quinta-feira, dezembro 04, 2008
Suturar ou não suturar?
Esta questão é bastante colocada por bastantes Enfermeiros. Vem descrito no SAPE como acto de Enfermagem. Sobre esta questão, deixo-vos o parecer da Ordem dos Enfermeiros.
"Fundamentação:
1. A clarificação do espaço de intervenção da enfermagem, no âmbito dos cuidados de saúde, tem sido uma das preocupações da Ordem dos Enfermeiros.
2. Fomos construindo um quadro de referência, orientador do exercício profissional dos enfermeiros em qualquer contexto de acção e que está assente nos seguintes pilares: o Código Deontológico do Enfermeiro; os Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem e as Competências do Enfermeiro de Cuidados Gerais. Para além destes documentos constitutivos do quadro de referência, o Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE) constitui-se como um documento essencial para a prática do exercício profissional de enfermagem, porque “salvaguarda, no essencial, os aspectos que permitem a cada enfermeiro fundamentar a sua intervenção enquanto profissional de saúde, com autonomia” (Dec. Lei n.º 161/96, de 4 de Setembro).
3. No Contexto de actuação multiprofissional onde os enfermeiros desenvolvem a sua actividade estão definidos dois tipos de intervenções de enfermagem:
a) as iniciadas por outros técnicos da equipa - intervenções interdependentes, tendo o enfermeiro a responsabilidade pela implementação técnica da intervenção;
b) as iniciadas pela prescrição do enfermeiro - intervenções autónomas, tendo o enfermeiro responsabilidade pela prescrição da intervenção e sua implementação.
4. Em ambos os tipos de intervenções os enfermeiros têm autonomia para decidir sobre a sua implementação, tendo por base os conhecimentos técnico científicos que detêm, a identificação da problemática do cliente, os benefícios, os riscos e problemas potenciais que da implementação podem advir, actuando no melhor interesse da pessoa assistida.
5. No âmbito das intervenções de enfermagem, não se pretende definir detalhadamente o que fazer e o que não fazer, reduzindo a acção dos enfermeiros a um conjunto de actividades e tarefas, antes sim considerar uma intervenção assente numa aplicação efectiva do conhecimento e capacidades, indispensáveis no processo de tomada de decisão em enfermagem.
6. Os Enfermeiros, de acordo com o seu Código Deontológico, devem "actuar responsavelmente na sua área de competência e reconhecer a especificidade das outras profissões de saúde, respeitando os limites impostos pela área de competência de cada uma"; "trabalhar em articulação e complementaridade com os restantes profissionais de saúde"; "integrar a equipa, em qualquer serviço em que trabalhe, colaborando com a responsabilidade que lhe é própria, nas decisões sobre a promoção da saúde, a prevenção da doença, o tratamento e recuperação, promovendo a qualidade dos serviços"( cf. artº 91º, DL n.º 104/98, de 21 de Abril).
7. Entende-se que trabalhar em articulação e complementaridade não significa que os enfermeiros substituem cuidados de outros profissionais, devendo actuar no melhor interesse e benefício dos utentes e cidadãos, respeitando o seu direito a cuidados de saúde efectivos, seguros e de qualidade.
8. Sempre que exigível, por força das condições do cliente, deve, o enfermeiro, referenciar as situações problemáticas identificadas para outros profissionais, de acordo com os mandatos sociais dos diferentes profissionais envolvidos no processo dos cuidados de saúde.
9. Os enfermeiros são responsáveis pelas decisões que tomam e pelos actos que praticam (alínea b), artº 79º, DL n.º 104/98 de 21 de Abril).
10. Nas intervenções implementadas pelo enfermeiro, este deve observar todos os princípios inerentes à boa prática de enfermagem devendo para isso possuir a formação necessária à excelência do seu exercício profissional, assumindo o dever de exercer a profissão com os adequados conhecimentos científicos e técnicos, adoptando todas as medidas que visem melhorar a qualidade dos cuidados e serviços de enfermagem (cf. ponto 1, art.º 76º, DL n.º 104/98 de 21 de Abril).
11. Salienta-se que as intervenções de enfermagem não podem ser unicamente circunscritas aos conteúdos abordados na formação inicial, sendo a formação contínua um recurso a mobilizar. Neste sentido, para manter a actualização contínua dos seus conhecimentos, deve, o enfermeiro, recorrer não só à autoformação como também fazer uso de outras estratégias de formação contínua para actualização e aperfeiçoamento profissional, tal como está previsto no Código Deontológico(art.º 88º, DL n.º 104/98 de 21 de Abril). Importa salientar que, também à organização compete proporcionar os recursos e condições, nomeadamente, de formação, que garantam ao enfermeiro uma boa prática no exercício profissional de enfermagem."
1. A clarificação do espaço de intervenção da enfermagem, no âmbito dos cuidados de saúde, tem sido uma das preocupações da Ordem dos Enfermeiros.
2. Fomos construindo um quadro de referência, orientador do exercício profissional dos enfermeiros em qualquer contexto de acção e que está assente nos seguintes pilares: o Código Deontológico do Enfermeiro; os Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem e as Competências do Enfermeiro de Cuidados Gerais. Para além destes documentos constitutivos do quadro de referência, o Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros (REPE) constitui-se como um documento essencial para a prática do exercício profissional de enfermagem, porque “salvaguarda, no essencial, os aspectos que permitem a cada enfermeiro fundamentar a sua intervenção enquanto profissional de saúde, com autonomia” (Dec. Lei n.º 161/96, de 4 de Setembro).
3. No Contexto de actuação multiprofissional onde os enfermeiros desenvolvem a sua actividade estão definidos dois tipos de intervenções de enfermagem:
a) as iniciadas por outros técnicos da equipa - intervenções interdependentes, tendo o enfermeiro a responsabilidade pela implementação técnica da intervenção;
b) as iniciadas pela prescrição do enfermeiro - intervenções autónomas, tendo o enfermeiro responsabilidade pela prescrição da intervenção e sua implementação.
4. Em ambos os tipos de intervenções os enfermeiros têm autonomia para decidir sobre a sua implementação, tendo por base os conhecimentos técnico científicos que detêm, a identificação da problemática do cliente, os benefícios, os riscos e problemas potenciais que da implementação podem advir, actuando no melhor interesse da pessoa assistida.
5. No âmbito das intervenções de enfermagem, não se pretende definir detalhadamente o que fazer e o que não fazer, reduzindo a acção dos enfermeiros a um conjunto de actividades e tarefas, antes sim considerar uma intervenção assente numa aplicação efectiva do conhecimento e capacidades, indispensáveis no processo de tomada de decisão em enfermagem.
6. Os Enfermeiros, de acordo com o seu Código Deontológico, devem "actuar responsavelmente na sua área de competência e reconhecer a especificidade das outras profissões de saúde, respeitando os limites impostos pela área de competência de cada uma"; "trabalhar em articulação e complementaridade com os restantes profissionais de saúde"; "integrar a equipa, em qualquer serviço em que trabalhe, colaborando com a responsabilidade que lhe é própria, nas decisões sobre a promoção da saúde, a prevenção da doença, o tratamento e recuperação, promovendo a qualidade dos serviços"( cf. artº 91º, DL n.º 104/98, de 21 de Abril).
7. Entende-se que trabalhar em articulação e complementaridade não significa que os enfermeiros substituem cuidados de outros profissionais, devendo actuar no melhor interesse e benefício dos utentes e cidadãos, respeitando o seu direito a cuidados de saúde efectivos, seguros e de qualidade.
8. Sempre que exigível, por força das condições do cliente, deve, o enfermeiro, referenciar as situações problemáticas identificadas para outros profissionais, de acordo com os mandatos sociais dos diferentes profissionais envolvidos no processo dos cuidados de saúde.
9. Os enfermeiros são responsáveis pelas decisões que tomam e pelos actos que praticam (alínea b), artº 79º, DL n.º 104/98 de 21 de Abril).
10. Nas intervenções implementadas pelo enfermeiro, este deve observar todos os princípios inerentes à boa prática de enfermagem devendo para isso possuir a formação necessária à excelência do seu exercício profissional, assumindo o dever de exercer a profissão com os adequados conhecimentos científicos e técnicos, adoptando todas as medidas que visem melhorar a qualidade dos cuidados e serviços de enfermagem (cf. ponto 1, art.º 76º, DL n.º 104/98 de 21 de Abril).
11. Salienta-se que as intervenções de enfermagem não podem ser unicamente circunscritas aos conteúdos abordados na formação inicial, sendo a formação contínua um recurso a mobilizar. Neste sentido, para manter a actualização contínua dos seus conhecimentos, deve, o enfermeiro, recorrer não só à autoformação como também fazer uso de outras estratégias de formação contínua para actualização e aperfeiçoamento profissional, tal como está previsto no Código Deontológico(art.º 88º, DL n.º 104/98 de 21 de Abril). Importa salientar que, também à organização compete proporcionar os recursos e condições, nomeadamente, de formação, que garantam ao enfermeiro uma boa prática no exercício profissional de enfermagem."
"Quanto à questão: “E se é da competência dos enfermeiros executar suturas?”
Esta intervenção deve ser realizada pelo técnico da equipa de saúde, que no contexto onde a acção toma lugar e em tempo útil, melhor preparado está para as implementar de acordo com o mandato social da sua profissão. A realização desta actividade não se reporta a uma intervenção autónoma de enfermagem nem a uma intervenção iniciada por outro técnico da equipa de saúde no acto da prescrição, isto é, não é comum ser formalizada prescrição médica para que o enfermeiro assuma a responsabilidade técnica pela implementação deste tipo de intervenção. Deve, portanto, ser uma prática discutida e acordada no seio da equipa multidisciplinar considerando o contexto de trabalho e filosofia de cuidados da organização. Salientamos no entanto que processo da tomada de decisão e resolução de problemas em Enfermagem se inicia com a identificação da necessidade de cuidados de Enfermagem; após o que o Enfermeiro, fazendo uso do conhecimento “estado da arte” da disciplina e da experiência acumulada, planeia as intervenções a implementar de acordo com a sua competência e tendo em conta o exposto no ponto anterior - Os profissionais de Enfermagem são responsáveis pelas decisões que tomam e pelos actos que praticam."
Esta intervenção deve ser realizada pelo técnico da equipa de saúde, que no contexto onde a acção toma lugar e em tempo útil, melhor preparado está para as implementar de acordo com o mandato social da sua profissão. A realização desta actividade não se reporta a uma intervenção autónoma de enfermagem nem a uma intervenção iniciada por outro técnico da equipa de saúde no acto da prescrição, isto é, não é comum ser formalizada prescrição médica para que o enfermeiro assuma a responsabilidade técnica pela implementação deste tipo de intervenção. Deve, portanto, ser uma prática discutida e acordada no seio da equipa multidisciplinar considerando o contexto de trabalho e filosofia de cuidados da organização. Salientamos no entanto que processo da tomada de decisão e resolução de problemas em Enfermagem se inicia com a identificação da necessidade de cuidados de Enfermagem; após o que o Enfermeiro, fazendo uso do conhecimento “estado da arte” da disciplina e da experiência acumulada, planeia as intervenções a implementar de acordo com a sua competência e tendo em conta o exposto no ponto anterior - Os profissionais de Enfermagem são responsáveis pelas decisões que tomam e pelos actos que praticam."
Comments:
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Cada vez mais se torna óbvio que o problema da classe de enfermagem é interior e não exterior. Em que país de coloca este tipo de discussão? Qual é a finalidade deste tipo de debate? Fazer um catarro de lamentos e reclamações? se é assim...daqui a pouco vem os famosos discursos de indignação e lamento a boa maneira portuguesa!
Antes de mais: Quando um doente chega a uma unidade de saúde com qualquer problema que seja, por via de regra, entrando na unidade deve ser atendido pelo técnico com melhor qualificação para solucionar o problema que apresenta (salvaguardando o princípio da proporção entre as necessidades e os meios disponíveis), assim será se alguém se apresenta com uma lesão que necessite de uma sutura...umas vezes poderá ser o enfermeiro...outras vezes o médico de lníca geral...outras o cirurgião geral e outras ainda somente o cirurgião plástico. Posto isso a única discussão possível é: QUEM DECIDE QUEM VAI SUTURAR? QUEM ASSUME AS RESPONSABILIDADES QUANDO AS COISAS CORREM MAL?
www.hospitalportugal.blog.com
Antes de mais: Quando um doente chega a uma unidade de saúde com qualquer problema que seja, por via de regra, entrando na unidade deve ser atendido pelo técnico com melhor qualificação para solucionar o problema que apresenta (salvaguardando o princípio da proporção entre as necessidades e os meios disponíveis), assim será se alguém se apresenta com uma lesão que necessite de uma sutura...umas vezes poderá ser o enfermeiro...outras vezes o médico de lníca geral...outras o cirurgião geral e outras ainda somente o cirurgião plástico. Posto isso a única discussão possível é: QUEM DECIDE QUEM VAI SUTURAR? QUEM ASSUME AS RESPONSABILIDADES QUANDO AS COISAS CORREM MAL?
www.hospitalportugal.blog.com
Então quer dizer que o enfermeiro ...
Esta OE é objectivamente esclarecedora!
Pensa, filosofa, divaga e depois diz ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................NIM!!!
Divagadamente Abespinhado!
Esta OE é objectivamente esclarecedora!
Pensa, filosofa, divaga e depois diz ..........................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................NIM!!!
Divagadamente Abespinhado!
Por acaso ja tive que levar uns pontos e quando procurei ajuda no centro de saúde, a enfermeira em causa revelou que não estava autorizada a suturar, mas os médicos tambem não suturavam por isso tinha mesmo de ir paa o hospital!
Pois é. O meu puro sangue lusitano, nascido nas lesirias do gerês, anda a aprender a falar para fazer algumas reivindicações, uma vez que tem de se alimentar, muitas vezes da erva que lhe passa perto, quando contemplo o horizonte e tento ver um ou dois metros para além dele. Dá-me a entender que não o deixo descansar.
Tento explicar-lhe que não sou eu mas o tempo que decorre muito depressa e uma hora junta-se e encavalita-se na outra e, assim por diante...
Ao calor da fogueira, sequei a roupa, que se enchacara de água com o temporal que apanhei a caminho da caverna. E cavalguei para o local da peleja: suturar ou não suturar, eis a questão.
Quando os animais falavam, eram os enfermeiros que ensinavam os doutos cirurgiões, hoje escorreitos, a suturar.
Que se passou na cabeça dos teóricos da treta, para que se tenha perdido a noção deste gesto, como tantos outros?
Subiu o preço das coisas, perdeu-se o poder de compra; elegeram-nos um governo que está desenfreadamente ao serviço dos ricos (vide escandalos da banca, onde também têm algum, caladinho).
Dizia-se, então, que o único elo de ligação do enfermeiro-médico era a receita, através da qual, dava ordens ao enfermeiros, para a administração do medicamento e só para isso. Tudo o mais era da lavra do enfermeiro: imaginação, poder criativo, capacidade de resolver problemas, porque a nossa esfera é de acção, como aponta o sufixo "eiro".
Entretanto, criou-se a confraria dos enjeitados, por um lado, e desajeitados, por todos os outros, que os dimensionam e instalaram-se, com pompa e circunstância na seccção do ensino da enfermagem.
Começaram por simplificar tudo; começaram a ter aulas com uns professores de medicina que falavam para os seus alunos, através deles. Não fosse o diabo tecê-las passavam o tempo a dizer aos alunos de enfermagem, que isto era o médico que mandava fazer; que aquilo era com o médico; que aquelito era o médico que decidia, porque já está habituado(mal) e não vai perder o hábito, seja bom, seja mau. E os enjeitados-desajeitados, como não tinham capacidade crítica, pois até os trabalhos, que usavam na subida de nível, copiavam, para garantir a originalidade de quem os fez, não reparam por que é que os sindicatos se empenharam na entrega do ensino a enfermeiros. Mas eles salvo raras e honrosas excepções que, como é normal servem para confirmar a regra, não perceberam que tinham de fazer evoluir a coisa por conta própria. E através do sindicato mais ligados aos mouros fizeram o tal REPE que já perdeu a validade, por isso só deve ser falado no dia de finados.
A Ordem veio e foi colonizada, "ab initio" pela mesmo espírito acrítico de professores tipo enjeitado. Assim começa o faz de conta que alguns mantêm e não querem perder. Os outros sabem que a coisa está mal, mas também não se preocupam em saber onde e porquê.
Ficaram de tal modo condicionados por essa acriticidade, que até para assuntos relacionados com o WC têm de pedir licença ao doutor médico, porque assim lhe disseram na escola, embora alguns não estejam lá muito convencidos e começam a desconfiar que foram enganados. Falta-lhes dar o salto para o mundo real.
Nunca mais foram capazes de saltar a pequena tábua, mais simbólica que real, para serem eles, por si,autênticos.
O padre de Covadonga dorme com a criada e também usa o sistema da tábua feita muro instransponível, como mandam as boas regras do espírito puro e da economia.
Quando a carne, que é fraca, dita as suas leis, lá vai o raio da tábua, para o chão e reina a perfeita reciprocidade: o que é teu é meu; o que é meu, é teu, diz o padre à criada e vice-versa.
Com estes docentes, que a desgraça nos cultivou e fez crescer assim, há um fenómeno parecido. Só que estes mantêm a cegueira original e, assim em bruto, não são capazes de saltar a tábua, que, acima de tudo,é imaginária.
Como os doutores de medicina estão habituados a decidir, como diz o seu Grão-mestre, Pedro Nunes (não confundir com o inventor do nónio), decidem tudo e os enfermeiros só têm de perguntar, de boné na mão, ao patrão decisor, se ainda há mais alguma coisa ou podem retirar-se.
Isto é simplesmente confrangedor, pois não se consegue ver o mais ligeiro indício de os professores abandonarem a sua cadeira, onde, além do monte de lixo, que lhe está em cima e o lustro que a lixa faz brilhar, nada mais pousa.
O problema não é serem como são, por vontade própria; a verdadeira tragédia é que estão a ocupar lugares que lhes não pertencem. Sentam-se em cadeiras, que já tiveram outras pessoas, que sabiam os pontos cardiais.
É a essas nulidades, que temos de pedir, que se reconvertam em pessoas úteis e responsáveis pelo que os alunos esperam deles.Ou então mudem de vida.
No actual estado, não têm direito ao valor que lhes atribuem nem ao respeito que lhes guardam.
São meros engodos que atraem a Enfermagem para o abismo.
Quando os animais falavam lá vinha um ou outro, que dizia umas coisas muito acertadas e, sobretudo, sabia cuidar dos doentes, sem precisar de pedir licença nem conselho a quem não sabe porquê e para quê. Por isso se espanta e abusa...
O REPE é outra montureira, que exala um odor fétido originado pelo adiantado estado de putrefacção, em que se encontra.
Foi criado em 1996, para ser gerido pela APE, o elo de ligação ao ICN e à sua directora geral que, por acaso, vive ali ao lado, no Japão e até veio abrilhantar a opacidade da reunião da OE, no que ficou da Expo-98.
Mas se a OE só foi criada em 1998, por que não atirou,às malvas, com esse regulamnto, que escraviza os enfermeiros e os torna dependentes de todo o bicho-careta?
Ele até foi feito para bachareis, ou nem isso. Ora não é mantendo regulamentos destes que se põe em prática a esfera da CONCEPÇÃO de qualquer licenciado, que tem responsabilidade própria do que faz e não faz e não responsabilidade delegada, seja ou não mascarada com a equipa MULTIDISCIPLINAR, onde quem manda é sempre o mesmo doutor de medicina
Foi por mera incapacidade de dar o passo seguinte, rumo à autêntica autonomia, como é próprio duma profissão: "uma profissão ou é autónoma ou não é profissão" (Coriolano Ferreira in II Congresso Nacional de Enfermagem - Coimbra), que a OE se manteve quieta e satisfeita com a sua inimputabilidade.
Devia ter controlado a situação circunstancial; mas foi controlada por essas circunstâncias e, hoje, mete dó.
Faz-me lembrar os delírios de Hermengarda e, como eles, fazem doer.
O tal REPE finou-se por si, pois nem corgem tiveram de o embrulhar em mísero sudário e lançá-lo, assim embrulhado, no aterro sanitário. Tem servido pra enganar pessoas desprevenidas que têm o direito de pensar bem e acreditar em instituições como a OE, como coisa séia. Mas não é, porque mantem o que está mal e podia e devia fazer melhor.
Portadores de um atavismo irredutível, nem se dão conta que com o estatuto de licenciado dos Enfermeiros, tudo mudou. Só não mudaram as mentalidades dos Ordeiros, que, inadaptados, estão a virar (des)Ordeiros e semeiam o caos e a desgraça, por inacção.
O pior é não se darem conta do seu papel.
Deus dos exércitos, por que os fizeste tão ingénuos e desprevenidos?
Que ideias tendes para a Enfermagem, ó Ordenador Universal?
Daí-nos um sinal de mudança, ou deixo de acreditar em Vós.
Desenham-se no céu cinzento três circulos de fumo o que significa que tenha de regressar à caverna, porque Hermengarda está acordando e precisa dos meus cuidados.
Mas volto, porque há muito mais a dizer sobre esta área do saber ou não saber.
Tento explicar-lhe que não sou eu mas o tempo que decorre muito depressa e uma hora junta-se e encavalita-se na outra e, assim por diante...
Ao calor da fogueira, sequei a roupa, que se enchacara de água com o temporal que apanhei a caminho da caverna. E cavalguei para o local da peleja: suturar ou não suturar, eis a questão.
Quando os animais falavam, eram os enfermeiros que ensinavam os doutos cirurgiões, hoje escorreitos, a suturar.
Que se passou na cabeça dos teóricos da treta, para que se tenha perdido a noção deste gesto, como tantos outros?
Subiu o preço das coisas, perdeu-se o poder de compra; elegeram-nos um governo que está desenfreadamente ao serviço dos ricos (vide escandalos da banca, onde também têm algum, caladinho).
Dizia-se, então, que o único elo de ligação do enfermeiro-médico era a receita, através da qual, dava ordens ao enfermeiros, para a administração do medicamento e só para isso. Tudo o mais era da lavra do enfermeiro: imaginação, poder criativo, capacidade de resolver problemas, porque a nossa esfera é de acção, como aponta o sufixo "eiro".
Entretanto, criou-se a confraria dos enjeitados, por um lado, e desajeitados, por todos os outros, que os dimensionam e instalaram-se, com pompa e circunstância na seccção do ensino da enfermagem.
Começaram por simplificar tudo; começaram a ter aulas com uns professores de medicina que falavam para os seus alunos, através deles. Não fosse o diabo tecê-las passavam o tempo a dizer aos alunos de enfermagem, que isto era o médico que mandava fazer; que aquilo era com o médico; que aquelito era o médico que decidia, porque já está habituado(mal) e não vai perder o hábito, seja bom, seja mau. E os enjeitados-desajeitados, como não tinham capacidade crítica, pois até os trabalhos, que usavam na subida de nível, copiavam, para garantir a originalidade de quem os fez, não reparam por que é que os sindicatos se empenharam na entrega do ensino a enfermeiros. Mas eles salvo raras e honrosas excepções que, como é normal servem para confirmar a regra, não perceberam que tinham de fazer evoluir a coisa por conta própria. E através do sindicato mais ligados aos mouros fizeram o tal REPE que já perdeu a validade, por isso só deve ser falado no dia de finados.
A Ordem veio e foi colonizada, "ab initio" pela mesmo espírito acrítico de professores tipo enjeitado. Assim começa o faz de conta que alguns mantêm e não querem perder. Os outros sabem que a coisa está mal, mas também não se preocupam em saber onde e porquê.
Ficaram de tal modo condicionados por essa acriticidade, que até para assuntos relacionados com o WC têm de pedir licença ao doutor médico, porque assim lhe disseram na escola, embora alguns não estejam lá muito convencidos e começam a desconfiar que foram enganados. Falta-lhes dar o salto para o mundo real.
Nunca mais foram capazes de saltar a pequena tábua, mais simbólica que real, para serem eles, por si,autênticos.
O padre de Covadonga dorme com a criada e também usa o sistema da tábua feita muro instransponível, como mandam as boas regras do espírito puro e da economia.
Quando a carne, que é fraca, dita as suas leis, lá vai o raio da tábua, para o chão e reina a perfeita reciprocidade: o que é teu é meu; o que é meu, é teu, diz o padre à criada e vice-versa.
Com estes docentes, que a desgraça nos cultivou e fez crescer assim, há um fenómeno parecido. Só que estes mantêm a cegueira original e, assim em bruto, não são capazes de saltar a tábua, que, acima de tudo,é imaginária.
Como os doutores de medicina estão habituados a decidir, como diz o seu Grão-mestre, Pedro Nunes (não confundir com o inventor do nónio), decidem tudo e os enfermeiros só têm de perguntar, de boné na mão, ao patrão decisor, se ainda há mais alguma coisa ou podem retirar-se.
Isto é simplesmente confrangedor, pois não se consegue ver o mais ligeiro indício de os professores abandonarem a sua cadeira, onde, além do monte de lixo, que lhe está em cima e o lustro que a lixa faz brilhar, nada mais pousa.
O problema não é serem como são, por vontade própria; a verdadeira tragédia é que estão a ocupar lugares que lhes não pertencem. Sentam-se em cadeiras, que já tiveram outras pessoas, que sabiam os pontos cardiais.
É a essas nulidades, que temos de pedir, que se reconvertam em pessoas úteis e responsáveis pelo que os alunos esperam deles.Ou então mudem de vida.
No actual estado, não têm direito ao valor que lhes atribuem nem ao respeito que lhes guardam.
São meros engodos que atraem a Enfermagem para o abismo.
Quando os animais falavam lá vinha um ou outro, que dizia umas coisas muito acertadas e, sobretudo, sabia cuidar dos doentes, sem precisar de pedir licença nem conselho a quem não sabe porquê e para quê. Por isso se espanta e abusa...
O REPE é outra montureira, que exala um odor fétido originado pelo adiantado estado de putrefacção, em que se encontra.
Foi criado em 1996, para ser gerido pela APE, o elo de ligação ao ICN e à sua directora geral que, por acaso, vive ali ao lado, no Japão e até veio abrilhantar a opacidade da reunião da OE, no que ficou da Expo-98.
Mas se a OE só foi criada em 1998, por que não atirou,às malvas, com esse regulamnto, que escraviza os enfermeiros e os torna dependentes de todo o bicho-careta?
Ele até foi feito para bachareis, ou nem isso. Ora não é mantendo regulamentos destes que se põe em prática a esfera da CONCEPÇÃO de qualquer licenciado, que tem responsabilidade própria do que faz e não faz e não responsabilidade delegada, seja ou não mascarada com a equipa MULTIDISCIPLINAR, onde quem manda é sempre o mesmo doutor de medicina
Foi por mera incapacidade de dar o passo seguinte, rumo à autêntica autonomia, como é próprio duma profissão: "uma profissão ou é autónoma ou não é profissão" (Coriolano Ferreira in II Congresso Nacional de Enfermagem - Coimbra), que a OE se manteve quieta e satisfeita com a sua inimputabilidade.
Devia ter controlado a situação circunstancial; mas foi controlada por essas circunstâncias e, hoje, mete dó.
Faz-me lembrar os delírios de Hermengarda e, como eles, fazem doer.
O tal REPE finou-se por si, pois nem corgem tiveram de o embrulhar em mísero sudário e lançá-lo, assim embrulhado, no aterro sanitário. Tem servido pra enganar pessoas desprevenidas que têm o direito de pensar bem e acreditar em instituições como a OE, como coisa séia. Mas não é, porque mantem o que está mal e podia e devia fazer melhor.
Portadores de um atavismo irredutível, nem se dão conta que com o estatuto de licenciado dos Enfermeiros, tudo mudou. Só não mudaram as mentalidades dos Ordeiros, que, inadaptados, estão a virar (des)Ordeiros e semeiam o caos e a desgraça, por inacção.
O pior é não se darem conta do seu papel.
Deus dos exércitos, por que os fizeste tão ingénuos e desprevenidos?
Que ideias tendes para a Enfermagem, ó Ordenador Universal?
Daí-nos um sinal de mudança, ou deixo de acreditar em Vós.
Desenham-se no céu cinzento três circulos de fumo o que significa que tenha de regressar à caverna, porque Hermengarda está acordando e precisa dos meus cuidados.
Mas volto, porque há muito mais a dizer sobre esta área do saber ou não saber.
Quem deve suturar ?
O elemento que têm capacidade para o fazer.
EM relação a isto a ordem deu o parcer de que o enf se sabe suturar poderá fazer .
O enferm assume os seus actos.
Tive a experiencia num SASU em que os médicos que estavam não sabiam suturar, a enferm. sabia e suturava.FLOR
O elemento que têm capacidade para o fazer.
EM relação a isto a ordem deu o parcer de que o enf se sabe suturar poderá fazer .
O enferm assume os seus actos.
Tive a experiencia num SASU em que os médicos que estavam não sabiam suturar, a enferm. sabia e suturava.FLOR
"Quem deve suturar ?
O elemento que têm capacidade para o fazer."
A OE não é nada clara, cara FLOR
Devia dizer claramente: sim pode.
O elemento que têm capacidade para o fazer."
A OE não é nada clara, cara FLOR
Devia dizer claramente: sim pode.
Não vejo em que é que a execução de uma sutura assume um acto de elevada transcendência. Diariamente existem actos que os enfermeiros executam e que são mais compexos do que a execução das suturas. Por isso, porque não suturar?
Suturar é um acto médico! Independentemente da complexidade do acto, não faz parte das competências da enfermagem. Ponto.
Sutura é considerado ato médico, pois faz parte do ato cirúrgico. Somente os enfermeiros pós graduados em obstetrícia podem fazer episiorrafia (sutura em períneo), quem o fizer pode ser autuado por exercício ilegal da medicina
De acordo com a Resolução 278/2003 do COFEN, que dispõe sobre sutura realizada por Profissional de Enfermagem, é CORRETO afirmar: Escolha uma: a. A realização de suturas por enfermeiros são autorizadas desde que seja feita em pequena extensão com comprometimento de menos de 1/3 do tecido afetado.
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