segunda-feira, outubro 19, 2009

As teorias da autonomização...



Gosto sempre de um debate saudável com os bons teóricos, apoiantes daquilo que sou contra. Tenho um prazer especial, por exemplo, em discutir as estratégias a seguir para tornar a Enfermagem mais autónoma. Os meus argumentos giram em torno de uma melhor formação científica, técnica e humana, do upgrade funcional (sou fã incondicional do skill-mix: ler "Skill-Mix and Policy Change in the Health Workforce: Nurses in Advanced Roles"), do incremento da complexidade do acto de Enfermagem, das especializações com tradução inequívoca no contexto clínico, do enquadramento evolutivo da profissão, etc. (Por exemplo, o uso de linguagens próprias só nos afasta das outras profissões e da ciência. Neste aspecto, de facto, temos "autonomia" - somos os únicos a falar alhês, quando todos os os outros falam bugalhês. Ninguém nos percebe ou quer perceber...)

Os "contras" teimam com as duas ou três teclas costumeiras. Uma delas é a célebre afirmação "os Enfermeiros não devem adquirir funções que provenham dos médicos" (o que demonstra uma ignorância histórica horripilante e um desconhecimento profissional medonho). A outra é o binómio tratar/cuidar: "o Médico trata, o Enfermeiro cuida". Para muitos "cuidar" significa amor, compaixão, sofrimento pelo próximo, etc... Ora eu cá nunca amei nenhum utente, nem desenvolvo compaixão e muito menos sofrimento. Enfermagem é a minha profissão. Pagam-me para tal. Pagam-me para executar um conjunto de intervenções psico-cognitivas, baseadas na empatia, em várias técnicas das ciências psicológicas, na presença e compreensão, etc. Não sofro. Não me revejo em sentimentos de pena.
Este raciocínio (Medicina = trata/Enfermagem = cuida) é esculpido exaustivamente na mente dos jovens logo que iniciam o curso.

Já no séc. XVI, Ambroise Paré tinha outra opinião: "O papel da Medicina: curar algumas vezes, aliviar frequentemente, cuidar sempre"...
A diferença? Está na essência, no saber saber/fazer, nas funções, na perspectiva...

Comments:
Concordo em absoluto!!! Um dia destes fui abordada por uma médica no serviço a questionar o significado de "Risco de alteração do metabolismo energético"!!!
Quando lhe expliquei encolheu os ombros e disse: Só complicam!!!
A nossa enfermagem foi-se diferenciando pela cabeça de alguns teóricos que tornaram esta ciência a mais digna de criticas pelos seus pares!! Nunca o enfermeiro se dissociará de um médico e vice-versa porque somos complememtares e devemos trabalhar em equipa!!
Devemos desenvolver competências e mostrar que sabemos e sabemos FAZER!!
Deixem-se de lirismos e teorias da treta!
Agora até já somos todos enfermeiros!! Nivelados todos na mesma linha!!!
 
Portanto, resumindo, você quer usurpar funções da Medicina e dos seus profissionais: os MÉDICOS. Depois, tem o desplante de se queixar quando outros, segundo o seu raciocínio (claro), "usurpam" funções que, de acordo consigo, são funções da enfermagem. Não vai conseguir... Bem pode esperar sentadinho, bater o pézinho e fazer birra, porque os seus delírios não se vão tornar realidade.
 
"Para muitos "cuidar" significa amor, compaixão, sofrimento pelo próximo, etc... Ora eu cá nunca amei nenhum utente, nem desenvolvo compaixão e muito menos sofrimento. Enfermagem é a minha profissão. Pagam-me para tal."

Que eu saiba tem de existir empatia (e simpatia) pelo doente, perceber que poderá estar em sofrimento e necessita de ajuda…tentar atenuar essa dor faz parte do seu trabalho…nem que seja com palavras de carinho e compaixão!!!
Essa maneira fria de “ajudar” os “utentes” faz com que por vezes se levantem vozes criticas na população.
 
Digam aos teóricos que façam estágios como alunos....

Que os Professores de Enfermagem de muitas Escolas de Enfermagem façam estágios como alunos....

Temos alunos que cada vez mais dominam a CIPE, mas cada vez menos dominam a teoria necessária para aplicar á practica e melhor cuidar!
Em que confundem sinais com sintomas, sintomas com diagnósticos, autonomia com dependencia de outros....
 
Finalmemte caiu a mascara.Entao alguem que, pensava eu, defendia a profissao de enfermagem e a sua diferenciação dos restantes tecnicos de saude vem agora dizer que temos que nos aproximar mais do que é pertença de outras classes? Lembre-se do alarido que fez por causa das vacinaçoes nas farmacias. Em relação aos comentarios que fez e cito "A outra é o binómio tratar/cuidar: "o Médico trata, o Enfermeiro cuida". Para muitos "cuidar" significa amor, compaixão, sofrimento pelo próximo, etc... Ora eu cá nunca amei nenhum utente, nem desenvolvo compaixão e muito menos sofrimento. Enfermagem é a minha profissão. Pagam-me para tal." é vergonhoso e desprestigiante da classe a que eu e voce pertencemos.Limitar o cuidar a esses termos que utilizou mostra a profunda falta de conhecimento sobre a ciencia e arte que é a enfermagem.Penso que deve manter esse delirios para si...ou tirar outro curso porque realmente com essas reflexoes nao vamos a lado nenhum.Saudaçoes a todos os ENFERMEIROS.
 
Acho que temos é que ser autonomos em tudo o que exercemos. E isso passa pela responsabilização do acto de Enfermagem.

Muitas das vezes quanto se pede responsabilidade à profissão muitos são os velhos do restelo. O futuro passa por Enfermagem se assumir, tal como os nossos colegas de há 20 e 30 anos o faziam. O medo instalado nos Enfermeiros mais novos é de bradar aos céus e esquecem-se do que é nosso e logo deve ser defendido.

Deixo um exemplo muito simples: Um autocuidado acto que é nosso e sempre o foi não pode ser questionado ou mudado porque um médico assim o acha , ou pelo menos o caso deve ser debatido e não ser uma decisão unilateral... e o doente e a decisão do Enfermeiro que passa mais tempo com o utente ?

Infelizmente vejo que somos Licenciatura, mas nos Jovens Enfermeiros e alunos falta ainda no seu vocabulário o "porquê" !

Mas nem todos são assim ...Ainda temos alguns que resistem .
 
Cuide-se Sr. Enfº!
 
Concordo plenamente. Creio que o humanismo e todo o modelo holistico foi algo que nasceu um pouco do nada. De alguém que inventou um novo modelo com base nas más praticas profissionais dos enfermeiros, medicos, etc. Para mim, o holismo = profissionalismo. Concordo totalmente com o Dr. Enfermeiro quando diz que nunca desenvolveu sentimentos mais profundos por um utente. Claro que todos nós, como humanos que somos devemos ter alguma compaixão por quem está a sofrer, por quem morre, etc. Mas esses sentimentos derivam da nossa condição humana. Alias, o utente que está em sofrimento quer é ver o seu problema tratado, e, obviamente, ser bem reccebido e tratado com respeito. Mas isso queremos todos nós quando nos deslocamos a qualquer lado para resolver um problema - quando vamos ao supermercado, oficina, cinema, instituições publicas, etc. Queremos ser bem atendidos. Não creio que um advogado, um gestor, economista, engenheiro, entre outros, percam muito tempo a falar de holismos... Provavelmente nem sabem o que isso é. Nem têm de saber. Os profissionais têm de ser isso mesmo - profissionais.

Quanto á retirada de competencias - vamos lá a deixarmo-nos de cinismos. Toda a gente sabe que há muitos enfermeiros que executam certos actos que não estão regulados para fazerem. Sejam eles "precrição" de certos medicamentos, interpretação de analises, pequenos procedimentos cirurgicos (até á pouco tempo era comum o enfermeiro realizar pequenas suturas), gasimetrias, entubações e outros actos que poderia enumerar. Com mais competencias, mais responsabilidade claro. Mas quem for realmente profissional não terá problemas em ter maior carga nos ombros
 
Afinal sempre concorda que são os Médicos que inspiram a Enfermagem! Bem me parecia...
 
Ao comentador anterior recomendo que deva ler com mais atenção, pois não se trata de usurpar funções a ninguém. Trata-se de debater aquilo que realmente é importante para a enfermagem. E já agora, acha que os enfermeiros são menos capazes que os restantes profissionais? Se acha isso, tenha cuidado pois a próxima vez que esteja doente, não recorra a um hospital pois será concerteza atendido por vários enfermeiros... Ui...
Com o Doutor Enfermeiro concordo plenamente...
 
Caiu-lhe a mascara de enfermeiro orgulhoso e revelou-se a sua verdadeira face: a de enfermeiro frustrado, que o que sempre quis foi ser médico mas nunca conseguiu! Trata-se...
 
"Para muitos "cuidar" significa amor, compaixão, sofrimento pelo próximo, etc... Ora eu cá nunca amei nenhum utente, nem desenvolvo compaixão e muito menos sofrimento. Enfermagem é a minha profissão. Pagam-me para tal."

As profissionais da "mais velha profissão do mundo" NÃO DIRIAM MELHOR!

PARABÉNS.
 
Tocou na(s) ferida(s)... agora é ver "os feridos" aqui a queixarem-se. Não hão-de faltar os velhos do Restelo (muitos deles novos - em idade); não hão-de faltar os médicos (e os aspirantes a...) com medo que lhe roubemos alguma tarefa mais prestigiante; não hão-de faltar os teóricos com interesses (pessoais) em linguagens próprias, ultrapassadas e inúteis e não hão-de faltar os colegas com medo de evoluir, de terem de possuir uma sólida base de conhecimentos teóricos e práticos, de terem de assumir mais responsabilidades, resumindo, de serem bons profissionais.
 
"Que eu saiba tem de existir empatia (e simpatia) pelo doente, perceber que poderá estar em sofrimento e necessita de ajuda…tentar atenuar essa dor faz parte do seu trabalho…nem que seja com palavras de carinho e compaixão!!!
Essa maneira fria de “ajudar” os “utentes” faz com que por vezes se levantem vozes criticas na população."
Mas o que é isto: EPH será Equipa dos Padres Hospitalares???
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível!
 
Caros Colegas não se iludam, o tratar, o cuidar e outras teorias, são exactamente a mesma coisa porque se complementam reciprocamente, é muito triste ver que há enfermeiros a dar autenticos tiros nos pés quando se recusam a suturar, a fazer uma lavagem auricular ou a administrar um analgésico sem prescrição médica.
Esta cultura do «não quero assumir responsabilidades» tem que ser combatida, se somos licenciados temos que ter um papel na Saúde condizente com esse grau académico, só quando assumirmos esse papel é que nos vão reconhecer o estatuto e competencia para actuar com critério, com complementaridade e nunca com subalternismo.
A enfermagem precisa de uma mudança de paradigma radical, que lhe permita acompanhar e fazer-se acompanhar por outras classes profissionais.
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível!
 
Meus amigos, a questão é muito fácil. Já se perguntaram porque surgiram estas competências avançadas em enfermagem?? hum... deixa-me cá ver... ah, pois foi! é porque os srs drs, em determinados casos, não fazem bem o que lhes pagam para fazer! porque, se o fizessem, será que surgia essa necessidade?? há muitos bons médicos, sem duvida nenhuma, ha mtos maus medicos, sem duvida nenhuma. e assim é em todas as profissoes.
o que aconteceu em inglaterra, como nos estados unidos, foi que em certas situações especificas, os medicos, na sua maioria, deixaram de fazer o que deles era esperado (muitas vezes porque tiveram de se ocupar de tarefas igualmente importantes, é certo) e assim, para continuar a cuidar dos doentes correctamente, foi necessário que os enfermeiros evoluíssem e adquirissem algumas dessas competências. acho que é natural...
podemos questionar-nos também, porque é que em questionários ao povo ingles, já aqui colocados neste site, se verificou que os enfermeiros desempenhavam melhor essas funções que os médicos: é muito discutivel e ha varios factores, mas uma coisa é certa: uma pessoa que passa 24h com o doente, vai saber muito mais dele e aperceber-se muito mais cedo das alterações que surgem, por isso é natural que os srs drs, que pouco vao aos internamentos e que pouca atençao lhes dao nas consultas, não se aperceba disso e aja muitas vezes, FORA DO TEMPO QUE DEVIA(e sim, sim, eu sei, também trabalham muito e têm muitas consultas e não sei mais quê. TAMBÉM EU!). agr vinha a celebre frase "ah, mas os enfermeiros deviam-nos avisar!". sim meus amigos, deviamos sim sr. mas e quem LIGA ALGUMA COISA AO QUE DIZEMOS? E DPS DE LIGAR APARECE EM TEMPO UTIL? E QUEM VALORIZA MAIS O COMENTARIO DO VIZINHO DO LADO DA CAMA QUE DO ENFERMEIRO? E QUEM PEDE ANALISES E SE ESQUEÇE DE AS IR VER? OU OS RELATORIOS DAS TAC'S E DOS RX? pois é filhinhos, nós NÃO SOMOS VOSSOS PAIS,PRA VOS ANDAR A CHAMAR A ATENÇÃO PRA FAZEREM O VOSSO TRABALHO.E SE NÃO O FAZEM, É NATURAL QUE PARA O BEM DO DOENTE PASSE A HAVER QUEM FAÇA.
por isso (e claro que este comentário não se destina aos bons médicos, que felizmente conheço muitos)é que as coisas evoluiram assim noutros países. e é perfeitamente natural que aqui não mude tão depressa, pela vossa mania que têm de serem deuses que tudo fazem e tudo mandam, e pela burrice e ignorÂncia de um povo que começa aos poucos a acordar. das duas uma, ou se tornam MAIS HUMILDES, fazem o vosso trabalho EM EQUIPA, e sem LIGAR AO DINHEIRO COMO SE NÃO HOUVESSE MAIS NADA, ou daqui por uns anitos (largos é certo), há-de haver por natural evolução quem faça algumas coisas do que vocês fazem agora, PARA EXCLUSIVO BEM DOS DOENTES. PORQUE SE TRABALHO E SE ME PAGAM, É PORQUE HÁ DOENTES E É PARA FAZER O MELHOR POSSÍVEL.
POR ISSO DEIXEM-SE DE METER NOJO E ACEITAREM HUMILDEMENTE, SE FOR O CASO, QUE AINDA BEM QUE HÁ QUEM FAÇA O TRABALHO, PARA OS DOENTES PODEREM MELHORAR!
 
A autonomia dos enfermeiros está evidente nos cuidados que mais delegam: higiene, conforto, alimentação e mobilização ou não??? Estes, que são nossos e dos quais resultam ganhos em saúde para todos, são aqueles que não queremos e damos de bandeja a AAM mal preparados e sem conhecimentos para tal; Será correcto um AAM colocar uma arrastadeira sózinho a um doente submetido a PTA??!!! Não me parece. Preparar e administrar terapêutica é interdependente mas exige muita responsabilidade ou não? Preparar a alta de um doente com a familia e realizar ensinos é da nossa responsabilidade, ou não???
Queremos o quê? A responsabilidade de prescrever? A responsabilidade de realizar diagnósticos médicos?
Por favor senhores enfermeiros deste país: Aprendam a trabalhar como enfermeiros, a assumir as vossas responsabilidades e não a dos AAM, secretários ou médicos e verão que enfermagem é isso mesmo; Ser enfermeiro é ser responsável, prestar cuidados com vista á maxima autonomia de um doente e dignificar aquilo que fazemos. Todos somos importantes numa equipa se cada um realizar em parceria o que lhe compete. É claro que um enfermeiro pode aprender a entubar um doente assim como um médico pode aprender a colher sangue ou a puncionar. Se pode ser assim?? Pode, mas não era a mesma coisa!
 
Cuidar ou Tratar para mim é mais uma questão de semântica. Os objectivos são os mesmo, embora todos sejamos unânimes numa perspectiva mais compartimentada e especializada da parte médica e de uma capacidade mais holística por parte dos Enfermeiros.

Agora no que diz respeito à linguagem utilizada acho um absoluto disparate esta história da CIPE e de terminologia próprias da Enfermagem. Quer se queira ou não a Enfermagem nasceu ao lado dos médicos e é com eles que temos de nos entender diariamente. Necessitamos obviamente de falar a mesma "língua" e precisamos que eles também nos compreendam sob pena de, no futuro, ficarmos a falar sozinhos.

Com esta paranóia da autonomia da Enfermagem puxamos os galões de onde não devemos e separamo-nos de uma classe socialmente impenetrável o que só nos traria vantagens.

Esta auto-convicção de que somos diferentes pode-nos deixar a navegar sozinhos num mar que nem mesmo nós conhecemos...

Queria ainda referir outro aspecto:
Vi aqui um post que dizia ser contra o MDP porque era uma espécie de RVCC dos Enfermeiros. Eu pergunto, vê-se algum médico a voltar à faculdade para tirar à especialidade?
Não são todos especialistas depois do Internato da Especialidade?
Qual é o problema?

Será que não vêm que as Escolas de Enfermagem vivem à custa das ilusões das especialidades dos Enfermeiros e não tem paralelo noutra qualquer profissão?

Ainda se se aprendesse alguma coisa de jeito, agora basicamente é fazer trabalhos e estágios e arrota lá 250 ou mais euros!! Isto é ensino profissionalizante de qualidade?

Por amor de Deus!

Enf. Coimbra
 
É QUE É EXACTAMENTE COMO DIZ: PAGAM-ME PARA TAL!

SOU ENFERMEIRO, E NÃO UM FAZEDOR DE FESTINHAS E PALAVRAS BONDOSAS E CARINHA DE ANJO DA COMPAIXÃO..!

LEVAR O MEU TRABALHO A SÉRIO NÃO SIGNIFICA QUE NÃO SEJA CARINHOSO COM OS UTENTES. RESPEITO TUDO E TODOS.
A ENFERMAGEM É CIÊNCIA.
 
concordo plenamente Dr Enf. tenho mais reconhecimento por saber actuar em conformidade em certas e determinadas situações do que andar com essas paneleirices. vejam o reconhecimento dos professores e médicos na sociedade... há professores que até batem nas crianças, outros abusam sexualmente enfim... médicos que falam mal para os utentes e vejam quem é reconhecido!
 
@ Enfº não médico (mas AAM?)

É pelos ganhos em saúde por lavar as costas e levar a comida à boca aos velhinhos que somos reconhecidos e pagos como tal (trabalha e se sim, é em Portugal?? Não deve ser...). Caso ainda não se tenha apercebido, ninguém (nem mesmo as AAM) nos quer usurpar tais funções, tão importantes que têm de ser desempenhadas por um profissional licenciado, mas têm usurpado funções como administração de injectáveis ou EPH (porque será?). Terá de ser um enfermeiro a colocar uma arrastadeira a um doente independente que simplesmente não quis ir ao WC? Quando o doente no dia seguinte já estiver em casa também vai ser um enfermeiro a lavar-lhe as costas, a levar-lhe a comida à boca ou acompanhá-lo ao WC? Não queremos prescrever, queremos administrar o Paracetamol que o doente precisa no momento, sem que este tenha de esperar 2 ou 3 horas pelo médico (haja conhecimentos para tal - tem medo disso?). Tem muita teoria, mas é à conta dessas mesmas teorias que a enfermagem portuguesa está no lamaçal actual.
 
Se o dono daquela janela de comunicação "cogitare" vos ouve não vai ficar satisfeito com o que dizem acerca da enfermagem certos balconeiros e médicos rafeiros que pela calada da noite e insónios que são, aproveitam o anonimato para botarem babuseira.
O cogitare tem a ver com essa coisa de cuidar com inteligência e responsabilidade.
"Uma profissão ou é autónoma ou não é profissão" (Coriolano Ferreira in II Congresso Nacional de Enfermagem, Coimbra 1982).
Onde é que os médicos foram buscar aquilo que têm por exclusivo?
Há alguma caixa do tipo "pandora", à sua disposição onde ninguém pode tocar?
Os concorrentes dos médicos são os bruxos e não os enfermeiros.
Apesar da ciência que dizem ser na medicina parte fundamental, cada vez esta se parece mais com a bruxaria.
A Enfermagem está muito longe disso.
É muito maléfico que quem ensina enfermagem nas escolas da dita não exerça Enfermagem no campo de batalha, para poder aferir, acertar, as teorias aposterioristicas que debita aos alunos como ciencia certa sem o apriori que depois o aposteriori cauciona.
Ter uma linguagem técnica própria não é descabido: faz parte da dose de segurança esotérica que uma arte como a enfermagem tem que ter.
A linguagem técnica do enfermeiro tem de ser necessariamente diferente do bláblababá.
O ideal seria a metalinguagem que a CIPE tentou em vão ser sem o conseguir, obviamente, por culpa dos cipaios e não tanto pela dos teóricos da coisa.
Não nos preocupemos com o que são os médicos e os enfermeiros.
Quando foi preciso legitimar as injecções intravenosas no curriculum escolar dos enfermeiros, foi a douta Ordem dos Médicos que, na sua augusta magnanimidade fez essa cedência.
A pergunta é: com que direito e com que autoridade?
Onde foi a Ordem dos Médicos buscar o termo de possessão desta técnica das IV, aliás praticadas e aperfeiçoadas por enfermeiros?
Pensem nisto antes de atirarem bonés ao ar.
Hoje os Enfermeiros também têm uma Ordem com os mesmos direitos e deveres da Ordem dos Médicos, só que ainda não atingiu a esperteza... da OM.
Licenciados, como os Médicos, com um curriculo escolar de menos 900 horas que o dos Médicos, porque o curso de Enfermagem é de 4 anos e o de Medicina é de 6 anos, os Enfermeiros têm o mesmo direito de definir o seu perfil profissional que têm os Médicos, pois têm os conhecimentos e competências de saberes próprios feitas, que lhes permitem inventar e aperfeiçoar modos de ser e de fazer, que não são cópias de nada, mas originais.
Quando Florence descobre meios e práticas de reduzir a mortalidade de 42% a 2%, sobretudo no combate à gangrena e erisepela, já havia médicos com a sua Ordem. Foi, no entanto, o seu saber de experiencia feito (aposterioristico) que modificou as práticas assistenciais.
Deixem de marrar no cuidar e no cuidativo, porque podem perder a noção e a capacidade da cogitação, do cogitare.
Se querem o canhão peguem num buraco e ponham-lhe ferro à volta como fazia o outro inteligente...
E o canhão ganhava forma: peso conta e medida.
Quanto a cópias:
onde foram os ditos médicos de família aprender a ser enfermeiros de família e a triar doentes que mandam para as consultas de especialidade (que são todas, porque as ditas de clinica geral não passam de triagem), não foi com os enfermeiros?
Foi, sim.
Com quem aprenderam a suturar, não foi com enfermeiros que entretanto por ignorancia crassa de professores de enfermagem iam perdendo esta parcela de assistência?
Com quem aprenderam a fazer ligaduras de gesso, não foi com os enfermeiros, que deixam os traços de fractura mais alinhados do que os médicos?
Mas são os enfermeiros que se afastam destas práticas e não os outros do chega-pra-lá, porque quem ensina não sabe e quem sabe não ensina, certo, correcto?
Valha-vos São Cricalho da Maia, que com o Lidador fundaram o condado da dita.
 
Concordo DE!! Irrita-me o medo de mais autonomia e aquisição de novas competências! No meu serviço, os cirurgiões queriam dar formação como executar pensos de vácuo. As chefias insurgiram-se de imediato a rejeitar essa possibilidade pq os enfermeiros já tinham demasiadas funções. Porra será plausível que se negue o conhecimento de uma nova competência, num serviço em que ainda são os enfermeiros que fazem os cuidados de higiene? Porra se n há tempo para tudo, adquirem-se umas funções e delegam-se outras aos AAM. Creio que o caminho da nossa profissão tem que passar pela prestação de cuidados especializados! Continue DE! NA
 
Talibã das Beiras:

Deixe de ser egocentrista e lembre-se que um dia poderá estar numa situação de utente e que apanhe um colega que "só lhe pagam para trabalhar e não para mimar ou ter empatia pela sua dor"...aposto que mudará de opinião nos primeiros 5 segundos ao sentir a maneira fria que defendem!!

Talibã das beiras, será que também anda escondido nas grutas e ler o Alcorão e de vez em quando aparece na civilização?!?
 
Mas qual é o mal de reconhecer que tem pena de não ser médico, que é injusto (porque os critérios de selecção não são infalíveis, nem os melhores; porque não se deve moldar todo o destino profissional de um indivíduo por um resultado conseguido aos 16 anos; porque há médicos estrangeiros, da Guiné, da Bulgária, etc., com muita pior preparação de base; porque há exemplos de portugueses com carreiras ao mais alto nível, exemplo Joana Amaral Dias, que também não entraram em medicina), que é fruto de uma irresponsabilidade de consecutivos Governos e que mesmo agora ainda gostaria de estudar e realizar uma vocação forte?

Não percebo porque se há-de calar aquilo, uma vocação, que resulta de um grande erro de Portugal e se entra na via de, veladamente, medrosamente, atacar a classe médica e pretender ficar com parte das suas competências profissionais.
 
"No outro dia, fui à farmácia e pedi a um farmacêutico para me dar a vacina da gripe... resultado - fiquei três dias que nem podia mexer braço " - Ouvi eu hoje alguém dizer...

Cada um sabe de si, mas guardando sempre o devido respeito por todos os profissionais, quando preciso de um canalizador, não peço a um carpinteiro para me fazer o trabalho...

Do mesmo modo, eu enquanto Enfermeiro, recuso-me a fazer trabalhos ou dar opiniões em áreas para as quais não tenho competência nem motivação para o fazer... simplesmente, porque não são do meu domínio.
Orgulho na nossa profissão, passa também por não querermos ser mais do que realmente somos, inovar, investigar, fazer mais, mas sempre dentro do nosso espaço...
Somos todos precisos, cada um no seu lugar!

O texto na integra em http://3m2.blogspot.com/2009/10/enfermagem-vs-farmacia.html
 
@ ZapporssoN_81

E já agora, qual é "o seu domínio" enquanto enfermeiro? Qual é o "espaço" da enfermagem? E este é estático ao longo do tempo?

"não querermos ser mais do que realmente somos" - não querer evoluir é assinar a sentença de extinção a curto prazo.
 
"Vi aqui um post que dizia ser contra o MDP porque era uma espécie de RVCC dos Enfermeiros. Eu pergunto, vê-se algum médico a voltar à faculdade para tirar à especialidade?
Não são todos especialistas depois do Internato da Especialidade?
Qual é o problema?"

São vários os problemas, não é só um ...

Não tende comparar a formação dos médicos com a dos enfermeiros. Não estou a dizer que uma é melhor que a outra, ou melhor ...deixe lá
 
Enf: Coimbra disse:

"Vi aqui um post que dizia ser contra o MDP porque era uma espécie de RVCC dos Enfermeiros. Eu pergunto, vê-se algum médico a voltar à faculdade para tirar à especialidade?
Não são todos especialistas depois do Internato da Especialidade?
Qual é o problema?"

Não fui o autor, mas concordo com o post que referiu.

Há vários problemas e o principal é que é tudo diferente entre enfermeiros e médicos - a saber:

1 - O médico sai com mestrado de base, enfermeiro com a licenciatura (o nível mais baixo no ensino superior de acordo com Bolonha), logo não faz sentido o médico especializar-se adquirindo algo que já tem (falo a nível académico, claro…);
2 - A formação base dos enfermeiros é insuficiente, em termos teóricas, para muitas especialidades (anatomia, fisiologia, ...) - pelo menos é a minha opinião de especialista em reabilitação - eu efectivamente aprendi algo na especialidade, já não digo o mesmo do complemento;
3 - A especialização pode dar a oportunidade para os enfermeiros que assim o queiram, adquirir o grau de mestre, é importante para a profissão estarmos equiparados, em termos de grau, a outras profissões da saúde e não só. Para os desatentos, que andam distraídos, neste momento o mestrado é o equivalente à antiga licenciatura. É Bolonha, amigos;
Algumas perguntas:
Se formos todos especialistas, quem presta cuidados gerais? Ou o ideal é misturar cuidados gerais com especializados? Será que o governo vai pagar como especialistas a todos os enfermeiros? Acham, mesmo? Ou vai nivelar tudo por baixo? Não seria mais fácil e justo, estipular rácios adequados de especialistas por serviços e existir uma carreira de especialistas com ganhos financeiros evidentes para quem lutou e foi estudar?

Quando diz "...e não tem paralelo noutra qualquer profissão?" Deve estar a referir-se a voltar à escola/faculdade para estudar…Desculpe, mas sabe o que diz?!! Os médicos é que são a excepção!!!

Neste momento a esmagadora maioria dos cursos de licenciatura (1º ciclo) dão a hipóteses dos estudantes prosseguirem estudos para o mestrado (2º ciclo) numa determinada área - procure exemplos pela net, são muitos e muitos desde os professores, educadores, engenheiros, ....... nunca mais acaba!!

Na minha opinião a enfermagem devia estar ao nível do 2º ciclo pelo menos ao nível dos especialistas, é a minha opinião...mas a ver vamos se o caminho seguido dá frutos, mas o que vejo é cada vez mais enfermeiros a questionarem este modelo!! Os médicos têm outras boas coisas para a malta copiar se assim o desejarem , a começar pela carreira …até dava um desconto de 40 % em relação ao vencimento de médico especialista e com exclusividade …
Para mim será um retrocesso enorme e em relação às especialidades será a banalização completa e o desprestígio consequente...

Não podem dizer que não foi o que pediram!!!

Eu não pedi nada disto!

FILIPE
 
Enf: Coimbra disse:

"Vi aqui um post que dizia ser contra o MDP porque era uma espécie de RVCC dos Enfermeiros. Eu pergunto, vê-se algum médico a voltar à faculdade para tirar à especialidade?
Não são todos especialistas depois do Internato da Especialidade?
Qual é o problema?"

Não fui o autor, mas concordo com o post que referiu.

Há vários problemas e o principal é que é tudo diferente entre enfermeiros e médicos - a saber:

1 - O médico sai com mestrado de base, enfermeiro com a licenciatura (o nível mais baixo no ensino superior de acordo com Bolonha), logo não faz sentido o médico especializar-se adquirindo algo que já tem (falo a nível académico, claro…);
2 - A formação base dos enfermeiros é insuficiente, em termos teóricas, para muitas especialidades (anatomia, fisiologia, ...) - pelo menos é a minha opinião de especialista em reabilitação - eu efectivamente aprendi algo na especialidade, já não digo o mesmo do complemento;
3 - A especialização pode dar a oportunidade para os enfermeiros que assim o queiram, adquirir o grau de mestre, é importante para a profissão estarmos equiparados, em termos de grau, a outras profissões da saúde e não só. Para os desatentos, que andam distraídos, neste momento o mestrado é o equivalente à antiga licenciatura. É Bolonha, amigos;
Algumas perguntas:
Se formos todos especialistas, quem presta cuidados gerais? Ou o ideal é misturar cuidados gerais com especializados? Será que o governo vai pagar como especialistas a todos os enfermeiros? Acham, mesmo? Ou vai nivelar tudo por baixo? Não seria mais fácil e justo, estipular rácios adequados de especialistas por serviços e existir uma carreira de especialistas com ganhos financeiros evidentes para quem lutou e foi estudar?

Quando diz "...e não tem paralelo noutra qualquer profissão?" Deve estar a referir-se a voltar à escola/faculdade para estudar…Desculpe, mas sabe o que diz?!! Os médicos é que são a excepção!!!

Neste momento a esmagadora maioria dos cursos de licenciatura (1º ciclo) dão a hipóteses dos estudantes prosseguirem estudos para o mestrado (2º ciclo) numa determinada área - procure exemplos pela net, são muitos e muitos desde os professores, educadores, engenheiros, ....... nunca mais acaba!!

Na minha opinião a enfermagem devia estar ao nível do 2º ciclo pelo menos ao nível dos especialistas, é a minha opinião...mas a ver vamos se o caminho seguido dá frutos, mas o que vejo é cada vez mais enfermeiros a questionarem este modelo!! Os médicos têm outras boas coisas para a malta copiar se assim o desejarem , a começar pela carreira …até dava um desconto de 40 % em relação ao vencimento de médico especialista e com exclusividade …
Para mim será um retrocesso enorme e em relação às especialidades será a banalização completa e o desprestígio consequente...

Não podem dizer que não foi o que pediram!!!

Eu não pedi nada disto!

FILIPE
 
Começo a pensar em dar um tiro nos miolos mesmo no meio da sala de espera, talvez assim alguém olhe para a vida de merda que o enfermeiro do século 21 tem.
 
DR Enfermeiro como refere que gosta de um "debate saudável", para quando um sobre a DISSINDICALIZAÇÃO COLECTIVA de enfermagem...(Prós e contras)

Aposto que ia ser um bom debate, ou será que não está interessado neste tema, tambem o afectará um bocadinho?
 
"vida de merda que o enfermeiro [português] do século 21 tem"...

mais uma "engraçada": a licença de parentalidade do pai são (um máximo de) 20 dias úteis; enquanto enfermeiro, trabalho também aos fins de semana, pelo que estou dispensado de segunda a sexta, mas no Sábado e Domingo tenho de trabalhar. Ainda fiquei a ver se estaria nalgum programa televisivo de "apanhados"; estão a gozar comigo?? Neste país de legisladores "ás 3 pancadas" nem se lembram dos enfermeiros (e outros profissionais) que trabalham quando eles (e a maioria das pessoas) descansam.
 
Olhe Dr Enfermeiro, já que quer acabar com os limites que existem entre as varias profissoes no ambito de saude vou lhe dar um exemplo daquilo que iria ter e que tantas vezes o ouvi criticar:
1º- Os farmaceuticos e tecnicos de farmacia, em contexto de farmacia, podem continuar a administrar as vacinas e os injectaveis, a realizar e prescever realização de pensos cirurgicos e tratamento de ulceras de pressao, realizar ensinos sobre prevenção de hta, diabetes, etc.
2º-Os auxiliares podem continuar a prestar os cuidados de higiene a todos os doentes, a alimenta-los, a posiciona-los e, como se passa em muitos lares, administrar a medicação oral
3º-Os medicos continuam a ser donos e senhores dos serviços de saude, a prescrever, a mandar e desmandar enquanto o enfermeiro continua à espera de migalhas que caiam da infinita sabedoria médica (que,com todos sabem, a experiencia do modelo bio-medico é o sucesso que se vê !?)...
e finalmente os enfermeiros...caiem no vazio. Já conseguimos que o termo e a essencia do cuidar fossem apropriados por outros tecnicos de saude (psicologos) que conseguem dar melhor rumo a algo que, pessoas como o senhor,querem esconder debaixo do tapete com o pretexto de nao ser importante para o desenvolvimento de uma boa prestação dos cuidados.Como é que algum dia nos podemos distinguir das outras profissoes no ambito dos cuidados de saude quando ainda nao conseguimos criar uma identidade propria? Temos primeiro que olhar para dentro da nossa profissao para depois nos mostrarmos aos outros e deixar de exigir mais competencias que nao fazem parte da nossa esfera de actuação. O PIOR INIMIGO DOS ENFERMEIROS SÃO OS PROPRIOS ENFERMEIROS. Reflictam sobre isso antes de se porem a divagar no vazio.
 
O "Talibã das Beiras" tem que andar escondido, por várias razões:
neste mundo da enfermagem quem se assumir como oposição ao actual estado de graça, arrisca-se a ser esmagado pelo sistema, principalmente se for um Talibã contratado com cerca de cinco anos de serviço!
Portanto, caro EPH, o Talibã das Beiras tem que ser isto mesmo: um personagem que vive na sombra de um jovem enfermeiro que tenta sobreviver a este lamaçal, que personifica neste personagem a sua revolta, que tenta ser caustico e até corrosivo.
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível!
 
@ Jorge Ribeiro:

Não se trata de acabar com os limites das profissões, mas de ENTENDER que estes não são estáticos, estão em constante mudança e podemos tentar alargar os nossos, ou deixar que outras profissões alarguem os seus limites para dentro dos nossos, como tem acontecido com grande frequência. Eu, pessoalmente, prefiro alargar os limites que estão em confronto com os limites de profissões mais diferenciadas, do que alargar os limites que estão em confronto com profissões como AAM. Não se deu conta que o(s) exemplo(s) que deu não são daquilo "que iria ter", mas sim daquilo que tem agora, por não sabermos definir correctamente os nossos limites? Quer-se apropriar dos termos, mas não da técnica e da ciência. Quer saber o que é "divagar no vazio"? É dizer coisas destas: "Temos primeiro que olhar para dentro da nossa profissao para depois nos mostrarmos aos outros e deixar de exigir mais competencias que nao fazem parte da nossa esfera de actuação". Ainda quero ver se será o colega o primeiro a explicar-me qual é afinal a nossa "esfera de actuação"... esfera, só se for enquanto comparável a uma bola de golfe... vai levando pancadas dos outros até acabar por cair no buraco.
 
"É, sou burro, muito burro, definitivamente não alcanço as vantagens metafisicas do novo bocadinho de Carreira, quando vier o resto (se algum dia vier) talvez os Sindicatos me consigam explicar, a mim que sou uma mente simples e humilde, ainda bem que temos verdadeiros génios a conduzir o processo...
Cumprimentos,"
 
Talibã das Beiras:
A sua revolta é legitima mas daí voltar-se frio...o doente nunca deve pagar pelos erros do governo.
 
Para quando as ATITUDES que realmente importam e que realmente tenham visibilidade?

Para quando a MUDANÇA necessária?

Para quando A DIGNIDADE da enfermagem?

Até lá vão conversar todos com o car..lo!
 
QUEM LÊ O COMUNICADO DOS SINDICATOS NOTA UMA REVOLTAZINHA...BOA!

MAS SÓ DEVEM REVOLTAR-SE COM A SUA INCOMPETENCIA E ESTUPIDEZ!

E DIZ QUE VÃO CONTINUAR "NA LINHA DA FRENTE"... ESPERAMOS QUE SEJA NO IRAQUE.
 
"Olhe Dr Enfermeiro, já que quer acabar com os limites que existem entre as varias profissoes no ambito de saude vou lhe dar um exemplo daquilo que iria ter e que tantas vezes o ouvi criticar:
1º- Os farmaceuticos e tecnicos de farmacia, em contexto de farmacia, podem continuar a administrar as vacinas e os injectaveis, a realizar e prescever realização de pensos cirurgicos e tratamento de ulceras de pressao, realizar ensinos sobre prevenção de hta, diabetes, etc.
2º-Os auxiliares podem continuar a prestar os cuidados de higiene a todos os doentes, a alimenta-los, a posiciona-los e, como se passa em muitos lares, administrar a medicação oral
3º-Os medicos continuam a ser donos e senhores dos serviços de saude, a prescrever, a mandar e desmandar enquanto o enfermeiro continua à espera de migalhas que caiam da infinita sabedoria médica (que,com todos sabem, a experiencia do modelo bio-medico é o sucesso que se vê !?)...
e finalmente os enfermeiros...caiem no vazio. Já conseguimos que o termo e a essencia do cuidar fossem apropriados por outros tecnicos de saude (psicologos) que conseguem dar melhor rumo a algo que, pessoas como o senhor,querem esconder debaixo do tapete com o pretexto de nao ser importante para o desenvolvimento de uma boa prestação dos cuidados. Como é que algum dia nos podemos distinguir das outras profissoes no ambito dos cuidados de saude quando ainda nao conseguimos criar uma identidade propria? Temos primeiro que olhar para dentro da nossa profissao para depois nos mostrarmos aos outros e deixar de exigir mais competencias que nao fazem parte da nossa esfera de actuação. O PIOR INIMIGO DOS ENFERMEIROS SÃO OS PROPRIOS ENFERMEIROS. Reflictam sobre isso antes de se porem a divagar no vazio."
Ainda há bom senso, gosto e competência no cuidar em ENFERMAGEM. Chega de delegarmos o que é o nosso campo de acção e incutir ambição por actos médicos que nunca nos vão dar de mão beijada. Tanta relutância nos cuidados de higiene e conforto, posicionamentos, alimentação e por pouco também delegamos a terapêutica oral e alguma injectável, como já é prática nos lares. Esvaziamos o nosso conteudo funcional, sem qualquer suporte legal na aquisição de actos médicos. Esta estratégia está a minar o ambiente nos serviços e a contribuir para morte da profissão.
 
Caro colega Filipe:

Penso que se refere muito ao título académico e à especialização. E uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra. Até há bem pouco tempo as pessoas especializavam-se sem qualquer tipo de titulo académico associado. Mais, não é o título académico que lhe confere progressão, isso já acabou com o 12a/2008.

Depois fala nas especialidades de reabilitação, mas as futuras serão, concorde-se ou não, diferentes. Eu sendo Enfermeiro numa Unidade de Queimados saberei muito mais de queimaduras e do cuidar deste tipo de doente crítico do qualquer outro colega que tenha tirado a especialidade de médico-cirúrgica e que trabalhe numa Medicina e até pode ter mestrado em queimados e tratamento de feridas! Essas competências têm de ser reconhecidas!

Depois um aspecto importante. Os especialistas ACUMULAM os cuidados especializados aos cuidados gerais. Eles não se compartimentam daí concordar que obviamente o especialista deve prestar cuidados gerais. Não pode ser visto como uma espécie de santo graal da enfermagem que só actua em determinada área.
 
"A sua revolta é legitima mas daí voltar-se frio...o doente nunca deve pagar pelos erros do governo."

Quem deve pagar então? Os enfermeiros? O colega será possivelmente daqueles que não faz greve "para o doente não pagar". E se o governo cometer "o erro" de deixar de remunerar os enfermeiros ou atribuir um ordenado base de €200? "o doente nunca deve pagar pelos erros do governo", pelo que o colega irá trabalhar na mesma, em prol do "que for melhor" para o doentinho. Não trabalhamos por caridade! Os doentes são nossos clientes, não são nossos amigos. Somos enfermeiros ou padres?
 
Caro colega Enfcoimbra:

Lamento, mas julgo que seria muito mais benéfico para a evolução da enfermagem se existissem enfermeiros especialistas a exercerem cuidados efectivamente especializados e mais diferenciados. Aí já deixa de interessar a comparação com os médicos? Quando se copia a parte pelo todo, é o que dá ...fica-se com o mau e rejeita-se o bom...
As competências adquiridas valem sempre ...e há sempre a hipótese de as valorizar (concursos, acesso às especialidades, progressão na carreira, ...) repare que na nova carreira não se valoriza nem formação académica e profissional nem competências adquiridas ...

Não sou contra a existência do MDP, nem de EPT ... isso ao nível das especialidades deveria acontecer após mestrado.

Exigência, é o que necessita a enfermagem ... qualidade ... diferencação ... conhecimento ... EVOLUÇÃO!!!

A formação ao nível do mestrado não é irrelevante, nem indiferente, nem uma vaidade, é sim uma necessidade...verá que estamos perto de recuar aos anos 90 do século passado... a ver vamos!!!!

Porque acha que, na negociação da carreira, o MS não cede na questão da subida de 2 escalões aos especialistas. Porque rapidamente percebeu que com a história do MDP todos a minha gente será especialista (estilo RVCC, SIM...as novas oportunidades socráticas, uma verdadeira vergonha nacional...) e governo não está disposto a subir 2 escalões nos próximos anos a todos s enfermeiros deste país!

Espero que a OE e os nossos sindicatos saibam bem o que estão a fazer (carreira - estrutura geral- e MDP) e que eu esteja completamente errado!!
 
"Somos enfermeiros ou padres?"

Se fossemos padres, COBRARIAMOS o devido
 
Lprolog: concordo e mais nada!

Os doentes, nossos clientes são o mais importante para nós, mas tb ficam extasiados com a remota possibilidade de poder "acusar" ou "fazer queixa" de nós aos srs drs. São os primeiros a atirar a pedra. São bem menos os reconhecidos que os ingratos, mas eu sou profissional e vivo bem com isso!
Há que saber gerir estas e outras para sobreviver neste mundo de cão! E por que preço? pois... esse! Ninguem me peça para dar a unica coisa que tenho para vender (baratinho, baratinho) O MEU TRABALHO!
Qto a caridade e muitas mesuras substituam por COMPETENCIA E EFICIENCIA! O meu ordenado não dá muita vontade de sorrir nem de andar com pieguices e outras merdas, é que faço muitas muitas contas á puta da minha vida para viver com a cabeça levantada!

E JÁ AGORA PARA QUANDO UMA MERDA DE UMA GREVE PARA APALPAR O PULSO TANTO AO GOVERNO COMO Á CLASSE? VAMOS A ISSO!
 
Precisamente por sermos enfermeiros, os nossos clientes são pessoas a que prestamos CUIDADOS DE SAÚDE, MUITAS VEZES EM SITUAÇÃO DE GRANDE VULNERABILIDADE E GRANDE SOFRIMENTO. NÃO FAZEMOS ROLHAS, NEM SACOS DE PLÁSTICO, sem qualquer desprestígio por quem os faz. Também não cuidamos com caridade e compaixão, mas com profissionalismo, promovendo a relação de ajuda , respeitando a individualidade de cada um e mantendo o sigilo profissional. Há competências que só se adquirem em contexto pós-básico, com ensino de qualidade e com enfermeiros de referência. As especialidades propostas, tipo RVCC, serão a segunda versão do complemento. Espero que pelo menos tenham presença física, objectivos e avaliação nos estágios.
 
Bom, várias são as opiniões, mas penso que duas palavra resumem o actual estado das coisas e aí ninguem discorda: DESGRAÇA TOTAL
Cumprimentos,
C2
 
Caro LPROLOG: tenho pena quando um colega me vem dizer que nao sabe qual é o seu campo ou esfera de actuação. Entao na sua prática diaria de cuidados anda à deriva. Assim compreendo quando se define como uma bola de golfe. Serve-lhe como uma luva.Parece mais como os flipers. Anda a bater em todos o lado (médicos, auxiliares, familiares, doentes, etc) sem saber muito bem o que fazer. O nosso campo de actuação é todo aquele que a nossa formação, capacidade e competencias, nos permite desenvolver, relizando uma acção de forma correcta e fundamentada.Agora em relação ao que diz respeito aos limites entre as profissoes mostra o total desconhecimento do que define uma profissao. Isso que referiu, de alargar os limites é tentar trasnformar-nos em hibridos: um pouco medicos, um pouco farmaceuticos, um pouco dietistas...e muito pouco enfermeiros. Pensei que o insucesso deste modelo antigo (bio-medico) que levou a muitos anos de submissao à figura do médico, tivesse levado as pessoas a reflectir mas pelos vistos enganei-me. Preferem modelos facilitistas, de cumprir prescriçoes em vez de ser autonomos...eu sei, ser autonomo dá MUITO trabalho. Mostra total ignorancia ao achar estranho referir que temos de realizar uma introspecção. É muito melhor do que sermos cata ventos, sem rumo ou proposito definido. Aconselho-o a reflectir sobre o que é realmente a enfermagem, e nao pensar muito sobre a sua perspectiva ligeira, superficial e pouco fundamentada sobre o que é a nossa profissao.Falta-lhe algo que tambem falta à nossa profissao: identidade propria.
 
SEM PALAVRAS
Sinto que a Enfermagem está ser dirigida pelos EUROS e não pela dedicação e/ou profissionalismo.
Assim é difícil mudar a opinião do governo...
 
@ Jorge Ribeiro:

Como seria de esperar, falou muito e disse pouco (de palpável). Pelo que disse, e pelo que os outros enfermeiros têm dito, informo-o que o colega será possivelmente o único enfermeiro português que no momento "não anda à deriva". Presumo que não esteja na prestação directa de cuidados, daí tanta teoria vazia, que o leva dizer coisas como: " O nosso campo de actuação é todo aquele que a nossa formação, capacidade e competencias, nos permite desenvolver, relizando uma acção de forma correcta e fundamentada." Que esfera é esta que definiu sem lhe ter definidos os limites? Digo-lhe colega, que se (julga que) não anda à deriva na sua prática diária, anda pelo menos à deriva nas suas ideias, ideais e ideologias. É por causa de enfermeiros assim, que a enfermagem tarde ou nunca definirá de forma CONCRETA os seus limites, que não devem ser ultrapassados pelas outras profissões. Tal é a sua "deriva mental" que vê a coisa ao contrário: não são os enfermeiros que se tentam transformar "um pouco medicos, um pouco farmaceuticos, um pouco dietistas"; estes é que que se estão a tentar transformar um pouco em enfermeiros, por não termos os nossos limites definidos - chame-lhes híbridos, se quiser. Sabia que os farmacêuticos já podem administrar injectáveis nas farmácias? Colega: acorde para a vide e assente os dois pés na terra. Já agora, uma vez que pouco ou nada sabe sobre mim, não tem a mínima autoridade para opinar sobre a minha identidade própria ou falta dela. Só vai dar conta que realmente anda à deriva, quando se afundar. "Felizes os ignorantes".
 
Caro LPROLOG: Está muito enganado quando diz que nao estou na prestação directa de cuidados.Trabalho à 12 anos na prestação directa de cuidados mas nao me afastei do aspecto academico que a nossa profissao tambem tem. Fiz a especialidade em enfermagem medico cirurgica e o mestrado em ciencias de enfermagem o que me permitiu olhar para a enfermagem sem ser do ponto de vista só da prática. Por acaso vê outros exemplos em profissoes como professores, advogados, economistas,em que existe uma mistura de funçoes ou competencias? Pelos vistos é dos poucos enfermeiros que nao se importa com a usurpação de competencias como a que se passa com a vacinação nas farmacias. Dou-lhe os parabens pela falta de visao.Como é que quer definir os limites da nossa profissao quando é a primeira a dizer que nao devem existir limites ou estes devem ser mutaveis ou permeaveis. Sabe que o poder que os medicos têm lhes advem de terem o seu limite bem definido.Começam por limitar o acesso à profissao (falta de medicos leva a um aumento do seu poder, nao podem ser dispensados), nao andam a partilhar o seu conhecimento com mais ninguem e apenas nos delegam aquilo que para eles já nao tem interesse ou acham que têm pouco merito. é isto que quer para a enfermagem? Restos? Como já disse ao autor do blog deve estar na profissao errada. Acusa-me de deriva de ideias mas a unica pessoa que só critica e ainda nao apresentou uma unica soluçao foi voce.Acha que os outros profissionais querem um pouco da enfermagem? Sim, mas acredite que nao querem tudo.Querem só a parte mais visivel e limpa da enfermagem. Nao querem as noites juntos dos doentes,os cuidados de higiene, a alimentação. Só se querem apropriar das vacinaçoes, tratamentos de ulceras e pensos cirurgicos. Pelo que me diz se realmente todos pensam como voce vamos parar ao abismo...mas eu sei que como voce nao há muitos...o problema é que quem grita mais alto é o primeiro a ser ouvido...mas quando a poeira assenta so fica quem tem uma boa base de conhecimentos...de ENFERMAGEM.Acredita que a enfermagem amadora como voce a quer definir já acabou. Abraço a todos os ENFERMEIROS.
 
@ Jorge Ribeiro

Até acreditei quando disse que eu estava com falta de visão, depois de ler este seu último post, que não pode ter sido escrito pela mesma pessoa que escreveu os restantes, senão vejamos:
"Pelos vistos é dos poucos enfermeiros que nao se importa com a usurpação de competencias como a que se passa com a vacinação nas farmacias." - tinha sido eu mostrar ao 1º Jorge Ribeiro que isso acontecia, porque ele pensava que eram os enfermeiros a usurpar funções dos farmacêuticos e não o contrario; "Por acaso vê outros exemplos em profissoes como professores, advogados, economistas,em que existe uma mistura de funçoes ou competencias?" - se calhar é porque nas outras profissões o campo de actuação não está definido como, segundo o 1º Jorge Ribeiro, "todo aquele que a nossa formação, capacidade e competencias, nos permite desenvolver, relizando uma acção de forma correcta e fundamentada" - quem não tem capacidade e competência para realizar de forma correcta e fundamentada a limpeza do chão? pois bem, comece o colega por pegar na vassoura; eu não disse que os limites "devem ser mutaveis ou permeaveis" eu digo que SÃO mutáveis (ou mudam) ao longo do tempo (o seu principal problema é que ainda não percebeu isto) e, REPITO "não devem ser ultrapassados pelas outras profissões", ou usando o seu termo, deverão ser impermeáveis (certo?); "sabe que o poder que os medicos têm lhes advem de terem o seu limite bem definido" - bem definido e não definido como já transcrito atrás das suas palavras; os outros profissionais "nao querem as noites juntos dos doentes,os cuidados de higiene, a alimentação" - o 1º Jorge Ribeiro tinha dito que os auxiliares queriam isto (em que ficamos?; "a unica pessoa que só critica e ainda nao apresentou uma unica soluçao foi voce" e REPITO-ME: "alargar os limites que estão em confronto com os limites de profissões mais diferenciadas, do que alargar os limites que estão em confronto com profissões como AAM", ainda não vi foi nenhuma solução da sua parte, a não ser começar a fazer limpezas. O colega não conseguiu atingir o cerne da questão que temos andado a rodear nesta saudável discussão , que é a definição legal (e concreta) do acto de enfermagem. Esta é a verdadeira definição dos limites da profissão, que está presente nas outras profissões e falta na nossa, por razões mais ou menos obscuras (talvez para não fecharmos a hipótese de um dia vir a limpar o chão quando os outros ficarem com o resto). Felicito-o pela coragem de ter investido no aspecto académico da profissão, ainda que tenha dúvidas que isso (como em todos os restantes enfermeiros) se tenha traduzido numa melhoria a nível da prática profissional. Sempre defendi (como poderá ver em todos os meus anteriores posts) uma enfermagem como ciência, daí, nunca amadora. O que eu também defendo é uma EVOLUÇÃO destes conhecimentos científicos, uma vez que na actualidade a ciência de enfermagem... pronto... digamos que é mais uma arte (citando aqueles que também gostam de divagar como o colega).
 
Caro LPROLOG: vou terminar esta saudavel troca de ideias porque este seu ultimo comentario mostra que quando nao existe argumentos começa a ultrapassarsse a barreira do ridiculo. Limpeza do chao? Em que escola é que tirou o curso? é que nunca vi em NENHUM programa curricular de enfermagem a limpeza do chao! Comparar isso aos conhecimentos e à ciencia de enfermagem é de quem está muito longe da realidade. Profissoes como os AAM?Aconselho-o a ler a definição de profissao. Os aam sao tudo menos uma profissao. Uma ocupação, uma funçao, agora profissao...por isso quando me refiro a profissoes estou a falar de medicos ,farmaceutico, etc...e a sua obcessao pelas limpezas...deve ter andado a ler outros comentarios menos o meu.Depois a cada comentario que faz muda a sua opiniao. Neste ultimo diz o seguinte "que é a definição legal (e concreta) do acto de enfermagem. Esta é a verdadeira definição dos limites da profissão, que está presente nas outras profissões e falta na nossa" e em comentarios anteriores disse isto "Não se trata de acabar com os limites das profissões, mas de ENTENDER que estes não são estáticos, estão em constante mudança e podemos tentar alargar os nossos, ou deixar que outras profissões alarguem os seus limites para dentro dos nossos, como tem acontecido com grande frequência."Entao, define-se os limites ou nao? Foi o que eu disse antes: ainda bem que muitos enfermeiros tem uma visao mais clara da enfermagem e do seu futuro. Voce está muito agarrada ao passado.DÁ MUITO TRABALHO SER AUTONOMO, NAO É!? Ah, e aquilo que voce chama divagar, talvez a melhor palavra é REFLECTIR. Abraço a todos os ENFERMEIROS.
 
@ Jorge Ribeiro:

Entendo que tenha esgotado os seus escassos argumentos. Ou não percebe ou faz de conta que não percebe. Não percebeu que na sua definição da esfera de enfermagem cabe tudo e mais alguma coisa, incluindo a limpeza do chão? Ou não sabe o que é uma "definição" ou não se sabe definir; quem falou em programas curriculares?? Falei na sua definição que como vê é tão vaga como idiota, por permitir conclusões destas. Aconselho-o a estudar um pouco o conceito de definição e as suas consequências. Já agora, quer o conceito de profissão: "Considera-se como profissão de um indivíduo o ofício ou a modalidade de trabalho, remunerado ou não, a que corresponde um determinado título ou designação profissional, constituído por um conjunto de tarefas que concorrem para a mesma finalidade e que pressupõem conhecimentos semelhantes, que este efectua, ou efectuava, se se tratar de um desempregado à procura de novo emprego' (INE, 1997)". Então AAM, é... precisa vivamente de rever alguns conceitos e definições, caro colega. Não percebo é a confusão mental que faz com a evolução, a mutação dos limites a a definição destes. Talvez com um exemplo prático chegue lá: os países têm limites (chame-lhes fronteiras), que ao longo do tempo se alteram (MUDAM), normalmente através de guerras (é das "guerras" pelos limites que tem medo?); assim, os limites, estando definidos, mudam ao longo do tempo; recentemente, os limites marítimos de Portugal (bem definidos) foram aumentados (evoluíram), mesmo sem guerra. Espero que agora tenha conseguido entender.
Já agora, ando há uns posts para lhe dizer que antes de dominarmos qualquer outra linguagem, primeiro devíamos dominar bem a língua portuguesa. Os erros ortográficos são do pior para qualquer profissional que se preze.
 
As conclusoes idiotas é voce que as tira, logo o idiota é voce. Se acha que AAM é uma profissao entao adira a ela porque é a sua cara.Talvez auxiliar no exercito já que gosta tanto de guerras.Aconselho-o a ir ao site http://www.iefp.pt/formacao/CNP/Documents/INDICE_ALFAB.pdf e tentar encontrar a profissao AAM.Pode pedir desculpa pela sua ignorancia no post seguinte. Comparar limites geograficos com limites de profissoes...realmente é do melhor.Queria chegar a alguma conclusao com isso? E já agora,consegue transpor isso para a nossa profissao.Entramos em guerra com quem? Com os proprios enfermeiros que nao querem desenvolver as suas actividades ou com os outros profissionais de saude. Nao sei, mas parece-me o discurso utópico, vazio e bacoco dos sindicatos. Acertei?Descer o discurso ao erros ortograficos é mesmo de quem nao tem mais nada para dizer. Mas se calhar voce é o exemplo da perfeição, ou egocentrico, mas... sao ambos sinonimos. Eu só disse que nao ia continuar esta conversa para você nao continuar a fazer figuras tristes mas isso é consigo. Aconselho-o a ler mais, reflectir, a ouvir um pouco mais aqueles que chama de teoricos. Se nao fosse eles a enfermagem nem existia. Continuavamos a ser as "freirinhas" dos hospitais.Aguardo calmamente mais uma resposta (pouco)inteligente sua.
 
@ Jorge Ribeiro

"Aguardo calmamente mais uma resposta (pouco)inteligente sua"; agora fez-me rir... é que de calmo o seu post não tem nada; eu sei, eu sei que as verdades custam a ouvir, mas se a carapuça serve, lá tem que se enfiar (como diz o outro, "ponha manteiga se quiser" Emídio Guerreiro, 2008). As conclusões qualquer um as tira (haja inteligência para isso), são idiotas porque partem de uma definição idiota. Vou-lhe ensinar outra coisa, quando se procura uma definição (como a de profissão), o melhor será usar um dicionário ou equivalente e não sites de emprego e formação profissional (olhe que se usasse mais vezes o dicionário, não escrevia com tantos erros ortográficos). Ignorância é chaparem-nos na cara uma definição (com valor científico) e não a entendermos, mas não precisa de pedir desculpa, porque a ignorância é não saber e não saber que não se sabe. Com a comparação ou exemplo que lhe dei, não queria chegar a nenhuma conclusão, queria era que o colega lá chegasse, uma vez que de outra forma não consegue, mas vejo que nem assim; pois bem, então, "como se fosse uma criança de 4 anos": a enfermagem é como um país sem fronteiras bem definidas, onde cada um pode vir buscar a parcela que mais lhe convém. É necessário definir bem essas fronteiras para as podermos defender, com guerra se necessário e entendendo que as mesmas podem evoluir, aproveitar essas oportunidades, como os farmacêuticos ou os TAE's fizeram. Entendeu agora? Se não definimos os nossos limites como podemos "guerrear" os farmacêuticos quando eles vêm cá buscar uma parcela que seria nossa? Onde está isso (legalmente) definido? O facto de eles terem os limites deles definidos (onde ninguém entra para "roubar" nada), não impede que os mesmos mudem, evoluam, de modo a aproveitar as oportunidades que surgem, como foi a da administração de injectáveis.
Devo dizer-lhe que a última parte do seu post me deixou deveras intrigado! "...teoricos. Se nao fosse eles a enfermagem nem existia. Continuavamos a ser as "freirinhas" dos hospitais.". Primeira coisa, afinal já deu conta que os limites evoluem, graças "aos teóricos", pois se não evoluíssem, ainda "continuavamos a ser as freirinhas" dos hospitais" (certo?). Segundo, diz que os enfermeiros não devem desenvolver tarefas "da área" dos médicos, dos farmacêuticos, nem das freiras, então sobra o quê? Não me diga que é a limpeza do chão! Lanço-lhe novamente o desafio: diga-me CONCRETAMENTE quais são as funções (e conhecimentos) que devem caber exclusivamente aos enfermeiros. Aguardo uma resposta CONCRETA, não uma definição vaga onde cabe tudo e não tem nada.
 
Caro PROLOG: continua a insistir no erro. Entao o instituto de formação profissional nao é fidedigno para si? Claro, nao tem a resposta que lhe interessa. Já que gosta tanto de citações e definiçoes leia com atenção esta:A autonomia é um elemento essencial numa profissão (Batey and Lewis 1982, Shutznhofer, 1988, Ulrich et al 2003, Wade, 1999, Walter Wesbeen, 2000). A distinção entre uma profissão e uma ocupação resida na autonomia legítima e organizada (Friedson, 1970). Segundo Breda et all (1997) a autonomia é geralmente considerada como o critério principal que diferencia uma profissão de uma ocupação. A autonomia em enfermagem define-se como a capacidade do enfermeiro de cumprir os seus deveres profissionais de uma forma auto-determinada cumprindo os critérios legais, éticos e práticos da profissão. De uma forma mais simples a autonomia é a liberdade de agir de acordo com o que cada um sabe."Pois é. Os AAM tem toda a autonomia...de certeza que você nao é auxiliar?Esqueci-me de o informar que fiz a minha tese de mestrado na autonomia profissional dos enfermeiros.Eu nao falo sem conhecimento e no vazio como você. E sim, nao tenho muito o hábito de colocar os acentos nas palavras mas depois compenso pelo conteudo já voce...mas eu já entendi quando fui ler o seu blog. Primeiro veio para à profissao e cito"por engano".Nota-se perfeitamente. Depois diz"tanto poderá passar por uma mudança de profissao..." Eu aconselho-o a fazer isso.Depois continua sem explicar se quer limites ou nao, insiste na sua actividade favorita e cito novamente "limpeza do chao"...do melhor. Fronteiras bem definidas e em evolução. Que paradoxo! Qual é a profissao que consegue evoluir sem entrar dentro da esfera de actuação de outras? Chama aproveitamento de oportunidades a uma clara usurpação de poderes pelos farmaceuticos. Nao o entendo.É patrocinado por alguma farmácia?"Ponha manteiga, se quiser?" Continua a descer de nivel. Mas pelos vistos deve ser o seu nivel habitual. Rasteiro como as suas ideias. Quer uma resposta concreta em relação às funçoes dos enfermeiros aconselho-o a ler os seguintes documentos: Competências do Enfermeiro de Cuidados Gerais,Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem,Código Deontológico do Enfermeiro e o REPE. Nao é uma leitura muito complicada. Um abraço a todos os Enfermeiros.
 
@ Jorge Ribeiro:

Como já lhe disse, costumo procurar definições nos dicionários (é para isso que servem), e lá, AAM é definido como uma profissão, pelo que só estou errado se os dicionários da língua portuguesa (que é a minha) também estiverem. Quanto à sua tese de mestrado, deixe-me felicitá-lo por ser mais um dos de enfermeiros que fez uma tese sem interesse nenhum para a enfermagem, uma vez que nada contribuiu para a evolução da sua base cientifica. Deixe-me só dizer-lhe que os erros ortográficos que comete estão longe de ser só na falta de acentuação (antes fosse). Se quiser falar de algum conteúdo do meu blog, este não é o sítio para isso, passe por lá e deixe os seus comentários, que eu prometo uma resposta breve. "Fronteiras bem definidas e em evolução. Que paradoxo!" Só na sua cabeça, provavelmente porque "evolução" é uma conceito que desconhece. Felizmente a maioria sabe o que isso é e portanto a enfermagem EVOLUIU, pelo que actualmente a enfermagem já não é actividade exclusiva das mulheres (na maioria prostitutas). Não considero a manteiga de baixo nível, mas o colega lá terá as suas razões com base nas experiências que já teve com a mesma. Mais uma vez não respondeu ao meu desafio e recomendou-me a leitura de documentos que eu já conhecia e onde a definição das funções dos enfermeiros são tão vagas e difusas como as suas ideias. Diga-me por exemplo, com base nos mesmos: um enfermeiro tem autonomia para suturar, para fazer um penso, para algaliar, ou para fazer uma punção intra-óssea? Portanto, o colega acha que nos documentos que referiu os limites da enfermagem estão bem definidos?
 
E de tão entretenidos que andam a discutir a autonomia ainda não deram conta que a autonomia era preocupação de bachareis.
Licenciados, os enfermeiros atiraram com as barreiras abaixo e têm o mesmo direito que outros licenciados, nomeadamente em medicina, de experimentarem novos métodos, novas tétcnicas, geradoras de novas teorias.
Enfermeiros, não vos preocupeis tanto com a lei e com o dever.
Preocupai-vos mais com o saber e saber fazer bem.
Quem vos amarra a discussões estériéis, como se amarra os burros ao ferro sabe que não soltais a arreata.
Falem aos doentes em verso e eles vão gostar.
 
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