domingo, dezembro 30, 2007
Um exemplo interessante...
A convite, tive oportunidade de visitar uma reputada instituição de saúde. (Como achei interessante, encontro uma certa pertinência em fazer um breve relato das circunstâncias encontradas.)
Logo à entrada ressaltaram as boas condições físicas de trabalho, com uma estrutura interna pensada e desenvolvida com a relativa valorização da opinião dos vários profissionais, desde das Chefias aos Recepcionistas/Porteiros, passando por Médicos, Enfermeiros, Técnicos Superiores, Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica, Auxiliares de Acção Médica, etc...
Após 10 minutos de explicações sobre o funcionamento interno, apercebi-me do papel pivô do Enfermeiro, como coordenador da equipa de saúde.
A maior parte das formalidades, burocracias, registos e procedimentos estão assentes numa matriz informática, e são acedidos por todos. As alteração que concernem directamente aos utentes, estão disponíveis apenas para Médicos, Enfermeiros e alguns Técnicos Superiores.
Cabe a um Enfermeiro-coordenador a gestão e organização de toda a equipa, e nenhum procedimento ou decisão é tomada sem merecer a consideração do respectivo.
Todas actividades estão protocoladas para Médicos e Enfermeiros, pelo que existem uma acrescida autonomia do papel da Enfermagem (podem por exemplo, iniciar antibioterapia numa decisão conjunta com o médico ou não, requisitar parâmetros analíticos urgentes ou administração de várias terapêuticas.)
Algumas alterações da gestão clínica dos utentes podem ser levadas a cabo pelo corpo de Enfermagem, mesmo sem a presença médica. Muitos projectos desenvolvidos pela instituição são liderados por Enfermeiros.
Todas as decisões major, são tomadas no seio da equipa multidisciplinar.
Toda a equipa recebe formação periódica (incluindo congressos, jornadas, workshops, etc...), e a maior "fatia" de formadores são Enfermeiros.
Por fim, e apenas a título de curiosidade, não posso deixar de referir que quase todas as fotografias e pinturas que decoram algumas paredes, assim como uma escultura, são da autoria de Enfermeiros e Médicos...
Bons exemplos são sempre agradáveis!
Resta-me agradecer o convite amável, e a recepção fantástica.
Comments:
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Gostei de saber que existe instituições que reconhecem o nosso valor (ainda bem que não pensam que somos acéfalos)...
A titulo de curiosidade gostava de saber qual é a instituição!?!
A titulo de curiosidade gostava de saber qual é a instituição!?!
Todas as insituições reconhecem o nosso valor. Só que umas expressam-no, outras não.
Acho que sei qual é a instituição.
Post 5*
Acho que sei qual é a instituição.
Post 5*
Também eu considero [para variar :-)] um post brilhante.
Bem haja (mais uma vez) pelo seu importante testemunho.
E a essa instituição (já agora qual? éhéh) só tenho a desejar ao seu "staff" felicidades.
Com estes exemplos, os únicos beneficiados são: OS DOENTES/ENFERMOS (não gosto particularmente da palavra paciente pois é uma derivação do inglês com outra conotação).
Aquele grande abraço!
Bem haja (mais uma vez) pelo seu importante testemunho.
E a essa instituição (já agora qual? éhéh) só tenho a desejar ao seu "staff" felicidades.
Com estes exemplos, os únicos beneficiados são: OS DOENTES/ENFERMOS (não gosto particularmente da palavra paciente pois é uma derivação do inglês com outra conotação).
Aquele grande abraço!
Em democracia não vale tudo. Em democracia vale o que tem valor real e não aposto pelo oportunismo ou chiespertismo dos que se julgam mais que os outros, por terem descoberto uns canhenhos lá no sótão dos avós.
A anarquia é a forma suprema de organização consciente a tal ponto que só o anarca considera e consegue prosperar.
Foi possivelmente o espírito anarquista que conseguiu dar o salto e pôr no papel aquilo que a prática institucionaliza.
Os Enfermeiros já são os orientadores (não gosto da palavra coordenador pelo seu pendor marxóide-versão adulterada do marxismo).
Quando os enfermeiros quiserem e não se deixarem manietar por representantes caducos, como os que andam na sua Ordem, será natural a organização orientada por enfermeiros.
Querem um exemplo?
Visitem o Centro de Saúde Adassan II, em Jerusalém e encontram a directora do Centro numa Enfermeira.
Os barbudos da nossa praça conhecem bem este centro de renome e modelo mundiais. Quando aterram na Portela, esquecem o que viram.
A vitória dos médicos é verem quantos enfermeiros conseguem expulsar da administração dos serviços, que se afundam na proporção directa.
A acomodação das chefias de enfermagem (certas chefias mas muitas) à mediocridade da administração feita por médicos, através duns emplastros feitos administradores com um banho de Telheiras Campos de que já há translúcidos, mas elucidativos exemplos, é que impedem essa convivência racional e inevitável.-
Se Campos não fosse um aldeão semi-culto e pouco conhecedor da saúde, ao contrário do que, alguns aproveitadores da sua falta de qualidades para o cargo, afirmam, não estava a favorecer a expulsão dos enfermeiros da organização dos serviços, que é uma parcela que está imediatamente antes da administração racional, não estaria a dificultar a tarefa de quem o vier substituir.
Os Enfermeiros já tiveram essas competências nos anos 5o quando abriram hospitais como os de Santa Maria e São João. Congelaram-lhas porque os médicos que se propõem para cargos de responsabilidade major nos hospitais do Estado, são suficientemente ignorantes e destituídos da capacidade de verem longe e alto.
Como não conseguem descobrir remédio útil para o cancro, nem para o sida, em lugar de subirem, descem ao plano do irracional e, para mal da saúde e dos próprios, arrastam os enfermeiros nessa descida.
Essa organização é privada e foge à ignorância campestre. Foi plantada num terreno que tem de produzir para autossuficiencia, sem depender dos impostos dos cidadãos.
Se os enfermeiros conseguírem um grau suficientemente elevado de autoestima, conseguem tudo isso, pois têm latentes capacidades bastantes; é só accionarem-nas
Bom Ano de 2008.
A anarquia é a forma suprema de organização consciente a tal ponto que só o anarca considera e consegue prosperar.
Foi possivelmente o espírito anarquista que conseguiu dar o salto e pôr no papel aquilo que a prática institucionaliza.
Os Enfermeiros já são os orientadores (não gosto da palavra coordenador pelo seu pendor marxóide-versão adulterada do marxismo).
Quando os enfermeiros quiserem e não se deixarem manietar por representantes caducos, como os que andam na sua Ordem, será natural a organização orientada por enfermeiros.
Querem um exemplo?
Visitem o Centro de Saúde Adassan II, em Jerusalém e encontram a directora do Centro numa Enfermeira.
Os barbudos da nossa praça conhecem bem este centro de renome e modelo mundiais. Quando aterram na Portela, esquecem o que viram.
A vitória dos médicos é verem quantos enfermeiros conseguem expulsar da administração dos serviços, que se afundam na proporção directa.
A acomodação das chefias de enfermagem (certas chefias mas muitas) à mediocridade da administração feita por médicos, através duns emplastros feitos administradores com um banho de Telheiras Campos de que já há translúcidos, mas elucidativos exemplos, é que impedem essa convivência racional e inevitável.-
Se Campos não fosse um aldeão semi-culto e pouco conhecedor da saúde, ao contrário do que, alguns aproveitadores da sua falta de qualidades para o cargo, afirmam, não estava a favorecer a expulsão dos enfermeiros da organização dos serviços, que é uma parcela que está imediatamente antes da administração racional, não estaria a dificultar a tarefa de quem o vier substituir.
Os Enfermeiros já tiveram essas competências nos anos 5o quando abriram hospitais como os de Santa Maria e São João. Congelaram-lhas porque os médicos que se propõem para cargos de responsabilidade major nos hospitais do Estado, são suficientemente ignorantes e destituídos da capacidade de verem longe e alto.
Como não conseguem descobrir remédio útil para o cancro, nem para o sida, em lugar de subirem, descem ao plano do irracional e, para mal da saúde e dos próprios, arrastam os enfermeiros nessa descida.
Essa organização é privada e foge à ignorância campestre. Foi plantada num terreno que tem de produzir para autossuficiencia, sem depender dos impostos dos cidadãos.
Se os enfermeiros conseguírem um grau suficientemente elevado de autoestima, conseguem tudo isso, pois têm latentes capacidades bastantes; é só accionarem-nas
Bom Ano de 2008.
Meu caro anónimo:
- Aquele grande abraço! Esteve BRILHANTE no seu comentário. BRILHANTE!
Ainda bem que há "alguém" me percebe :-)
Bom ano para todos nós PORRA.
- Aquele grande abraço! Esteve BRILHANTE no seu comentário. BRILHANTE!
Ainda bem que há "alguém" me percebe :-)
Bom ano para todos nós PORRA.
Meu caro Anónimo (11.40)
Não posso deixar de estar mais de acordo com tudo o que referiu, mas permita-me acrescentar o facto de tudo isso acontecer pelo simples facto da inércia, desinteresse, incapacidade de criticar construtivamente, falta de cultura social, egoísmo, interesses individuais e de pequenos grupos e uma grande falta de visão estarem presentes em grande parte dos enfermeiros e enfermeiras Portugueses(as). Eu sei que irão negar e compreendo que o façam, mas é a realidade.
Nós todos, não responsabilizemos os outros, somos os únicos responsáveis pela realidade que estamos a criar na nossa profissão. Quer um exemplo? Mais de 80% dos enfermeiros e enfermeiras não se dignaram fazer o esforço para ir votar nas eleições da OE. Logo, e simplesmente, não querem saber nada do que se passa à sua volta. Lamento, mas é o que eu penso.
Mesmo assim, e por isso mesmo, os desejos de um grande Ano de 2008.
Não posso deixar de estar mais de acordo com tudo o que referiu, mas permita-me acrescentar o facto de tudo isso acontecer pelo simples facto da inércia, desinteresse, incapacidade de criticar construtivamente, falta de cultura social, egoísmo, interesses individuais e de pequenos grupos e uma grande falta de visão estarem presentes em grande parte dos enfermeiros e enfermeiras Portugueses(as). Eu sei que irão negar e compreendo que o façam, mas é a realidade.
Nós todos, não responsabilizemos os outros, somos os únicos responsáveis pela realidade que estamos a criar na nossa profissão. Quer um exemplo? Mais de 80% dos enfermeiros e enfermeiras não se dignaram fazer o esforço para ir votar nas eleições da OE. Logo, e simplesmente, não querem saber nada do que se passa à sua volta. Lamento, mas é o que eu penso.
Mesmo assim, e por isso mesmo, os desejos de um grande Ano de 2008.
O dia mais feliz do "Dr." Enfermeiro (uau! E em apenas 3 anitos, que prodígio!) e das suas focas:
-O dia das colocações na Faculdade!
Há testemunhos fidedignos que asseguram que o mesmo foi para casa a correr, as lágrimas a escorrerem-lhe pela face, e terá dito alto e bom som:
-Mamã, papá, consegui, entrei numa Faculdade (ou lá onde aprendem "enfermagem"...) de Enfermegem, a minha 1ª opção, o meu sonho de criança tornou-se realidade, vou ser Doutor, andar de helicóptero e de ambulância, vou ser Ministro da Saúde, Presidente da República, enfim, o céu é o limite, este é o dia mais feliz da minha vida!
...
Verdadeiro ou Falso?
lolll
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-O dia das colocações na Faculdade!
Há testemunhos fidedignos que asseguram que o mesmo foi para casa a correr, as lágrimas a escorrerem-lhe pela face, e terá dito alto e bom som:
-Mamã, papá, consegui, entrei numa Faculdade (ou lá onde aprendem "enfermagem"...) de Enfermegem, a minha 1ª opção, o meu sonho de criança tornou-se realidade, vou ser Doutor, andar de helicóptero e de ambulância, vou ser Ministro da Saúde, Presidente da República, enfim, o céu é o limite, este é o dia mais feliz da minha vida!
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Verdadeiro ou Falso?
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