quinta-feira, janeiro 19, 2012
Os 3 porquinhos.
Os três sindicatos de Enfermagem andam preocupados. Os índices de dessindicalização têm aumentado vertiginosamente (e as novas inscrições diminuído) entre os sócios, que, desmotivados, aproveitam o argumento da "crise" para consubstaciarem as suas intenções (muitas delas já de médio/longo prazo).
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O propósito é legítimo e sustentado, a fundamentação é que, em boa verdade, poderia ser mais sincera. Seria mais adequado justificar, sem pruridos, a saída com a ineficiência e incapacidade dos mesmos..
Vejamos: um morreu, mesmo antes de mudar de denominação; outro dedica-se à tenção poética, do sub-tipo paranóias persecutórias; por último, o SEP, o sindicato dos cadáveres (lembram-se da história?), que, ignorantemente, não soube gerir os actos no teatro negocial, e desaproveitou os berros (e a vontade férrea) de 15 mil Enfermeiros em protesto na ruas, num evento sem paralelo! Se hoje o valor de entrada na tabela salarial se resume aos 1201 euros (mínimo obrigatório por lei para os licenciados da Administração Pública!), sabemos a quem podemos agradecer!
O Ministério da Saúde ainda ofereceu 1407 euros, mas duas semanas após, apercebeu-se que os negociadores sindicais não tinham pinta nenhuma e os neurónios ficavam em casa - na ronha - retirando o valor, reduzindo-o para o tal mínimo obrigatório.
Em termos lógicos, até um puto de cinco anos tinha conseguido estes 1201 euros (que, convém lembrar, hipoteca todos os degraus seguintes da tabela)!
Portanto, mais vale ser franco para com eles no momento de bater com a porta: o investimento monetário (quota) feito no sindicato não tem qualquer retorno! Ponto final. Incendiar as notas sempre se revela mais útil: faz um quentinho bom no meio deste frio terrível. Mas nem tudo está perdido: para gáudio nosso ainda "bamos" sendo presenteados com poesia à borla. Por falar em poetas, o cadáver*?
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*Nota pessoal: ó Zé Carlos, manda-me, por favor, um sms só para saber se estás bem...
O Ministério da Saúde ainda ofereceu 1407 euros, mas duas semanas após, apercebeu-se que os negociadores sindicais não tinham pinta nenhuma e os neurónios ficavam em casa - na ronha - retirando o valor, reduzindo-o para o tal mínimo obrigatório.
Em termos lógicos, até um puto de cinco anos tinha conseguido estes 1201 euros (que, convém lembrar, hipoteca todos os degraus seguintes da tabela)!
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Hoje em dia o que temos? Uma ausência sindical. Nem sabemos que existem. Não fazem barulho. Não intervêm. Não discernem por que ponta começar. Não existem. Quando um sócio clama por auxílio, sofrem de paralisia. Um pequeno problema arrasta-se indefinidamente e uma dúvida parece um poço sem fundo. A infertilidade granjeia.Portanto, mais vale ser franco para com eles no momento de bater com a porta: o investimento monetário (quota) feito no sindicato não tem qualquer retorno! Ponto final. Incendiar as notas sempre se revela mais útil: faz um quentinho bom no meio deste frio terrível. Mas nem tudo está perdido: para gáudio nosso ainda "bamos" sendo presenteados com poesia à borla. Por falar em poetas, o cadáver*?
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*Nota pessoal: ó Zé Carlos, manda-me, por favor, um sms só para saber se estás bem...
Comments:
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Estranho estas rudes palavras. Ainda há 4 anos, este blogue apoiava o Azevedo. A lista vencedora das últimas eleições foi buscar o Rui Santos ao SEP.
Serão os sindicatos assim tão maus? Claro que não.
Nós é que, enquanto grupo profissional, andamos desligados da realidade.
Aliás, os recentes resultados eleitorais (80% de abstenção) deviam fazer soar todas as campaínhas na sede da Ordem dos Enfermeiros.
Vejo muitas ideias na mente dos novos dirigentes da Ordem, mas tudo pode não passar disso mesmo. Já conheço a lenga lenga de que este blogue é pessoal. Mas contra factos não há agumentos: durante a campanha, o Germano foi apoiado pelo Dr. Enfermeiro.
Como nem sempre a “linha editorial” deste blogue é simpática com alguns enfermeiros, talvez o bastonário não fique bem na fotografia. Se calhar não seria má ideia demarcar-se de algumas coisas que aqui se escrevem.
E também tenho uma dúvida: querem unir os enfermeiros por esta via? Pelo ataque pessoal?!
Serão os sindicatos assim tão maus? Claro que não.
Nós é que, enquanto grupo profissional, andamos desligados da realidade.
Aliás, os recentes resultados eleitorais (80% de abstenção) deviam fazer soar todas as campaínhas na sede da Ordem dos Enfermeiros.
Vejo muitas ideias na mente dos novos dirigentes da Ordem, mas tudo pode não passar disso mesmo. Já conheço a lenga lenga de que este blogue é pessoal. Mas contra factos não há agumentos: durante a campanha, o Germano foi apoiado pelo Dr. Enfermeiro.
Como nem sempre a “linha editorial” deste blogue é simpática com alguns enfermeiros, talvez o bastonário não fique bem na fotografia. Se calhar não seria má ideia demarcar-se de algumas coisas que aqui se escrevem.
E também tenho uma dúvida: querem unir os enfermeiros por esta via? Pelo ataque pessoal?!
Foi a ordem, o chief nurse, agora os sindicatos...o Dr Enfº quer mesmo o Germano e companhia em tudo o que cheira a enfermagem?
è gritante esta situação, como é escandaloso num tempo de crise existirem premios de assiduidade de 500 euros para os medicos contratados, que ganham esta quantia apenas e só para aparecerem ao serviço!
Estes não precisam de trabalhar mais, pois o salario base é feito para as 40h semanais ao contrario dos enfermeiros cujo salario base é feito para as 35h/semana e são obrigados a trabalhar 40H/semana e cujo prémio é apenas a retribuição dessas 5h a mais por semana a que são obrigados fazer!
Vergonha! Hospital de gaia, são joao e afins!
Estes não precisam de trabalhar mais, pois o salario base é feito para as 40h semanais ao contrario dos enfermeiros cujo salario base é feito para as 35h/semana e são obrigados a trabalhar 40H/semana e cujo prémio é apenas a retribuição dessas 5h a mais por semana a que são obrigados fazer!
Vergonha! Hospital de gaia, são joao e afins!
eu desvinculei-me do SEP porque não estava a ter o apoio juridico que deveria ter. até me chegaram a responder para entrar uma intimação em tribunal temos que pagar (e eu não pagava todos os meses para eles- nada fazerem!!!!) tive que arranjar advogado para me defender a quem pago pelos serviços prestados e que quero que sejam prestados.
é claro que à muito os sindicatos nada fazem pela carreira de enfermagem, apoio que se desindicalize e que se forme u sindicato com missão, valores e objectivos dignos da classe que somos
é claro que à muito os sindicatos nada fazem pela carreira de enfermagem, apoio que se desindicalize e que se forme u sindicato com missão, valores e objectivos dignos da classe que somos
Qualquer puto de 5 anos fazia este blog.
Criticar tudo e todos na cobardia do anonimato é fácil.
Que moral tem V. Excia para criticar seja o que for nem é capaz de dar a cara e assumir as posições.
Os dirigentes sindicais sei quem são e posso debater e pedir responsabilidades.
A cobardia é a arma dos fracos.
Os enfermeiros sabem resistir e se é assim bom estou disponivel para organizar uma lista para os orgãos do sindicato.
Vamos a isso?
Criticar tudo e todos na cobardia do anonimato é fácil.
Que moral tem V. Excia para criticar seja o que for nem é capaz de dar a cara e assumir as posições.
Os dirigentes sindicais sei quem são e posso debater e pedir responsabilidades.
A cobardia é a arma dos fracos.
Os enfermeiros sabem resistir e se é assim bom estou disponivel para organizar uma lista para os orgãos do sindicato.
Vamos a isso?
o SEP, sobretudo o SEP na pessoa do zé carlos martins - o famigerado cadáver - tanto bradou e bradou que só por cima do corpo morto dele e dos restantes sindicalistas, é que a Enfermagem não seria devidamente reconhecida;
Pois, vê-se...
A enfermagem, moribunda; os sindicatos (excepto SE), inertes e ineptos; a Ordem, pamonha.
que querem mais??!
Pois, vê-se...
A enfermagem, moribunda; os sindicatos (excepto SE), inertes e ineptos; a Ordem, pamonha.
que querem mais??!
Bloco Operatório de HPP-Lusiadas parou hoje as 14h por braço de ferro entre falsos recibos verdes e administração. Outros serviços se seguem...
desde há 20 anos que houveram mudanças em enfermagem, a enfermagem quando estava bem encaminhada (só existia sindicato(s)),parecia que ía melhorar muito, chega a ordem e começa o declínio da enfermagem, em compadrio com o SEP, que fizeram o brilhante acordo sem o conhecimento dos restantes sindicatos, em que os enfermeiros licenciados seriam pagos como licenciados só a partir do ano de...
Quanto ao Sr. Enfº Azevedo, pode ter alguns defeitos, mas a verdade é que enquanto esteve à frente da enfermagem e se bateu por ela beneficiou em muito os enfermeiros todos, pena é que não há mais ninguém que defenda a enfermagem como ele sempre defendeu. Quanto às 80% abstenções de voto na ordem, é uma vergonha ganharem assim uma eleição, o voto havia de correr todos os locais onde os profissionais trabalham.
Quanto ao Sr. Enfº Azevedo, pode ter alguns defeitos, mas a verdade é que enquanto esteve à frente da enfermagem e se bateu por ela beneficiou em muito os enfermeiros todos, pena é que não há mais ninguém que defenda a enfermagem como ele sempre defendeu. Quanto às 80% abstenções de voto na ordem, é uma vergonha ganharem assim uma eleição, o voto havia de correr todos os locais onde os profissionais trabalham.
Concordo com o Dr.Enfermeiro os sindicatos não existem negociaram a carreira que é uma vergonha ganhámos muito mal não ganhámos como licenciados de quem é a culpa ? Eu estive nessa manifestação - que frutos tivemos ? - foi descontar um dia de trabalho. Onde anda o SEP e o SEN ? em coma. flor
O bastonário da Ordem dos Médicos alertou esta terça-feira (17) para as condições “aterradoras” ao nível da segurança do sistema informático da prescrição eletrónica, recomendando que se tomem medidas para o defender.
Numa audição no grupo de trabalho da Comissão Parlamentar de Saúde sobre a prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI), José Manuel Silva afirmou que a Ordem teve “informações aterradoras” sobre a segurança informática da Administração Central do Sistema de Saúde.
“Não há segurança no circuito da prescrição eletrónica e há empresas a armazenar dados que não deviam estar a armazenar”, apontou, frisando que há possibilidade de “fraude e devassa” dos dados pessoais dos doentes.
José Manuel Silva afirmou que com a prescrição eletrónica que existe, “estamos a dar informação pessoal dos doentes a base de dados não encriptadas” a que podem aceder seguradoras, por exemplo.
O bastonário ilustrou as falhas de segurança com uma confidência que lhe teria sido feita por uma pessoa que pertence à Comissão Nacional de Proteção de Dados e que recusa que o seu médico lhe prescreva receitas eletronicamente por estar ciente dos riscos de segurança.
Numa audição no grupo de trabalho da Comissão Parlamentar de Saúde sobre a prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI), José Manuel Silva afirmou que a Ordem teve “informações aterradoras” sobre a segurança informática da Administração Central do Sistema de Saúde.
“Não há segurança no circuito da prescrição eletrónica e há empresas a armazenar dados que não deviam estar a armazenar”, apontou, frisando que há possibilidade de “fraude e devassa” dos dados pessoais dos doentes.
José Manuel Silva afirmou que com a prescrição eletrónica que existe, “estamos a dar informação pessoal dos doentes a base de dados não encriptadas” a que podem aceder seguradoras, por exemplo.
O bastonário ilustrou as falhas de segurança com uma confidência que lhe teria sido feita por uma pessoa que pertence à Comissão Nacional de Proteção de Dados e que recusa que o seu médico lhe prescreva receitas eletronicamente por estar ciente dos riscos de segurança.
A mãe do bebé que nasceu sem um pé no Hospital da Covilhã, no dia 1 de Janeiro, apresentou uma queixa no tribunal da cidade contra a obstetra que a acompanhou, revelou hoje a advogada da queixosa.
Na participação entregue na terça-feira, Elisabete Domingos acusa a médica de omissão grosseira, por não ter detectado a falta de um membro nas ecografias realizadas durante a gravidez.
Segundo a advogada Carla Duarte, os relatórios médicos que acompanharam as ecografias indicavam que «não havia qualquer anomalia anatómica», mas o bebé acabaria por nascer sem pé.
Por outro lado, as ecografias, imagens de vídeo em tempo real, foram captadas com um dos aparelhos mais modernos da classe, acrescentou.
A mãe espera que o Ministério Público deduza acusação e, caso isso aconteça, além do apuramento das responsabilidades criminais avançará também com pedidos de responsabilização civil que deverão incluir indemnizações.
Os valores em causa ainda não foram avaliados, disse Carla Duarte, que destacou o «carácter sensível» do problema, «com repercussões para toda a vida».
Ainda no âmbito da responsabilidade civil, admitiu que venha a ser pedido ao Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) que se comprometa com o acompanhamento médico futuro do recém-nascido, nomeadamente ao nível da colocação de próteses.
Entretanto, no CHCB continua a decorrer um inquérito interno sobre o caso, disse fonte hospitalar à agência Lusa.
Para segunda-feira estará marcada a audição da mãe da criança, enquanto outros familiares que a acompanharam nas ecografias deverão ser ouvidos no âmbito do mesmo inquérito no dia seguinte.
Na participação entregue na terça-feira, Elisabete Domingos acusa a médica de omissão grosseira, por não ter detectado a falta de um membro nas ecografias realizadas durante a gravidez.
Segundo a advogada Carla Duarte, os relatórios médicos que acompanharam as ecografias indicavam que «não havia qualquer anomalia anatómica», mas o bebé acabaria por nascer sem pé.
Por outro lado, as ecografias, imagens de vídeo em tempo real, foram captadas com um dos aparelhos mais modernos da classe, acrescentou.
A mãe espera que o Ministério Público deduza acusação e, caso isso aconteça, além do apuramento das responsabilidades criminais avançará também com pedidos de responsabilização civil que deverão incluir indemnizações.
Os valores em causa ainda não foram avaliados, disse Carla Duarte, que destacou o «carácter sensível» do problema, «com repercussões para toda a vida».
Ainda no âmbito da responsabilidade civil, admitiu que venha a ser pedido ao Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB) que se comprometa com o acompanhamento médico futuro do recém-nascido, nomeadamente ao nível da colocação de próteses.
Entretanto, no CHCB continua a decorrer um inquérito interno sobre o caso, disse fonte hospitalar à agência Lusa.
Para segunda-feira estará marcada a audição da mãe da criança, enquanto outros familiares que a acompanharam nas ecografias deverão ser ouvidos no âmbito do mesmo inquérito no dia seguinte.
Uma jovem de 23 anos morreu em Novembro, durante uma cirurgia, no Hospital de Leiria. A jovem era acompanhada há quatro anos no hospital, em consultas de obesidade. Ia colocar uma banda gástrica, que lhe iria permitir controlar o problema.
Algo correu mal e a jovem morreu. A família suspeitou, desde o início da foram como o hospital lidou com a situação e, hoje mesmo, perante as perguntas da TVI, o hospital admite a possibilidade de erro médico.
A história foi investigada pela jornalista Ana Leal. Foi, de resto, na sequência da investigação jornalística que a direcção do hospital se reuniu pela primeira vez com a família. Encontro aconteceu esta sexta-feira à tarde.
Uma reportagem de Ana Leal, com imagem de João Paulo Delgado.
Algo correu mal e a jovem morreu. A família suspeitou, desde o início da foram como o hospital lidou com a situação e, hoje mesmo, perante as perguntas da TVI, o hospital admite a possibilidade de erro médico.
A história foi investigada pela jornalista Ana Leal. Foi, de resto, na sequência da investigação jornalística que a direcção do hospital se reuniu pela primeira vez com a família. Encontro aconteceu esta sexta-feira à tarde.
Uma reportagem de Ana Leal, com imagem de João Paulo Delgado.
As declarações de Manuela Ferreira Leite foram proferidas ontem à noite durante o programa Contracorrente, na SIC Notícias. Durante o debate, a jornalista Ana Lourenço questionou outro dos participantes, o sociólogo António Barreto, sobre se “não acha abominável que se discuta se alguém que tem 70 anos tem direito à hemodiálise ou não?”
Mas a resposta veio por parte da social-democrata Ferreira Leite. “Tem sempre direito se pagar. O que não é possível é manter-se um Sistema Nacional de Saúde como o nosso, que é bom, gratuito para toda a gente. Para se manter isso, o Sistema Nacional de Saúde vai-se degradar em termos de qualidade de uma forma estrondosa”, afirmou a antiga ministra das Finanças.
Actualmente a hemodiálise é paga pelo Estado através daquilo a que se chama um “preço compreensivo”, isto é, as instituições que prestam este tipo de cuidados recebem um valor global por semana e por doente, que abrange tanto o tratamento como os eventuais exames complementares de diagnóstico necessários. Os preços variam entre os 450 e os 470 euros por semana, o que significa que, por mês, o valor se aproxima dos 1900 euros. Em Portugal, cerca de 90% das unidades de tratamento são privadas. No país existem cerca de 14 mil pessoas que sofrem de doenças renais, das quais quase dez mil fazem diálise.
Ferreira Leite insistiu que, se a hemodiálise continuar a ser disponibilizada para todos, então o sistema não funcionará “nem para ricos, nem para pobres”. “O país não produz riqueza para isso e, se não produz riqueza para isso degrada-se a qualidade”, reiterou, acrescentando que “o modelo social europeu pressupunha uma taxa de crescimento na ordem os 5 ou 6%, que não vai voltar a existir. Esses serviços que foram montados com base nesse pressuposto não têm hipótese de funcionar”. A antiga líder política defendeu também que este é um modelo já seguido em países como Reino Unido, Alemanha e Holanda.
A intervenção da social-democrata gerou bastante polémica durante o debate. “Abominável é sempre”, sublinhou o sociólogo António Barreto. Já o socialista e antigo comissário europeu António Vitorino, que também estava no programa, reagiu dizendo: “A mim choca-me pessoalmente a frase da doutora Manuela Ferreira Leite, que é quem tem mais de 70 anos e quer fazer hemodiálise paga. Não era, de certeza absoluta, esta a frase que ela queria exactamente dizer, na medida em que não é possível dizer que as pessoas que precisam de fazer hemodiálise e que tenham dinheiro é que podem passar para além da meta de 70 anos. Não é possível definir a questão nesses termos porque estamos a tratar de um problema de direitos humanos”.
A declaração de António Vitorino obrigou Manuela Ferreira Leite a reformular a sua intervenção, afirmando que “racionar significar sempre alguma coisa que não é para todos”, mas que “racionamento não é exclusão” e que, por isso, apenas queria dizer que “uns têm [a hemodiálise] gratuitamente, outros não” – consoante a capacidade financeira.
Outros dos participantes no debate, o cientista e responsável pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, Manuel Sobrinho Simões, também defendeu que deve haver sensibilidade social na área da saúde, e que as verbas públicas devem ser geridas de forma a poderem ser estabelecidas algumas prioridades.
Posteriormente, em declarações à Antena 1, Carlos Silva, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, reagiu mostrando-se incrédulo com as declarações de Ferreira Leite. “Essa senhora não sabe o que está a dizer. Só se for a família dela que pode fazer isso”, afirmou, lembrando que um doente sem este tratamento morre em poucos dias. E criticou a postura de Ferreira Leite, recordando que a social-democrata foi a mesma pessoa que sugeriu “que se podia suspender a democracia durante seis meses”.
Mas a resposta veio por parte da social-democrata Ferreira Leite. “Tem sempre direito se pagar. O que não é possível é manter-se um Sistema Nacional de Saúde como o nosso, que é bom, gratuito para toda a gente. Para se manter isso, o Sistema Nacional de Saúde vai-se degradar em termos de qualidade de uma forma estrondosa”, afirmou a antiga ministra das Finanças.
Actualmente a hemodiálise é paga pelo Estado através daquilo a que se chama um “preço compreensivo”, isto é, as instituições que prestam este tipo de cuidados recebem um valor global por semana e por doente, que abrange tanto o tratamento como os eventuais exames complementares de diagnóstico necessários. Os preços variam entre os 450 e os 470 euros por semana, o que significa que, por mês, o valor se aproxima dos 1900 euros. Em Portugal, cerca de 90% das unidades de tratamento são privadas. No país existem cerca de 14 mil pessoas que sofrem de doenças renais, das quais quase dez mil fazem diálise.
Ferreira Leite insistiu que, se a hemodiálise continuar a ser disponibilizada para todos, então o sistema não funcionará “nem para ricos, nem para pobres”. “O país não produz riqueza para isso e, se não produz riqueza para isso degrada-se a qualidade”, reiterou, acrescentando que “o modelo social europeu pressupunha uma taxa de crescimento na ordem os 5 ou 6%, que não vai voltar a existir. Esses serviços que foram montados com base nesse pressuposto não têm hipótese de funcionar”. A antiga líder política defendeu também que este é um modelo já seguido em países como Reino Unido, Alemanha e Holanda.
A intervenção da social-democrata gerou bastante polémica durante o debate. “Abominável é sempre”, sublinhou o sociólogo António Barreto. Já o socialista e antigo comissário europeu António Vitorino, que também estava no programa, reagiu dizendo: “A mim choca-me pessoalmente a frase da doutora Manuela Ferreira Leite, que é quem tem mais de 70 anos e quer fazer hemodiálise paga. Não era, de certeza absoluta, esta a frase que ela queria exactamente dizer, na medida em que não é possível dizer que as pessoas que precisam de fazer hemodiálise e que tenham dinheiro é que podem passar para além da meta de 70 anos. Não é possível definir a questão nesses termos porque estamos a tratar de um problema de direitos humanos”.
A declaração de António Vitorino obrigou Manuela Ferreira Leite a reformular a sua intervenção, afirmando que “racionar significar sempre alguma coisa que não é para todos”, mas que “racionamento não é exclusão” e que, por isso, apenas queria dizer que “uns têm [a hemodiálise] gratuitamente, outros não” – consoante a capacidade financeira.
Outros dos participantes no debate, o cientista e responsável pelo Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, Manuel Sobrinho Simões, também defendeu que deve haver sensibilidade social na área da saúde, e que as verbas públicas devem ser geridas de forma a poderem ser estabelecidas algumas prioridades.
Posteriormente, em declarações à Antena 1, Carlos Silva, da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, reagiu mostrando-se incrédulo com as declarações de Ferreira Leite. “Essa senhora não sabe o que está a dizer. Só se for a família dela que pode fazer isso”, afirmou, lembrando que um doente sem este tratamento morre em poucos dias. E criticou a postura de Ferreira Leite, recordando que a social-democrata foi a mesma pessoa que sugeriu “que se podia suspender a democracia durante seis meses”.
Se este blog é pessoal, então de facto, só o segue quem quiser.... e a opinião do seu dono é soberana... cabe a cada um opinar, e quem não gosta pode sempre ver outros blogs... nao faltam. quanto ao facto de ja ter apoiado o Azevedo e agora não... bom so posso dar GRAÇAS A DEUS... porque azevedos... ninguém merece... ja foi meu director e bem sei a arrogância e o sangue de ditador que lhe percorre as veias... quanto ao apoio ao Germano, sendo este blog pessoal, nao vejo mal nenhum... os ataques directos nao são novidades neste blog, nao vejo qual o espanto... a verdade a ser dita, sem cozinhados, é o estilo DE. finalmente, penso que o nosso bastonário não tem de se juntar nem de se distanciar do blog... a responsabilidade dos posts é da inteira responsabilidade do DE. Não vejo de que maneira o Germano fica lesado com isso...
As verdades são para serem ditas e como tal mais uma vez reconheço neste post uma certeza inquestionávell. primeiro ponto: este blog parece me que nunca foi intenção do seu autor almejar a imparcialidade até porque nas materias socioprofissionais e politicas, a imparcialidade é uma utopia. Segundo ponto: é (e será por muito tempo) preciso agitar as aguas da hipocrisia e da paz podre que reina nesta profissão. terceiro ponto: só quem toma estas afirmações como pessoais, são no meu entender colegas que têm a consciência pesada e que dicotomizam questões tão importantes e complexas como as que são debatidas neste blog.
EM FRENTE DE!!!
EM FRENTE DE!!!
sindicato... ??? ainda me enganaram 2 anos, assim que, pela 3.ª vez me falharam, fechei a torneira para essas organizações, e já agora que treta de negocio foi esse dos serviços mínimos ???? já se acabava com essa treta para se ter força negocial...
os enfermeiros andam sedentos de um exemplo forte e inequívoco de protesto contra as medidas de austeridade e sobretudo com as implicações que estas têm na classe. Infelizmente nem a Ordem nem os Sindicatos dão sinal de terem esse exemplo. Andamos "anestesiados" não sei com o quê... Temos um PR que só se queixa da sua reforma (não me importava nada de viver com a miséria dele)e portanto necessitamos de uma Força conjunta e em massa... E não a vergonha que se viu na mega manif (mal aproveitada)... Já agora, sou enfermeiro com 11 anos de carreira ganho de base 1145.33€ e conto ser reposicionado agora no fim do mês de Janeiro pois sou graduado desde Maio de 2005 (isto se não se arrependerem). Conclusão; ao fim de 11 anos de trabalho e investimento na carreira vou ganhar tanto que um eventual enfermeiro no nível 15 acabadinho de sair do forno na altura... Aqui está o resultado dos processos de luta que se tem levado acabo... UMA VERGONHA!!!!
se o blog é pessoal tem direito ás suas opiniões. Só as lê quem quer!!!!!!!!!
Que eu saiba aceder ao DE é um ato voluntário e os blogs expressam os sentimentos e as opiniões dos seus administradores.
Porquê tanta critica!!????????
Que eu saiba aceder ao DE é um ato voluntário e os blogs expressam os sentimentos e as opiniões dos seus administradores.
Porquê tanta critica!!????????
já começo a achar que isto tudo é muita trapalhada junta... já começa a moda de usarem a Ordem como "trampolim" não sei se me faço entender... Começamos a deixar de ser enfermeiros para passarmos a ser uma matilha de hienas que se mordem pelos despojos que os "leões" deixam. Contudo andamos felizes e contentes e a rir (tal como elas)...
O upgrade à carreira de TAE já começou...
Só para vos informar que parte da formação é dado por enfermeiros do INEM!!!
Cumprimentos
Só para vos informar que parte da formação é dado por enfermeiros do INEM!!!
Cumprimentos
...mas a OE não vai "Impedir que outros não enfermeiros ocupem funções do âmbito da enfermagem nos vários contextos do exercício, nomeadamente na emergência pré-hospitalar"???se a formação para os TAE é dada por enfºs?! então, será a oportunidade"Impedir que outros não enfermeiros ocupem funções do âmbito da enfermagem"
Muito bem caros "colegas" vamos então ao debate, Sindicatos!
Como trabalhador necessito de uma entidade que me defenda e me oriente, logo o 1% do meu ordenado é bem entregue, pois entrego também "compulsivamente" á OE uma mensalidade e sou somente prejudicada por ela...
Estou sindicalizada no SE, o Sindicato que tem um Enfermeiro a Presidente e ele tem no seu ADN a Enfermagem, o Azevedo. Agradeço que ele se mantenha pois se em tempos foi o grande defensor, o grande reposicionador da nossa carreira, hoje não descuida a luta da Enfermagem, acompanhassem os Enfermeiros a luta do Azevedo.
Como trabalhador necessito de uma entidade que me defenda e me oriente, logo o 1% do meu ordenado é bem entregue, pois entrego também "compulsivamente" á OE uma mensalidade e sou somente prejudicada por ela...
Estou sindicalizada no SE, o Sindicato que tem um Enfermeiro a Presidente e ele tem no seu ADN a Enfermagem, o Azevedo. Agradeço que ele se mantenha pois se em tempos foi o grande defensor, o grande reposicionador da nossa carreira, hoje não descuida a luta da Enfermagem, acompanhassem os Enfermeiros a luta do Azevedo.
"O upgrade à carreira de TAE já começou...
Só para vos informar que parte da formação é dado por enfermeiros do INEM!!!"
MENTIRA - nenhum Enfermeiro do INEM está envolvido nesse processo! São unicamente TAEs que fazem parte do grupo de trabalho. O seu a seu dono.
Só para vos informar que parte da formação é dado por enfermeiros do INEM!!!"
MENTIRA - nenhum Enfermeiro do INEM está envolvido nesse processo! São unicamente TAEs que fazem parte do grupo de trabalho. O seu a seu dono.
Concordo cara Lara, consigo. Os Enfermeiros deviam ter vergonha e lembrar o quanto o Azevedo nos fez, somos Enfermeiros devemos-lhe...tudo.
"Os sindicatos já Jazem por fim!
O fim da Enfermagem está perto;
Só a Ordem sobreviverá alimentando-se das carcaças dos moribundos."
in Profecias de Costa Adamos
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O fim da Enfermagem está perto;
Só a Ordem sobreviverá alimentando-se das carcaças dos moribundos."
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