quinta-feira, maio 10, 2012

Partos em casa: mais evidências.

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Afinal, os partos em casa até são assistidos por mais Médicos do que Enfermeiros. Quando a razão não se concilia à lógica, até o argumento cai em cima da cabeça de quem o profere... (autofagocitose do argumento)
Evidentemente, lógica não é com eles; nem leis, domínio no qual relevam desconhecimento...
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Nota informativa: o "João Silva Carvalho" que é referido no recorte (imagem), é o Presidente do colégio de especialidade de Ginecologia e Obstetrícia da Ordem dos Médicos.

Comments:
Este fim-de-semana, mesmo com os seus parcos vencimentos todos os Enfermeiros vão poder ir ao cinema pois apresentando a Cédula Profissional nas bilheteiras da Zon Lusomundo vão poder ter o seu bilhete por 50% do preço normal. Assim não ficam desculpas para que TODOS os Enfermeiros vejam o Spot que a OE fez para o DIE e a OE dizer que o Spot foi um sucesso.

Nesta espécie de pescadinha de rabo na boca quero agradecer à OE por lutar por aquilo que realmente importa... um bilhete de cinema por metade do preço (uma espécie de pagamento a todos para que se possa ver todo o trabalho que os narcisos têm feito).
 
Não me consigo conter!!!! esse .... """A N O R M A L""""" (SUSPIRO PROFUNDO PARA NÃO DIZER A EXPRESSÃO QUE ME VEM À CABEÇA) vai continuar muito tempo a mentir dizendo que não temos competências suficientes para ser autónomos???? será que não sabe ler? será que não sbe o que é humildade? será que é tão GALINHA que, como elas, é incapaz de descer do poleiro quando estão a pavonear-se em cima?
 
eu faço uma pergunta ao sr João Silva Carvalho (de dr já provou ter muito pouco): põe um processo para quê? para que o médigo visado apresente todas as provas de que não está a fazer nada que esteja contra-indicado e o colégio ainda fica mal na figura?? para que apresente a prova que a mulher ia parir em casa de qualquer maneira e que, segundo o seu código deontológico, não a podia deixar abandonada, e o colégio fica mal, novamente? então ia processá-lo porquê, porque QUEREM fazer figurinhas e perderem????? o meu medo é que pessoas de racioçínio muito limitado estão a frente de colégios... MUITO M E D O!!!!
 
a conclusão a que chego é que quem não é competente para falar de Obstetrícia são... Os presidentes dos colégios de ginecologia e Obstetrícia Médicos... comprove-se pelo absurdo um atrás do outro que este sr diz ao dizer que os EESMO não são comeptentes, veja-se também a figurinha de um ex presidente desse mesmo colégio - sr dr prof (então sei mais o quê) Luis Mendes Graça, na reportagem "donas do parto" (http://babiesboom.blogspot.pt/2007/10/donas-do-parto-reportagem-tvi.html) em que diz asneira uma atrás da outra... e confiar neles? como? quando dizem que so parir no hospital com supervisão MÉDICA é que é bem feito, quando dizem que a dor é igual deitada ou em posição erecta, quando dizem que as induções já não fazem mal se for às 40semanas e 2 ou 3 dias, só porque tem de organizar a sua própria agenda.... quando em PLENO CONGRESSO DE EESMO um deles diz que as mulheres em trabalho de parto, o que querem é estar... deitadas????? POR FAVOR! NÃO GOZEM COM A NOSSA INTELIGÊNCIA! AO QUE SE ENTERRAM SEMPRE QUE FALAM, MAIS VALIA TEREM TIRADO O CURSO... de coveiro!
 
Ai meu Deus!

Ó Dr. Enfermeiro: esta política do corta e recorta não abona muito a favor dos enfermeiros. Parece que andamos à caça de frases soltas que outros disseram a nosso respeito…

Vamos ao tema dos partos em casa:
- quem conhece a dinâmica do período peri-natal, percebe que a maioria dos partos decorre sem intercorrências de maior;
- contudo, quer se queira quer não, a “hospitalização” da mulher nesta fase da sua vida, torna mais seguro esse momento;

Portanto, antes de mais, importa assumirmos aquilo que queremos: defendemos os partos em casa ou partos no hospital?

Se optarmos pelos partos em casa, vamos parar a outra discussão: qual dos profissionais é mais capaz para ajudar a grávida? E aí, entramos numa discussão que nunca mais tem fim, com os enfermeiros a correrem o risco de ficar mal na fotografia.

Imagine que sou um magnata da Sonae ou da Jerónimo Martins: posso pagar a um obstetra, um pediatra, e até posso ter uma ambulância medicalizada, para em 5 minutos chegar ao hospital. Preciso do enfermeiro? Não!!!

E permita-me a curiosidade: há uma enfermeira, cuja má prática já chegou à televisão; quanto tempo precisa mais a OE para a punir severamente?
 
caro anónimo das 9h46: se fosse um magnata e quisesse um parto natural em casa, com certeza nao contrataria um obstetra... garanto.... no maximo, seria uma parteira e um neonatologista... agora quanto ao caso que esta a falar.... um caso não é o caso da classe ( ponto 1) e caso dos médicos que passaram na TV tb com péssimas práticas.... já foram condenados pela sua Ordem? tenho pena que os enfermeiros não ponham a boca na botija mais vezes... era bonito!
 
ao 1º anónimo: mais um para o lote do mal dizer ao desbarato... sempre contra tudo e todos... e ia sugerir para se candidatar nas proximas eleições já que parece que os que la estão estão sempre mal.... com certeza deve fazer bem melhor!!! ( com sorte nem votou!) mas depois de reflectir chego a conclusão que nao se deve candidatar.... pessoas do contra não podem ganhar.... senão quem faz oposição? quem fica a dizer mal ca fora???
 
Perdoem-me os demais, se digo algo de errado, mas a minha opinião é tão válida como a de qualquer um.
Parece-me que esta discussão poderá não levar a lado algum, podendo até induzir os terceiros em erro (pensando que se trata de uma espécie de conflito entre profissionais). Seja como for, parece-me que quem tem competências deve sempre assumir que as tem e desempenhar as funções para as quais está qualificado. Além disso, parece-me mais seguro um parto assistido em casa por um enfermeiro especialista do que numa ambulância a caminho do hospital, cujo parto seja assistido por um bombeiro.
Uma vez mais, entendam o comentário como uma opinião de uma enfermeira que acredita na Enfermagem, sendo necessário definir, senão até vincar, as funções do enfermeiro.
 
Fala-se mais neste blog de Médicos do que de enfermagem...

Quanto ao tema, os enfermeiros não tem competência nem formação, muito menos autonomia para tal. E isso é ponto assente. Agora tambem não deixa de ter uma certa piada ver enfermeiros, se calhar a maioria nem sequer tem a "especialidade" que se fala, a referirem-se ao Colégio de Especialidade Obt-Gine da OM com o maior descaramento, como se não se tratassem dos verdadeiros especialistas da área, e quem deve ter e tem a palavra mais forte e decisiva na área... Lá está, é muita frustração junto no seio da enfermagem portuguesa... Voltamos sempre ao mesmo, queriam ser Médicos??? Tirassem Medicina!! Não deu a nota?? Temos pena...
 
A verdade é que o acompanhamento exclusivo por parte de Enfermeiros Especialistas de gravidezes normais traria uma grande redução nas receitas dos vários Médicos que fazem parte deste Colégio, pronto é esta a verdade, não vale a pena outros argumentos, por isso é óbvio que as pessoas em questão defenderão as seus interesses até à ultima hora, mesmo usando argumentos baseados em nada... ou mentiras.
Nós apenas temos de apresentar argumentos válidos, de factos cientificos provados e esperar, quanto mais se pressionar mais depressa esta mudança acontecerá, mas que vai acontecer vai, disso não existem dúvidas, é uma inevitabilidade dos tempos.

Para quem agora vai dizer que a enfermagem não é só Obstetricia... claro que não é mas os problemas resolvem-se um de cada vez.
 
“ Portanto, antes de mais, importa assumirmos aquilo que queremos: defendemos os partos em casa ou partos no hospital? “

Defende-se sim, o acompanhamento da Grávida pelo Enfº, e a decisão desta em querer parir em casa.
 
“ Anónimo disse...
Fala-se mais neste blog de Médicos do que de enfermagem...

Quanto ao tema, os enfermeiros não tem competência nem formação, muito menos autonomia para tal. E isso é ponto assente. Agora tambem não deixa de ter uma certa piada ver enfermeiros, se calhar a maioria nem sequer tem a "especialidade" que se fala, a referirem-se ao Colégio de Especialidade Obt-Gine da OM com o maior descaramento, como se não se tratassem dos verdadeiros especialistas da área, e quem deve ter e tem a palavra mais forte e decisiva na área... Lá está, é muita frustração junto no seio da enfermagem portuguesa... Voltamos sempre ao mesmo, queriam ser Médicos??? Tirassem Medicina!! Não deu a nota?? Temos pena... “

1º) Os Enfermeiros têm COMPETÊNCIA, FORMAçÃO, e AUTONOMIA (e acautele-se que ainda mais autonomia vão ter - prescrição farmacológica/ ECD);

2º) lá por sua excelência ter, em principio, ido fazer o curso de Medicina, e chama aos Enfºs pseudomédicos frustrados, afiança-me a ilação que se não conseguisse você ir para Medicina, seria então uma Enfª ou farmacêutica frustrada... claro, é que somos todos frustrados... Saia do seu pedestal, e quando chegar à prática (pois de CERTEZA que, com esse discurso, ainda é um reles estudante, loooonge da realidade e da interacção valiosa com os outros profissionais de Saúde).
Acredito que quando começar a trabalhar, a bolinha vai-se-lhe baixar =D
beijocas aqui do frustrado ;)
 
É ridicula a forma como o DR Enf e o nosso Bastonário têm tratado este assunto.
Querem por enfs a assistir ou a fazer partos??? decidam-se... acham que os enfs têm a competencia necessária para tal??? excelente... então lutem pelas vossas convicções e acima de tudo argumentem com a tal evidencia e não vão na tentação infantil e provocada pelos médicos em esvaziar o vosso discurso no "eles são maus, nós é que somos..." assim morrem na praia, como sempre, compram gerras perdidas!!
Assumam as vossam ditas competencia e comecem a fazer ou assistir partos em casa, na rua, na praia, no vão de escada, onde quiserem... mas têm que assumir tb os riscos e acima de tudo a responsabilidade, não vá depois a culpa tb ser do médico.
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível.
 
"Anónimo disse...
Fala-se mais neste blog de Médicos do que de enfermagem...

Quanto ao tema, os enfermeiros não tem competência nem formação, muito menos autonomia para tal. E isso é ponto assente. Agora tambem não deixa de ter uma certa piada ver enfermeiros, se calhar a maioria nem sequer tem a "especialidade" que se fala, a referirem-se ao Colégio de Especialidade Obt-Gine da OM com o maior descaramento, como se não se tratassem dos verdadeiros especialistas da área, e quem deve ter e tem a palavra mais forte e decisiva na área... Lá está, é muita frustração junto no seio da enfermagem portuguesa... Voltamos sempre ao mesmo, queriam ser Médicos??? Tirassem Medicina!! Não deu a nota?? Temos pena..."

Pois é este anonimo tem razão que existem muitos enfermeiros frustrados que não tiveram nota para entrar em medicina, mas como não é enfermeiro não percebe que esses são os que passam o tempo a meter-se nos diagnósticos médicos e não sabem sequer quais são as suas competências, nem as desempenham com dignidade e envergonham a profissão. Pessoas e coisas que não têm nada que ver com o assunto em discussão, o que se defende aqui é um facto, praticado em alguns paises há já bastante tempo, por isso, paralelamente a enfermeiros com complexos de inferioridade existem médicos com complexos de superioridade.

Não defendo que enfermeiros substituam médicos, defendo que enfermeiros possam (porque têm competência para isso) seguir uma gravidez normal, libertando os médicos de familia para outras coisas, e no caso de detectarem alguma anormalidade encaminhem as grávidas para o médico de forma a que haja um diagnóstico médico da situação, ninguém se quer sobrepor, mas obviamente que as consultas de médicos nas privadas poderá diminuir.

Como já disse andamos à volta das soluções para manter um SNS público, quando na verdade o que é preciso é encarar as verdades e as soluções e andar para a frente... sem olhar para os interesses particulares.
 
Andam por aqui muitos médicos... Sejam bem vindos porque na realidade temos aqui oportunidade de, sem medo de ver a nossa vida profissional e pessoal prejudicada, lhes dizer o que (alguns) precisam de ouvir.

É ridículo que continuem a insistir numa postura paternalista e de superioridade em relação a tudo o que os rodeia: em relação aos doentes, aos saudáveis, aos enfermeiros, aos gestores, a todos. Pensam que são os mais inteligentes, os mais eruditos, os mais cultos, os mais capazes, mas na realidade não são. Pelo menos não é assim que são vistos, nem pela população, nem pelos restantes profissionais.

O que existe são necessidades e quem precisa de usufruir da função de utilidade dos médicos pode assumir uma posição mais passiva, tal e qual como somos simpáticos para com os empregados do restaurante para que na cozinha não nos cuspam no bife que nos vão servir.

Os médicos são profissionais como outros. Cada um faz o seu papel e o que faz hoje, graças a Deus, não é o que vai fazer daqui a 10 ou 20 anos porque as coisas evoluem. Se assim não fosse ainda nos arriscávamos a levar com sanguessugas e com as ventosas e as velinhas a fazer vácuo.

Os médicos agem bem e agem mal, como qualquer outra pessoa.

Por isso é que temos doentes a tomar varfine com INR'r superiores a 10 e ninguém quer saber (ou varfine em SOS que ainda é mais curioso), temos antibióticos prescritos às 9h, 12h e 18h, temos decisões perfeitamente absurdas de ONR's, enfim... Tudo isto aconteceria se os enfermeiros não dissessem "PRESENTE!" e impedissem muitas destas barbaridades da autoria de médicos.

O que já não se pode impedir é os esquemas montados para que o que seria um parto eutócico, se transforme rapidamente numa cesariana, tudo por meras e exclusivas razões de lucro em dinheiro. A mulher entra a pensar que vai ter um parto normal, está ligada ao CTG, de repente passa por lá alguém que dá um toque na mesa e o aparelho desloca-se um bocadinho e faz um traçado esquisito; pouco depois alguém dá outro toque no aparelho e diz para que se oiça bem "Olá! O que é que se pássa aqui?!"; à terceira, já com a maca pronta para descer ao bloco, dá-se o empurrão final e a mulher nem pestaneja: ai vai ela de urgência e lá está - paga a cesariana, paga o bloco, paga a neonatalogia, paga e nunca chega a saber o que se passou. Isto é imoral e parte de quem é "mais competente" para o parto.

Nascer e morrer são momentos da vida que não têm que decorrer num hospital. As pessoas devem ter OPÇÃO e estarem esclarecidas; devem ter acompanhamento e apoio com o melhor que a ciência e a técnica tem. Mas atenção: os médicos não são donos do hospital e o fato de as coisas ocorrerem nesse lugar não quer dizer que sejam os médicos os únicos profissionais capazes para fazer um bom trabalho.
 
Solicito ao DE um post com um fardo de palha... há muito burro por ai que não entede as evidências apresentadas e continuam a espernear-se e a babar-se de raiva pela incontornável competência dos EESMO... se têm medo de nós TEMOS PENA. sou EESMO com todo o orgulho e sempre que vejo as barbaridades que os médicos fazem Às gravidas e parturientes deste país, MAIS ME ORGULHO DE NÃO PERTENCER A ESTA CLASSE.
 
EVIDÊNCIAS em Portugal:

Para as Doulas e os Tolos que defendem o Parto em casa aqui fica uma pequena infografia da REALIDADE portuguesa:

http://www.jn.pt/multimedia/infografia970.aspx?content_id=2469824

e repare-se em especial no n.º de óbitos pois embora sendo bem verdade que houve um decréscimo acentuadíssimo dos óbitos nos partos em casa (muito maior que o decréscimo dos óbitos em hospitais) a VERDADE é que o número de óbitos em partos no domícilo é 3,94 vezes maior!!!!

Poder-se-à dizer: "mas reparem que que o número de óbitos dos partos em casa diminuiu mais de 60% enquanto que nos hospitalares diminuiu pouco mais de 30%"
mas a esses também se responde mas olhe que só se fazem em casa partos de baixo risco por isso mesmo é expectável que seja difícil de diminuir em percentagens tão grandes os óbitos hospitalares pois todos os casos de risco acrescido ocorrem em ambiente hospitalar e nem com todas as condições se consegue evitar o inevitável.

Agora o que é incontornável é que os ditos partos de baixo risco em ambiente domiciliário tenham uma taxa de mortalidade 3,94 vezes maior do que em ambiente hospitalar onde decorrem não só os partos de baixo risco como os de risco elevado.

Contra factos não há argumentos.
 
Ah! E a propósito do meu comentário sobre a infografia do JN, ele é dirigido a TODOS os Tolos sejam eles Médicos ou Colegas Enfermeiros pois não percebo como é que em pleno século XXI em que a Enfermagem quer assumir-se como algo estruturado e com SÓLIDAS bases científicas e técnicas haja quem defenda uma prática que nos remonta ao inicio do século XX em toda a Europa ou meados do mesmo século no nosso atrasadinho Portugal.

Digo isto porque como Enfermeira com vários anos de experiência porque sei que mesmo quando tudo parece estar encaminhado para correr bem de repente surge algo que nos pode levar a viver um verdadeiro "inferno" e nessas situações, meus amigos, o que queremos é ter à mão tudo mas mesmo tudo o que seja necessário para que esse "inferno" seja apenas um valente susto e não uma tragédia.
 
Formação do Médico Obstetra em anos: 6+1+5=12 anos

Formação do Enfermeiro Obstetra: 4+1+(1)=5 anos ou 6 Anos se mestrado.

Alguns querem fazer crer que os Enfermeiros estão mais bem preparados que os obstetras para assistir ao parto mas a matemática não engana.

Já o seguimento de gravidezes fisiológicas pelo Enfermiro obstetra não me levanta nenhum prurido, pois o MGF também não tem muita formação nesta área.
 
"sou EESMO com todo o orgulho e sempre que vejo as barbaridades que os médicos fazem Às gravidas e parturientes deste país, MAIS ME ORGULHO DE NÃO PERTENCER A ESTA CLASSE."

Parabéns... partindo do princípio que o colega intervem junto desses médicos (malandros que só fazem barbaridades)... ou tb vai solicitar ao tal DR???
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível... e com orgulho!!
 
“ Não defendo que enfermeiros substituam médicos, defendo que enfermeiros possam (porque têm competência para isso) seguir uma gravidez normal, libertando os médicos de familia para outras coisas, e no caso de detectarem alguma anormalidade encaminhem as grávidas para o médico de forma a que haja um diagnóstico médico da situação, ninguém se quer sobrepor, mas obviamente que as consultas de médicos nas privadas poderá diminuir. “

Exactamente, caro enfº dores! concordadíssimo!!
 
comentário das 04:50:00
VV
 
É muito preocupante que em pleno sec. XXI os médicos portugueses ainda não tenham percebido o seu papel na sociedade, meus caros vêm aí tempos difíceis o tempo de quem queria subir na vida ia para medicina está a acabar. A população está mais esclarecida mais exigente e se soubesse das barbaridades a que é submetida por esta classe, muita coisa já tinha mudado.
Alguns gabam-se das notas que têm para justificar a sua inteligência sobredotada, se fosse feito um estudo socioeconómico dos médicos verificava-se que a maioria vem de famílias de médicos que fazem tudo para proporcionar aos seus filhotes uma educação em colégios privados até ao 12º ano e poderem aceder ao ensino superior com melhores notas, os que estudam no ensino público, diga-se de passagem são uma minoria, dado que os papás são doutores muitas vezes são protegidos pela própria escola. Para além de virem de um meu socioeconómico mais favorável. Em algumas faculdades de medicina ainda existe a " entrevista dita de selecção", aonde os papás médicos podem exercer a influência do seu poder. Em tempos de Liberdade estávamos nos bons tempos de 1975 foi uma fartura tudo entrou, alguns iluminados dessa altura e com visão o que fizeram foi influenciarem o poder político para introduzir os números clausulos e assim manterem a coutada. A necessidade de saúde dos portugueses foi esquecida, depois vem o argumento há falta de médicos, mas não foi o que revelou o relatório da OMS, não há falta de médicos estão é mal distribuídos, de preferência no litoral nos grandes centros urbanos, com o empregozinho no SNS tentando lá passar o menos tempo possível e ir a correr para o privado fazer dinheiro. Para reduzir as listas de espera no SNS tem de se lhes pagar a peso de ouro, criadas pelos próprios. Para quando? Acabar com a promiscuidade entre o trabalho público e o sector privado, tantas horas a serem pagas no SNS e muitas delas a recuperar o sono em quarto do hospital para estarem em forma no privado, que nem ao trabalho se dão de fazer a cama na qual passaram a maior parte do tempo a dormir, façam horários mais curtos, claro que isto implica ter um horário mais difícil de conciliar com a prática da medicina privada.
As especialidades médicas mais necessárias na sociedade portuguesa na actualidade é na comunidade (medicina familiar e geriatria, esta última não reconhecida) para estas especialidades poucas querem ir, a justificação sussurrada é a de que não tem saída a nível privado. O mesmo não se passa com a obstetrícia na qual a relação com o cliente é curta e gratificante tanto a nível económico como pessoal na maioria das vezes.
( continua na mensagem a seguir)
 
(Continuação)

Em relação a que estamos a regredir ao tempo dos meados do séc. XX em que os partos eram feitos em casa, é uma pura falácia, nem hoje temos as mesmas vias de transporte nem as condições hígio-sanitárias de quem opta pelo parto em casa são tão desfavoráveis. Porque se assim fosse não se fechavam maternidades, com o argumento de que com as vias de comunicação melhoradas é fácil chegar às maternidades de referência se isto não é verdade, aonde esteve o vosso bastonário (e colégio da especialidade) que permitiu que muitas gestantes tenham o seu parto na ambulância na berma de uma estrada só com a ajuda do bombeiro, e algumas vezes já tendo recorrido à maternidade observadas por experiente obstetra, e reenviadas para casa porque ainda não estava na hora. Hoje cada vez mais tenta-se encurtar a permanência nas unidades hospitalares, investe-se em cirurgia ambulatória etc., porque o meio hospitalar ele próprio é um risco para o cliente em termos de infecção hospitalar, para quê sujeitar a parturiente fisiológica a esse risco acrescido? Há! já me esquecia, para muitos médicos a infecção hospitalar ainda é coisa para enfermeiros se preocuparem.
Quanto ao tempo de formação dos médicos ser longo, esquecem-se é que a partir do 6º ano a sua formação é remunerada quantos jovens portugueses gostariam de ter essa possibilidade. Está na altura da sociedade portuguesa reflectir sobre essa questão, o ensino básico deve ser pago pelos impostos de todos nós mas o pós-graduado deve ser pago pelo médico como noutras profissões, é uma questão de equidade ou se isto não acontecer então os médicos têm de passar a ficar vinculados ao SNS por determinado tempo para justificarem este investimento público, não é o que acontece na actualidade em que não pagam as suas especializações, e mal podem querem ir exercer para o privado. Se as especializações fossem pagas do seu bolso, de certeza estas passariam a ser de imediato especialidades mais curtas. Não venham com a desculpa de que passam a vida a estudar, porque com as outras profissões também se passa o mesmo e ninguém os remunera por isso, não se queixem estão a fazer aquilo para que são pagos.
Os enfermeiros estão a emigrar em massa porque o poder político ainda não se apercebeu do erro, mas os médicos já tremem só de pesarem que muitos jovens que foram fazer os seus cursos de medicina ao estrangeiro regressem e vão desequilibrar o equilíbrio podre imposto pelos números clausulos. Alguns velhos do Restelo já se insurgem e bramam com a necessidade de controlar o acesso à profissão aos que regressam, com o argumento de que não conhecem a qualidade dessa formação, que engraçado só em Portugal é que a medicina é de alto gabarito. Têm é medo da concorrência e o desequilíbrio da maior oferta para a menor necessidade. Pois não há falta de médicos estão é aonde não são necessários. Espero sinceramente que estes jovens médicos que regressam formados por outros médicos, que desejo não tão vaidosos como os portugueses, sejam mais humanos e menos corporativistas.
 
é triste que ainda existam pessoas que não considerem o trabalho dos enfermeiros valioso e que achem que quem é enfermeiro é frustrado porque, afinal, não é médico. Há muito que a enfermagem se assumiu como uma profissão independente, com acções individuais e de equipa. Cada profissão tem funções diferentes: o médico cura, o enfermeiro cuida. Não pretendemos nunca ultrapassar o médico, mas temos competências suficientes para desempenhar funções que até então se consideravam médicas.
 
Relativamente ao comentário do anónimo 5/12/2012 11:12:00 AM:

de facto os dados são bem ilustrativos. Como Enfermeiro e embora não seja EESMO creio que é inquestionável os ganhos da presença dos nossos colegas nas equipas de acompanhamento das grávidas -- não concordo com a ideia do Bastonário de que a grávida deve ser acompanhada pelo Enfermeiro OU Médico de Família OU Médico Obstetra porque esta politica do "OU" é completamente estúpida e redutora do que deve ser a Prestação de Cuidados de Saúde que deve ser algo de Multidisciplinar a bem da Saúde dos Utentes -- bem como da sua intervenção em todo o período peri-parto. Mas o que não posso estar de acordo é que estando nós em 2012 com Hospitais que não obstante as suas limitações estão bem apetrechados para lidar com segurança com todos os imprevistos que possam ocorrer mesmo nos partos que à partida se esperam o mais normais possíveis que se queiram recuar um século para que as mulheres possam parir como pariram as suas avós e bisavós. Acredito que se querem um parto mais natural, sem recurso a induções e outras intervenções as mulheres devem ter esse direito mas para tal há que lutar para que os nossos hospitais não sejam locais onde se quer despachar os doentes só para que as administrações possam apresentar números. Assim as mulheres estão num local apropriado em que a qualquer altura se ocorrer algum imprevisto possam ser devidamente assistidas. Agora defender uma coisa que não é segura o que é comprovado dados da mortalidade no domicilio (local onde só decorrem os partos de baixo risco) ser quase 4 vezes superior aos partos hospitalares só para se agradar a modas de movimentos "new age" parece-me uma atitude muito irresponsável do nossos colegas sobretudo sendo eles especialistas. Mas nisto os Médicos Obstetras também tem que ser mais responsáveis já que os dados também mostram que mais de metade dos partos em casa são feitos por médicos. Portanto, tanto os nossos Colegas Especialistas como os Médicos Especialistas tem que ganhar juízinho e pensar no que é a melhor prática e a mais segura também e não andar a fazer coisas só para "agradar" a modas ou irem para a televisão dizerem que são uns "fixolas" de "espírito livre e aberto a novas experiências".
 
Até me custa a crer que o alguém que é o topo no colégio desta especialidade possa proferir tamanho disparate. Bem, é concerteza alguém desligado da prática à muito tempo...
 
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