sexta-feira, setembro 19, 2008
Valeu a pena?
Após uns dias conturbados, a partir de amanhã o Doutor Enfermeiro regressa em força. O momento é decisivo: negociação da Carreira de Enfermagem, recente aprovação (18 Set) da alteração estatutária da Ordem dos Enfermeiros (que permitirá a aplicação do Modelo de Desenvolvimento Profissional), greve dos Enfermeiros, etc...
P.s. - Este post é dedicado ao esforço devotado por todos os Enfermeiros que, nos últimos dias, por "estes lados", lutaram com toda a força e coragem contra um inimigo com rosto. Quem não aprende "a bem", aprende "a mal": as ameaças não desmobilizam os Enfermeiros. Pelo contrário, torna-os mais fortes. Quem usa o crachá da foto, fá-lo com orgulho...
A partir de agora seguem-se outras lutas, mais amplas, fulcrais, vitais, que envolvem toda a classe de Enfermagem e influenciarão o futuro ("no fate, but what we make for ourselves").
Até que enfim foi aprovado o desenvolvimento profissional da Ordem pelo Ministério da Saude que tanta falta estava a fazer aos Enfermeiros, para negociaçao da carreira de Enfermagem.
Mas a luta continua.
Nada nos vai parar.
Ou é agora ou nunca.
Respeito muitos esses crachás e acho que partir de agora, muita gente se vai dobrar quando os vir a passar pelos corredores...
Nos ultimos dias tenho tido MUITO ORGULHO em ser enfermeiro.
Boa sorte dr. enfermeiro!!!!!
Det.
E vão ceder mais! Perante a adesão à greve e a manifestação de dia 1, vão resolver a precariedade, vão admitir enfermeiros para os serviços e vão aceitar a carreira que nós queremos.
Não podemos "despressionar" neste momento!
Guidinho21
Era bm que tds se unissem e deixassem de lad s desacrds idelgics u as lutas pr pder e prtagonisms que não têm interesse nenhum.
Está bem?...
Manel
(desculpem mas tenh que poupar nalgum lad, nem que seja nas letras)
Colegas esta negociação é de tal forma fundamental, que vai influenciar os próximos anos da enfermagem em Portugal.
Em parte a promessa de aprovação da alteração estatutária da OE é uma grande vitória dos enfermeiros. Pela acção que tiveram e pela intervenção que têm. Desde 1998 a OE foi-se construindo e a sua intervenção, que por vezes nos parece escassa mas que está é ligada ao nosso desejo de ter sempre melhor, foi fundamental para que o desejo dos enfermeiros de auto-regular o acesso a profissão fosse aceite.
O Futuro a nós pertence. Lutemos e seremos recompensados.
Ah! gostei do pormenor... o ponto final, que colocou no fim do seu discurso.
espero que apague o comentário anterior,pois apesar de estarmos a conseguir algumas vitorias na nossa carreira, existem alguns psicóticos que devem estar a começar a ficar preocupados.
Quanto à OE, deixo aqui, local onde tambémeu os critiquei o meu agrado por este desenvolvimento negocial.
Já aqui o disse: Contra factos não há argumentos, resta apenas o escárnio do insulto baixo.
Insulto que revela o quanto é: mesquinho, azebre, ostracista, súcubo, ínscio, nanocéfalo, desditoso, maleiforme, berne, malgalante, tosco, sujeitório, tábido, etc!!!!
Det.
o novo modelo de enfermagem será muito bom para a enfermagem, mas sem uma boa negociação da sua implementação e do novo modelo de evolução na carreira nao vamos a lado nenhum!!
Guidinha21
ooooo ooooo
ooooooo ooooooo
oooooooooooooooooo
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oooooooooo
oooooo
ooo
o
O desemprego? Os salários? Como é?
Gostei do Post!
É imprescindível que todos adiram ás greves e formas de luta que os sindicatos pedirem! Este momento é crucial! Temos que fincar pé! Pela 1ª vez em muito tempo os sindicatos uniram-se e cooperaram! Que isto sirva de exemplo a todos nós! Atenção á realização de cuidados mínimos durante a greve, apenas os mínimos! Colegas, á que cumprir a Lei da greve ao milimetro e não como temos feito! O MS tem que perceber que o SNS pára sem nós!
Um abraço, para todos!
Andei uns tempos por fora e não sei o que se tem aqui passado mas leio e vejo que as "andem" animadas. E como gosto de uma boa argumentação cá vai para o asno, paquiderme, necrófago, jumento e afins das 10:18 AM:
- Iremos fazer o que disseste mas com quem? Contigo? Não obrigado! Prefiro ir à pesca de batráquios como tu.
Até la, vai tomando...
TENHO CONHECIMENTO DE QUE OS SINDICATOS VÃO ARRANJAR TRANSPORTE PARA O PESSOAL INSCREVAM-SE ESPERO QUE SEJA A MAIOR MANIFESTAÇÃO DE SEMPRE vÁMOS MOSTRAR QUANTOS SOMOS.
PENSO QUE OS ALUNOS TAMBÉM DEVERIAM ADERIR É O FUTURO QUE ESTÁ EM JOGO .FLOR
soube que a guerra estalou pelos seus lados, mas gostei de ver como os enfermeiros se uniram em tempos dificeis.
Ontem vi-o e ia com cara de muito poucos amigos...
boa sorte!
Eu tenho uma dúvida: se todos vão ser especilistas, o que acontece com quem têm ou está a tirar a especialidade?
Obrigada
Eu não conheço ninguém do Sindicato, mas se alguem daqui conhece, seria interessante sugerir ao Sindicato que entrasse em contacto com a Federação Nacional Associações Estudantes de Enfermagem (FNAEE). Se pelo menos os mais próximos se juntarem, seríamos muitos. A união faz a força!!!!
Apesar das lutas constantes, dos dissabores, finalmente estamos a colher alguns frutos da nossa ardua batalha.
Um bem haja a todos que directamente e indirectamente lutaram para que a nossa profissão seja devidamente dignificada e remunerada.
Um apelo a todos contratados, que temem pelo seu posto de trabalho se aderirem á greve! Se envredarem por esse caminho, vamos ser espezinhados para o resto das nossas vidas profissionais. Um Investimento hoje a ser recompensado amanhã.
Aos demais que nos "atormentam", nos "insultam", apenas digo, zelem pela vossa profissão, não Usem a nossa para trampolim da vossa.
O alinhamento das decisões estratégicas para a Enfermagem (modelo de desenvolvimento profissional, carreira de enfermagem...), vêm catalisar o desenvolvimento de cada Enfermeiro, para Ser e Estar pela Pessoa. O ter, é um mérito conquistado, pelo seu trabalho e esforço.
Um Bem Haja, a todos os profissionais da saúde, que se sabem mutuamente respeitar.
Não relativamento ao DMP, mas pelos vistos a ministra está sensivel às mudanças na carreira de enfermagem. Não cabe da cabeça de um careca, alguem marcar uma greve dias antes de uma reunião importante, quando ainda podia haver acordo, que pelos vistos a ordem conseguiu.
agora resta aos sindicatos, reavaliarem a nova situação e retirarem o aviso de greve para mostrar boa-fé, se depois não se chegar a acordo aí sim voltar a marcar uma greve, e já agora que não coincida com a greve anunciada da CGTP, sob pena de, e eu falo do SEP, deixar de pagar cotas.
Temperança meu amigos, não brinquem com o nosso futuro, que ele já está negro, sem aberturas de parte a parte, não chegamos a lado nenhum.
Na minha opinião, e salvo qualquer estratégia que neste momento me passa ao lado, os sindicatos, apesar de unidos, deram um tiro no pé.
Cá estaremos para os julgar...
A linguagem obscena e a meledicência são excessivas.
Uma falta de rigor por parte do administrador que altera os posts já depois de serem comentados.
Os temas são cansativos e parecem escolhidos para agredir, visar pessoas, dividir a classe e promover uma certa cultura instintiva, primária, ligada à luta pelo poder.
Falta de congruência - num dia diz mal da OE e põe os nomes das pessoas na lama, no outro vem elogiar... Num dia está no lugar de observador, no outro de avaliador, e depois de incitador...
Uma tentativa de promoção de uma imagem pessoal criada artificialmente através de passagens mais intimistas, para ser o exemplo, o alvo da admiração dos pares, o líder a seguir...
Nada de extraordinário acontece neste blog. Iludirá alguns, poucos; afastará outros, muitos.
É caso para dizer que a montanha pariu um rato!
Enfermeiros na Noite do CHLO
Fiz o meu curso de Enfermagem e achei espantoso o facto de me ter cruzado com tantas pessoas que, segundo diziam, queria ser enfermeiros desde crianças!!!!!
Trabalhei num hospital, depois noutro, e agora passei para um centro de saúde.
Entretanto estou a tirar o curso de engenharia informática, que sempre foi algo que me interessou.
Dizem-me que é uma área que também está lotada de gente. Mesmo assim, estou disposto a ir à luta para outras paragens. Talvez seja mais respeitado.
Cansei-me de ser enfermeiro. Temos uma bastonária que não luta pelos enfermeiros. Temos sindicatos que estão mais empenhados nas guerras com outros sindicatos. Temos centenas de Mestres e Doutorados que só sabem filosofar. Temos o Doutor Enfermeiro, o Cogitare em Saúde, os Administradores do Fórum Enfermagem, o Magistral Estratega… que tentam a todo o custo ser os “Cristianos Ronaldos” da lamparina…
É triste!
É triste ter noção do sofrimento que acontece diariamente nos serviços de saúde, e ao mesmo tempo, saber que os profissionais de saúde estão mais concentrados em questões de carreira e em picardias com outras classes profissionais.
O país perde e todos nós acabaremos por sentir isso na pele.
Diz-se que há falta de enfermeiros e de médicos em Portugal.
TRETAS!
O que há muito deixou de existir foi compaixão pelo próximo. Bem sei que os governantes não têm ajudado. Mas não nos esqueçamos que há neste momento em Portugal, centenas senão mesmo milhares de enfermeiros cujas funções pouco ou nada têm a ver com a prestação directa de cuidados.
E um país como o nosso, não se pode dar ao luxo de tamanha enormidade.
Conto todos os dias que faltam para eu concluir a minha segunda licenciatura. Está quase!
(João O.)
Diria que voce esta do lado do Ministério da Saúde, ou é governo.
Se nao é informe-se e nao escreve babuseiras.
COLEGAS ENFERMEIR@S CONTRATADOS
COLEGAS ENFERMEIR@S COM CONTRATOS PRECÁRIOS
COLEGAS ENFERMEIR@S DESEMPREGAD@S
FUTUR@S COLEGAS ENFERMEIR@S
Temos estado a perder de ano para ano aquilo porque fomos lutando desde 1976, 1981 , 1989, 1990. O nosso silêncio tem permitido que nos tratem com indignidade e descaso. Têm-se agravado as nossas condições de trabalho, o nosso poder de compra (como o dos portugueses) tem sido delapidado, milhares de enfermeiros estão no desemprego e constam das listas das BOLSAS DE EMPREGO do ministério da saúde e de empresas desreguladas , que mais não são que armazéns de stock, onde se perdem mais valias num país em que cada vez mais se necessita dos CUIDADOS DE ENFERMAGEM a todos os níveis. Temos serviços à míngua de recursos humanos de ENFERMAGEM , quando o desemprego na CLASSE aumenta e tende a aumentar. Temos cada vez mais Jovens a concorrer aos CLE sem que o governo tome medidas sérias e que têm, malgrado , as portas das instituições públicas e privadas de saúde fechadas . Fazemos horas extras que não são pagas (haverá excepções) ; Temos uma profissão de risco em que a penosidade de exercício e o desgaste são acentuados; temos um impasse nunca visto no que diz respeito a uma Carreira de Enfermagem . Somos os únicos licenciados que desde que a licenciatura foi reconhecida , temos estado à margem do que seria previsto. Temos Enfermeiras e Enfermeiros que se desdobram em múltiplo emprego porque não recebem o justo salário face ao pressuposto da Licenciatura e das condições do exercício; temos vindo a perder AUTONOMIA e VOZ nos mais diversos sectores da saúde. Temos enfermeir@s com contratos da vergonha e que são pagos com salários indignos. E se alguém se lembrar de mais atentados à nossa dignidade de SERES HUMANOS e de ENFERMEIROS fique à vontade para acrescentar.
COLEGAS em tempos de guerra não se limpam as armas. Os sindicatos uniram-se em DEFESA DA CLASSE. O Sindicato dos Enfermeiros -SE, o Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem - SIPE, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses - SEP e o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira - SERAM estão juntos nesta LUTA mesmo que alguns princípios tenham sido postos de lado. Mas os princípios diluem-se quando as metas são MAIORES e as METAS são ENORMES . Por isso , não se percam em divagações estéreis porque a hora é de LUTA e de UNIDADE . não continuemos como a avestruz que perante o perigo e a dificuldade esconde a cabeça debaixo da areia, à espere que passe....para nós ENFERMEIR@S já passou TEMPO DEMAIS e não dá para esperar mais.
Desenganem-se aqueles que pensam na boa fé dos governantes porque o que se pretende é que o tempo CONTINUE A PASSAR sem que se vislumbrem soluções dignas . Quando na mesa das negociações apenas as propostas dos sindicatos estão presentes, sem que os representantes do governo apresentem contra propostas para esta negociação , ONDE ESTÁ A BOA FÉ ? Quando o governo tenta boicotar os SINDICATOS com a ameaça de suspender as negociações face a um PRÉ-AVISO DE GREVE , ONDE ESTÁ A BOA FÉ ? Esta Unidade dos SINDICATOS estará a perturbar o Ministério da Saúde? O Pré aviso de greve saiu dia 17 de Setembro....não há meio termo. A aprovação do MDP foi dia 18 de Setembro. Coincidência? Ou BOA FÉ do Ministério da Saúde?
Estamos no mesmo barco nesta luta. AGORA NÃO HÁ DESCULPAS para não LUTARMOS.
QUE MAIS QUEREM COLEGAS? CONTINUAR A ACREDITAR NA BOA FÉ ?
Até agora a desculpa era o facto de os SINDICATOS estarem a remar em sentido contrário: AGORA NÃO TÊM ESSA DESCULPA.
SINDICATOS e OE eram acusados de nada fazem pela ENFERMAGEM . Agora estamos no mesmo lado nesta LUTA. NÃO HÁ DESCULPA.
Mas os CONTRATADOS arranjaram forma de se porem à margem nesta luta que é também DELES com a desculpa de perderem o subsídio de assiduidade. Leiam os Acórdãos Jurídicos sobre a matéria no site do SE ou procurem informar-se junto dos SINDICATOS ONDE ESTÃO SINDICALIZADOS OU NÃO. Não perdem....NÃO HÁ DESCULPA.
Temem os Contratados e outros não contratados; as chefias dizem aos contratados que não PODEM ADERIR À GREVE? PODEM SIM a LEI É CLARA.
CAPÍTULO II Greve
Artigo 591º Direito à greve
1 - A greve constitui, nos termos da Constituição, um direito dos trabalhadores.
2 - Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da greve.
3 - O direito à greve é irrenunciável.
Podem fazer greve todos os trabalhadores, incluindo os da Função Pública (artigo 591º do Código do Trabalho (CT) e artigo 5º al. d) da Lei nº99/2003, de 27/8 – Lei que aprova o CT). Por outro lado, não é admissível restringir o efeito legitimador do direito à greve aos trabalhadores filiados no sindicato que a declarou, pelo que qualquer trabalhador inscrito num sindicato que não tenha declarado a Greve, ou qualquer trabalhador não sindicalizado, pode aderir à paralisação decretada. Assim, podem fazer greve:
a) Os funcionários, agentes e trabalhadores com contrato individual de trabalho sindicalizados;
b) Os funcionários, agentes e contratados sindicalizados em outros sindicatos, ainda que estes não tenham decretado greve;
c) Os funcionários, agentes e contratados sem qualquer filiação sindical
Artigo 593.o Representação dos trabalhadores
1 - Os trabalhadores em greve serão representados pela associação ou associações sindicais .
Artigo 594.o Piquetes de greve
A associação sindical ou a comissão de greve pode organizar piquetes para desenvolver actividades tendentes a persuadir os trabalhadores a aderirem à greve, por meios pacíficos, sem prejuízo do reconhecimento da liberdade de trabalho dos não aderentes.
Artigo 596.º Proibição de substituição dos grevistas
1 - O empregador não pode, durante a greve, substituir os grevistas por pessoas que à data do aviso prévio referido no número anterior não trabalhavam no respectivo estabelecimento ou serviço, nem pode, desde aquela data, admitir novos trabalhadores para aquele efeito.
É ilegal substituir os funcionários em Greve por quaisquer outros que, à data do Pré-Aviso de Greve, não trabalhem no respectivo serviço, independentemente de terem ou não vínculo à função pública (artigo 596º n.º1 do CT).
2 - A concreta tarefa desempenhada pelo trabalhador em greve não pode, durante esse período, ser realizada por empresa especialmente contratada para o efeito, salvo no caso de não estarem garantidos a satisfação das necessidades sociais impreteríveis ou os serviços necessários à segurança e manutenção do equipamento e instalações (Cuidados Mínimos constantes do pré-aviso de greve) .
Artigo 597.o Efeitos da greve
1 - A greve suspende, no que respeita aos trabalhadores que a ela aderirem, as relações emergentes do contrato de trabalho, nomeadamente o direito à retribuição e, em consequência, desvincula-os dos deveres de subordinação e assiduidade.
Comunicação de adesão à greve
Os funcionários, agentes e contratados não estão legalmente obrigados a comunicar aos serviços por forma expressa a sua adesão à Greve.
Comparência ao serviço
Os funcionários, agentes e contratados em Greve não têm necessidade de comparecer ao Serviço. Nos serviços não abrangidos pela obrigatoriedade da prestação dos serviços mínimos, se todos os funcionários, agentes e contratados do mesmo serviço aderirem à Greve, deverá o serviço encerrar.
É ilegal a acção de qualquer autoridade contra os grevistas.
2 - Relativamente aos vínculos laborais dos grevistas, mantém-se, durante a greve, os direitos, deveres e garantias das partes na medida em que não pressuponham a efectiva prestação do trabalho, assim como os direitos previstos na legislação sobre segurança social e as prestações devidas por acidentes de trabalho e doenças profissionais.
3 - O período de suspensão não pode prejudicar a antiguidade e os efeitos dela decorrentes, nomeadamente no que respeita à contagem de tempo de serviço.
O artigo 597º - 1º do C.T. refere que durante a Greve se suspendem as relacões emergentes do contrato de trabalho, interrompendo-se o vínculo hierárquico, pelo que os funcionários não devem obediência a ordens dos seus superiores ou de quaisquer entidades governamentais. Para além de não poder ser prejudicado na sua antiguidade, o trabalhador também não pode ser sancionado ou perseguido disciplinarmente pelo facto da sua adesão à Greve, nem pode sofrer qualquer discriminação em relação aos não grevistas (artigos 597º nº 3º e 603º do CT).
NÃO HÁ DESCULPA
SE NÃO NOS MANTIVERMOS UNIDOS E PERMITIRMOS QUE AS FALINHAS MANSAS E AS PRESSÕES VENHAM ELAS DE ONDE VIEREM , NOS DESUNAM. NÃO HÁ DESCULPA.
E PORQUE NÃO HÁ DESCULPA VAMOS ADERIR À GREVE DOS DIAS 30 DE SETEMBRO E 1 DE OUTUBRO E À MANIFESTAÇÃO DO DIA 1 DE OUTUBRO mesmo que a alguns não agrade, mesmo que alguns sintam que tiveram de engolir sapos....NÃO HÁ DESCULPA.
DESTA VEZ NÃO HÁ DESCULPA
A ENFERMAGEM ESTÁ EM LUTA !!!!.......
Quem é nao interessa.
Acredito que o seu contributo tem vindo a mudar um pouco do mundo em que vivemos...e só por isso, ja valeu a pena.
"Não sou do tamanho da minha altura, mas da estatura daquilo que posso ver. " Fernando Pessoa
Na minha opinião este modelo é uma treta! E passo a explicar, ora o curso de enfermagem tem 4 anos, metade desses 4anos passamo-los a estagiar, ou seja se juntarmos todos os estágios davam dois anos seguidos a estagiar (em centros de saude e em hospitais), e claro estes estágios são avaliados(!), por enfermeiros!!! os mesmo que supostamente me iriam avaliar no tal ano de internato!...e eu pergunto, para quê mais uma avaliação!? e eu respondo, para que haja mais precariedade! (já estou a ouvir alguem a dizer precariedade!?) sim, porque esse ano só vai atrasar a vida dos futuros enfermeiros! queres começar logo a trabalhar? queres abrir um negocio na área de enfermagem, queres...não podes! tens de fazer o internato!
Maravilhoso este mundo de Enfermagem! todos os dias descubro algo novo! infelizmente muitas vezes algo de mau! como este rico modelo....
Dúvidas!
1)Quando vai ser implementado?
2)Quem vai pagar aos especialistas para andarem com os licenciados no SNS?
3)Aonde vão colocar os licenciados, se os locais de estágio são escassos até para os alunos de enfermagem estagiarem?
4)O que vão fazer a tantos especialistas, que supostamente pretendem formar com o internato, se nem sequer há emprego para os licenciados, que fará para os especialistas!
5)Como vão garantir a qualidade dos cuidados de enfermagem,ao colocar licenciados em internato, junto com alunos de enfermagem, quando é mais do que evidente que não existe condições para tal no SNS?
6)Quanto vão pagar aos alunos do internato?E aos tutores?
7)Como serão os critérios de acesso ao internato sem influencias das cunhas que minam este país?
8)Com um diploma da licenciatura de 240 ects válido na União europeia e Austrália, porque motivo é necessário fazer um internato, se em Portugal existe enfermeiros com a 4ª classe que se formaram antes do 25 de Abril?
9)Porquê que Portugal é dos poucos países aonde extinguirem o curso de auxiliar de enfermagem,e não basta ser licenciado para ser enfermeiro?
10)Porquê que Portugal pretende ser o único país no mundo, aonde é obrigatório um licenciado em enfermagem (4 anos a estudar na universidade não chega) fazer um internato para exercer enfermagem e pertencer à ordem dos enfermeiros?
11)O que vão fazer a tantos licenciados em enfermagem que vão ficar fora do internato?
Vão para auxiliares lavar retretes?
Vão para as caixas do supermercado e aproveitam para avaliar HTA e outras coisas aos clientes, na compra de um saco de pão e bolos, oferecemos uma avaliação à glicemia capilar...que tal!Acho que vou para marketing...(atenção sem desprestigiar ninguém)
Sou da opinião que os estágios clínicos, realizados em contexto académico, pouco mais alcançam do que alguns aspectos da vertente relacional com o doente e algumas dimensões técnicas dos cuidados, tudo em ambiente "mais ou menos protegido". A relação multidisciplinar e multiprofissional, as dinâmicas dos serviços incluindo relações inter-pessoais, a variedade de situações problemáticas com que nos deparamos no dia a dia, a relação terapêutica com o doente e com a família, tudo isto em ambiente "real", não se alcançam com estágios de 3 meses de manhãs de segunda a quinta. Penso que num período de um ano é capaz de se perceber quais são as insuficiências de cada um e trabalhá-las em conjunto com vista a elevar a qualidade enfermagem. Acho que seria reprovável do ponto de vista ético que se continuasse a autorizar a prestação de cuidados por parte de pessoas que sabíamos à partida que não tinham experiência suficiente para os realizar com segurança, existindo até dúvidas em relação à qualidade da formação feita no curso de licenciatura.
Vanda
Essa época já era!
Bem vinda ao futuro.
A “relação terapêutica” de que fala é actualmente cada vez mais inexistente.
Hoje, as pessoas vão sobretudo à procura de um serviço. Mesmo aqueles que o pagam (assistência em saúde no âmbito privado), não querem mais nem menos que esse serviço. Deixemo-nos de tretas como “relação terapêutica”, “empatia”, “cuidar”...
Dar dignidade à assistência em saúde é urgente. Nós enfermeiros temos um papel fundamental nesse campo. Mas andarmos aqui com “bandeiras” do tempo dos descobrimentos, nãos nos fica nada bem.
Temo que todos estejamos um pouco parados no tempo...
Colegas não tenhamos medo ... já estivemos tempo de mais encondidos no "casulo" ... está na altura de se demostrar a nossa FORÇA e DETERMINAÇÃO. Adiram à GREVE, neste momento crucial é um DEVER.
No Simpósio de Enfermagem sobre Cuidados Continuados (Forum da Maia), elementos da Ordem e Sindicatos tiveram algum tempo disponivel para discursarem sobre estes últimos acontecimentos ... O que ouvi veio reforçar que à UNIÃO ENTRE QUEM NOS REGE (ORDEM E SINDICATOS) ... Falta é mais UNIÃO ENTRE QUEM É REGIDO (TODOS NÓS COLEGAS).
VAMOS ALTERAR ISSO PARTICIPANDO NA GREVE ...É AGORA OU NUNCA!
Orgulhosamente enfermeira, PlanetaM
A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em
festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às
litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito
como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe
o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta
metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la
porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com
os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à
frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A DEVIDA COMÉDIA
Miguel Carvalho
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência
meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em
sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são
«uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha
que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica
traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal.
Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as
criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter
do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem
dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho
sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na
casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas
ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas,
das famílias no fio da navalha?
Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao
hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos
congressos e debates para nos entretermos.
Artigo publicado na revista VISÂO online
M.C.
Desde já o meu obrigado pelo seu esclarecimento.
Continue o bom trabalho!
Cumprimentos.
Nel.
A comunicação é justamente a área mais sensível da problemática humana e sem comunicação não nos relacionamos. Tenho chegado à conclusão que é muito natural que, crescendo num mundo cheio de barreiras e artefactos, não consiga de um dia para o outro, só porque sou enfermeira, deitar abaixo todos os obstáculos com que me deparo quando pretendo comunicar com alguém num contexto de cuidados, isto é, relacionar-me com outra pessoa num formato de relação que não é a simples relação social, nem a relação afectiva ou de amizade, nem tão pouco a relação profissional, por sinal todas elas já muito complexas e difíceis de concretizar com êxito. Falo de uma relação que se caracteriza apenas pela presença de uma pessoa com determinadas necessidades e outra com disponibilidade e conhecimentos para a ajudar.
Também tenho verificado que este patamar de comunicação exije um pouco mais do que aprendizagem, repetição e obediência; talvez exija alguma criatividade que nem sempre tenho, coragem que me pode faltar, disponibilidade que nem sempre me apetece ter.
Porém, na minha ainda curta vivência como enfermeira tenho trabalhado com enfermeiros que, em pequenos ou grandes gestos do dia a dia, desmentem aquilo que o senhor afirma. Naturalmente que são profissionais que não executam técnicas, não prestam serviços nem prestam assistência em saúde - termos que, sendo vagos, ocos, sem sentido, são insuficientes para traduzir o trabalho que eles realizam, os cuidados de enfermagem. Senão veja: o que é um "serviço"? o que é "assistência"? O que é que é "dignidade" para si? Qual é a diferença entre "os que pagam" e os outros?
cumprimentos,
Vanda
desaparecido desde sexta feira...
Eu tinha-me habituado a vir aqui saber como anda a nossa enfermagem e não tenho tido noticias.
Espero que não se tenha intimidado com alguns comentários que lhe foram feitos .
É IMPORTANTE LEMBRAR A TODOS A GREVE MOBILIZEM OS COLEGAS PARA IRMOS A LISBOA mostra a nossa revolta,(noto que não há interesse em juntarem-se para fazer uma grande manifestação como os professores p. exemplo,penso que as pessoas têm medo das hierarquias ou será que estou enganada, a ver vámos).
FLOR
Uma coisa nada tem a ver com a outra. Uma coisa são as condições que irão ser criadas para o desenvolvimento profissional e a outra é a carreira de enfermagem, que, obviamente, entronca na forma de desenvolvimento da profissão determinada pela ordem. Outra coisa não seria de esperar....
Uma coisa nada tem a ver com a outra. Uma coisa são as condições que irão ser criadas para o desenvolvimento profissional e a outra é a carreira de enfermagem, que, obviamente, entronca na forma de desenvolvimento da profissão determinada pela ordem. Outra coisa não seria de esperar....
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