Doutor Enfermeiro

A porcaria da imprensa que temos hoje em dia deturpa a verdade dos factos. É verdade que há hospitais a pagarem 1200 dias por 24 horas de trabalho à tarefa nas urgências, mas mais de metade desse dinheiro não vai para o médico mas para a empresa para a qual o médico trabalha.
Para os próprios médicos do quadro de pessoal das instituições, que trabalham lado a lado com os seus colegas tarefeiros esta situação é vista como de grande injustiça pois a grande maioria dos médicos nem de perto nem de longe aufere estes valores numa urgência de 24 horas.
Por outro lado estes tarefeiros não têm nenhuma segurança de protecção laboral, pelo que este trabalho é na sua essência , precário.
Já agora, não foi o bastonário da Ordem dos Médicos que contratou estas empresas, até porque já em várias ocasiões este se tem mostrado contra este tipo de trabalho.

 

A porcaria da imprensa que temos hoje em dia deturpa a verdade dos factos. É verdade que há hospitais a pagarem 1200 euros por 24 horas de trabalho médico à tarefa nas urgências, mas mais de metade desse dinheiro não vai para o médico mas para a empresa para a qual o médico trabalha.
Para os próprios médicos do quadro de pessoal das instituições, que trabalham lado a lado com os seus colegas tarefeiros esta situação é vista como de grande injustiça pois a grande maioria dos médicos nem de perto nem de longe aufere estes valores numa urgência de 24 horas.
Por outro lado estes tarefeiros não têm nenhuma segurança de protecção laboral, pelo que este trabalho é na sua essência , precário.
Já agora, não foi o bastonário da Ordem dos Médicos que contratou estas empresas, até porque já em várias ocasiões este se tem mostrado contra este tipo de trabalho.
 

"É verdade que há hospitais a pagarem 1200 euros por 24 horas de trabalho médico à tarefa nas urgências, mas mais de metade desse dinheiro não vai para o médico mas para a empresa para a qual o médico trabalha."

Não interessa para que bolso vai; interessa de que bolso sai!!
 

Sim, tb concordo que os 1200 euros pagos por urgência são escandalosos, mas o Jornal que divulgou esta notícia fê-lo de uma forma enviesada ao dar a entender que eles vão direitinhos para o bolso dos médicos (o que não é de todo verdade).
Importa realçar que um médico especialista, que faça 1 período de 24 de urgência por semana, para além do restante trabalho normal (consulta, bloco, internamento) leva para casa pouco mais de 1500-1600 euros limpos.
 

Em causa não está quanto vai para o médico: mesmo que receba 500 euros líquidos, continua a ser escandaloso. O ponto em causa é o dispêndio do erário público. Paga 1200 euros, independentemente de quem recebe, tem de pagar!
 

Para equilibrar o SNS é preciso acabar com os dotores nas urgências, nos Conselhos de Administração, nos hospitais e centros de saúde.
É urgente contratar para estes lugares que apontei, médicos.
Porque o SNS precisa de médicos e de enfermeiros e auxiliares e não de "dotores" que vilpendiam o sistema.
 

500 euros limpos por um turno de SU de 24 horas a trabalhar ininterruptamente, em condições essas sim escandalosas, não é em demasia... Corresponde a 20 euros à hora! Quando deixo o meu carro num mecânico, pago 30 euros à hora de mão de obra, e isso sim , é que é escandaloso.
 

Quando "deixa o carro no mecânico", paga à empresa (como investimento global, onde laboram administrativos, mecânicos, engenheiros, contabilistas, seguranças, etc.) e não ao mecânico. O mecânico, esse, muitas vezes recebe 3 ou 4 euros/hora.
 

Escandaloso é um enfermeiro em inicio de carreira ganhar APENAS menos 200 euros que um médico interno e APENAS menos 500-600 que um especialista.
 

Escandaloso é um enfermeiro trabalhar 10, 20 ou 30 anos e ter o salário idêntico ao de início de carreira. Não vejo os médicos a terem esse prblema.
 

O meu mecânico leva 20 euros à hora e trabalha por conta própria, e só tem um empregado.
20 ou 30 euros à hora para um médico não é de todo exagerado para a complexidade e responsabilidade do trabalho que tem.
 

"Escandaloso é um enfermeiro trabalhar 10, 20 ou 30 anos e ter o salário idêntico ao de início de carreira. Não vejo os médicos a terem esse problema."

Os médicos e o resto dos trabalhadores da função pública têm precisamente o mesmo problema. Além do mais, ainda que não tivessem, os médicos não são enfermeiros. Estudam mais, têm mais formação, trabalham mais, exercem uma profissão infinitamente mais complexa, diferenciada e de muito mais responsabilidade. Querem-se comparar, comparem-se aos auxiliares.

 

Deve estar a brincar, só pode. Gostava de saber onde é que medicina é "infinitamente mais complexa" que enfermagem. Se eu (como enfermeira), fosse administrar tudo o que já-me pediram para administrar os médicos, já teria morto ou colocado alguém em estado muito grave, várias vezes. Ao contrário do que está para ai a dizer, enfermagem e medicina é uma parceria. Corrigi muitos erros médicos já em 10 anos de trabalho, e tenho-lhe a dizer que me agradeceram (os senhores doutores que alertei), por diversas vezes (sim, porque o ter mais estudos depende de cada um, eu estudo há 25anos; e o trabalhar mais, dê-me um exemplo prático, porque não estou a ver onde, quem ou quando).
 

Deve estar a brincar, só pode. Gostava de saber onde é que medicina é "infinitamente mais complexa" que enfermagem. Se eu (como enfermeira), fosse administrar tudo o que já-me pediram para administrar os médicos, já teria morto ou colocado alguém em estado muito grave, várias vezes. Ao contrário do que está para ai a dizer, enfermagem e medicina é uma parceria. Corrigi muitos erros médicos já em 10 anos de trabalho, e tenho-lhe a dizer que me agradeceram (os senhores doutores que alertei), por diversas vezes (sim, porque o ter mais estudos depende de cada um, eu estudo há 25anos; e o trabalhar mais, dê-me um exemplo prático, porque não estou a ver onde, quem ou quando).
 

Nos 6 anos a sério versus esses 4 anos de cursozeco de vão-de-escada. Dos anos de internato com o aprofundar de competências e diferenciação técnica e cientifica sem paralelo em grande parte das profissões e actividades. No diagnóstico, tratamento e na enorme responsabilidade nos ombros de todos os médicos deste país.
Enfermagem é complexa? Por favor ... Fazer aquilo que vos mandam, dar picas, comprimidos e fazer camas, não é complicado. Não seja intelectualmente desonesta.
 

LOLOLOL!!!! Enfermagem a actividade mais complexa!?!? LOL! Pa, se pensam MESMO assim, boa sorte, porque estão sozinhos. Só se iludem aos próprios. ;)
 

Identificaçao e gestao precoce de reaçoes anafilaticas; de complicaçoes transfusionais; de pos operarorios imediatos; de paragens
cardio respiratorias; de complicaçoes secundarias a medicaçao; tratamento de feridas vao dizer que sao os medicos os primeiros a atuar nao?

Devem trabalhar é fora do hospital ou andam a fazer urgencias a dormir! Os enfermeiros sao os primeiros a intervir e na linha da frente! Quantas vezes chega o medico e a situaçao ja esta estavel? Ou a ser devidamente encaminhada?

Quem promove o alivio da dor e qualidade de vida nos cuidados paliativos e intensivos e numa enfermaria? Sao os medicos so?

Nao nao sao! e os exemplos continuam a todos os niveis! desde a prevençao, a promao da saude ao tratamento e reabilitaçao!

A prevençao das infeçoes está nas maos de quem?

Enfim...tanto medico burro...
 

"Anónimo disse...
Nos 6 anos a sério versus esses 4 anos de cursozeco de vão-de-escada. Dos anos de internato com o aprofundar de competências e diferenciação técnica e cientifica sem paralelo em grande parte das profissões e actividades. No diagnóstico, tratamento e na enorme responsabilidade nos ombros de todos os médicos deste país.
Enfermagem é complexa? Por favor ... Fazer aquilo que vos mandam, dar picas, comprimidos e fazer camas, não é complicado. Não seja intelectualmente desonesta.

6/18/2016 06:42:00 da tarde
Anónimo disse...
LOLOLOL!!!! Enfermagem a actividade mais complexa!?!? LOL! Pa, se pensam MESMO assim, boa sorte, porque estão sozinhos. Só se iludem aos próprios. ;)"


Por acaso o senhor, é da área da saúde ou dos "cromos" que pensa que sabe o que está a falar? É que de intelectual, não me parece que tenha nada. Intelecto passa por compreeender a profissão dos outros, e o senhor nem o "trabalho de casa" fez, se a minha profissão fosse "dar picas, dar comprimidos e fazer camas", eu assumiria, e não teria andado 4 anos na universidade.


Se calhar, neste momento, em que não faço camas, não transfiro doentes e não faço transporte de doentes, não sou enfermeira, quer ver? Ando a receber um ordenado que não me compete porque, o hospital central onde trabalho, não me coloca isso como funções de enfermagem. Na sua opinião, sou o quê? Sim, porque senão pratico as parcas coisas que considera que fazem os enfermeiros, não devo ser mais que uma licenciada, não uma trabalhadora activa na área que se licenciou.

"Dos anos de internato com o aprofundar de competências e diferenciação técnica e cientifica sem paralelo em grande parte das profissões e actividades. No diagnóstico, tratamento e na enorme responsabilidade nos ombros de todos..." - Mas pensa que durante 3 anos de licenciatura estivemos a fazer o quê? Pensa que estive 3 anos em vários serviços e especialidades, a fazer camas? Que não tive que ler artigos, revistas científicas e livros de saúde? Não faço diagnóstico porque não é da minha competência, mas da minha competência já entra a parte do tratamento e do cuidar - sabe a definição de cuidar? Provavelmente deveria de a consultar o senhor.

E a termo de nota, eu tirei enfermagem porque quis, entrei na universidade com média de 19,375. Não sou nenhuma "inculta" por não ser médica, aliás, não quis estudar medicina propositadamente.
 

Não disse que enfermagem é mais complexa, disse que enfermagem também é complexa, tal como medicina, informática, advocacia, etc.

Se fosse a si, ia colocar os óculos de leitura ao perto, porque se o fez, e o seu cérebro não consegue processar a língua portuguesa, o ideal será ter explicações com o meu filho de 7 anos, que só por acaso, é considerado o Ás de Matemática e Português do concelho. Mas não se preocupe, ele gosta de fazer voluntariado, não lhe vai cobrar nada pelas explicações.
 

Só por um profundo fundamentalismo corporativo se pode dizer que a Enfermagem é tão complexa como Medicina. Via bem os meus colegas de República que andavam em Enfermagem, tempo não lhes faltava para a farra e eu, a tirar medicina, sempre afogado em livros e matéria. E no internato ainda pior, com horários semanais a ultrapassarem as 80 horas ( e só me pagavam 52!).

 

Então confirme que tipo de curso de enfermagem tiraram eles nessa altura. Irá perceber a evolução que aconteceu nos últimos anos, até porque, até há uma dúzia de anos, era bacharelato.

Por enquanto que fui aluna de licenciatura, para além de ter que trabalhar - como os que me orientaram, tive que ficar muitas vezes a trabalhar horas extras. O senhor, pelo menos, 52horas eram pagas, eu fazia pelo menos 40 horas semanais, sem vencimento e ainda pagava (alojamento, propinas, etc), para as fazer.

Quanto à sua licenciatura, conheço muitos médicos que entraram em medicina com média de 14 e dizem que tiveram vida santa na universidade,só estudavam para os exames. Um deles, inclusivé, hoje é diretor de uma unidade local de saúde e é um excelente clinico, não foi por ter mais tempo livre que é mais fraco. Aliás, vi-o diagnosticar uma doença que clínicos que não pararam "para viver", conseguiram.
 

Eu estudei enfermagem antes de medicina. Lamento colegas não há comparação possível seja na formação base seja no exercício, nomeadamente no internato em que agora me encontro.
 

Parece que a Sra Enfermeira confundiu as coisas ao comparar as horas de trabalho como aluna de Enfermagem com as horas de trabalho de um Médico interno, que é um profissional ja formado e com responsabilidades inerentes a esse estatuto.
E de facto existem medicos que entraram há muito tempo atrás na faculdade de Medicina com médias de 14, exactamente no tempo em que se ia para Enfermagem com a quarta classe. Como vê a Medicina vai sempre vários passos à frente da Enfermagem! Isso não quer dizer que a Enfermagem tenha pouco valor, apenas mostra as diferenças de duas profissões bastante diferentes entre si.
 

FINALMENTE O DR ENFERMEIRO A INTERVIR E A PUBLICAR: JÁ ERAM HORAS.
 

NÃO VAMOS A LADO NENHUM. CADA UM A PUXAR A BRASA PARA A SUA SARDINHA E O DOENTE QUE SE FFFFFFFFFFFF
ESTOU CERTO??
 

É uma tristeza, ver como os médicos ficam ofendidos, quando se fala na complementaridade de funções. Há muitas tarefas médicas, que poderiam ser delegadas em outros profissionais, libertando desta forma, a classe médica para funçoes de assistência clinica ao doente. Dou como exemplo a área laboratorial. Acho um desperdício de recursos, haver médicos que se dedicam exclusivamente à area laboratorial, quando esse trabalho poderia ser feito pelos TDT's. Este é apenas um exemplo, há imensos exemplos de funções médicas por esse SNS fora e que nada acrescentam na assistência ao doente.