quarta-feira, janeiro 19, 2011
Sócrates, o poliglota.
Como se não bastassem os problemas internos inerentes à Enfermagem, os colegas tomaram conhecimento, hoje, de forma apreensiva, sobre a possibilidade da vinda de Enfermeiros paquistaneses para Portugal.
Confesso que não estou preocupado. Esta situação não passa de um mal entendido que por sua vez se deve, como já é habitual, à sabichonice do nosso Primeiro-Ministro, José Sócrates.
Ora então, o Sabichão foi à World Future Energy Summit 2011 e negociou... Enfermeiros. Apresenta-se aqui uma linha ilógica, mas facilmente explicável. Enquanto o nosso Sabichão e o seu homólogo paquistanês negociavam, segundo a Associated Press of Pakistan, tecidos, arroz, mobílias, mármores, etc, o nosso Primeiro-Ministro, poliglota como é (já todos o vimos falar inglês), equivocou-se embaraçosamente. Simplesmente disse نرسوں (Enfermeiros) quando, na verdade, o que pretendia dizer era اختر ٹوکریاں (cestos de verga). Está explicado. A outra explicação possível (mas com uma probabilidade excepcionalmente reduzida) prende-se com a incapacidade governativa estratégica do Primeiro-Ministro, o que é, mesmo virtualmente, impossível.
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Enquanto se apura a verdade dos factos, vamos aguardar pela posição da Ordem dos Enfermeiros, que, muito provavelmente, não será nenhuma.
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Não faz sentido importar Enfermeiros, quando actualmente temos uma oferta superior à procura, obrigando à emigração de muitos profissionais. Por outro lado, é completamente descabido importar Enfermeiros de um país com graves deficits formativos/qualitativos e um sistema de saúde primitivo, para Portugal, um país que lidera o pelotão dos melhores no que diz respeito ao desenvolvimento da profissão de Enfermagem.
Esta situação revela bem o alheamento de Sócrates relativamente aos reais problemas da Enfermagem (para não dizer todos), que não são meramente circunstancias, mas estruturais.
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Enquanto se apura a verdade dos factos, vamos aguardar pela posição da Ordem dos Enfermeiros, que, muito provavelmente, não será nenhuma.
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Não faz sentido importar Enfermeiros, quando actualmente temos uma oferta superior à procura, obrigando à emigração de muitos profissionais. Por outro lado, é completamente descabido importar Enfermeiros de um país com graves deficits formativos/qualitativos e um sistema de saúde primitivo, para Portugal, um país que lidera o pelotão dos melhores no que diz respeito ao desenvolvimento da profissão de Enfermagem.
Esta situação revela bem o alheamento de Sócrates relativamente aos reais problemas da Enfermagem (para não dizer todos), que não são meramente circunstancias, mas estruturais.
Comments:
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hilariante. Mas atenção que com a entrada do PSD, as coisas vão piorar com a privatização da educação e da saúde e a flexibilidade dos despedimentos...
Desassossego
Desassossego
Este gajo foi o autocrata que mais destruiu a enfermagem...
Um fascista....de gravatinha vermelha...para enganar o pagode...
Um fascista....de gravatinha vermelha...para enganar o pagode...
Por acaso já respondeu...
Lisboa, 19 de Janeiro de 2011 – Perante a notícia divulgada pela Associated Press of Pakistan e por vários órgãos de comunicação social nacionais – a qual refere a celebração de um acordo entre o Sr. Primeiro-Ministro de Portugal e o Senhor Presidente do Paquistão, a Ordem vem publicamente manifestar o total repúdio sobre a possibilidade de se contratarem enfermeiros paquistaneses para virem trabalhar em Portugal. Assim sendo, a Ordem dos Enfermeiros exigiu de imediato a clarificação desta notícia junto do Gabinete do Sr. Primeiro-Ministro.
A confirmar-se o que foi divulgado, a Ordem dos Enfermeiros considera o seguinte:
- Esta é uma situação inadmissível. Actualmente existem em Portugal enfermeiros que se encontram no desemprego devido à não abertura de vagas para serviços de saúde que o Governo sabe – por estudos que o Ministério da Saúde já realizou – estão cronicamente deficitários de cuidados de Enfermagem. O país investe, tanto através do dinheiro dos contribuintes como pelo esforço das famílias, na formação dos jovens e como resultado muitos são obrigados a sair do país ou vêem-se na iminência de serem substituídos por colegas «importados» à força de acordos bilaterais ou de parcerias socioeconómicas.
- A Ordem dos Enfermeiros teme que uma decisão deste tipo redunde na desmotivação e contestação dos enfermeiros portugueses. Estamos convictos que esta decisão não garante aos cidadãos portugueses as respostas mais adequadas e, mais grave que isso, não aproveita os recursos em que o País investiu. Trata-se apenas de uma eventual «moeda de troca» que aumentará os custos da Saúde, sem que se aumente o valor dos cuidados prestados. É preciso contabilizar os custos inerentes à integração nas unidades de saúde de profissionais que não falam a nossa língua e que não conhecem a nossa cultura.
- Por último, a Ordem dos Enfermeiros recorda que a 31 de Dezembro de 2009 estavam inscritos 59.745 enfermeiros, dos quais 2.018 eram estrangeiros. Entre eles não constava nenhum enfermeiro de nacionalidade paquistanesa.
O Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros
Lisboa, 19 de Janeiro de 2011 – Perante a notícia divulgada pela Associated Press of Pakistan e por vários órgãos de comunicação social nacionais – a qual refere a celebração de um acordo entre o Sr. Primeiro-Ministro de Portugal e o Senhor Presidente do Paquistão, a Ordem vem publicamente manifestar o total repúdio sobre a possibilidade de se contratarem enfermeiros paquistaneses para virem trabalhar em Portugal. Assim sendo, a Ordem dos Enfermeiros exigiu de imediato a clarificação desta notícia junto do Gabinete do Sr. Primeiro-Ministro.
A confirmar-se o que foi divulgado, a Ordem dos Enfermeiros considera o seguinte:
- Esta é uma situação inadmissível. Actualmente existem em Portugal enfermeiros que se encontram no desemprego devido à não abertura de vagas para serviços de saúde que o Governo sabe – por estudos que o Ministério da Saúde já realizou – estão cronicamente deficitários de cuidados de Enfermagem. O país investe, tanto através do dinheiro dos contribuintes como pelo esforço das famílias, na formação dos jovens e como resultado muitos são obrigados a sair do país ou vêem-se na iminência de serem substituídos por colegas «importados» à força de acordos bilaterais ou de parcerias socioeconómicas.
- A Ordem dos Enfermeiros teme que uma decisão deste tipo redunde na desmotivação e contestação dos enfermeiros portugueses. Estamos convictos que esta decisão não garante aos cidadãos portugueses as respostas mais adequadas e, mais grave que isso, não aproveita os recursos em que o País investiu. Trata-se apenas de uma eventual «moeda de troca» que aumentará os custos da Saúde, sem que se aumente o valor dos cuidados prestados. É preciso contabilizar os custos inerentes à integração nas unidades de saúde de profissionais que não falam a nossa língua e que não conhecem a nossa cultura.
- Por último, a Ordem dos Enfermeiros recorda que a 31 de Dezembro de 2009 estavam inscritos 59.745 enfermeiros, dos quais 2.018 eram estrangeiros. Entre eles não constava nenhum enfermeiro de nacionalidade paquistanesa.
O Conselho Directivo da Ordem dos Enfermeiros
A imagem foi bem escolhida
Estão no desemprego os enf portugueses e emigram, mas o Paquistão tem necessidade de formar e exportar enfermeiros para outros países, lá terá as suas razões.
Valores civilizacionais em jogo?
Os enfermeiros vão sendo“entalados” pelos diferentes poderes e um governo que tanto nos sacrifica.
Estão no desemprego os enf portugueses e emigram, mas o Paquistão tem necessidade de formar e exportar enfermeiros para outros países, lá terá as suas razões.
Valores civilizacionais em jogo?
Os enfermeiros vão sendo“entalados” pelos diferentes poderes e um governo que tanto nos sacrifica.
Esta de importar enfermeiros do Pakistão deve ser mesmo erro de tradução pois deviam estar a reportar-se à Republica do Praquiestão de Coimbra.
São de facto pessoas de cá e não de lá!
São de facto pessoas de cá e não de lá!
Esta de importar enfermeiros do Pakistão deve ser mesmo erro de tradução pois deviam estar a reportar-se à Republica do Praquiestão de Coimbra.
São de facto pessoas de cá e não de lá!
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São de facto pessoas de cá e não de lá!
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