domingo, março 20, 2011

Pululantes...


"Estava anunciada como a 1.ª Feira Internacional de Emprego para Profissionais de Saúde. Mas pelo átrio principal e pelas salas do 1.º andar do Hotel Axis, no Porto, pululavam ontem sobretudo enfermeiros, centenas de Enfermeiros, entusiasmados com a possibilidade de emigrarem para países como o Reino Unido, a Bélgica, a Arábia Saudita ou mesmo a Austrália." link

É desmotivador "estudar" para o desemprego ou para exercer longe da família/casa/amigos. Os Enfermeiros que outrora nem figuravam nas estatísticas do desemprego, encabeçam-nas agora.
Portugal tornou-se um exportador de mão-de-obra qualificada, onde os aparentes bons salários (os melhores países do mundo na relação salarial "Enfermeiro/trabalhador médio" são México e Portugal) rivalizam com o desemprego nacional -  tudo isto com raíz na desregulação da oferta formativa.

Comments:
CONTRA O INTERNATO EM ENFERMAGEM
CANDIDATA A BASTONARIA ESCREVE A CAVACO E SILVA
"A nossa candidatura é contra o ano de internato pós-licenciatura, porque achamos ser uma cobardia tentar mascarar um exame de acesso à OE de internato, prejudicando os enfermeiros, dado que o internato mais não é que um processo de bloqueio corporativo à entrada na profissão de enfermagem", escreve na carta na qual explica também que "não houve uma estratégia de numerus clausus por parte do Governo, o que permitiu a multiplicação de cursos de uma forma desadequada e desnecessária".

http://jornal.publico.pt/noticia/18-03-2011/contra-o-internato-em-enfermagem-21583007.htm

Questiono-me sobre a necessidade de copiar os modelos de formação de outras profissões quando não se sabem impor nas necessidades da nossa, como o do reconhecimento por parte do poder politico.
Terão estes jovens que esperar mais um ano para emigrar e poderem longe dos seus satisfazer algumas das suas necessidades sociais?
 
Só ainda não percebi uma coisa: se de facto o Dr. Enf. considera que existe uma dês-regulação da oferta formativa (leia-se “excesso de vagas”) como podemos aceitar que alguns enfermeiros continuem a colaborar com escolas de enfermagem (seja na docência, seja no acompanhamento de alunos em estágio)?

Mais: se em Portugal existem enfermeiros em excesso, a par da redução das vagas nas escolas, seria ou não correcto introduzir algumas “reformas”:
- enfermeiros que trabalham 42 horas (com 37% de acréscimo no ordenado); sim ou não?
- enfermeiros que acumulam horário completo num hospital com um meio horário no INEM; sim ou não?
- enfermeiros com duplo emprego (em instituições públicas; e em relação ao privado?); sim ou não?
- enfermeiros que recebem acréscimos no ordenado em virtude de participarem nos SIGIC e nos programas de transplante; sim ou não?

E já agora, se em tempos se referia às escolas de enfermagem como “cogumelos”, o que dizer actualmente dos centros de formação que “PULULAM” por aí? A Intelligent Life Solutions encaixa-se onde?

Nota: Diga ao pessoal da ILS (http://www.lifesol.net/) que a imagem de fundo que lá aparece, não é do Shopping de Coimbra, nem do de Albufeira, nem do de Leiria, nem do de Portimão, nem do Via Catarina, nem do do Algarve, nem do de Guimarães, nem do 8º Avenida, nem do da Covilhã... É do VASCO DA GAMA, em Lisboa.
 
E agora digam que os ricos são parvos
Os enfermeiros formam-se á custa dos colegas das instituições onde fazem metade do curso (formação pratica) á borla. As Escolas enchem o cofre.
Os Países que não investem na formação destes profissionais recebem-nos, guardam o dinheiro da formação. E o nosso Pais com falta de enfermeiros nos serviços á custa dos PEC que são eternos para a enfermagem exporta-os a custo zero e paga os juros da divida publica mais caros aos senhores do dinheiro.
Estamos lindos!
 
Enfermeiros em feiras de emprego da saúde? Desemprego na enfermagem? E novidades?
A Enfermagem portuguesa atingiu dois patamares: um da qualidade técnico-científica e outro da total falta de respeito, que se reflecte na total falta de regulação em que a profissão se encontra.
Tudo isto decorre dos excedentes, como é claro para todos aqueles que se encontram no meio. E de quem é a culpa dos excedentes? Quem o permitiu? a quantidade de aviários de enfermeiros que se criou em poucos anos é ridículo. Quem ganhou com isto? Não sei bem... Quem perdeu? Perderam todos! Do meu ponto de vista o ensino superior e principalmente o ensino das profissões da saúde deveria de apenas estar circunscrito as instituições de ensino públicas. Os profissionais saídos destas instituições devem ter prioridade no acesso a profissão sobre os restantes, uma vez que se o estado contribui com a maior fatia na sua formação deve depois coloca-los ao seu serviço nas suas instituições de saúde. Assim como, se tem de existir um crivo para seleccionar os melhores, se esse crivo e a nota final do secundário, só os com melhores notas acedem as escolas superiores de enfermagem publicas. Depois vem o acesso a profissão, um autentico descalabro... Hoje em dia fico a pensar se os hospitais públicos serão uma espécie de clube privado, onde só entram familiares de familiares ou amigos de colaboradores, chegando até a outras formas ainda mais subalternas de o alcançar. As vias normais e legais estão completamente em desuso...Já nem se pode confiar em concursos publicados em diário da republica. Que republica...que democracia!
 
A ANA CAVACO já perdeu o meu voto...
 
Anónimo disse...
A ANA CAVACO já perdeu o meu voto...

E o meu também...
 
O que realmente me preocupa são os bandos de abutres, que ao invés de servirem a profissão se servem dela. Elementos sem escrúpulos, que de enfermeiros só têm o nome. A prática é, para eles, um vislumbre de um hipotético estágio há muito realizado. Depois mergulham em ideias mirabulantes e teorias anedóticas, mas não reservam nada que dê esperança e alguma luz ao fundo do túnel para aqueles que são os verdadeiros heróis da profissão: os que dia-a-dia se batem pelos cuidados de enfermagem e enfrentam tudo e todos, mesmo com muitos custos pessoais.
 
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