domingo, dezembro 28, 2008
Para reflectir...
Extraído de www.enfermeiros.pt:
"Os Enfermeiros não podem continuar de costas voltados para o que está a acontecer com os desvarios que grassam na saúde a pretexto dos preços da “hora médica”, à tarefa.
Os médicos não estão inocentes na esquemática, porém, a culpa não é só deles ao fazerem da doença o maior negócio; é sobretudo de quem Ministra ou adMinistra, mas é também nossa, Enfermeiros, que se têm deixado atrofiar nas suas reais capacidades e competências, pela ganância de uns quantos, que, sem prestígio ou préstimo, que o justifique, ganham num fim-de-semana, com direito a dormir a noite sossegadamente, mais do que dois enfermeiros ganham num mês, mesmo dos que fazem todo o serviço, enquanto o especialista dorme, para, no dia seguinte, continuar a sua exploração, ali, ou noutro hospital.
Realçaram os jornalistas, num artigo muito bem feito, convenhamos, como é o exemplo do Diário de Notícias de Domingo 21 de Dezembro, um serviço nacional de saúde, dos melhores do mundo – o Francês.
Realçaram duas especialidades: obstetrícia e anestesia.
Reafirmamos que essas duas especialidades estão a ser realizadas, por enfermeiros, nesse e noutros países, como a Holanda, no topo da tabela classificativa, onde os enfermeiros assumem as suas competências, sem entraves maldosos e interesseiros, como é o caso dos médicos, em Portugal. Todavia não são os culpados exclusivos; a ingenuidade geradora de tabus, tem tanta ou mais culpa do que eles.
Quem permite estes desmandos é tão ou mais culpado que os “mercenários” da doença, que têm vindo a destruir o SNS com um objectivo: a exploração de quem está ou vai estar doente, pois já se inventam doenças, em número crescente.
Temos autoridade moral e profissional bastante, para perguntarmos aos administradores de hospitais do interior, quantos dos doentes triados, em estado grave, ficam no hospital e quantos são transferidos para hospitais centrais?
Nos grandes hospitais, da orla marítima, são os enfermeiros, que fazem a triagem dos doentes e os catalogam, por graus de gravidade, com óptimos resultados, a pontos de alargarem a capacidade de atendimento selectivo desses hospitais.
No interior, são os “internacionais”, ou “médicos do mundo”, que nem os cantos à casa conhecem, onde incluímos a língua e cultura das populações visadas, que mantêm um arremedo de eficácia, no diagnóstico e tratamento das doenças.
Que impede que sejam os Enfermeiros?!
Nos grandes hospitais, são os nacionais, que graças à má organização interna, que eles próprios promovem e os administradores “corcundas” toleram, que se ordenam em sociedades “outsourcing”, para um esquema ou esquemas de extorsão de dinheiro mal gerido. Há uns anos, havia uns médicos a adoecerem, aos fins-de-semana, nas Urgência dos hospitais do interior; outros substituíam na Urgência, os “adoecidos de conveniência”, com horas extraordinárias; na semana seguinte, invertia-se a cena e, assim por diante.
Queixa-se o Bastonário da excessiva burocracia dos médicos.
Queixamo-nos, nós, enfermeiros, pois muita dessa burocracia é a assinarem serviços, feitos exclusivamente, por enfermeiros e que os sistemas internos promovem. Parece que só os médicos são de confiança no SNS, quando, vistas as coisas, com olhos de ver, são também os subversores do mesmo, para manter a arquitectura do sistema, que, como a Torre de Pisa, se mantém calculadamente torto, para exploração dos desprevenidos.
Ora, como estamos na hora de racionalizar recursos temos de ir ao fundo da questão, para o que contamos com a prestimosa ajuda da comunicação social, para o aprofundamento das questões e não a ficar-se pela rama, fazendo exclusivamente perguntas ao “ladrão” que guarda a chave do sistema.
Há outras perspectivas!
Há inúmeras soluções para resolver a ficção problemática da conjuntura, que não tem outro objectivo que não seja o de desmoronar, ainda mais, o SNS, com base na ingovernabilidade do mesmo, sendo os ingovernados, simultaneamente os promotores do desgoverno.
Os maus administradores, sejam enfermeiros, sejam da escola de Telheiras, limitam-se a acenar com a cabeça, perante estes esquemas montados, sem terem a coragem de os desmontar, nomeadamente implantando a folha de serviço de actos praticados num dia de “trabalho”, no sector público.
Em nome de quê ou de quem, é que os médicos podem divertir-se tanto, na exploração de um sistema, que vão degradando, em proveito próprio, e prejuízo de todos os outros, incluindo os doentes, que tardam em perceber que, “quando o mal é de morte o remédio é morrer”!
Desafiamos hoje, como desafiámos, ontem, com a triagem, a que foi preciso dar nome estrangeiro “tipo Mangester”, as administrações hospitalares a fazerem o que fazem, há muito, nos países, com elevado índice de qualidade, na assistência, no topo de qualquer tabela e não na cauda, como Portugal.
Em Portugal, a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde passa pelos enfermeiros e não pelos médicos, que não se cansam se de mostrar a sua incapacidade, em muitas situações, só não vendo quem não quer mesmo ver, por variadas razões, onde a pusilanimidade não está ausente.
Que ninguém espere que sejam os médicos a dar o mote, para ultrapassar as situações de impasse; TEMOS DE SER NÓS ENFERMEIROS A MUDAR A COISA."
Os médicos não estão inocentes na esquemática, porém, a culpa não é só deles ao fazerem da doença o maior negócio; é sobretudo de quem Ministra ou adMinistra, mas é também nossa, Enfermeiros, que se têm deixado atrofiar nas suas reais capacidades e competências, pela ganância de uns quantos, que, sem prestígio ou préstimo, que o justifique, ganham num fim-de-semana, com direito a dormir a noite sossegadamente, mais do que dois enfermeiros ganham num mês, mesmo dos que fazem todo o serviço, enquanto o especialista dorme, para, no dia seguinte, continuar a sua exploração, ali, ou noutro hospital.
Realçaram os jornalistas, num artigo muito bem feito, convenhamos, como é o exemplo do Diário de Notícias de Domingo 21 de Dezembro, um serviço nacional de saúde, dos melhores do mundo – o Francês.
Realçaram duas especialidades: obstetrícia e anestesia.
Reafirmamos que essas duas especialidades estão a ser realizadas, por enfermeiros, nesse e noutros países, como a Holanda, no topo da tabela classificativa, onde os enfermeiros assumem as suas competências, sem entraves maldosos e interesseiros, como é o caso dos médicos, em Portugal. Todavia não são os culpados exclusivos; a ingenuidade geradora de tabus, tem tanta ou mais culpa do que eles.
Quem permite estes desmandos é tão ou mais culpado que os “mercenários” da doença, que têm vindo a destruir o SNS com um objectivo: a exploração de quem está ou vai estar doente, pois já se inventam doenças, em número crescente.
Temos autoridade moral e profissional bastante, para perguntarmos aos administradores de hospitais do interior, quantos dos doentes triados, em estado grave, ficam no hospital e quantos são transferidos para hospitais centrais?
Nos grandes hospitais, da orla marítima, são os enfermeiros, que fazem a triagem dos doentes e os catalogam, por graus de gravidade, com óptimos resultados, a pontos de alargarem a capacidade de atendimento selectivo desses hospitais.
No interior, são os “internacionais”, ou “médicos do mundo”, que nem os cantos à casa conhecem, onde incluímos a língua e cultura das populações visadas, que mantêm um arremedo de eficácia, no diagnóstico e tratamento das doenças.
Que impede que sejam os Enfermeiros?!
Nos grandes hospitais, são os nacionais, que graças à má organização interna, que eles próprios promovem e os administradores “corcundas” toleram, que se ordenam em sociedades “outsourcing”, para um esquema ou esquemas de extorsão de dinheiro mal gerido. Há uns anos, havia uns médicos a adoecerem, aos fins-de-semana, nas Urgência dos hospitais do interior; outros substituíam na Urgência, os “adoecidos de conveniência”, com horas extraordinárias; na semana seguinte, invertia-se a cena e, assim por diante.
Queixa-se o Bastonário da excessiva burocracia dos médicos.
Queixamo-nos, nós, enfermeiros, pois muita dessa burocracia é a assinarem serviços, feitos exclusivamente, por enfermeiros e que os sistemas internos promovem. Parece que só os médicos são de confiança no SNS, quando, vistas as coisas, com olhos de ver, são também os subversores do mesmo, para manter a arquitectura do sistema, que, como a Torre de Pisa, se mantém calculadamente torto, para exploração dos desprevenidos.
Ora, como estamos na hora de racionalizar recursos temos de ir ao fundo da questão, para o que contamos com a prestimosa ajuda da comunicação social, para o aprofundamento das questões e não a ficar-se pela rama, fazendo exclusivamente perguntas ao “ladrão” que guarda a chave do sistema.
Há outras perspectivas!
Há inúmeras soluções para resolver a ficção problemática da conjuntura, que não tem outro objectivo que não seja o de desmoronar, ainda mais, o SNS, com base na ingovernabilidade do mesmo, sendo os ingovernados, simultaneamente os promotores do desgoverno.
Os maus administradores, sejam enfermeiros, sejam da escola de Telheiras, limitam-se a acenar com a cabeça, perante estes esquemas montados, sem terem a coragem de os desmontar, nomeadamente implantando a folha de serviço de actos praticados num dia de “trabalho”, no sector público.
Em nome de quê ou de quem, é que os médicos podem divertir-se tanto, na exploração de um sistema, que vão degradando, em proveito próprio, e prejuízo de todos os outros, incluindo os doentes, que tardam em perceber que, “quando o mal é de morte o remédio é morrer”!
Desafiamos hoje, como desafiámos, ontem, com a triagem, a que foi preciso dar nome estrangeiro “tipo Mangester”, as administrações hospitalares a fazerem o que fazem, há muito, nos países, com elevado índice de qualidade, na assistência, no topo de qualquer tabela e não na cauda, como Portugal.
Em Portugal, a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde passa pelos enfermeiros e não pelos médicos, que não se cansam se de mostrar a sua incapacidade, em muitas situações, só não vendo quem não quer mesmo ver, por variadas razões, onde a pusilanimidade não está ausente.
Que ninguém espere que sejam os médicos a dar o mote, para ultrapassar as situações de impasse; TEMOS DE SER NÓS ENFERMEIROS A MUDAR A COISA."
Comments:
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Prezados enfermeiros...informem-se melhor sobre a dita enfermagem na Holanda...os enfermeiros gozam de uma relativa maior autonomia fruto de uma qualificação técnica diferente(http://ec.europa.eu/internal_market/qualifications/docs/nurses/2000-study/nurses_nederland_en.pdf ), mas em nenhum instante realizam cesarianas ou determinam a conduta numa hemorragia do terceiro trimestre...nem determinam se numa fractura exposta do fémur num doente asmático se opta por um bloqueio regional ou uma anestesia geral...
O modelo de valorização da enfermagem em Portugal passa por uma afirmação ciêntifica e não burocrática (as SIV tem sido um exemplo bom - com bons resultados onde elas existem.
Em tempos escreveu um enfermeiro neste blog mais ou menos o seguinte: quantos de nós descuidam dos requisitos tecnicos durante a nossa actividade? quantos canalizam veias sem luvas? fazem o pensos segundo a técnica? publicam artigos ciêntificos em revistas internacionais? fazem estudos provando a eficácia de um procedimento de enfermagem comparado com outro? é essa dinâmica que valoriza uma profissão, é preciso fazer com ciência e produzir ciência!
Finalmente:
1º- Não é atacando a classe médica (resulta em termos de agregação entre enfermeiros, e libertação de frustações, que se conseguirá o respeito merecido...nunca há memória que tenha funcionado em parte alguma!
2º - A especialização em enfermagem é em enfermagem (orgulhosamente) e não em Medicina...não confundamos as coisas.
sugiro a leitura deste artigo feito por enfermeiros holandeses, onde piscam o olho a enfermagem em Neuro-oncologia numa prespectiva coerente e objectiva ( http://www.theibta.org/ZwinkelsArticle.pdf ).
Hospital Portugal
O modelo de valorização da enfermagem em Portugal passa por uma afirmação ciêntifica e não burocrática (as SIV tem sido um exemplo bom - com bons resultados onde elas existem.
Em tempos escreveu um enfermeiro neste blog mais ou menos o seguinte: quantos de nós descuidam dos requisitos tecnicos durante a nossa actividade? quantos canalizam veias sem luvas? fazem o pensos segundo a técnica? publicam artigos ciêntificos em revistas internacionais? fazem estudos provando a eficácia de um procedimento de enfermagem comparado com outro? é essa dinâmica que valoriza uma profissão, é preciso fazer com ciência e produzir ciência!
Finalmente:
1º- Não é atacando a classe médica (resulta em termos de agregação entre enfermeiros, e libertação de frustações, que se conseguirá o respeito merecido...nunca há memória que tenha funcionado em parte alguma!
2º - A especialização em enfermagem é em enfermagem (orgulhosamente) e não em Medicina...não confundamos as coisas.
sugiro a leitura deste artigo feito por enfermeiros holandeses, onde piscam o olho a enfermagem em Neuro-oncologia numa prespectiva coerente e objectiva ( http://www.theibta.org/ZwinkelsArticle.pdf ).
Hospital Portugal
na minha opinião o passo já está a ser dado no que diz respeito às SIV's em que a enfermagem deu um grande salto e perante a população começa a ter uma maior representatividade... mas não é so perante a população em geral, trabalho numa SIV em que muitas das vezes somos accionados para nos dirigir-mos a um Serviço de Urgência Básica de um centro de Saúde porque deu entrada vitima em fibrilhação ventricular, intoxicações por opioides, edema agudo do pulmão e tantos outros casos em que tem de ser accionado um meio do INEM tripulado por um tae e um ENFERMEIRO para trtar destas situações que põem em causa a vida do doente porque o Sr. Dr. não tem capacidade para as resolver.. imagine-se que muitas das vezes os médicos até fazem bancos num hospital distrital...
Vou fazer um comentário que pode ser um pouco "Off-topic", mas já que se falou no papel dos Enfermeiros da SIV...
Trabalho há cerca da 16 anos em urgência e trabalhei bastante tempo no pré-hospitalar, e a minha opinião relativamente ao papel dos Enfermeiros na SIV é um pouco diferente da dos colegas anteriores:
- Enfermeiros na maioria deles com pouquissima experiência profissional no contexto de urgência e isso reflecte-se na avaliação e na abordagem das situações(acho indispensável a experiencia profissional em contexto de urgência )
- Não tem qualquer autonomia, a acção destes baseia-se em alguns protocolos, muitas vezes descontextualizados da situação em si, e das indicações dadas pelo CODU, muitas vezes tambêm descontextualizadas porque o Enfermeiro da SIV não tem experiência suficiente para fazer uma avaliação mais ou menos correcta da situação.
Enfim, de facto transmitem à população uma segurança que na minha opinião não existe.
Muito "aparato", muitas sirenes e luzinhas, mas objectivamente muito pouco "sumo".
Trabalho há cerca da 16 anos em urgência e trabalhei bastante tempo no pré-hospitalar, e a minha opinião relativamente ao papel dos Enfermeiros na SIV é um pouco diferente da dos colegas anteriores:
- Enfermeiros na maioria deles com pouquissima experiência profissional no contexto de urgência e isso reflecte-se na avaliação e na abordagem das situações(acho indispensável a experiencia profissional em contexto de urgência )
- Não tem qualquer autonomia, a acção destes baseia-se em alguns protocolos, muitas vezes descontextualizados da situação em si, e das indicações dadas pelo CODU, muitas vezes tambêm descontextualizadas porque o Enfermeiro da SIV não tem experiência suficiente para fazer uma avaliação mais ou menos correcta da situação.
Enfim, de facto transmitem à população uma segurança que na minha opinião não existe.
Muito "aparato", muitas sirenes e luzinhas, mas objectivamente muito pouco "sumo".
concordo com a opinião do "hospital portugal"
Ainda que tenhamos razão pela injustiça praticada, não vejo o pq de tt dinheiro a pagar, qd um enfermeiro tem de ensinar normas, circuitos, terapeutica, etc aos novos tarefeiros que chegam e têm medo de chegar perto do chefe de equipa que o trocidará, pelo desnível de ordenado.
mais uma vez somos os bombos da festa, em que todos festejam graças à competência, dinâmica e mola motriz que o enfermeiro promove no atendimento médico, mas onde os louros são obviamente colocados neles (médicos).
Meus caros vamos organizar um congresso, onde discutiremos estes temas e promovamos o que fazemos, quem somos, o que procuramos, o que investigamos, a humanizaçao que promovemos, a despesa que poupamos, a sapiência que possuimos em prol de SNS português.
cumprimentos
e votos de uma ano de viragem na enfermagem
Ainda que tenhamos razão pela injustiça praticada, não vejo o pq de tt dinheiro a pagar, qd um enfermeiro tem de ensinar normas, circuitos, terapeutica, etc aos novos tarefeiros que chegam e têm medo de chegar perto do chefe de equipa que o trocidará, pelo desnível de ordenado.
mais uma vez somos os bombos da festa, em que todos festejam graças à competência, dinâmica e mola motriz que o enfermeiro promove no atendimento médico, mas onde os louros são obviamente colocados neles (médicos).
Meus caros vamos organizar um congresso, onde discutiremos estes temas e promovamos o que fazemos, quem somos, o que procuramos, o que investigamos, a humanizaçao que promovemos, a despesa que poupamos, a sapiência que possuimos em prol de SNS português.
cumprimentos
e votos de uma ano de viragem na enfermagem
Antes de mais, concordo com algumas coisas que o texto diz,nomeadamente a nível de gestão e do preço hora dos médicos. Mas não concordo com os restantes ataques á classe médica, pois considero que o médico é imprescindível assim como o enfermeiro na prestação de cuidados ao doente. Ambos a trabalhar em conjunto só traz benefícios para o doente. E se os enfermeiros até são especializados, melhor ainda ... melhor atendimento terá o doente. Relativamente ao colega que fala dos enfermeiros da SIV, não tenha dúvidas que a assitência no pré hospitalar melhorou muito. É claro que existem colegas com pouca experiência, mas, será que na sua urgência tb não existem enfermeiros com pouca experiência? Relativamente á pouca autonomia dos enf da SIV, faço~lhe uma pergunta: Quantos enfermeiros no seu hospital já realizaram uma entubação endotraqueal sozinhos? Quantos enfermeiros no seu hospital tem capacidade e autonomia para administrarem sozinhos adrenalina ... atropina ... desfifrilharem ... entre outros. Como deve saber, este é um projecto novo, e como tal tem que amadurecer para crescer, como tudo na vida. Mas, se existem enfermeiros com pouca experiência nas SIV, a culpa é enfermeiros como o colega que tem experiência e no entanto não quiseram entrar neste projecto, que considero de grande importância não só para a classe de enfermagem como para a população.
Professor Doutor João Lobo Antunes, permita-me dizer-lhe que fiquei surpreendida com a sua reacção tão primária. De uma pessoa como o Senhor Professor Doutor (talvez deva chamá-lo de rica criatura porque deve facturar muito bem)esperaria um pensamento crítico relativamente ao texto que leu... afinal pode argumentar a sua defesa se se sentiu atacado. Mas depreendo que se sinta muito implicado, só assim se compreende a sua reacção perante uma análise que põe o dedo nas questões críticas e essenciais de um sistema de saúde cada vez mais doente e dispendioso. Compreendo que muitos doentes precisem de si e que cumprirá o mandato social a que a sua profissão obriga, mas certamente concordará que muitos mais não precisam e nunca virão a precisar dos seus serviços, precisando muito mais dos meus, uma pobre criatura (que nunca quis ser médica!)que exerce a sua profissão de enfermagem com rigor técnico, científico e humano.
Os meus cumprimentos
Os meus cumprimentos
Venha de lá essa humildade exagerada, que em excesso também se transforma em vaidade.
É chegada a altura de os Enfermeiros cultivarem mais e mais bem a sua auto-estima.
Não precisam de favores os enfermeiros; precisam de se fazer respeitar.
O Hospital de Portugal não sabe que os enfermeiros correm os quatro cantos do mundo à sua custa e sabem como trabalham na holanda e quem são os profissionais que mais hospitais dirigem na América.
Também não se duvida da idoneidade moral e profissional de Lobo Antunes, por isso se tem absoluta certeza de que não foi ele que se referiu aos enfermeiros como "pobres criaturas a quererem ser médicas"... Éle sabe quantos enfermeiros o têm ajudado da ser o nome que é, sem pretenderem ser outra coisa que não seja ENFERMEIRO.
Também se concorda que não é preciso atacar os médicos, para dignificar os enfermeiros.
O que não deve confundir é mercenários com médicos, que desenvolvem honestamente a sua actividade. Mas não é desses que o articulista fala: é dos que usam e abusam do seu estatuto para explorarem tudo e todos, em proveito pessoal.
Ou será que já não se pode criticar o que está mal?
Por que não vão junto dos mercenários (querem alguns nomes?) e não exercem a vossa benemerente influência, para que sejam melhores?!...
É evidente que as melhorias do SNS passam pela Enfermagem, pois é essa que tem evoluido. E se não evoluiu mais é porque descuida os registos que faz e deixa que sejam outros a fazer os registos do nosso trabalho.
Não é com mais médicos nos cuidados primários, que se melhora a qualidade dos mesmos. É com muitos mais enfermeiros e muito menos medicamentos e inventores de doenças que as coisas melhoram.
Vejam o espanto com uma gripe que veio na sua altura e que todos já deviam esperar por ela, mesmo os que tomaram a vacina.
Mas é preciso esgotar o stock de uns milhares de vacinas (que vacinas misteriosas e eficazes!!!), que ainda restam e não podem perder a validade...
Virem-se, moralistas, para quem promove estes alarmes e encaminha as pessoas para as urgências, onde vão perder tempo para lhes receitarem uja aspirina e irem para casa, de onde não deviam ter saído.
Onde está o milagre das USF?
Querem acelerar o lançamento das restantes, quando toda a gente sabe que não passam de um barrete enfiado à população, para lucro de alguns e prejuizo de todos os outros.
Andam à pressa a fazer um médico superrápido para servir de modelo nos cuidados primários, pois já viram que as faculdades clássicas de medicina não o fabricam.
Por que não seguem as directivas comunitárias, que mandam entregar a coisa a quem sabe tocá-la: os Enfermriros que não precisam de ser outra coisa além disso, para fazerem melhor serviço.
Quem quer ter direito ao bom nome tem de se esforçar por não fazer coisas imorais, sejam médicos, enfermeiros ou outros.
Quem as fizer mal tem de pagar e não é na crítica que está o mal mas na acção nefasta, em si.
Como na área da saúde uma doença só pode evoluir no bom sentido com um bom diagnóstico, também no estatuto dos profissionais devemos começar por caracterizar as causas das coisas malévolas e atacá-las com carácter e determinação.
É preciso cortar os braços ao cefalópode, que nem hesita em lançar a cortina de tinta que reserva na bolsa do ferrado, para despistar quem o persegue.
Terá de haver a coragem de chamar o boi pelo nome: concorda-se com isso. Quem não quer ser lobo (Antunes ou outro) que não lhe vista a pele.
Sabemos que podemos estar a tocar nos bolsos de alguns enfermeiros, que ajudam estes "padres" à missa,mas tenham paciência, não anda longe o tempo em que os enfermeiros hão-de libertar as cirurgias da ditadura dos anesteistas, principais obreiros das listas de espera, que começam a mudar de cor para se contrar aquela que vai arrancar ao público o humus que faz falta no privado.
É só ter um pouco de paciência e esperar, para ver.
Não sabem onde há enfermeiros a entubar e a extubar e a induzir?
Afinal querem saber se há ou se são eles que fazem tudo isso sem exigirem o justo valor dos seus actos?
Querem nomes?
Hospitais?
públicos?
privados?
Querem maior ridículo do que o da MAC que se não tivesse 8 obstetras não podia esperar pelos partos eutócicos, por isso há que fazer uma algazarra medonha.
E as parteiras, senhores?
Não contam para nada?
Falem ao menos mal delas, mas falem, porque são elas que partejam.
Ãcham que com tanto mundo à espera dos enfermeiros que estes ainda querem ser médicos, o sector que como nós vai entrar em falta de emprego, quando os enfermeiros se forem assumindo e aprenderem a dizer: chega para lá, companheiro de viagem; este é meu.
Não foi só para desejar boas-festas que deixei, por momentos a caverna, mas para dizer que a luta está a ficar cada vez mais acesa.
E vamos ganhando terreno, como é de inteira justiça, pois o infiel não tem direito a habitar a terra de Cristo.
Já vou, Hermangarda
É chegada a altura de os Enfermeiros cultivarem mais e mais bem a sua auto-estima.
Não precisam de favores os enfermeiros; precisam de se fazer respeitar.
O Hospital de Portugal não sabe que os enfermeiros correm os quatro cantos do mundo à sua custa e sabem como trabalham na holanda e quem são os profissionais que mais hospitais dirigem na América.
Também não se duvida da idoneidade moral e profissional de Lobo Antunes, por isso se tem absoluta certeza de que não foi ele que se referiu aos enfermeiros como "pobres criaturas a quererem ser médicas"... Éle sabe quantos enfermeiros o têm ajudado da ser o nome que é, sem pretenderem ser outra coisa que não seja ENFERMEIRO.
Também se concorda que não é preciso atacar os médicos, para dignificar os enfermeiros.
O que não deve confundir é mercenários com médicos, que desenvolvem honestamente a sua actividade. Mas não é desses que o articulista fala: é dos que usam e abusam do seu estatuto para explorarem tudo e todos, em proveito pessoal.
Ou será que já não se pode criticar o que está mal?
Por que não vão junto dos mercenários (querem alguns nomes?) e não exercem a vossa benemerente influência, para que sejam melhores?!...
É evidente que as melhorias do SNS passam pela Enfermagem, pois é essa que tem evoluido. E se não evoluiu mais é porque descuida os registos que faz e deixa que sejam outros a fazer os registos do nosso trabalho.
Não é com mais médicos nos cuidados primários, que se melhora a qualidade dos mesmos. É com muitos mais enfermeiros e muito menos medicamentos e inventores de doenças que as coisas melhoram.
Vejam o espanto com uma gripe que veio na sua altura e que todos já deviam esperar por ela, mesmo os que tomaram a vacina.
Mas é preciso esgotar o stock de uns milhares de vacinas (que vacinas misteriosas e eficazes!!!), que ainda restam e não podem perder a validade...
Virem-se, moralistas, para quem promove estes alarmes e encaminha as pessoas para as urgências, onde vão perder tempo para lhes receitarem uja aspirina e irem para casa, de onde não deviam ter saído.
Onde está o milagre das USF?
Querem acelerar o lançamento das restantes, quando toda a gente sabe que não passam de um barrete enfiado à população, para lucro de alguns e prejuizo de todos os outros.
Andam à pressa a fazer um médico superrápido para servir de modelo nos cuidados primários, pois já viram que as faculdades clássicas de medicina não o fabricam.
Por que não seguem as directivas comunitárias, que mandam entregar a coisa a quem sabe tocá-la: os Enfermriros que não precisam de ser outra coisa além disso, para fazerem melhor serviço.
Quem quer ter direito ao bom nome tem de se esforçar por não fazer coisas imorais, sejam médicos, enfermeiros ou outros.
Quem as fizer mal tem de pagar e não é na crítica que está o mal mas na acção nefasta, em si.
Como na área da saúde uma doença só pode evoluir no bom sentido com um bom diagnóstico, também no estatuto dos profissionais devemos começar por caracterizar as causas das coisas malévolas e atacá-las com carácter e determinação.
É preciso cortar os braços ao cefalópode, que nem hesita em lançar a cortina de tinta que reserva na bolsa do ferrado, para despistar quem o persegue.
Terá de haver a coragem de chamar o boi pelo nome: concorda-se com isso. Quem não quer ser lobo (Antunes ou outro) que não lhe vista a pele.
Sabemos que podemos estar a tocar nos bolsos de alguns enfermeiros, que ajudam estes "padres" à missa,mas tenham paciência, não anda longe o tempo em que os enfermeiros hão-de libertar as cirurgias da ditadura dos anesteistas, principais obreiros das listas de espera, que começam a mudar de cor para se contrar aquela que vai arrancar ao público o humus que faz falta no privado.
É só ter um pouco de paciência e esperar, para ver.
Não sabem onde há enfermeiros a entubar e a extubar e a induzir?
Afinal querem saber se há ou se são eles que fazem tudo isso sem exigirem o justo valor dos seus actos?
Querem nomes?
Hospitais?
públicos?
privados?
Querem maior ridículo do que o da MAC que se não tivesse 8 obstetras não podia esperar pelos partos eutócicos, por isso há que fazer uma algazarra medonha.
E as parteiras, senhores?
Não contam para nada?
Falem ao menos mal delas, mas falem, porque são elas que partejam.
Ãcham que com tanto mundo à espera dos enfermeiros que estes ainda querem ser médicos, o sector que como nós vai entrar em falta de emprego, quando os enfermeiros se forem assumindo e aprenderem a dizer: chega para lá, companheiro de viagem; este é meu.
Não foi só para desejar boas-festas que deixei, por momentos a caverna, mas para dizer que a luta está a ficar cada vez mais acesa.
E vamos ganhando terreno, como é de inteira justiça, pois o infiel não tem direito a habitar a terra de Cristo.
Já vou, Hermangarda
professor, vai dar aulas para outro lado...
Eu tenho uma máxima, um dia todos vão precisar dos nossos cuidados e aí vão dobrar a lingua. Ás vezes até mais cedo do que esperam. Aí, nós, com a nobreza que caracteriza a nossa profissão vamos trata-los (como sabemos)BEM.
Eu tenho uma máxima, um dia todos vão precisar dos nossos cuidados e aí vão dobrar a lingua. Ás vezes até mais cedo do que esperam. Aí, nós, com a nobreza que caracteriza a nossa profissão vamos trata-los (como sabemos)BEM.
A consciência e a responsabilidade profissional exigem-se. Faça-mos o nosso caminho nas SIV's VMER's, CODU´s, Helis calmamente e sem melindrar ninguém. Excusem-se a comentários desnecessários, nada construtivos e que só podem ser prejudiciais. O que se passa dentro das Unidades Básicas de Urgência ou outras é sigiloso e entre duas profissões altamente dignas (Médicos e Enfermeiros). Sejam inteligentes e não pareçam projectos de paramédicos. Temos muito a aprender e competências a adquirir e sabemos o sitio aonde as pudemos ir buscar, haja engenho e arte porque a necessidade existe.
Sobre a S24.....
Deixo-vos as palavras de alguém que fez uma avaliação muito acertada sobre a incapacidade / ineficácia.
Pode ler-se no S.E - 28 Nov 2008:
-"OS HÍBRIDOS São um mal desnecessário para a Enfermagem.
Por híbridos entendemos, como diz a língua, seres vivos de duas espécies diferentes.
Ora é o que nos acontece, quando um enfermeiro que não pôde entrar na faculdade de medicina e queria ser médico, vai cursar medicina dentária. Enfermeiro e dentista é um fenómeno de hibridez puro, no nosso entender. Há outros casos, todavia este, por ser mais frequente, serve, tão-só, de exemplo.
Foi um espécimen destes que caiu em escolha para ser o director na Linha de Saúde 24 (S24). Segundo Margarida Gomes da edição do “Público” de 26/Nov. o nome deste meio enfermeiro e meio dentista é, naquele contexto, enfermeiro Paulo Lopes. Aconselhamos a anotação do nome para estar devidamente referenciado, nos cargos em que faz de enfermeiro, visto não ter grande futuro na “dentelogia” e vice-versa. Também não sabemos em que Ordem conta e desconta…
Desconhecemos, igualmente, os critérios que presidiram à sua escolha, para o cargo, na aparência pouco ajustados à situação.
A propósito destes epifenómenos (fenómeno secundário associado a um primário, onde pouco ou nada influi), convém não descurar o cerne da questão: o conflito de interesses.
Não temos a certeza de qual o fenómeno, que se sobrepõe ao outro: se era enfermeiro e quis ser dentista ou o contrário.
Não obstante, temos a certeza que a Enfermagem se caracteriza pelo holismo ( de “holos - termo grego=todo” - doutrina que defende que o “todo” não é a simples soma das partes e contem propriedades que faltam nos elementos individuais constitutivos, isto no referente ao Homem. Ora, um dentista não tem “holos”, pois, limita-se, por vontade própria, a mandar abrir e fechar a boca aos padecentes, apesar de uma dor de dentes, implicar com a estrutura, onde estão implantados.
Em síntese, não nos parece o profissional mais indicado para presidir a uma actividade da Enfermagem, que, como a S24, se caracteriza pela abrangência das situações, onde o holismo é presença obrigatória, em cada momento, incluindo no conceito e na sua prática, a preocupação com os familiares directos, que demandam o socorro imediato para a situação, que não controlam.
Percebe-se bem, mais bem, até, a inadequação deste epifenómeno dentista enfermeiro, quando diz, segundo a notícia acima referida: “…..os enfermeiros têm sido chamados pelo director do centro de atendimento (enfermeiro Paulo Lopes) para os informar de que não podem falar ou comentar entre eles o que se passa na S24”.
E esta, hein!?
Para os informar de que não podem falar do que lhes diz directamente respeito?
Este epi é mesmo enxertado em corno de cabra como costuma dizer o Povo das aberrações!
Se tivesse sido aluno de ética de um professor conhecedor da matéria, formado e informado esta meia dose de cada: que “a responsabilidade se sobrepõe, na Enfermagem, à obediência”.
Nenhum estatuto disciplinar pode impedir os enfermeiros de exercerem este direito/dever.
Aliás, o meia/meia, se percebesse minimamente do que anda a fazer na S24, devia saber que: “cessa o dever de obediência, quando há convite à prática de um crime”, diz o estatuto disciplinar de qualquer disciplina, pública ou privada. Ocultar da tutela ou de entidades responsáveis a irregularidade das situações denunciadas, mau grado os inconvenientes, que causem a directores do tipo meia por meia, é crime. É o que este “director” está a cometer ao proibir os enfermeiros de discutirem, entre si, a procura dos consensos, na(s) irregularidade(s) observada(s).
A falta de formação, evidente, neste epifenómeno, leva-o a tentar tapar o sol com a peneira. Em local e ambiente genérico, pode ter ouvido que isto e aquilo estão em segredo de justiça e põe, por analogia, uma rolha na boca dos enfermeiros, que não estão sós, para não demonstrarem as incapacidades do epifenómeno na direcção da S24, abusando do poder, que detém, para ocultar os próprios erros.
Não precisamos de maior e melhor prova da sua incapacidade militante.
Pelo andar da carruagem…devia não ser a supervisora, que o enfrentou, a afastada, mas o dito director, pois é dele, ao que tudo indica, a responsabilidade das irregularidades graves, no funcionamento de que a S24 enferma, segundo a denúncia de quem as conhece e suporta.
Suspender uma das denunciantes;
Manter ao serviço o director, principal responsável, porque é ele, para descaradamente e, contra todos os princípios legais e morais, a tentar meter a rolha na boca dos que têm o direito e o dever de falar, em qualquer circunstância, mormente, quando a responsabilidade anda nos limites, como é o caso da S24, eis a maior violação da lei, que não foi aplicada para afastar quem, directa ou indirectamente, possa perturbar a procura total dos responsáveis.
Ora afastar uma funcionária, para não afectar a investigação das causas do mal-estar, nem “manipular” a verdade dos factos, mantendo o director, que é o mais responsável de todos, para impedi-los, coercivamente, como está a tentar fazer, de dizerem a verdade, transforma qualquer inquérito isento, numa farsa orientada para o predeterminado fim: ocultar a incapacidade do director.
É mais um fenómeno nesta epifenomenologia, que assalta a Enfermagem, nas tentativas que legitimamente faz para demonstrar o seu real valor, enquanto os seus predadores, controlam, à distância o momento de desferir o golpe mortal de mais uma actividade, que está a prejudicar as Vacas Indianas e quem se alimenta nelas."
É que não basta só ocupar cargos é necessário ter as competências.
VIVAM AS ALMAS COM A FORÇA E A CORAGEM QUE RECONHECEM E TEM JUIZO CRÍTICO. VIVA ! VIVA! A COMPETÊNCIA!
R.D
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Deixo-vos as palavras de alguém que fez uma avaliação muito acertada sobre a incapacidade / ineficácia.
Pode ler-se no S.E - 28 Nov 2008:
-"OS HÍBRIDOS São um mal desnecessário para a Enfermagem.
Por híbridos entendemos, como diz a língua, seres vivos de duas espécies diferentes.
Ora é o que nos acontece, quando um enfermeiro que não pôde entrar na faculdade de medicina e queria ser médico, vai cursar medicina dentária. Enfermeiro e dentista é um fenómeno de hibridez puro, no nosso entender. Há outros casos, todavia este, por ser mais frequente, serve, tão-só, de exemplo.
Foi um espécimen destes que caiu em escolha para ser o director na Linha de Saúde 24 (S24). Segundo Margarida Gomes da edição do “Público” de 26/Nov. o nome deste meio enfermeiro e meio dentista é, naquele contexto, enfermeiro Paulo Lopes. Aconselhamos a anotação do nome para estar devidamente referenciado, nos cargos em que faz de enfermeiro, visto não ter grande futuro na “dentelogia” e vice-versa. Também não sabemos em que Ordem conta e desconta…
Desconhecemos, igualmente, os critérios que presidiram à sua escolha, para o cargo, na aparência pouco ajustados à situação.
A propósito destes epifenómenos (fenómeno secundário associado a um primário, onde pouco ou nada influi), convém não descurar o cerne da questão: o conflito de interesses.
Não temos a certeza de qual o fenómeno, que se sobrepõe ao outro: se era enfermeiro e quis ser dentista ou o contrário.
Não obstante, temos a certeza que a Enfermagem se caracteriza pelo holismo ( de “holos - termo grego=todo” - doutrina que defende que o “todo” não é a simples soma das partes e contem propriedades que faltam nos elementos individuais constitutivos, isto no referente ao Homem. Ora, um dentista não tem “holos”, pois, limita-se, por vontade própria, a mandar abrir e fechar a boca aos padecentes, apesar de uma dor de dentes, implicar com a estrutura, onde estão implantados.
Em síntese, não nos parece o profissional mais indicado para presidir a uma actividade da Enfermagem, que, como a S24, se caracteriza pela abrangência das situações, onde o holismo é presença obrigatória, em cada momento, incluindo no conceito e na sua prática, a preocupação com os familiares directos, que demandam o socorro imediato para a situação, que não controlam.
Percebe-se bem, mais bem, até, a inadequação deste epifenómeno dentista enfermeiro, quando diz, segundo a notícia acima referida: “…..os enfermeiros têm sido chamados pelo director do centro de atendimento (enfermeiro Paulo Lopes) para os informar de que não podem falar ou comentar entre eles o que se passa na S24”.
E esta, hein!?
Para os informar de que não podem falar do que lhes diz directamente respeito?
Este epi é mesmo enxertado em corno de cabra como costuma dizer o Povo das aberrações!
Se tivesse sido aluno de ética de um professor conhecedor da matéria, formado e informado esta meia dose de cada: que “a responsabilidade se sobrepõe, na Enfermagem, à obediência”.
Nenhum estatuto disciplinar pode impedir os enfermeiros de exercerem este direito/dever.
Aliás, o meia/meia, se percebesse minimamente do que anda a fazer na S24, devia saber que: “cessa o dever de obediência, quando há convite à prática de um crime”, diz o estatuto disciplinar de qualquer disciplina, pública ou privada. Ocultar da tutela ou de entidades responsáveis a irregularidade das situações denunciadas, mau grado os inconvenientes, que causem a directores do tipo meia por meia, é crime. É o que este “director” está a cometer ao proibir os enfermeiros de discutirem, entre si, a procura dos consensos, na(s) irregularidade(s) observada(s).
A falta de formação, evidente, neste epifenómeno, leva-o a tentar tapar o sol com a peneira. Em local e ambiente genérico, pode ter ouvido que isto e aquilo estão em segredo de justiça e põe, por analogia, uma rolha na boca dos enfermeiros, que não estão sós, para não demonstrarem as incapacidades do epifenómeno na direcção da S24, abusando do poder, que detém, para ocultar os próprios erros.
Não precisamos de maior e melhor prova da sua incapacidade militante.
Pelo andar da carruagem…devia não ser a supervisora, que o enfrentou, a afastada, mas o dito director, pois é dele, ao que tudo indica, a responsabilidade das irregularidades graves, no funcionamento de que a S24 enferma, segundo a denúncia de quem as conhece e suporta.
Suspender uma das denunciantes;
Manter ao serviço o director, principal responsável, porque é ele, para descaradamente e, contra todos os princípios legais e morais, a tentar meter a rolha na boca dos que têm o direito e o dever de falar, em qualquer circunstância, mormente, quando a responsabilidade anda nos limites, como é o caso da S24, eis a maior violação da lei, que não foi aplicada para afastar quem, directa ou indirectamente, possa perturbar a procura total dos responsáveis.
Ora afastar uma funcionária, para não afectar a investigação das causas do mal-estar, nem “manipular” a verdade dos factos, mantendo o director, que é o mais responsável de todos, para impedi-los, coercivamente, como está a tentar fazer, de dizerem a verdade, transforma qualquer inquérito isento, numa farsa orientada para o predeterminado fim: ocultar a incapacidade do director.
É mais um fenómeno nesta epifenomenologia, que assalta a Enfermagem, nas tentativas que legitimamente faz para demonstrar o seu real valor, enquanto os seus predadores, controlam, à distância o momento de desferir o golpe mortal de mais uma actividade, que está a prejudicar as Vacas Indianas e quem se alimenta nelas."
É que não basta só ocupar cargos é necessário ter as competências.
VIVAM AS ALMAS COM A FORÇA E A CORAGEM QUE RECONHECEM E TEM JUIZO CRÍTICO. VIVA ! VIVA! A COMPETÊNCIA!
R.D
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