domingo, maio 06, 2012

A diferença.


O programa da RTP "Príncipes do Nada", que evidencia o trabalho e devoção de várias associações não governamentais de voluntários junto de população carenciada, acompanhou o Enf. Márcio Silva, num dos seus dias como voluntário dos Médicos do Mundo. Um exemplo onde está bem patente a diferença que os Enfermeiros podem fazer...

Comments:
Grande Enfermeiro de Reabilitação!!!
 
Exemplos destes projectam muito mais a Enfermagem que os Spot dos "abracinhos"
 
Precisamos de muitos "ENFERMEIROS MARCIOS" no pletão da frente no nosso SNS para mostrar a real importância do ENFERMEIRO na sociedade.
Contudo não posso deixar de questionar o seguinte:Por onde andam os enfermeiros de familía? e as ucc?e as assistentes sociais?e os presidentes de junta?e a comunidade religiosa?e as instituições de Economia social?Façamos uma reflexão profunda...,certamente se houver uma eficaz coordenação entre o sector de saúde e da segurança social, sem dúvida,seriam conseguidos níveis de eficiência,com qualidade e menores custos.
 
Um enfermeiro, voluntário dos médicos (do mundo)... lol...
 
“"Um enfermeiro, voluntário dos médicos (do mundo)... lol...””

hmm... não percebo o sarcasmo desse lol..?!?
 
Fernanda, tenho visto por aí:
enfermeiros de familía - fechadas nos gabinetes de consulta doutra área, em encontros diários de "festim" e diversão porque agora há alegria, nas (nunca tantas) horas vagas, a fazer espantar as chefes das salas para que não perturbe a paz ou então param pq precisam de privacidade, a informar os doentes de que mesmo com toda a dificuldade têm que se deslocar ao CS para tratamentos, sejam de longe ou perto porque agora não têm tempo, são menos e não podem fazer domicílios..., a preencherem com afinco o papel para cobrança de taxa (dos poucos cliente pagantes, etc...

As ucc - só funcionarão qd os médicos poderem ser coordenadores, até então são espremidas até sufocar em alguns sítios mais noutros menos

Assistentes sociais e outros estão metidos em saco azul porque nas ucsp e usf não constam (no decreto) mas para as ucc não podem ir ou pq não os deixam ou porque não são coordenadores - mesmo acontece com outros técnicos. Continuam a fazer o trabalhito habitual naquelas unidades referidas a cima, só não sei para que indicadores trabalham... (cada um por si. URAP é o local;

Os parceiros da comunidade continuam a venerar aquele que manda no CS mas precisam, desejam e apoiam o trabalho das UCCs, acredito. Parecem-me mais preocupados com a acessibilidade aos cuidados de saúde que lhes parece mais inacessível.

"Eficaz coordenação entre o sector de saúde e da segurança social" - cada sector não se organiza como se vão articular em conjunto??? Não sei... Acho que só vai ser possível quando o dinheiro acabar mesmo para todos... sobretudo para aqueles que coordenam ainda
 
Dou os parabens ao Marcio, claro
mas os enfermeiros de reabilitação e não só fazem isto todos os dias do ano pertencendo a diferentes unidades do CSP em especial os das UCC. A característica que difere do Marcio é não serem enfermeiros dos médicos do mundo. Estão nos Centros de Saúde do SNS
 
Queiram saber, se não sabem, que a organização médicos sem fronteiras tem nas suas fileiras, na sua grande maioria, enfermeiros e não médicos. Queiram saber que já se fizeram propostas para alterar o nome da organização para saúde sem fronteiras, ou algo do género, mas não foi possivel pois os responsáveis acharam que médicos no titulo dava mais impacto...

Muitos parabéns a este enfermeiro e que, como ele, milhares de outros integrem organizações de voluntariado e, a troco de recompensas NÃO monetárias (que é o que a maioria procura), possa divulgar o importante trabalho que os enfermeiros desenvolvem nestas organizações!
 
é bom que não se faça confusão entre o exercicio profissional da enfermagem, que tem de ser remunerado e a pratica de voluntariado. Aliás na introdução da peça,distingue-se a dimensão profissional e a dimensão de voluntariado: "Marcio, enfº de profissão, voluntario de convicção"
Ou seja, este voluntario é enfermeiro, exerce a profissão
( provavelmente fora dos medicos do mundo) e por via desse exercicio aufere a respectiva remuneração. Quanto ao voluntariado, é uma actividade que fará para alem do exercicio da sua profissão. è pois, preciso não admitirmos que a profissão de enfermagem pode ser exercida em voluntariado, ou estaremos a admitir que os cuidados de enfermagem não têm valor e os enfºs não exercem uma actividade remunerada!!!!cuidado!!!!é bom que a OE, se pronuncie sobre este assunto, até porque já há parecer emitido.Qunato ao enfª Marcio, a minha admiração pela sua disponibilidade na ajuda de pessoas tão vulneraveis...bem haja.
 
Ainda estou na expetativa de um dia ver uma reportagem séria sobre o voluntariado. Há um grande véu sobre este assunto, que prospera à custa dos necessitados e de muitos oportunistas.
Já alguém investigou as ONG's? Já alguém foi ver porque é que no Dhaka Project há lá uma mão pintada a dizer "I will be a Nobel Prize"? Já alguém perguntou aos voluntários o que é que eles pensam das organizações como Médicos do Mundo (a propósito, são espanhóis e em Portugal foram criados por um Médico que pertencia ao MS), AMI (a propósito, uma organização altamente controversa onde o dinheiro circula imenso, sabe-se lá por onde pois o que chega às missões é vergonhoso), étc?
Acho muito bem o voluntariado, mas tenhamos consciência que é um mundo podre, cheio de intenções que nem nos passam pela ideia.


VV
 
Por acaso não sou muito a favor do voluntariado... se o trabalho é necessário, pois haja quem o faça, mas de modo remunerado (se a seguir distribui a remuneração pelos pobres já é com ele) se o trabalho não é importante acabe-se com as tretas.
 
LProlog, este seu comentário a juntar a outros sobre a temática da compaixão mostra bem a falta de formação ética nas camadas mais jovens da Enfermagem. Perante estas situações se calhar tenho que dar o braço a torcer e reconhecer que se calhar a Maria Augusta tinha razão para nos "bombardear" com seminários de Ética. É por estas e por outras que fico parva com a opinião (da qual discordo)de que a nossa Classe tem o "monopólio" do Humanismo e Solidariedade como se fosse uma coisa de Classes e não algo que dependa da generosidade do espírito de cada indíviduo - se alguèm é Humanista, é-o por formação que começa desde pequeno, que cultiva ao longo da sua vivência e não é algo que veja "anexado" a um "breço-de-ouro", a um curso ou outra qualquer coisa.
 
"Médicos do Mundo", "Assistência Médica Internacional", "Médicos sem Fronteiras". Mais uma vez os Enfermeiros escudados sob o manto da Medicina ou slogan médico, pois só assim mostram credibilidade. Se a intenção destas associações é nobre e clara, o nome é publicidade enganosa.
 
“” Médicos do Mundo", "Assistência Médica Internacional", "Médicos sem Fronteiras". Mais uma vez os Enfermeiros escudados sob o manto da Medicina ou slogan médico, pois só assim mostram credibilidade. Se a intenção destas associações é nobre e clara, o nome é publicidade enganosa. “”


Sim; podia-se eventualmente mudar o nome para “Clínicos do mundo”, assim já contemplava os Enfermeiros sem discriminação!.. deixe lá isso homem, não é bem o nome que interessa, mas mais o conteúdo da obra.
 
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