domingo, julho 14, 2013
"Bagas" na Enfermagem...
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É incompreensível esta questão das vagas no ensino superior! Convenhamos, pois, que os estudantes (enganados pela ilusão) têm meter a comida no prato dos Parentes, Bentos e Gaspares, já para nem falar na miríade de privadas... e no próprio sector politécnico.
Recordo que a Ordem dos Enfermeiros propôs a diminuição destas vagas (o aumento foi várias aplaudido pela anterior Bastonária!), contudo essa proposta foi rejeitada, bem como a proposta da Ordem dos Advogados e Médicos (para o mesmo efeito).
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P.s. - Poderá haver quem não reconheça os "Parentes, Bentos e Gaspares". São os respectivos Presidentes das Escolas de Enfermagem do Porto, Coimbra e Lisboa.
Recordo que a Ordem dos Enfermeiros propôs a diminuição destas vagas (o aumento foi várias aplaudido pela anterior Bastonária!), contudo essa proposta foi rejeitada, bem como a proposta da Ordem dos Advogados e Médicos (para o mesmo efeito).
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P.s. - Poderá haver quem não reconheça os "Parentes, Bentos e Gaspares". São os respectivos Presidentes das Escolas de Enfermagem do Porto, Coimbra e Lisboa.
Comments:
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Claro, agora ja existe preocupação em diminuir o número de vagas visto que existem muitos enfermeiros PARADOS após a licenciatura.
Mas se a mesma problemática for vista segundo o modelo do EPT, aí é que o Dr. Enfermeiro torce o nariz ;)
Mas se a mesma problemática for vista segundo o modelo do EPT, aí é que o Dr. Enfermeiro torce o nariz ;)
Conhece o professor Paulo Parente pessoalmente? Pela forma como fala dele sempre que ele é mencionado nos posts do blogue, dá a sensação que foram, pelo menos, colegas em alguma fase da vida. Porque só se fala com esse constante desprezo de alguém que se conhece bem, ou quando se tem provas e argumentos concretos para ter essa opinião daquela pessoa. Senão, está-se apenas a julgar um livro pela sua capa.
A culpa não é só desses três. "Convenhamos" que a OE, até hoje, pouco fez para que as vagas do Ensino Superior de mantivessem, menos ainda que não subissem.
Quando emigrei para trabalhar na profissão que escolhi, imaginava-me a regressar ao meu país, 20/25 anos depois e exercer até me reformar. Hoje tenho cada vez mais as certezas de que será impossível. Isso parece estar num cenário bem pior do que o de há dois anos.
Quando emigrei para trabalhar na profissão que escolhi, imaginava-me a regressar ao meu país, 20/25 anos depois e exercer até me reformar. Hoje tenho cada vez mais as certezas de que será impossível. Isso parece estar num cenário bem pior do que o de há dois anos.
Isto só vem refletir o estado actual do nosso " Desgoverno", mas na senda contínua do diz uma coisa e depois faz outra, nisso mantêm coerência. Quanto à Ordem penso que estará na altura de implementar uma regulação para o exercício da profissão em que seja necessário um exame à Ordem como acontece com os advogados, ou limitar as vagas com o exercício tutelado, pois o ensino está cada vez mais comprometido e a sua qualidade cada vez mais a diminuir.
O problema das vagas em excesso não está só a jusante da formação, no desemprego.
Há um problema grave na formação dos enfermeiros, quer a nível dos conhecimentos teóricos, quer nas práticas clínicas.
No âmbito dos estágios, as condições de trabalho e a supervisão dos estudantes é de qualidade duvidosa. Os alunos são entregues a enfermeiros com 5 ou menos tempo de exercício profissional, nem sempre devidamente identificados nas equipas como modelos a seguir pelas mais diversas razões; os enfermeiros mais antigos são praticamente arredados da supervisão clínica, pois já não servem para ensinar os mais novos, supostamente mais avançados nos conhecimentos; durante os estágios, os alunos são deixados a realizar intervenções que são da responsabilidade de Enfermeiros - este ponto mereceria uma discussão séria pois os doentes não são tidos nem achados no meio disto tudo, a segurança passa para segundo plano, a qualidade passa a ser uma figura de estilo (1); os serviços aceitam esta espécie de promiscuidade porque beneficiam da mão de obra que dizem que é de enfermagem e na verdade não é; as instituições cobram valores incríveis - cujo destino é duvidoso - às escolas com as quais não têm "parcerias"; os enfermeiros "orientadores" vêem nos alunos um certo alívio na carga de trabalho e que até lhes dá algum estatuto nas equipas. Todos aceitam isto, todos são coniventes, na medida em que todos os envolvidos lucram qualquer coisa: dinheiro, estatuto, poder, vaidade, descanso, etc.
O problema não está apenas na quantidade, no tamanho da fornada. A OE pode regulamentar melhor as exigências para a formação e atender a princípios éticos fundamentais porque não é aceitável que certos procedimentos técnicos sejam realizados nos doentes sem perícia, sem treino prévio; não é correto que estudantes que NÃO SÃO ENFERMEIROS e poderão nunca vir a ser, preparem e administrem medicamentos sem pelo menos estarem na presença de um enfermeiro.
Se querem olhar a sério para os problemas têm que mostrar que está a ser feito algo para melhorar, e não andar sempre com a mesma retórica das vagas; todos concordamos e já ninguém quer saber disso para nada. Se o curso de enfermagem fosse realmente sério e exigente, aposto que nem metade dos alunos concorriam e terminavam a sua formação com tanta facilidade. E esta facilidade com que se formam e o que se passa nos ambientes de estágio são realidades que desvalorizam a enfermagem e dão a impressão que os cuidados de enfermagem são vulgares, banais, não exigem muito de quem os realiza.
(1) um estudante de enfermagem não pode assumir a responsabilidade de ficar uma, duas, três horas numa unidade de cuidados intermédios médico-cirúrgicos sem um enfermeiro ao lado dele.
VV
Há um problema grave na formação dos enfermeiros, quer a nível dos conhecimentos teóricos, quer nas práticas clínicas.
No âmbito dos estágios, as condições de trabalho e a supervisão dos estudantes é de qualidade duvidosa. Os alunos são entregues a enfermeiros com 5 ou menos tempo de exercício profissional, nem sempre devidamente identificados nas equipas como modelos a seguir pelas mais diversas razões; os enfermeiros mais antigos são praticamente arredados da supervisão clínica, pois já não servem para ensinar os mais novos, supostamente mais avançados nos conhecimentos; durante os estágios, os alunos são deixados a realizar intervenções que são da responsabilidade de Enfermeiros - este ponto mereceria uma discussão séria pois os doentes não são tidos nem achados no meio disto tudo, a segurança passa para segundo plano, a qualidade passa a ser uma figura de estilo (1); os serviços aceitam esta espécie de promiscuidade porque beneficiam da mão de obra que dizem que é de enfermagem e na verdade não é; as instituições cobram valores incríveis - cujo destino é duvidoso - às escolas com as quais não têm "parcerias"; os enfermeiros "orientadores" vêem nos alunos um certo alívio na carga de trabalho e que até lhes dá algum estatuto nas equipas. Todos aceitam isto, todos são coniventes, na medida em que todos os envolvidos lucram qualquer coisa: dinheiro, estatuto, poder, vaidade, descanso, etc.
O problema não está apenas na quantidade, no tamanho da fornada. A OE pode regulamentar melhor as exigências para a formação e atender a princípios éticos fundamentais porque não é aceitável que certos procedimentos técnicos sejam realizados nos doentes sem perícia, sem treino prévio; não é correto que estudantes que NÃO SÃO ENFERMEIROS e poderão nunca vir a ser, preparem e administrem medicamentos sem pelo menos estarem na presença de um enfermeiro.
Se querem olhar a sério para os problemas têm que mostrar que está a ser feito algo para melhorar, e não andar sempre com a mesma retórica das vagas; todos concordamos e já ninguém quer saber disso para nada. Se o curso de enfermagem fosse realmente sério e exigente, aposto que nem metade dos alunos concorriam e terminavam a sua formação com tanta facilidade. E esta facilidade com que se formam e o que se passa nos ambientes de estágio são realidades que desvalorizam a enfermagem e dão a impressão que os cuidados de enfermagem são vulgares, banais, não exigem muito de quem os realiza.
(1) um estudante de enfermagem não pode assumir a responsabilidade de ficar uma, duas, três horas numa unidade de cuidados intermédios médico-cirúrgicos sem um enfermeiro ao lado dele.
VV
Qual é o problema de haverem Enfermeiros desempregados? Podem sempre rentabilizar o muito tempo que têm tirando especialidades, mestrados e doutoramentos enquanto esperam pelo 1º emprego. Assim têm sempre que fazer!
Cada vez mais somos explorados nos locais de trabalho. a população no geral tem de nós uma visão de criadagem, estamos lá para sermos criados de toda a gente. Ninguém quer saber se somos licenciados, mestrados, especialistas. Somos a sola do sapato do SNS. No hospital onde trabalho (Privado) de um dos maiores grupos exploradores em Portugal, chegam a pagar mais às auxiliares que a enfermeiros. Mas está tudo bem, tudo normal, sorrisos por todos os lados e tratamento do supositório.
Engraçado como são chamados à baila os Presidentes das 3 Escolas Principais de Enfermagem do País.
No entanto as escolas privadas e públicas com menor rigor e oferta que se encontram disseminadas por tudo o que é aldeia já o Dr. Enfermeiro não fala.
Ai esses ódios de estimação
No entanto as escolas privadas e públicas com menor rigor e oferta que se encontram disseminadas por tudo o que é aldeia já o Dr. Enfermeiro não fala.
Ai esses ódios de estimação
O Germano é como o Passos Coelho, um mar de contradições...há dias aconselhava-nos a emigrar para Macau, é como diz o outro "EMIGREM" mas pondo isso de lado leia-se com atenção este comunicado à Lusa que o próprio DE publica:
"Germano Couto incentiva ainda os jovens estrangeiros a formarem-se em Enfermagem em Portugal"
isto é o CUMULO da CONTRADIÇÃO, diz-se muito preocupado com o dinheiro dos contribuintes torrado a formar os nacionais que depois são aproveitados pelos estrangeiros MAS aparentemente já não o preocupa o torrar dinheiro com estrangeiros a serem formados cá, sim porque caso não saiba o nosso Bastonário, os estudantes estrangeiros que tiram o seu Curso em Portugal teêm o seu Curso comparticipado na sua quase totalidade pelo Estado Português!!!
É o lobby professoral de que faz parte o próprio Germano no seu esplendor.
Haverá da sua parte, caro DE, a coragem e honestidade para publicar esta reflexão?
"Germano Couto incentiva ainda os jovens estrangeiros a formarem-se em Enfermagem em Portugal"
isto é o CUMULO da CONTRADIÇÃO, diz-se muito preocupado com o dinheiro dos contribuintes torrado a formar os nacionais que depois são aproveitados pelos estrangeiros MAS aparentemente já não o preocupa o torrar dinheiro com estrangeiros a serem formados cá, sim porque caso não saiba o nosso Bastonário, os estudantes estrangeiros que tiram o seu Curso em Portugal teêm o seu Curso comparticipado na sua quase totalidade pelo Estado Português!!!
É o lobby professoral de que faz parte o próprio Germano no seu esplendor.
Haverá da sua parte, caro DE, a coragem e honestidade para publicar esta reflexão?
Caro Dr Enf. mais uma vez deixo a minha proposta que resolveria este problema, ao longo dos últimos anos fui fazendo referência à mesma em posts no seu blog. Fazer uma grelha de avaliação de qualidade das escolas. Propo-la ao ministério, quem não cumprir fecha. O ministério ficava em xeque e mesmo que as escolas todas conseguissem ter esses critérios (coisa que não acredito) seria positivo pois melhoraria a enfermagem. Renovo apenas 2 pontos:
1- Passagem da enfermagem para as Universidades
2- Alteração da formação com agregação a um curso de ciências básicas de saúde
3- Obrigação das escolas a ter centro de investigação próprio com obrigação de publicação em revistas com fator de impato (2 anos sem publicações baixava numa escala de qualidade)
Metade das escolas fechavam...
1- Passagem da enfermagem para as Universidades
2- Alteração da formação com agregação a um curso de ciências básicas de saúde
3- Obrigação das escolas a ter centro de investigação próprio com obrigação de publicação em revistas com fator de impato (2 anos sem publicações baixava numa escala de qualidade)
Metade das escolas fechavam...
Encerrem-se 80% das Escolas Superiores de Enfermagem. Poupavam-se milhões! Valorizava-se a profissão. Investir apenas em formação pós-graduada nos próximos 10 anos.
Porque será que o Germano Couto diz que antes de 2015 não é possível avaliar as diferentes Escolas???
Afinal a pressa para combater este problema não é tanta...CURIOSO....
...se calhar as privadas onde o Germano e comparsas leccionam/leccionaram seriam das primeiras a ter que fechar
Afinal a pressa para combater este problema não é tanta...CURIOSO....
...se calhar as privadas onde o Germano e comparsas leccionam/leccionaram seriam das primeiras a ter que fechar
Tenham coragem senhores da OE de fazer uma declaração pública, cada um individualmente, sobre os interesses e as ligações que têm ao ensino da enfermagem em Portugal.
Fico à espera.
A OE não é nenhuma associação particular com a finalidade de perpetuar interesses instalados. É uma instituição pública, financiada pelos enfermeiros. Os enfermeiros têm o direito de saber tudo o que diz respeito à vida profissional dos seus representantes. Tem que haver transparência.
A OE tem que fazer o que os enfermeiros querem que seja feito, para bem da profissão, dos enfermeiros, dos utentes, do cidadão em geral e da sociedade. OS ENFERMEIROS QUEREM QUE A ORDEM DOS ENFERMEIROS INTERVENHA NA FORMAÇÃO EXCESSIVA DE PROFISSIONAIS, QUE ESTÁ A DESVALORIZAR quem trabalha.
Fico à espera.
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Fico à espera.
A OE não é nenhuma associação particular com a finalidade de perpetuar interesses instalados. É uma instituição pública, financiada pelos enfermeiros. Os enfermeiros têm o direito de saber tudo o que diz respeito à vida profissional dos seus representantes. Tem que haver transparência.
A OE tem que fazer o que os enfermeiros querem que seja feito, para bem da profissão, dos enfermeiros, dos utentes, do cidadão em geral e da sociedade. OS ENFERMEIROS QUEREM QUE A ORDEM DOS ENFERMEIROS INTERVENHA NA FORMAÇÃO EXCESSIVA DE PROFISSIONAIS, QUE ESTÁ A DESVALORIZAR quem trabalha.
Fico à espera.
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