sexta-feira, outubro 23, 2009
Enfermeiros de Reabilitação substituídos por... Fisioterapeutas!
A figura do Enfermeiro de Reabilitação, foi trocada na sua imprescindibilidade no que concerne à constituição da referida equipa, pelo Fisioterapeuta!
Naturalmente, os factores que precipitaram isto foram vários. Desde dos Enfermeiros Especialistas pseudo-chefes que abandonam a sua prática clínica para servir de assessor ao Enfermeiro-Chefe (com a aspiração de um dia ocupar o lugar), a um desinvestimento total na formação e evolução destes especialistas (que foi aproveitada pelos Fisioterapeutas), ao não acompanhamento das necessidades do contexto da saúde, passando pela deterioração total a que a Ordem dos Enfermeiros deixou chegar a situação...
É triste, ver assim, uma das Especialidades mais emblemáticas e autónomas da Enfermagem, morrer devagarinho... sufocada, com a conivência dos Enfermeiros!
Quaquer dia também vão por os estagiários a conduzir a viatura do serviço.
Quanto à Ordem dos Enfermeiros, tinham aqui uma oportunidade para fazer uma intervenção ao mais alto nível, mas não, o nível desta bastonária e dos seu amigos é de tal maneira baixo que não podemos esperar nada, rigorosamente nada, enfim nada!
Esqueci-me de dizer, daquela voz de bagaço não vais sair nada!!!
Talibã das Beiras: sempre ao mais alto nível!
Tenho cá uma pena. Você merece, Dr. Enfermeiro. Azede!
desde quando se deixa o enfermeiro de reabilitação quase fora deste contexto???
- Especialidades com mestrado e MDP só após o curso e depois de sentar no banco para voltar a estudar e fazer uma frequênciazitas;
- A carreira com a categoria clara de especialista e reconhecimento em remuneratório
-Especialidades úteis
- Rácios definidos de especialistas por serviços
É só para dar uma certa credibilidade ...
FIIPE
1. O fisioterapeuta não trata apenas da função, mas sim trata uma pessoa, e como saberão uma pessoa não se resume à patologia que tem. É falsa a ideia de que têm uma visão mais global do paciente.
2. Se existe um profissional especializado numa determinada função, não vejo porque motivo se deve recorrer a um profissional indiferenciado cuja formação de base e mesmo complementar é manifestamente inferior.
3. O melhor trabalho na reabilitação de pacientes com patologia pulmonar em Portugal não é feita em Gaia ou em qualquer outro sítio onde enfermeiros de reabilitação têm a exclusividade neste campo, mas sim onde são os fisioterapeutas os responsáveis pela reabilitação, como por exemplo no Hospital de São João ou no Hospital Pulido Valente.
4. a reabilitação respiratória é um campo vasto, multidisciplinar e exige um alto nível de conhecimentos específicos e gerais. Para ter sucesso, implica uma série de ferramentas de avaliação e intervenção alargadas as quais é preciso conhecer e dominar. Conheço em detalhe ambos os curriculos (de fisioterapia e enfermagem de reabilitação) e posso dizer que entre os 2, aquele que se encontra melhor preparado para atender às desvantagens de um doente com patologia respiratória é o fisioterapeuta.
5. O papel do enfermeiro, com estes doentes é fundamental e devem ser incluidos numa equipa multidisciplinar. No entanto, as especificidades da "reabilitação" devem ser competência do fisioterapeuta e não do enfermeiro. Os ganhos de autonomia e qualidade de intervenção que a vossa profissão deve alcançar deverão, na minha modesta opinião, versar sobre as vossas competências em que se destacam e para as quais estão melhor preparados que qualquer outra profissão e não sobre competências que desde há muito são estudadas, desenvolvidas e aperfeiçoadas por outras profissões. Na reabilitação respiratória (assim como noutros campos) não conheço nenhuma publicação científica recente, relevante, metedologicamente acertada e publicada numa revista de referência feita por enfermeiros de reabilitação, por exemplo.
A enfermagem de reabilitação beneficia do facto de se achar associada à enfermagem, partilhando com esta o peso dos números mas também o seu estatuto social. Não demonstra porém que o grau de diferenciação deste profissional consiga oferecer melhores cuidados de saúde do que um profissional especializado. Num sistema de saúde com recursos escassos, acho que estes devem ser alocados tendo em conta o beneficio máximo para um custo menor ou idêntico, parecendo-me como tal lógico a menção que é feita no documento apresentado.
Boa noite.
Cumprimentos
Joao Ferreira
Meus queridos, se rápido e bem não faz ninguém, tudo e bem vocês também não farão. Vamos lá, sejam coerentes e pensem primeiro em que precisa dos nossos cuidados e só depois na vossa reputação e prestígio.
- A propósito da circular normativa recentemente publicada que faz dos enfermeiros omnipotentes (FT, TO, TF). -
Será reflexo da crise? Será fruto do crescente desemprego?
Meus caros: nos dias que correm não há dinheiro para financiar visitas aos ginásios que mimetizam ganhos funcionais em ambientes artificias ou em centros de reabilitação de qualidade duvidosa.
A crise e o presente contexto revelou que os enfermeiros especialistas de reabilitação respondem, efectivamente, ás necessidades da pessoa e da família com incapacidade funcional, com competência e diligência, garantindo a continuidade dos cuidados de reabilitação na comunidade.
A mobilização dos enfermeiros de reabilitação é visível por todo o país: os projectos de cuidados continuados na comunidade e os projectos de articulação com os hospitais é uma realidade...
...e meus caros o reconhecimento das populações é inegável!
Substituam a crítica pela colaboração. Seria agradável contar com a colaboração dos críticos da enfermagem de reabilitação no processo de reabilitação de uma população portuguesa tão envelhecida e tão desprotegida como a nossa!
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