sexta-feira, julho 31, 2009

Carreira de Enfermagem...


"Foram 8 versões diferentes de avanços e recuos, onde fomos argumentando com o conhecimento que temos da matéria.
Assinámos, em conjunto com os restantes sindicatos, o documento que expusemos na página.
Classificámo-lo de uma ideia válida de carreira, onde não falta tudo, mas falta muita coisa essencial: as transições dos actuais para a nova carreira, porque duma carreira nova se trata e não da revisão da mesma, da que temos ainda; as remunerações, que em função dos direitos à tabela consentânea com o nosso estatuto de licenciado especial deve ser de nível 21 (€1510,43) ao 57(€3364,14) para os enfermeiros e especialistas e do 58 (€3415,64) ao 83 (€4702,94) para o enfermeiro gestor principal (chefes e supervisores actuais); as avaliações do desempenho, com as necessárias adaptações.Ninguém deve tentar ver o que lá não está, nem devem tirar ilações precipitadas, porque o que foi relegado para negociação posterior, não está negociado. Tudo vai depender da nossa capacidade sindical, para impormos o direito a uma carreira que traduza o nosso real valor, no SNS. Entre o real e o ideal está o possível.
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É mais que óbvio que sem as remunerações, as transições e as avaliações estarem legisladas não é possível satisfazer uma natural e legítima aspiração: cada qual saber, onde e como se vai posicionar.
Também não deve haver dúvidas que a transposição para legislação posterior tem muito a ver com a nossa razão argumentativa, que não torna as coisas tão lineares como se pudesse pensar, bem como com as circunstâncias várias em que estamos a negociar.
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Sugerimos uma leitura objectiva do que vamos assinar amanhã, pelas 17 horas com a Ministra da Saúde. Durante estes longos meses de negociação foram dados passos muito importantes no reconhecimento das capacidades e competências dos enfermeiros, na sua nova situação de licenciados, que vão ter de assumir, com todas as implicações. Em muitos casos a rede, que amortece as quedas nos trapezistas, passe a comparação, desapareceu.
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As chefias em comissão de serviço não são um exclusivo da enfermagem: são assim em toda a função pública. Aqui estão criadas as condições, para não entrarem ou saírem, segundo os caprichos dos mandantes. Há, terá de haver, necessariamente, regras que impeçam de pôr chefes na prateleira só porque…
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Não estamos a negociar uma carreira para A, B, ou C: negociamos para a Enfermagem com a mesma dignidade com que o fizemos em 1981, 1985, 1991 e 2009. Desta carreira terá de sair um conjunto harmonioso de regras e regalias, que possa ser actual e actuante, nos próximos 10 anos, que é o tempo razoável de vigência duma carreira. O facto de isto ser faseado não distorce o nosso objectivo final. Só exige mais paciência a todos nós.
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Não é de todo descabido, antes de chegar à tabela salarial, demonstrarmos o que somos e valemos. Isso já está feito e vai ser assinado.
A negociação não está concluída e isso nem é bom nem é mau: é como é.Não duvidem que temos tanta ou mais necessidade de terminarmos as negociações rapidamente, mas não de qualquer maneira nem em função do que cada qual gostaria que fosse, mas do que a natureza da profissão exige, para que haja uma harmonia profissional, onde cada enfermeiro se sinta digno e respeitado, por si e pelos que o rodeiam.
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O texto que vai ser assinado amanhã, esteve e vai estar nesta página. A sua ocultação momentânea foi para não prejudicar estratégias, que a todos interessam.
Deu, no entanto, para entender, que os enfermeiros estão atentos e ansiosos. Lembra-nos, a propósito, uma situação anedótica e trágica, em que era preciso informar o recruta que o pai tinha morrido. O comandante não sabia o que fazer; o sargento ofereceu-se para dar a macabra notícia. Abeirou-se do recruta e disse: a tua família morreu… O recruta entrou em pânico. O sargento disse: sossega, porque só morreu o teu pai. Aí o recruta respondeu: ainda bem!
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A divulgação do documento teve um efeito semelhante, pois houve quem pensasse que era a carreira toda e não é. Sendo pouco é de boa vontade.
"

Fonte: www.enfermeiros.pt

Comments:
"Entre o real e o ideal está o possível."

São afirmações como estas que me assustam! Até onde estarão dispostos a ceder?
 
Saudações

Prezados colegas na ebulição dos sentimentos diz-se, pensa-se e escreve-se coisas, não raras as vezes, injustas. Com efeito toda a minha indignação é direccionada num sentido: este governo de aventaleiros maçons (que diga-se de passagem, eu ajudei a lá pôr - e quão envergonhado, enojado estou). Por isso:
-SEGURAMENTE NÃO VOTAREI EM MAÇONS PÊÉSSICOS
 
Mais uma anedota?
Basta!

É que de tanto me rir...JÁ TENHO "VERTIGENS".
 
O que mais irá acontecer.....
 
"Não é de todo descabido, antes de chegar à tabela salarial, demonstrarmos o que somos e valemos. Isso já está feito e vai ser assinado."

Ou seja até para os sindicatos a cotação da Enfermagem está em baixa!
Não sei se este comunicado surgiu para serenar os Enfermeiros que estão em sobressalto com as intempéries que já se abatem sobre nós, tal como se tenta demonstrar com a "parábola militar".
Talvez a nossa história seja mais aquela em que, pensando que havíamos sido amputados das pernas neste grande acidente que foi a negociação da carreira, alguém se abeirou de nós e nos sussurrou ao ouvido "Tem calma que não perdeste as pernas, apenas ficaste paraplégico para sempre!"; Muito reconfortante!
 
Finalmente os inuteis dos sindicatos apresentam uma solução: VAMOS TODOS PARA A TROPA, pelos vistos lá a vida correria-nos bem melhor. Já agora alguem me sabe dizer se os recrutas ou militares também têm sindicato, é que estou a ponderar fazer a recruta.
Sempre ao mais alto nivel.
 
O que me apraz dizer perante este comunicado do SEN é que a "montanha pariu um rato" e concluir que de facto os sindicatos estão obsoletos. Nem "todos os enfermeiros" deixaram de perceber que só está concluida, mal em meu entender, a 1ª fase do processo, mas, se o resultado da 1ª foi este como serão os próximos. Aguardo anciosamente melhores informações.
 
Dr enfermeiro, a história de enfermagem tem mesmo muito em comum com a história que nos contou, SENÃO VEJA;

- A noticia vem e ninguem sabe quem a deu;
- Aparecem nela varias categorias;
- Os chefes deixam sempre o trabalho para os mais pequenos;
- As noticias que se dão aos da classe baixa são quase sempre más;
- Dos chefes ninguem quer ficar mal na fotografia;
- Ambos gostam de trazer o trabalhador motivado.

PERCEBEU AS SEMELHANÇAS....

HÁ, MAIS UMA COISA A FAMILIA AFINAL MORREU TODA, MAS ASSIM O PAROLO ANDA MAIS OITO DIAS ENGANADO
 
Caros colegas,
´
Li atentamente a Carreira que vai ser aprovada; tenho lido os comentários sobre a mesma e trocado impressões com outros enfermeiros e amigos.

Não compreendo os motivos para tanta desolação expressa neste Blog. Objectivamente não são concretizados nos comentários aspectos relevantes que permitam entender o descontentamento e as posições tão extremadas.

Não sendo uma carreira ideal, não vejo descalabro nenhum no resultado final das negociações. Oxalá a grelha e transição salarial seja tão condigna e ajustada à realidade da enfermagem actual e dos serviços de saúde.

Certamente que não será de mão beijada que nos vão conceder aquilo que merecemos, nem nos concederão tudo o que desejamos. O momento não nos é favorável, mas mesmo assim permite traçar um caminho para os próximos anos.

O que nos é francamente desfavorável são atitudes internas que promovem divisões na classe, a inércia para lutar pelo que queremos. Pode ser que, sendo o próximo momento de luta exclusivamente ligado à questão monetária, nos motivemos mais para mostrarmos ao Governo que às portas das eleições cautelas e caldos de galinha são uma boa opção política.

VV
 
"Artigo 2.º
Âmbito
O presente decreto-lei aplica-se aos enfermeiros integrados na carreira especial de enfermagem cuja relação jurídica de emprego público seja constituída por contrato de trabalho em funções públicas."
Doutorenfermeiro o que é que quer dizer este artigo? só se aplica aos enfermeiros da função publica?
e os contratados? Obrigado
 
"A divulgação do documento teve um efeito semelhante, pois houve quem pensasse que era a carreira toda e não é. Sendo pouco é de boa vontade."

É de boa vontade!!!! Mas o que é isto, chefes nas prateleiras...pois muitos deveriam voltar a prestação de cuidados.... de serem avaliados pelas equipas...


Nisto de mau, o melhor a tirar é que os sindicatos existentes vao desaparecer, muita coisa vai mudar, e, ai, sim daqui por 10 anos teremos carreira.
 
Li no site do Sindicato dos Enfermeiros:

"Pela análise fria dos diplomas publicados foi sempre pelo PSD que os Enfermeiros foram ouvidos e satisfeitas as suas reivindicações.

Pelo contrário, o PS não tem dado mostras de atender os Enfermeiros, nas suas reivindicações. O momento actual é um bom exemplo.Se ainda não resolveu o problema dos Médicos é porque o PR se interpôs, com um pedido de impacto salarial (curiosamente…); se ainda não resolveu a carreira dos Enfermeiros é porque mantém a tradição de colocá-los, num plano secundário."


Concordo que, na verdade, "...foi sempre pelo PSD que os Enfermeiros foram ouvidos e satisfeitas as suas reivindicações..."

Assim, em coerência, o Sindicato que afirma isto, NÃO DEVE ASSINAR TAL ACORDO DE CARREIRA.
DEVE AGUARDAR O PRÓXIMO GOVERNO, que previsivelmente será do PSD.
 
Já em outro tópico tinha chamado a atenção para o que me parecia verdadeiramente importante na revisão da Carreira de Enfermagem: «uma carreira de complexidade 3, com as categorias adequadas e respectivas atribuições, e que seja idêntica para CTFP e EPE/PPP».

Isto parece-me ter sido genericamente preservado no DL negociado: 1) A carreira é do mais alto nível de complexidade da Administração Pública, 2) por força da Lei 12 A/2008 os enfermeiros (tal como todos os outros licenciados) têm que auferir acima da 1ª posição remuneratória da tabela da AP (na 2ª fase da negociação ver-se-á quanto acima), 3) os diplomas de CTFP, das EPE e PPP são sobreponíveis (esta é uma enorme diferença), 4) a carreira estrutura-se em 2 categorias, sendo que para atingir a 2ª é necessário ser detentor de especialidade ter 5 anos de exercício efectivo (esta foi uma excelente conquista dos sindicatos), 5) há um reforço da autonomia do exercício de enfermagem e referência expressa à complementaridade com os outros profissionais do sector, 6) há 15 dias remunerados anuais para formação.

Claro que há pontos negativos: 1) a especialidade parece servir apenas para acesso à categoria de enfermeiro principal (tendo em conta que as especialidades em enfermagem são a expensas próprias, pode daqui advir um indesejável desinvestimento profissional; mas isto ainda pode ser corrigido na 2ª fase de negociação), 2) os enfermeiros chefes não transitam todos para a categoria de enfermeiro principal, pelo menos de forma imediata (como deveria acontecer, uma vez que o título foi adquirido por procedimento concursal), 3) os conteúdos funcionais deveriam ser mais amplos, sobretudo da 1ª categoria, devendo haver menção específica aos detentores de especialidade.

Também a separação de matéria entre a genérica de regulamentação geral, e a específica, de remunerações, posições remuneratórias, regras de transição específica e de avaliação, me parecia inevitável, tal era o distanciamento entre as propostas do MS e das frentes sindicais, e correndo-se o risco de ter que reiniciar todas as negociações com um novo executivo que, PS ou PSD, sabe-se lá se mais ou menos compreensivo.

Obviamente que esta segunda é a mais importante para a classe de enfermagem, sobretudo depois de muitos anos de subremuneração.

Mas sobretudo por isto, parece-me claramente contraproducente este ataque desenfreado aos sindicatos. É contracíclico e apenas dificulta a tarefa de quem os vai defender na segunda fase da negociação, sendo que esta fragilidade só poderá ser aproveitada pelo gabinete do MS.

No entretanto, a ver se Godot aparece…
 
Sr W

fico especialmente intrigado se o Sr. conhecia a sua carreira, pois perdeu-se a parte da formação, mestrado e doutoramento, sem falar na investigação. Assim como os 2,5 para os centros de saude ou profissões de risco (mais não sou da opinião de que os outros não deviam ter, mas sei que a solução não é tirar a quem tem). Mais pertencer à formação dava mais um indice, agora 00000,00 NADA. Se isto não é perder não sei o que é... Mais não consigo ver ganho nenhum..... Julgava eu que as negociações eram para melhorar a carreira e não servir o governo como aconteceu.
 
ENVIEI AINDA AGORA MAIL A PERGUNTAR AO ENFº AZEVEDO ACERCA DA SITUAÇÃO DOS ESPECIALISTAS.

AFINAL É PARA SUBIR 2 ESCALÕES REMUNERATÓRIOS OU NÃO??

É QUE ASSIM, TIRAR UMA ESPECIALIDADE SÓ PARA SE SABER MAIS E FAZER UM POUCO MAIS, NÃO CHEGA. SALARIOS CONDIZENTES!!!
 
AM, se vir bem, no artigo9º, nº 2, refere que "o desenvolvimento do conteúdo funcional previsto nas alíneas j)a p)do numero anterior, cabe, apenas aos enfermeiros detentores do titulo de enfermeiro especialista".
Já agora, cumprimentava-o pelo facto de ser dos poucos colegas com alguma lucidez nos comentários.
A grande maioria dos comentadores, não conhece o documento, ou não seria tão peremptório nas criticas.
Não é perfeito, mas é melhor do que a realidade actual.
Peca por não ter incluído conteúdos como avaliação do desempenho, remunerações e transição para a nova carreira, mas ou se assinava, ou meses de trabalho poderiam ser perdidos e voltaríamos à estaca zero...
Envio um abraço de encorajamento aos nossos "reformados" e "velhinhos" que tão mal tratados têm sido nestes comentários, deixando apenas as considerações finais de que eles não precisam dos sindicatos; já provaram o que valem em muitos anos pela defesa da enfermagem;já fizeram muito mais pela Enfermagem do que a grande maioria dos seus críticos alguma vez possa imaginar fazer.
Se querem o seu lugar, concorram às eleições da direcção dos sindicatos...Sempre é melhor esta alternativa, do que criar um sindicato novo...Não são vocês que dizem que os males da Enfermagem advêm da multiplicidade sindical?Parecem-me ideologias pouco coerentes...
Pela Enfermagem e por quem está pela Enfermagem...
Eu ainda Acredito...
Nuno P.
 
Caro Nuno P.

Tem toda a razão, escapou-me o «apenas» da alínea referida.

A lucidez que refere só transparece por não eu não ser, de facto, enfermeiro, e não estar há uma série de anos integrado numa tabela remuneratória ridícula. Se estivesse, provavelmente guardaria muito do bom senso, e , como muitos aqui, falaria mais com o coração que com a cabeça...

Talvez por este motivo me pareça tão claro que nem o DL é assim tão mau, nem os sindicatos merecem, (sobretudo agora, no início da 2ª fase de negociações) o que lhes é dito. Sob pena de perderem todos, e perderem ainda mais que o que antevêem.
 
Caro AM:

Muitos parabéns pela sua exposição, é de facto o meu sentimento e acho que a grande parte dos colegas está a fazer uma tempestade num copo de água. Existem coisas que não estão negociadas e só mais tarde podem vir a ser alvo da insatisfação/satisfação geral.
Lendo a nova regulamentação parece-me bem embora esteja tudo ainda muito generalizado.

Gostava imenso que os colegas deixassem de fazer agressões gratuitas contra os sindicatos sem fundamento (pelo menos assim parece) e penssassem pela vossa cabeça

Abraço
JP
 
Com tanta mente lucida o que terão a dizer do artº7º-2. Rácios???? e o que dizer do 12º.,com as especialidades a "metro" para suprir algumas das deficiencias monetárias do ensino politécnico e Universidades. Deviam ter feito, as mentes brilhantes que negociaram e, que agora estão na Ordem, os complementos- é mesmo "parecido" com outras actividades profissionais - digo Educadores, professores,étc. E os tótós dos Srs Enfºs, quando todos tiverem habilitações semelhantes de grau equivalente serão colocados como tal. Esta anedota foi, mas virão mais anedotas, vão ver. Façam uma Poupança estudo, pois é o que vos vão pedir para os próximos anos- mais estudo mais cursos , mais formação, o "arame" swó serve para mentes brilhantes. Doutores da treta será o vosso futuro. Escalõesw, progressões, etc - se não fores da tira estás entalado - este simn é o futuro de 99% de nós.
 
Anónimo das 7:04,

Conheço a Carreira actual e não sei ao que se refere quando fala de formação, mestrados, doutoramento e investigação. Conheço colegas com várias pós-graduações, especialidade, mestrados e estudantes de doutoramento nos turnos da noite, entre as 3 e as 5 da manhã. Entende o que isso significa? Continuam no mesmo escalão de há vários anos, com as mesmas funções, sem verem qualquer impacto da sua formação no vencimento e sem terem a possibilidade de progredir seja no que for. Simplesmente porque não conseguem aceder a outra categoria e estão numa carreira afuniladora.

Quantos enfermeiros viram repercutir-se positivamente no seu trabalho estudos de investigação? Subiram de escalão?

São estes os benefícios da actual carreira: não ter espaço para deixar as pessoas progredirem, reservando as funções de gestão para os mesmos e sabe Deus muitas vezes como; não reconhecer mérito por coisa nenhuma que seja séria e ainda permitir um aproveitamento indecente dos conhecimentos e competências dos enfermeiros especialistas, limitados por concursos do mais preverso que se possa imaginar.

Como disse, o que vem não é ideal, mas não fico com pena do passado porque o caminho agora é para a frente. Os ganhos serão perceptíveis mais adiante, logo se negoceiem salários e tabelas que permitam ter uma classe motivada pelo reconhecimento do valor do seu trabalho.

Só tenho pena que não se inclua a exclusividade como estratégia de motivar os enfermeiros a deixarem os duplos, triplos e quádruplos empregos para os desempregados. "Se me pagassem mais metade do meu salário faria de bom grado mais horas e deixaria todos os empregos que tenho", foi o que vários colegas me disseram.

O momento é de união. Não caiamos no ridículo de nos mostrarmos divididos agora que se vai dar um passo importantíssimo que é a questão salarial.

Dou todo o meu apoio aos colegas dos sindicatos e estarei disponível para todas as acções de luta que se acharem oportunas já para Setembro.

VV
 
É curioso com 3 tópicos mais abaixo existem 66 comentários a cruxificar os sindicatos e 2 dias depois já são os maiores!

Comparando a carreira agora aprovada com a 437/91 são assim tão notórias as diferenças? Os ganhos são assim tão espetaculares? E o que entretanto se perdeu?

Numa leitura breve de ambas, parecem-me bastante sobreponíveis a 437/91 de bacharel e a agora aprovada.

Parece inclusivé vir lançar alguma confusão, em especial na categoria de Enfermeiro. Se agora não há enfermeiros especialistas de carreira, e se o MDP propõe especializar todos os que queiram, então quem vão ser os especialistas e o que acontece aos actuais? Também são nomeados em comissão de serviço?
 
Enfermeiros! Não se precipitem! Estão já a abandonar o estadio ainda o jogo vai a meio! Também não concordo com algumas coisas que foram negociadas na primeira fase. Principalmente a nomenclatura, mas se o mal for uma questão de nomes, menos mal...
Quantos colegas conhecem com mestrados e pós graduações que não recebem nada por isso? Não compreendo a critica e passo a citar: "fico especialmente intrigado se o Sr. conhecia a sua carreira, pois perdeu-se a parte da formação, mestrado e doutoramento, sem falar na investigação". Vamos lá a ser realistas! Leiam bem o DL, comparem com a realidade actual, e não se esqueçam que o principal, e mais dificil, está por vir - as remunerações e transições de escalão. Não é de todo o momento de divisão, pois isso só vai favorecer o governo. Como diz o outro: "prognosticos só no final do jogo"!
 
Boa noite a todos!
Apesar de não ter examinado ao pormenor o documento relativo à nova carreira, na minha opinião alguns aspectos melhoraram outros estão na mesma e outros pioraram mas acho que foi a ngociação possivel e sob pressão das legislativas que se aproximam. Fico sim algo apreensivo ao perceber que esta carreira não é para todos nós, mas sim para alguns, a maior parte talvez pois apenas se aplica aos CTFP!E os restantes que devem ser alguns milhares que, tal como eu se encontram em CIT com e sem termo nas EPE´s e CS. Alguns destes com vários anos de experiência profissional (eu tenho 8 anos feitos hoje!)Depois podemos considerar várias perspectivas:
A ecomonicista qual vai ser o valor para o estatuto de licenciado, as diferenças relacionadas com os enfermeiros das USF e os restantes "Os trabalhadores integrados na carreira especial de enfermagem em exercício efectivo de funções nas unidades de saúde familiar são agrupados autonomamente, para efeitos remuneratórios, em tabela própria, nos termos previstos por diploma próprio", as horas de qualidade se aindam existirem e o horário de trabalho pois existem muitos profissionais a 40h semanais.
Temos a perspectiva da progressão na carreira porque se a avaliação for baseada no SIADP, só uma pequena percentagem enfermeiros vai progredir (e nós sabemos bem quem serão), e muitos de nós teremos de esperar 5, 10 ou mais anos evoluir na carreira.
A perspectiva reinvidicativa do assim não pode ser isto é uma M***A, devem estar a gozar conosco , vamos fazer greves, de zelo ou não, vamos deixar de pagar aos sindicatos, etc.
A perspectiva mais filosofico-estudiosa dos pós-graduados, mestres, doutorados, como vai ser onde vamos ficar, trabalhei e investi tanto no desenvolvimento pessoal para nada...
Revejo-me em todas estas, mas o que é certo é que esta já está, aliás vai ser assinada hoje, foi negociada por colegas eleitos por nós de diferentes sindicatos. Podemos espernear, reclamar, gritar, mas dificilmente terá algum efeito...
E pensar que tudo isto podia ter sido evitado, quando há 10 anos, aquando da criação da licenciatura de base, porque nessa altura havia abertura por parte do governo e ainda mais importante havia grande falta de enfermeiros no nosso pais, mas sabe-se lá porque essa negociação não avançou...mas issso é passado...
Esta foi a primeira batalha ao que parece acabou com um empate técnico, seguem-se outras se calhar bem mais dificeis...
Força e coragem para todos!!

CB
 
Os sindicatos tomam atitudes públicas que podem não agradar a alguns. è certo e correcto.
Mas a esses também há um dado comum que lhes assiste, com todo o direito: também não gostam da enfermagem tal como ela é. Gostariam que fosse outra coisa mais ajustada às suas conveniências.
Estas vozes dificilmente chegarão ao céu, por isso a Enfermagem continuará a crescer mesmo sem eles, que se escondem atrás da cortina. Só bosofiam a coberto do anonimato.
Santa Luzia os ilumine. Amem!
 
"Subiram de escalão?"
Faz uma pergunta usando o tempo do verbo no passado? Ou será que quis perguntar: "Subirão de escalão?
 
Não queria deixar de igualmente felicitar os colegas AM e Nuno P. pelas suas citações e opiniões manifestadas. Não se trata apenas de ver as coisas de forma positiva mas simplesmente ler o documento de forma realista, que na minha opinião esta capacidade falta a muitos dos colegas que aqui opinam.
Eu também acredito, estou convosco.

Abraço
 
Então ainda há quem diga que os sindicatos só se preocuparam com os chefes???
Comparem a carreira médica com a de enfermagem...
Os Enfermeiros chefes não transitam todos para a categoria de Enfermeiro Principal, porquê???
Fará algum sentido manter Enfermeiros chefes da na carreira antiga??? Que palhaçada é esta?
Gandas Sindicatos!!!
 
Caro Dr. Enf.

O meu comentário das 12:42 não devria estar neste tópico, mas antes no «a última?». Pedia-lhe que o corrigisse.

Obrigado
 
AM, o comentário foi transferido.
 
Os comentários negativos acerca das conquistas dos sindicatos nesta batalha pela nova carreira, era esperado. Só quem não se lembra das adesões aos plenários realizados por esse país fora é que não estaria à espera disso.
O desconhecimento generalizado acerca dos quadros legais que já balizavam a reforna da carreira de enfermagem (lei 12-A e código do trabalho) deixava antever semelhante cenário, por isso apelo a todos os enfermeiros a solicitação aos delegados e dirigentes dos seus sindicatos e instituições esse esclarecimento (quem for sindicalizado, sim que à aqueles que não o sendo, ainda exigem às instituições quando nada fazem para essa luta nem com a mísera contribuição da quota) pois falar sem perceber minimamente do quadro envolvente das negociações.
Eu sou CIT e desafio todos os criticos com este vinculo a irem falar com os administradores das suas instituições e negociarem então as suas pretensões futuras da practica, direitos e deveres e verem o que conseguem. Aos com RCFP podem sempre renunciar e proporem CIT às administrações e então fazer exactamente o mesmo acima referido.
Em suma, dentro do quadro politico-sindical vigente, foi de facto uma vitória da enfermagem, dos sindicatos e dos enfermeiros. Mas isto foi uma batalha ainda falta o 2º round. Como tal, depois das férias(leia-se Agosto) é tempo de união de esforços e não de despersão dos mesmos e lutar pelos remuneração digna destes profissionais incansáveis por uma dignificação da profissão que os governos sucessivos do nosso país tanto tem menosprezado.
Os enfermeiros unidos têm uma força imensa, não diminuam esta força nem deixem que 3ºs o façam.
Com os sindicatos pela enfermagem e pelos enfermeiros.
DFS
 
Vamos ser realistas foi um fracasso, onde está:
- MDP
- Grelha unicategorial
- Subsidio de profissão desgastante
- Incentivos
 
Esqueci-me de dizer uma coisa.
Chegar aqui, com estes resultados - comparem com a proposta originária do SEP e do MS (e eles explicarão melhor a saída pelas 2 categorias e o passar Grelha e Transições para 2 fase) SÓ FOI POSSÍVEL GRAÇAS ÀS GREVES, CONCENTRAÇÕES E MANIFESTAÇÕES QUE FIZÉMOS.
Eu que a certa altura fui dos que defendia Greve de 5 dias e mais ... quando avaliámos e comparámos o nivel de adesão do 2.º dia de greve, em Greves de 2 dias (30/9 e 1/10/2008) e 2 e 3/4/2009 ... amainei logo a bola ... com 5 dias era para chegar ao 5.º dia com 10% de adesão ... naturalmente mais frágeis, num momento que na negociação requeria mais força.
Eu que tive dúvidas em toda esta estratégia, dou a mão à palmatória (já dei) ... os colegas do SEP com mais anos disto "jogaram bem", abem de todos nós ...
Ou seja, como nos explicaram, sendo esperado que o ministério levasse o fecho do processo para o Verão (momento em que é possível fazer Greves, mas muito mais difícil) ... fizemos (justamente e nos momentos certos) uma demonstração infernal de força até ao Verão (Greve a 20/Fev; Greve a 2 e 3/Abril; Greve e Grandiosa Manifestação a 12/Maio, sem falar nas Concentrações de 5/Junho/2008 e 10/Julho/2008 e Greve e Manifestação a 30/Set e 1/Out/2008 - nem os Prof fizeram tantos dias de Greve) e ... estando o Governo mais perto das eleições (depois da derrota das europeias de 7/Junho) e o ministério com a incerteza se faríamos Manif/Greves em Junho/Julho/Agosto (pois já tínhamos feito em 2008 e noutros processos negociais) ... estariam mais disponíveis para ceder, tentando um Acordo (como fizeram com médicos). .
Assim pensámos e decidimos, assim fizemos, assim resultou. Como eles dizem, "está tudo escrito na estratégia de guerra".
Agora chegou-me um operado e tenho de ir trabalhar.
Tó Mané
 
Citando o comunicado do conselho de ministros de 30/07:
"Estes dois diplomas vêm regular a carreira de enfermagem no Serviço Nacional de Saúde, sendo um respeitante às instituições do sector público administrativo e outro aos hospitais EPE, Unidades Locais de Saúde e hospitais do SNS, no âmbito das Parcerias Público-Privadas em desenvolvimento.
Pretende-se garantir que os enfermeiros das instituições de saúde do SNS possam ter um percurso comum de progressão profissional e de diferenciação técnico-científica, o que possibilita também a mobilidade inter-institucional, sem subverter a autonomia de gestão do sector empresarial do Estado ou das Parcerias Público-Privadas.
Assim, a carreira de enfermagem organiza-se por áreas de exercício profissional e de cuidados de saúde, tais como as áreas hospitalar e de saúde pública, bem como de cuidados primários, continuados e paliativos, na comunidade, pré-hospitalar e de enfermagem no trabalho, podendo vir a ser integradas, de futuro, outras áreas.
Institui-se uma carreira especial de enfermagem na Administração Pública, integrando as actuais cinco categorias em duas, remetendo para deveres funcionais comuns conforme o cumprimento dos deveres éticos e princípios deontológicos a que estão obrigados pelo respectivo título profissional, exercendo a sua profissão com autonomia técnica e científica, respeitando o direito à protecção da saúde dos utentes e da comunidade, fixando-se também os respectivos conteúdos funcionais.
A entrada na carreira de enfermagem tem como condição de admissão a titulação profissional e passa a estar estruturada nas categorias de Enfermeiro e Enfermeiro Principal, as quais reflectem uma diferenciação de conteúdos funcionais, desde a prestação de cuidados de saúde à coordenação de serviços.
Estabelece-se a previsão de um sistema adaptado de avaliação de desempenho baseado no SIADAP e que pressupõe a diferenciação pela qualificação e pelo mérito."

Peço-vos, mais uma vez, alguma calma e, acima de tudo, que leiam e entendam de uma vez por todas o que se vai passando na enfermagem...
Não estejam sempre à espera dos sindicatos que tanto criticam...
Construamos uma mentalidade e espirito critico dentro da Enfermagem, mas sustentabilizado e real.
Somos e teremos a força que quisermos ter...
Eu ainda acredito...
Pela Enfermagem...
Nuno P.
 
No Fórum Enfermagem e no Cogitare está lá uma explicação mais em pormenor da Carreira, colocada por este colega Tó Mané, delegado do SEP.
Retiro o que tenho dito e reconheço o trabalho dos sindicatos
 
DOUTOR ENFERMEIRO, PORQUE NÃO PUBLICA O DOCUMENTO QUE FOI ASSINADO DIA 31/07 PELOS SINDICATOS E PELA MINISTRA? SÓ O SEP ASSUMIU A DIVULGAÇÃO.
 
Já foi publicado.
 
Ó Azevedo já ninguém vos acredita, vocês venderam-se ao governo. Demitam-se!Desapareçam!Cubram a cara de vergonha!
 
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Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!