quinta-feira, outubro 04, 2012

Populismos!

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A recente polémica que circunscreveu o Parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV), despoletado pelo populista Bastonário da Ordem dos Médicos (OM), foi, de todo, descabido e desproporcionado, sendo revelador de uma crassa ignorância ética, etimológica, semântica, social e económica.
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Sucessivamente, o Bastonário da OM tem assumido uma posição antagónica relativamente à tutela (não é só pela conjuntura sócio-económica...), e, qualquer documento, iniciativa, posição ou decisão da mesma, tem a discordância e condenação imediata da mesmo (e, por inerência, da OM). 
Desta feita, sustentado num pretenso "parecer assassino", tentou capitalizar a sensibilidade e força da opinião pública para censurar um parecer que me parecer sensato e equilibrado, em consonância com a realidade actual e os recursos disponíveis (se fossem infinitos esta discussão não faria sentido) - não se trata de decepar ou denegar cuidados de saúde, mas sim rentabilizar a sua gestão, nunca secundarizando a leges artis.
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Todavia, se o controverso parecer for devidamente analisado, após reflexão é possível constatar que o mesmo tem uma aplicabilidade racional, ponderação e um carácter previdente. Quem não o leu - e não conheça a realidade do sector - talvez concorde com o Bastonário da OM; os verdadeiramente interessados em contribuir para a racionalização dos recursos, disponibilizando, em simultâneo, os melhores cuidados, certamente não partilham da opinião. 

Poderia apresentar aqui uma infindável lista de argumentos a desarmar o populismo da OM, mas é necessário, pois podem ser consultados aqui e aqui
Ordem dos Enfermeiros manifestou, também, a sua posição sobre esta matéria, que   entretanto foi publicada (como forma de apoio fundamentado), inclusive, no próprio site da CNECV!
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Relembro que Conselho Nacional tem na sua composição a Enf. Lucília Nunes, indigitada pela Ordem dos Enfermeiros.

Comments:
Mais uma vez o zé manel a mandar postas de bacalhau para o ar, mas como ele representa os srs Dr's epah tudo o que ele diz e da mais pura verdade,se ele disse o povo acredita... As palavras desse senhor sao tao verdadeiras como as " não vamos aumentar os impostos" do passos coelho...
 
Oh zé manel... Cala-te lá um bocadinho pa... olha empresta antes a voz ao nosso bastonário, parece que tem andado rouco...
 
O que é que A LUCI FAZ ALI?....


 
Só falta é mesmo saber QUAIS OS MOTIVOS que levaram o Ministério a pedir este parecer ao CNECV.

Sabendo da crise que o País atravessa, da necessidade de cortar dinheiro em todo o lado (menos nos assessores, PPPs, conselheiros, rendas, etc, etc) não será esta uma medida profilática do Ministério da Saúde para se "escudar" quando no futuro cortar ainda mais no Orçamento para o SNS (de 2011 para 2012 o corte foi de quase metade)...assim sempre poderão dizer que o corte tem a validação da CNECV.

Dá que pensar...
 
Os médicos sempre se centraram muito da precrição terapêutica, não utilizando outras ferramentas que a Medicina pode dar para a resolução de algumas patologias e prevenção das mesmas.
Acho que é demais o uso que se faz de fármacos e tudo isto porque a indústria farmacêutica financia e alimenta o luxo e o estilo de vida dos médicos, entre outras coisas.
Sabe-se por exemplo que o ensino pós-graduado é finaciado pela dita indústria. Claro isto tem um ponto de partida, a precrição desmedida de fármacos!

Ana Temudo
 
Dois pontos fundamentais sobre este seu Post:

1º- Não é o bastonario da OM que aparece atras do MS (carrasco do SNS)cheio de sorrisos e felicidade quando este lhe acena com 2 ou 3 ideias de aumento de competencias ;)

2º- Não sendo a prescrepçao de medicamentos, área dos enfermeiros, não vejo sequer que tenham competencia para comentar o que quer que seja sobre esta tematica...

Simples. Não tem a enfermagem problemas que cheguem?
 
Tarda pela demora, um documento que pode inaugurar uma nova forma de encarar a vida daqueles de quem cuidamos nos serviços de saúde.

O termo que tanta verborreia suscitou ao B da OM, "racionamento", já é amplamente usado nos cuidados de saúde, de forma encoberta, no poder exclusivo que é dado aos médicos no ato de prescrever o lhes apetecer. Querem continuar, como dantes acontecia com doentes internados a fazerem antibioticos ad eternum, sem quererem saber de guidelines, de nada. Isso não é aceitável e se é preciso racionar, que esse racionamento seja racional e não discricionário, imoral e assustadoramente perigoso. Talvez se chegue agora à conclusão que há muito mais recursos do que o que se imaginava, e se decida alargar esta proposta a todas as situações que requerem cuidados de saúde.

Pegue-se agora na polimedicação dos idosos e faça-se uma avaliação da pertinência de muitas terapêuticas que não têm qualquer utilidade.

Não se receie o benchmarking, elaborem-se perfis de prescritores e façam-se estudos sobre os padrões de prescrição existentes, comparando-os.

Estudem-se grupos de outliers e comparem-se resultados: existirão surpresas que merecem ser estudadas e trarão pistas interessantes sobre racionalização e exigência na prescrição de exqmes, medicamentos, tratamentos, étc.

Avalie-se a necessidade e demora de internamentos, as razões de protelamento de altas médicas, os custos que representa a palavra do médico que mantém doentes internados já sem necessidade de cuidados hospitalares, mas por puro conforto do médico. O médico que prescreve mais um antibiótico iv, para garantir que AQUELE doente, que já não lhe dá trabalho nenhum, fica mais uma semaninha a ocupar aquela cama, não vá a vaga ser preenchida por um chaço qualquer...

Pegue-se agora nas ONR's, na forma como estas são indecentemente "prescritas"; diga-se ao cidadão que, quando entra num hospital, pode cruzar-se no seu caminho um médico que escreve no seu processo clínico "ONR" ou "sem critérios de reanimação", ou "não reanimar", ou outra coisa qualquer; nem esse cidadão nem a sua família sabem que corre esse risco e que às vezes essa "ordem médica" é devidamente assinalada no quadro do processo de enfermagem dos serviços, é transmitida entre profissionais, é decidida sem o conhecimento do doente e da família, sem a participação de outros profissionais na discussão, sem ser mais reavaliada, ficando definida ali uma sentença de morte que, essa sim, traduz o maior racionamento imoral que o serviço de saúde oculta do cidadão.

Discutam, por favor, as ordens de não reanimação, de vidas que, ao serem encaradas desta maneira, colocam em questão os valores mais elementares da sociedade humana, aquilo para que existimos e o que é que realmente vamos passar a
valorizar.

Discutam tudo, deixem que a sociedade como um todo saiba o que se passa, decida e exija o que quer.

VV
 
IRONIA DO DESTINO
O que se diz neste blog da Lucilia, o que sempre disseram os capangas do Germano.
Mas quando se trata de arranjar alguém competente para representar a enfermagem quem se vai indicar
LUCILIA NUNES
 
estas noticias são apens para desviar atenções do essencial e mais uma manobra politica.
Toda a gente percebe que a comissão de ética apenas pretende que se dê qualidade de vida aos doentes em vez de os asfixiar em quimioterapia a duas ou três horas de morrerem com se faz na maioria dos serviços de oncologia; a prescrição desmedida, leia-se encarniçamento terapêutico, é uma prática médica por défice de formação em ética e deontologia mas tb por alimento á industria farmacêutica. QUEM NÃO SABE ISTO?

Helena
 
AO ANÓNIMO DAS 10/05/2012 12:44:00 p.m.:


ELA TEM UMA GRANDE EXPERIÊNCIA DE VIDA DE TRABALHO.

MESMO COMO ENFª CHEFE, SEMPRE CALÇOU AS LUVAS PARA AJUDAR OS COLEGAS DA PRESTAÇÃO....

NÃO SEJAS INJUSTO.
 
O anormal que anda aqui a lavar roupa suja e a dizer mal de tudo e de todos devia ter vergonha na cara... Não deve ser enfermeiro de certeza... É um incendiário que lhe saiu o diploma de qualquer curso que fez... se fez ... numa caixa da farinha amparo...
 
Felizmente, não cabe aos enfermeiros pronunciar-se sobre esta matéria.
 
Claro racionalizar é o caminho e para começar, vacinas da gripe para todos!!!!
 
Infelizmente a idade ainda é critério utilizado, os idosos vergonhosamente não têm os mesmos direitos, se forem pobres então as hipoteses são poucas. Sociedade injusta e hipocrita. a vida de alguém não devia de estar na mão de uma só pessoa mesmo sendo esta médica, como a maioria das vezes está!Para que existem as comissões de ética se no dia a dia não são consultadas e muito menos se pergunta ao doente o que ele quer.
 
ESSA LCILIA QUE VÁ MAS É TARBALHAR QEU NUNCA O FEZ A NÃO SER MANDAR POSTAS DE PESCADA E TENTAR ENTALAR OS COLEGAS QUE TRABALHAM DANDO PRETENSOS PALPITES PARA ENCRAVAR COLEGAS.
 
Não percebo. As USF tipo C causam-lhe prurido porque tiram o N do SNS, mas "racionar" os cuidados de saúde já não? As USF tipo C não serão também uma forma de "racionar" a despesa do estado com serviços de saúde?
Sabe que é compreensível que apoie o bastonário e a OE, mas a sua idolatração pelo mesmo tem contornos estranhos...
Já agora, diga-me se na sua opinião não deveria o CNECV ter usado antes o termo racionalizar em vez de racionar?
 
" Dois pontos fundamentais sobre este seu Post:

(...)
2º- Não sendo a prescrepçao de medicamentos, área dos enfermeiros, não vejo sequer que tenham competencia para comentar o que quer que seja sobre esta tematica... ""


...Para já. Mas espere. O carrasco lá nos "dará" esse aumento de competências, entre outros. ; )

 
"IRONIA DO DESTINO
O que se diz neste blog da Lucilia, o que sempre disseram os capangas do Germano.
Mas quando se trata de arranjar alguém competente para representar a enfermagem quem se vai indicar
LUCILIA NUNES"


A "indicação" vem do mandato anterior, altura desde qual a Enf. Lucília Nunes integra a CNECV.

 
"Felizmente, não cabe aos enfermeiros pronunciar-se sobre esta matéria."


Considerando a importância deste parecer e o seu impacto da saúde dos cidadãos, e partindo do pressuposto que estamos a discutir sobre recursos provenientes dos seus (dos cidadãos) impostos, é fácil compreender que os Enfermeiros têm obviamente uma palavra a dizer (como profissionais que lidam com a terapêutica e como cidadãos).
Discorrer o contrário é um acto da mais pura ignorância. Perigoso até; se tivermos em conta que em cada vez mais países a prescrição de fármacos faz parte do leque de competências dos Enfermeiros.
 
A OM tem Bastonário...?

 
o enfermeiral faz o que os médicos mandam. Ponto final.
 
A "indicação" vem do mandato anterior, altura desde qual a Enf. Lucília Nunes integra a CNECV.

Ó DE e foi uma indicação muito bem feita, pois nem V. Excia deixou de colocar um link para o seu curriculum.
 
Ora agora até põem links para o currículo da Profª Lucília. Finalmente estão a ver quem tem unhas para tocar guitarra, porque a maioria dos atuais minha nossa...
 
e deste mandato haverá alguem assim tão entendido na matéria??! Não me digam que têm no atual orgao supremo alguem assim!?
 
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