdução de gestos, de práticas que até aqui não eram possíveis, porque só podiam fazer o estritamente caracteristico dos enfermeiros.
Hoje poderiam e poderão ir mais longe, introduzindo pormenores nas suas abordagens dos doentes, que até aqui estavam subentendidas e ocultas.
Esta é uma forma de criar novos postos de trabalho e nova imagem do Enfermeiro.
Por exemplo, em vez de andar a contribuir para que o médico passe menos tempo no serviço, se o forçar a permanecer e a resolver problemas que só ele tem de resolver, talvez as listas de espera das cirurgias e das especialidades, deixem de existir, porque vão caminhando para o zero.
Mas isso é lá com os médicos, dirão os comodistas...
Isso também é com os enfermeiros, porque são eles que vivem mais de perto o problema dos doentes. São eles os seus protectores, provedores, advogados, como queiram.
Mas houve alguém que falou de ratios e a discussão trava-se à volta do que é acessório.
Mais importante do que o ratio é cada enfermeiro rationalizar o seu trabalho não o fazendo a correr e mal.
Lá chegaremos.
Precisamos é de acelerar o ritmo pondo o metrónomo a contar mais depressa, o tempos do compasso.
Gardingo
Ordem dos enfermeiros para quê???
Alguem me diz para que serve essa merda, para alem de nos chular 7euros e tal por mês?
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Alguem me diz para que serve essa merda, para alem de nos chular 7euros e tal por mês?
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