quarta-feira, outubro 01, 2014

Estratégia de "encerramento de camas" revelada.

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"Se alguns hospitais optam por fechar as camas, por falta de médicos e enfermeiros, noutros a solução encontrada para colmatar estas falhas de pessoal são turnos de 24 horas sucessivos, feitos tanto por médicos, como por enfermeiros."
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O que as greves não resolvem o tempo encarregar-se-à do efeito. Porque é disso que se trata - tempo.
O encerramento de camas é, diga-se, uma estratégia inteligente usada pelo Bastonário dos Enfermeiros. Certamente que não será esse o seu desejo, mas esta intenção obriga a dividir o ónus das reivindicações dos profissionais com a população, que - por seu lado - poderá estar menos atenta à questão da carga de trabalho no sector da saúde, mas repudiará sempre o encerramento de estruturas. Multiplica-se assim, exponencialmente, a voz do protesto, desagrado e da revolta. 
Portanto, o pretendido é aliar a força do protesto da opinião pública à Enfermagem, valorizando a profissão pela subtracção dos cuidados. 


Comments:
O panorama é verdadeiramente assustador. O desbocado do fiel depositário da saúde privatizada portuguesa, o tal do mi(ni)stério da saúde considera que a causa De todos 0s males de que padecem os enfermos enfermeiros portugueses se deve a uma coisa muito simples: acumulacāo. Nāo poderia estar mais cetto o estafermo. Exaustos de tanto acumularem humilhaçoes, assédio, injustiças e trabalho escravo. Mas isto com a total ligeireza e cumplicidade por parte de chefias e supervisores. Por vezes questiono-me: quem serão os verdadeiros carrascos da profissão...
 
Está montado um esquema político para arruinar o SNS de saúde em prol dos privados. É ver os hospitais privados a nascer como Cogumelos!
 
O SEP, apesar de ser um Sindicato afeto à CGTP/PCP, em vez de defender os enfermeiros prestadores de cuidados (os operários fabris hospitalares que trabalham por turnos 8 e 10 dias seguidos com banco de horas ilegal) preocupa-se no seu "Caderno Reinvindicativo" com o reconhecimento remuneratório dos especialistas, enfermeiros em funções de chefia ("Chefes" e "Supervisores"), Direção de Enfermagem e Avaliação de Desempenho. Com os ENFERMEIROS que "vergam a mola" e "espumam" depois de uma noite ou 12 horas de trabalho (com 4 folgas por mês no tempo de férias de Julho a Setembro) não se propõe rigorosamente nada.
O SEP comunista preocupa-se com a elite da Enfermagem: especialistas que representam 20% da profissão. E os outros 80% só servem para fazer greves e manifestações?
byJB@2014
 
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