segunda-feira, janeiro 15, 2007
Descontentamento generalizado!!!!!!
Deixo aqui a contribuição de dois colegas (anexo também a minha resposta), relativamente à conjuntura que a nossa profissão atravessa no momento actual:
Life_passenger said...
Concordo com a tua opinião, formam-se demasiados Enfermeiros e parece-me que a nossa ordem se encontra a discutir questões como o da nossa formação de modo demasiado lento!
Senão veja-se todos recebemos em casa encontros, ou reuniões onde se discutiriam as especialidades! Onde estão as conclusões??? Parece-me que tudo isto se transforma num jogo de poderes entre Ordem, sindicatos, Associações (…) e mais um ou outro grupo que queiram mencionar! Desta forma é URGENTE negociar a carreira, assim como implementar Números de acesso para que a qualidade dos Cuidados seja mantida! Penso que foi aqui que li na Prescrição por parte dos Enfermeiros, não pedia tanto, pedia apenas uma definição CONCRETA do que são nossos Cuidados e Quais os dos Médicos! Isto porque quem está no activo, todos os dias se depara com conflitos! Em vez de nos darem cursos de liderança e mudança, mudem as mentalidades. Se pretende abrir especialidades como as que estão abertas com os mesmos moldes, que anteriormente atribuíam equivalência a licenciatura Façam-no, (Escolas e Ordem), mas a meu ver parece-me que a formação tal como está planeada é escassa, generalista e sem implementar mais valias à profissão!
Numa Altura em que se discute Verbas, temos que mostrar diferença, isto começa por retirar os actuais especialistas dos lugares de Gestão e coloca-los onde deveriam estar, no seu campo de Actividade! Assim como todos os colegas Especialista em Saúde Comunitária, Abram-se Vagas, deixem-nos trabalhar, não na Curativa, mas na PREVENÇÃO e PROMOÇÃO da Saúde.
Atentamente o colega
www.enfermagemsu.blogspot.com
Enfermagem Portuguesa said...
Boa tarde
Obviamente que esta é na actualidade uma situação insustentável na Enfermagem Portuguesa. A responsabilidade deste enorme feito cabe aos actuais responsáveis, e uma vez mais, da actual Ordem dos Enfermeiros que demonstraram uma vez mais, a exemplo de tantos outros assuntos nos últimos anos, uma profunda inércia sobre esta matéria. Não só demonstraram uma enorme inércia como apoiaram muitas das decisões governamentais, mais interssados nos contextos políticos que nos interesses reais da profissão, e como sequência legaram a formação académica do Curso de Licenciatura em Enfermagem, numa grande parte dos cursos, para um nível de qualidade muito baixo com as consequências facilmente expectáveis para todos os que como nós acreditam numa profissão de enfermagem de grande nível. Todas as decisões que deveriam ter sido tomadas no tempo certo e que não o foram, vão ser a médio prazo (ou ainda mais rápido) motivo de grande preocupação para o futuro da enfermagem em Portugal. Mas a responsabilidade é também da generalidade dos enfermeiros pois parece que vivemos num período em que a maioria das pessoas vive o seu dia-a-dia sem preocupaçãoes de maior sobre a sua profissão considerando que as decisões de hoje e tomadas pelos outros não os vão afectar no futuro. Na realidade, não podemos considerar responsáveis por graves decisões nos últimos anos só os elementos integrantes na Ordem dos Enfermeiros. A própria inércia da maioria dos Enfermeiros Portugueses em matérias de enorme relevância, como esta que aqui o colega coloca, tem sido decisivo para o presente e o futuro menos positivo que a profissão neste momento atravessa.
E quando outros, como nós, procuram discutir outras soluções para os actuais problemas da enfermagem, o que verificamos é que ainda somos alvos de sérias e duras críticas que não visam discutir ideias mas destruir projectos de mudança. Posições que são naturalmente destrutivas para qualquer projecto que surja dentro do sector. Por um lado sentimos que as pessoas se lamentam do caminho que o futuro da enfermagem está a tomar. Por outro, as mesmas pessoas que diariamente se lamentam nos corredores das instuições de saúde sobre os graves problemas da profissão são as mesmas que não apoiam novas ideias e novos projectos. Afinal o que é que queremos para o nosso futuro?
doutorenfermeiro said...
Colega life_passenger e ao colega do blog Enfermagem portuguesa,
respondendo directamente às vossas intervenções: há bem pouco tempo, numa conversa pessoal com a srª Enf. Teresa Oliveira Marçal (vice-presidente da Ordem) falei-lhe na necessidade em definir as nossas actuação de uma forma mais concreta, ou seja, o acto de Enfermagem.
Respondeu-me que neste momento não era prioridade, e que até achava que não era o timing correcto!
De facto, o desfazamento entre as ideias da ordem e as dos seus associados (enfermeiros em geral) é enorme!
Por inércia da Ordem (e sim, também sindicatos) estão a acontecer enormes ofensivas à nossa profissão, sedo que, corremos o risco de perder tudo o que conquistamos, e voltar ao passado, onde o Enfermeiro era considerado "empregado do médico".
Resta dizer, claro, que manifestei à Enf. Teresa Oliveira Marçal toda a minha discordância com as políticas actuais da Ordem!
Brevemente irei publicar aqui no blog, uma carta (vou digitalizá-la) que a srª bastonária (Enf. Maria Augusta de Sousa) me enviou, quando lhe escrevi a relatar toda a situação da profissão e a exigir medidas concretas!!
Além de tudo a Ordem demonstra uma inflexibilidade inquietante!
Life_passenger said...
Concordo com a tua opinião, formam-se demasiados Enfermeiros e parece-me que a nossa ordem se encontra a discutir questões como o da nossa formação de modo demasiado lento!
Senão veja-se todos recebemos em casa encontros, ou reuniões onde se discutiriam as especialidades! Onde estão as conclusões??? Parece-me que tudo isto se transforma num jogo de poderes entre Ordem, sindicatos, Associações (…) e mais um ou outro grupo que queiram mencionar! Desta forma é URGENTE negociar a carreira, assim como implementar Números de acesso para que a qualidade dos Cuidados seja mantida! Penso que foi aqui que li na Prescrição por parte dos Enfermeiros, não pedia tanto, pedia apenas uma definição CONCRETA do que são nossos Cuidados e Quais os dos Médicos! Isto porque quem está no activo, todos os dias se depara com conflitos! Em vez de nos darem cursos de liderança e mudança, mudem as mentalidades. Se pretende abrir especialidades como as que estão abertas com os mesmos moldes, que anteriormente atribuíam equivalência a licenciatura Façam-no, (Escolas e Ordem), mas a meu ver parece-me que a formação tal como está planeada é escassa, generalista e sem implementar mais valias à profissão!
Numa Altura em que se discute Verbas, temos que mostrar diferença, isto começa por retirar os actuais especialistas dos lugares de Gestão e coloca-los onde deveriam estar, no seu campo de Actividade! Assim como todos os colegas Especialista em Saúde Comunitária, Abram-se Vagas, deixem-nos trabalhar, não na Curativa, mas na PREVENÇÃO e PROMOÇÃO da Saúde.
Atentamente o colega
www.enfermagemsu.blogspot.com
Enfermagem Portuguesa said...
Boa tarde
Obviamente que esta é na actualidade uma situação insustentável na Enfermagem Portuguesa. A responsabilidade deste enorme feito cabe aos actuais responsáveis, e uma vez mais, da actual Ordem dos Enfermeiros que demonstraram uma vez mais, a exemplo de tantos outros assuntos nos últimos anos, uma profunda inércia sobre esta matéria. Não só demonstraram uma enorme inércia como apoiaram muitas das decisões governamentais, mais interssados nos contextos políticos que nos interesses reais da profissão, e como sequência legaram a formação académica do Curso de Licenciatura em Enfermagem, numa grande parte dos cursos, para um nível de qualidade muito baixo com as consequências facilmente expectáveis para todos os que como nós acreditam numa profissão de enfermagem de grande nível. Todas as decisões que deveriam ter sido tomadas no tempo certo e que não o foram, vão ser a médio prazo (ou ainda mais rápido) motivo de grande preocupação para o futuro da enfermagem em Portugal. Mas a responsabilidade é também da generalidade dos enfermeiros pois parece que vivemos num período em que a maioria das pessoas vive o seu dia-a-dia sem preocupaçãoes de maior sobre a sua profissão considerando que as decisões de hoje e tomadas pelos outros não os vão afectar no futuro. Na realidade, não podemos considerar responsáveis por graves decisões nos últimos anos só os elementos integrantes na Ordem dos Enfermeiros. A própria inércia da maioria dos Enfermeiros Portugueses em matérias de enorme relevância, como esta que aqui o colega coloca, tem sido decisivo para o presente e o futuro menos positivo que a profissão neste momento atravessa.
E quando outros, como nós, procuram discutir outras soluções para os actuais problemas da enfermagem, o que verificamos é que ainda somos alvos de sérias e duras críticas que não visam discutir ideias mas destruir projectos de mudança. Posições que são naturalmente destrutivas para qualquer projecto que surja dentro do sector. Por um lado sentimos que as pessoas se lamentam do caminho que o futuro da enfermagem está a tomar. Por outro, as mesmas pessoas que diariamente se lamentam nos corredores das instuições de saúde sobre os graves problemas da profissão são as mesmas que não apoiam novas ideias e novos projectos. Afinal o que é que queremos para o nosso futuro?
doutorenfermeiro said...
Colega life_passenger e ao colega do blog Enfermagem portuguesa,
respondendo directamente às vossas intervenções: há bem pouco tempo, numa conversa pessoal com a srª Enf. Teresa Oliveira Marçal (vice-presidente da Ordem) falei-lhe na necessidade em definir as nossas actuação de uma forma mais concreta, ou seja, o acto de Enfermagem.
Respondeu-me que neste momento não era prioridade, e que até achava que não era o timing correcto!
De facto, o desfazamento entre as ideias da ordem e as dos seus associados (enfermeiros em geral) é enorme!
Por inércia da Ordem (e sim, também sindicatos) estão a acontecer enormes ofensivas à nossa profissão, sedo que, corremos o risco de perder tudo o que conquistamos, e voltar ao passado, onde o Enfermeiro era considerado "empregado do médico".
Resta dizer, claro, que manifestei à Enf. Teresa Oliveira Marçal toda a minha discordância com as políticas actuais da Ordem!
Brevemente irei publicar aqui no blog, uma carta (vou digitalizá-la) que a srª bastonária (Enf. Maria Augusta de Sousa) me enviou, quando lhe escrevi a relatar toda a situação da profissão e a exigir medidas concretas!!
Além de tudo a Ordem demonstra uma inflexibilidade inquietante!