quinta-feira, março 09, 2006
Nota à Imprensa pela Ordem dos Enfermeiros
NOTA À IMPRENSA
A Ordem dos Enfermeiros teve conhecimento pela comunicação social dos incidentes
ocorridos na Escola Superior de Enfermagem de Bragança relacionados com a ausência
de condições para a realização dos ensinos clínicos (estágios).
Considera a OE que as condições para o ensino-aprendizagem, em contextos de
prestação directa de cuidados são uma vertente fundamental para a formação dos
futuros enfermeiros.
A Ordem dos Enfermeiros vem manifestando, à algum tempo, a sua preocupação sobre
estas questões quer junto do Ministério da Ciência Tecnologia e Ensino Superior, quer
das Instituições de Ensino Superior com cursos de licenciatura em Enfermagem e das
Instituições Prestadoras de Cuidados de Saúde.
Os alertas que temos realizado são baseados no conjunto de sinais que hoje os próprios alunos de uma Escola vêm tornar mais visível como sintoma do que não vai bem e que não é acautelado aquando da aprovação dos cursos pela entidade competente – o MICES.
Temos reafirmado a total ausência de qualquer processo regulador da oferta formativa
de Enfermagem, tendo sido permitido a implementação de Escolas Superiores de
Enfermagem em Portugal sem qualquer estratégia que garantisse, na globalidade,
respostas de qualidade de ensino-aprendizagem na vertente prática.
A Ordem dos Enfermeiros considera fundamental a definição de critérios de idoneidade
que permitam certificar os serviços das Instituições Prestadoras de Cuidados de Saúde
onde se realizam os ensinos clínicos e a formação de enfermeiros.
As exigências da profissão, no quadro dos cuidados de saúde, obriga a que não se
mantenham situações de ambiguidade ou favores quando se trata de matérias cujas
responsabilidades são partilhadas entre Instituições de Ensino e de Saúde, sem que
muitas vezes os profissionais de ambos os lados envolvidos tenham uma efectiva palavra a dizer.
Trata-se de assegurar o processo formativo de jovens que serão futuros enfermeiros.
Urge soluções que, não obstante a necessidade de Enfermeiros em Portugal, não devem ser adiadas nem tão pouco tal facto justificar a abertura e/ou manutenção de ofertas
formativas que não tenham as condições para garantirem as aprendizagens que o
processo em enfermagem exige.
A BASTONÁRIA
Maria Augusta de Sousa
in www.ordemenfermeiros.pt
Bravo!! Assim é que se fala!!