quinta-feira, junho 18, 2015
À atenção dos Sindicatos de Enfermagem!
.
Alguém cedeu às exigências dos Técnicos de Emergência. Uma minoria destes Técnicos organizaram-se e fizeram uma greve às horas extraordinárias.
Um greve sui generis: sem pré-aviso, sem cuidados mínimos, sem qualquer apelo nem agravo ou, tão pouco, incomodados pelas consequências junto da população.
A discussão em torno do pouco legal desta iniciativa importará… ou não; outros poderão considera-la como um acto vilipendioso.
Fica uma discussão para depois, tendo em conta que este “grupo” nem de código deontológico dispõe. Portanto, é tudo a seu talante.
.
Apesar dos Técnicos de Emergência não serem considerados como profissionais de saúde, das suas acções dimanam repercussões.
No fim de tudo isto, tanto INEM como Governo cederam às suas reivindicações (interessa o silencia e a calmaria em contexto pré-eleitoral?). Ninguém ficou incomodado com os contornos ilegais e quase inverosímeis
desta “greve”. Posto isto, extraí as minhas conclusões que passo a partilhar:
.
1 – O STAE (o sindicato lá da malta) saberá que existem preceitos legais para a convocação de uma greve?
.
2- Se sabem, ignoram-nos, e conseguiram ver satisfeitos os seus objectivos. Se não sabem, conseguiram, do mesmo modo, ver satisfeitos os seus objectivos.
.
3 –Talvez seja mais fácil negociar com Secretário de Estado, Dr. Leal da Costa, do que O Dr. Manuel Teixeira. Estou seguro de que este, no mínimo, não tirará as suas famigeradas sestas durante as reuniões. Nunca percebemos muito bem quando um homem de olhos fechados está em “escuta activa”.
.
4 – Ilegalmente, o sucesso é mais rápido e fácil.
.
5 - Os Sindicatos de Enfermagem (que dormem mais do que o Dr. Teixeira) sempre podem ir bater à porta do STAE (Rua António Costa Pereira, em São Mamede Infesta) e pedir alguns ensinamentos.
.
6 - O STAE não é vermelho, de certeza. Só tem “uma” cor: é amarelo às bolinhas pretas (como o padrão tigresse)...
.
7 – Fico sempre na dúvida de que lado da mesa reside a incompetência. Ó Senhores Enfermeiros Sindicalistas, como é? Vamos ficar pela discussão do momento na Enfermagem - será que o grevista deve render um não grevista. Não vamos pois não? Há mundo lá fora.
.
____________________________________________________
P.s. - A Ordem dos Enfermeiros pronunciou-se sobre esta matéria...
.
____________________________________________________
P.s. - A Ordem dos Enfermeiros pronunciou-se sobre esta matéria...
Comments:
<< Home
Os cegos por vezes ensinam o caminho aos que veem bem. Mas nem assim eles lá chegam!... Safa que é BURRO
Só temos de parabenizar o sindicato dos Técnicos de Emergência, pois no pouco tempo da sua existência conseguiram obter mais resultados do que os vetustos sindicatos da enfermagem, dando a estes últimos uma lição de eficiência no resultado final.
Nunca nenhum sindicato dos Enfermeiros decretou greve às "pseudo" horas extraordinárias, que para os Enfermeiros são aquelas horas que ultrapassam a fasquia das 40h semanais no seu horário e que são pagas em tempo , à posteriori, quando der jeito ao serviço e não ao sacrificado. Se assim o fizesse, rapidamente se espalharia o caos nas instituições. Mas a enfermagem prefere as greves inócuas, que não são mais que uns dias suplementares de férias pagas que a malta aproveita para ir às compras ou passar uma tarde à beira mar.
Falta aos muitos Enfermeiros a coragem e a vontade que existe nos poucos TAEs. Já a tiveram, em 76.
Em 2015, o que nos resta é uma dupla de sindicatos, em que um está morto e o outro esquizofrénico, uma Ordem que nunca o foi verdadeiramente e uma classe perfeitamente acrítica sobre si própria, sem horizontes ou ideais, onde de vez em quando encontramos alguém um pouco mais atento e esperto, e que coloniza com sucesso contido a já pouca matéria vida da profissão.
Os tempos difíceis que hoje atravessamos não são uma vicissitude do contexto, mas sim a verdadeira face da nova definição daquilo que é a Enfermagem.
Nunca nenhum sindicato dos Enfermeiros decretou greve às "pseudo" horas extraordinárias, que para os Enfermeiros são aquelas horas que ultrapassam a fasquia das 40h semanais no seu horário e que são pagas em tempo , à posteriori, quando der jeito ao serviço e não ao sacrificado. Se assim o fizesse, rapidamente se espalharia o caos nas instituições. Mas a enfermagem prefere as greves inócuas, que não são mais que uns dias suplementares de férias pagas que a malta aproveita para ir às compras ou passar uma tarde à beira mar.
Falta aos muitos Enfermeiros a coragem e a vontade que existe nos poucos TAEs. Já a tiveram, em 76.
Em 2015, o que nos resta é uma dupla de sindicatos, em que um está morto e o outro esquizofrénico, uma Ordem que nunca o foi verdadeiramente e uma classe perfeitamente acrítica sobre si própria, sem horizontes ou ideais, onde de vez em quando encontramos alguém um pouco mais atento e esperto, e que coloniza com sucesso contido a já pouca matéria vida da profissão.
Os tempos difíceis que hoje atravessamos não são uma vicissitude do contexto, mas sim a verdadeira face da nova definição daquilo que é a Enfermagem.
Temos um Código Deontológico, mas continuamos a ser "boas pessoas" e não "bons profissionais"! Boring...
Enviar um comentário
<< Home