sexta-feira, dezembro 05, 2008

Enfermagem Obstétrica:"parto a fingir com mãe robô para treinar Enfermeiros"



"«Nasomi», que significa Esperança em japonês, nasceu hoje com três quilos e sem chorar, já que, tal como a mãe, é um boneco com o qual os futuros Enfermeiros especialistas em obstetrícia vão aprender as artes do parto.
A «bebé» nasceu pelas mãos dos experientes Enfermeiros Nuno Lopes e Maria João Silva que fazem partos «a sério» no Hospital de Santa Maria, mas que hoje simularam um nascimento através de «Noelle», a boneca robô com a qual os estudantes da Escola Superior de Enfermagem vão praticar os partos.
A Noelle é feita de silicone e é uma mãe-robô de tamanho humano, grávida de um bebé robô. Ambos estão equipados com tecnologia que permite a programação de diversas situações obstétricas.
Hoje, a propósito da inauguração do Laboratório de Práticas de Saúde Materna da ESEL, que teve uma audiência concorrida, a intervenção correu sem complicações.
A demonstração começou com a grávida já no período expulsivo. Depois, seguindo as orientações do Enfermeiro para a força e a respiração na altura certa, o bebé «nasceu».
Coube à Enfermeira entregar a criança à mãe, não esquecendo os parabéns e os elogios: «Tem um bebé muito lindo», disse.


Esta sala, equipada ainda com uma cadeira de partos e uma piscina com outra boneca, de forma a simular o parto não medicalizado, deverá ser visitada por cerca de 300 estudantes.
De acordo com Luísa Sotto-Mayor, professora de Enfermagem na ESEL e enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, o investimento neste equipamento - no valor de 30 mil euros - tem o objectivo de preparar «os futuros Enfermeiros e Enfermeiros obstetras para dar assistência a situações de partos de risco, mas também para ser autónomos em situações de parto de baixo risco, nomeadamente partos normais».
A partir do próximo ano, todos os alunos do terceiro ano do curso de Enfermagem dos vários pólos que constituem a ESEL terão acesso ao treino no Laboratório de Práticas de Saúde Materna, bem como os Enfermeiros que frequentam o curso de pós-licenciatura de especialização em obstetrícia.
Este ano são 77 os futuros Enfermeiros obstetras que beneficiam do treino neste laboratório.
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Comments:
Parabéns à Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (www.esel.pt), que já está a dar cartas de uma escola promissora, centrada na inovação.
 
Que o caminho desta nova escola, que segundo o seu site realizou a apresentação da sala de materna no dia do seu primeiro aniversário, seja o da inovação e do exemplo, por ser a escola pública da capital.

Continuem a inovar e a marcar a diferença.
 
Uma tarde um famoso banqueiro ia na sua "limousine" quando viu dois homens na berma da estrada comendo relva. Ordenou ao seu motorista que parasse e saindo perguntou a um deles:
- Porque estão a comer relva ?
- Não temos dinheiro para comida. - disse o pobre homem - Por isso temos que comer relva.
- Bem, então venham a minha casa e eu vos darei comer - disse o banqueiro.
- Obrigado, mas tenho a minha mulher e dois filhos comigo. Estão alí, debaixo daquela árvore.

- Que venham também - disse novamente o banqueiro.
Voltando-se para o outro homem disse-lhe:
- Você também pode vir.
O homem, com uma voz muito sumida disse:
- Mas, Senhor, eu também tenho esposa e seis filhos comigo!
- Pois que venham também. - respondeu o banqueiro.
Entraram todos no enorme e luxuoso carro. Uma vez a caminho, um dos homens olhou o banqueiro e disse:
- O senhor é muito bom. Obrigado por nos levar a todos !
O banqueiro respondeu:

- Meu caro, não tenha vergonha, fico muito feliz por fazê-lo !.

Vão ficar encantados com a minha casa..... Só a relva tem mais de 20 centímetros de altura !.

Moral da história:
Quando pensares que um banqueiro te está a ajudar, pensa duas vezes


M.C.
 
Segundo o "Diário de Notícias", o laboratório denomina-se "Laboratório Maria Teresa Pequito", em homenagem a esta enfermeira de 82 anos pioneira no ensido da saúde materna portuguesa.

É bom ver que grandes investimentos passam também por homenagear colegas.
 
Sem duvida uma grande evolução para a profissão e para a especialidade
 
Como é possivel os nossos colegas, lá fora poderem prescrever farmacos na especialidade de obstetricia e em Portugal nada feito?

Pk é que os enfermeiros expressam medo em fazer uma competencia praticada pelos seus pares europeus?

Será que é devido às lacunas que existem a nível da formção das escolas de enfermagem?

Quando integramos o ensino Universitário?
 
Pena por aqui e não saberem que esta não é a primeira escola a equipar os seus laboratórios com este tipo de equipamento... enfim!
 
Boa noite, considero esta iniciativa da ESEL uma mais-valia para a excelencia em enfermagem de saude materna e obstetrica, uma vez que através desta é possivel o desenvolvimento de competencias nesta area. Iniciou-se um longo caminho a percorrer..quem sabe um dia teremos as casas de partos como nos paises nordicos;)
 
É verdadem, Joaquim. Já há outras escolas a posuirem esses bonecos.
A Natália (mais bonito nome do Noelle e vai dar ao mesmo).
A Natália exige parabéns. Mas eu conheço uma que diz: "bem haja, senhora parteira e que Deus a acompanhe sempre na vida".
Se um dia os médicos usurpadores das competências das parteiras (e é bem feito: não os ensinassem. É o mesmo que nas suturas; ensinaram-nos e o resultado está à vista...), deixarem que as formandas se abeira das parturientes é capaz de não ser pior, para estabelecer as diferenças entre a Natália e a Cidália, passando pela Amália.
Moral da história:
Com bem pouco se contenta uma enfermeira/o.
Mas vale mais pouco do que nada, responde o eco d'além.
 
Saudações

É com pesar que assisto a esta noticia quando há polos da ESEL em que os alunos não tem onde fazer fotocopias, tem que correr para o refeitorio às horas das refeiçoes porque senao nao tem para comer, ficam "encafuados" 70 ou 80 alunos em auditorios sem as minimas condições durante horas a fio, muitas vezes sem direito a intervalos. Preocupam-se tanto com o simbolo, pins, fardas, emblemas...preocupam-se em dar uma imagem de eficacia quando no fundo niguém se entende e quem sofre as consequencias são, inevitavelmente nós, alunos que lhes pagamos os ordenados atraves das propinas maximas.
Resalvo que esta iniciativa seria de excelencia se os outros problemas estruturais estivessem assegurados. Não querendo ser moralista, mas creio que a ESEL para ter futuro nao se deve esquecer de quem lhe dá sentido, e quem lhe dá e dará (assim espero) por muitos anos são os alunos, é de louvar que se escolha uma "tinta" bonita para pintar as paredes da ESEL, mas convém que antes se assegure que os "alicerces" estao seguros.


Sem mais, obrigado pela oportunidade
 
Porque não fazer um centro nacional de simulação de práticas de Enfermagem assente em modelos informáticos que actualmente já estão disponíveis no mercado e que cobrem um grande leque de práticas? ? A FMUP já tem um para os médicos! A Ordem podia pensar nisso!
 
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