sábado, novembro 28, 2009
Enfermeiros indignaram-se e...
... escreveram à Revista Sábado (ver aqui porquê)!
"Exmo. Director da Revista Sábado
Miguel Pinheiro
Miguel Pinheiro
Assunto: Direito de Resposta
No seguimento do artigo por vós publicado na edição n.º 290, intitulado “Os melhores hospitais de 2009” (págs. 51 a 73), serve a presente carta para expressar (atrevo-me) a revolta de uma classe de profissionais de saúde, leia-se, Enfermeiros, que vêem a sua imagem e o seu desempenho profissional denegridos.
Ao longo da edição, no que toca ao ranking dos hospitais portugueses, é notória a forma como se coloca a classe médica como personagem principal e, os restantes profissionais como meros figurantes.
O jornalista Pedro Jorge Castro e o repórter fotográfico Pedro Zenkl foram, durante 24 horas, a sombra de uma chefe do Serviço de Urgência de um hospital de Lisboa…convidados ou visita proposta? Curiosa será decerto a resposta!
.
Várias são as passagens nos artigos que revelam insensatez e um total desconhecimento da realidade da prestação de cuidados no dia-a-dia, nomeadamente da posição da Enfermagem, o seu papel fundamental na equipa, os seus conhecimentos científicos, técnicos e humanos, bem como a estruturação da profissão, enquanto detentora de funções independentes, nada espelhadas no vosso artigo; pelo contrário, o espelhado assemelha-se a um “enxovalho” público.
Os leitores são atirados para uma realidade desfocada, uma realidade de submissão do Enfermeiro face ao Médico, através do recurso a expressões radicalistas:
“…desanca imediatamente por telefone, as enfermeiras que estão a fazer a triagem…” (pág. 55);
“…mandou recado por uma enfermeira…” (pág. 55);
“Elizabete Jorge acode de imediato. Está sozinha na enfermaria – e está em maus lençóis…” (pág. 64);
“O doutor está farto. Entre a administração de diuréticos e de nitratos o cirurgião recomenda-lhe calma…” (pág. 64);
“Elizabete entra novamente em histeria. Énio volta a adverti-la para se tranquilizar…” (pág. 65);
“ «Tudo calmo ao pé deste senhor» ordena o cirurgião.” (pág. 68).
Várias são as passagens nos artigos que revelam insensatez e um total desconhecimento da realidade da prestação de cuidados no dia-a-dia, nomeadamente da posição da Enfermagem, o seu papel fundamental na equipa, os seus conhecimentos científicos, técnicos e humanos, bem como a estruturação da profissão, enquanto detentora de funções independentes, nada espelhadas no vosso artigo; pelo contrário, o espelhado assemelha-se a um “enxovalho” público.
Os leitores são atirados para uma realidade desfocada, uma realidade de submissão do Enfermeiro face ao Médico, através do recurso a expressões radicalistas:
“…desanca imediatamente por telefone, as enfermeiras que estão a fazer a triagem…” (pág. 55);
“…mandou recado por uma enfermeira…” (pág. 55);
“Elizabete Jorge acode de imediato. Está sozinha na enfermaria – e está em maus lençóis…” (pág. 64);
“O doutor está farto. Entre a administração de diuréticos e de nitratos o cirurgião recomenda-lhe calma…” (pág. 64);
“Elizabete entra novamente em histeria. Énio volta a adverti-la para se tranquilizar…” (pág. 65);
“ «Tudo calmo ao pé deste senhor» ordena o cirurgião.” (pág. 68).
.
A cobertura jornalística deste projecto, coordenado pela Escola Nacional de Saúde Pública, que assenta nos resultados dos cuidados, “…mais do que averiguar se os doentes são tratados nos serviços certos ou se organização do hospital responde de forma estruturada a um problema de saúde…” (pág. 51), não projecta para a sociedade quem está por detrás destas conquistas; se tal cobertura jornalística fosse alargada às 24 horas que os Enfermeiros passam junto do doente, a realidade descrita nas vossas páginas, com toda certeza, seria totalmente diferente.
A cobertura jornalística deste projecto, coordenado pela Escola Nacional de Saúde Pública, que assenta nos resultados dos cuidados, “…mais do que averiguar se os doentes são tratados nos serviços certos ou se organização do hospital responde de forma estruturada a um problema de saúde…” (pág. 51), não projecta para a sociedade quem está por detrás destas conquistas; se tal cobertura jornalística fosse alargada às 24 horas que os Enfermeiros passam junto do doente, a realidade descrita nas vossas páginas, com toda certeza, seria totalmente diferente.
.
A Enfermagem é retratada como a equipa de bastidores de uma peça dirigida pela Medicina, MAS os médicos não são maestros que fazem uso sua batuta para dirigirem o trabalho dos Enfermeiros, isto é, não têm autoridade sobre o seu conteúdo funcional. Como equipa, ambos detêm funções independentes e interdependentes.
Nós, Enfermeiros, somos detentores de um curso superior – Licenciatura – formados por Escolas Superiores, a quem foram reconhecidas competências na prestação de cuidados. A nossa profissão faz uso de metodologia científica e distingue-se, por ser transversal a outras disciplinas, por conseguirmos dar resposta ao holismo do doente, e não apenas à sua componente biológica; somos um elo fundamental na cadeia do sistema de saúde, (sim, é verdade!) embora o vosso artigo caracterize (ainda que erradamente) a equipa de saúde como sendo apenas composta pelo corpo médico.
A Enfermagem é retratada como a equipa de bastidores de uma peça dirigida pela Medicina, MAS os médicos não são maestros que fazem uso sua batuta para dirigirem o trabalho dos Enfermeiros, isto é, não têm autoridade sobre o seu conteúdo funcional. Como equipa, ambos detêm funções independentes e interdependentes.
Nós, Enfermeiros, somos detentores de um curso superior – Licenciatura – formados por Escolas Superiores, a quem foram reconhecidas competências na prestação de cuidados. A nossa profissão faz uso de metodologia científica e distingue-se, por ser transversal a outras disciplinas, por conseguirmos dar resposta ao holismo do doente, e não apenas à sua componente biológica; somos um elo fundamental na cadeia do sistema de saúde, (sim, é verdade!) embora o vosso artigo caracterize (ainda que erradamente) a equipa de saúde como sendo apenas composta pelo corpo médico.
.
Convido-vos a uma breve análise do conteúdo funcional da nossa profissão:
· Somos os primeiros na abordagem ao doente;
· Identificamos problemas de saúde e actuamos em situação de emergência;
· Organizamos, coordenamos, executamos, supervisionamos e avaliamos as intervenções de Enfermagem aos três níveis de prevenção, ao individuo, família, grupos e comunidade;
· Decidimos sobre técnicas e meios a utilizar na prestação de cuidados de Enfermagem;
· Utilizamos técnicas próprias da profissão com vista à manutenção e recuperação das funções vitais (respiração, alimentação, eliminação, circulação, comunicação, integridade cutânea e mobilidade);
· Encaminhamos e orientamos para recursos adequados;
· Promovemos a intervenção de outros técnicos de saúde;
· Participamos na coordenação e dinamização das actividades inerentes à situação de saúde/doença, bem como na elaboração e concretização de protocolos;
· Somos responsáveis por áreas como gestão, investigação, docência, formação e acessoria;
A vossa edição enaltece os médicos pelos seus heróicos actos; eu destaco a sua conduta arrogante do alto da bata branca e, os impertinentes comentários lançados pelos jornalistas:
“«Olhe doutora, beijei hoje uma senhora com gripe A. Acha que estou infectado? Quero a vacina!». Galhofa geral no posto de comando das urgências do Santa Maria.” (pág. 54);
Se faz jus ao seu título de médica, devia validar os medos do utente, e abster-se de juízos de valor.
“ «Com vocês duas aí a triar, isto hoje vai ser para negativos. É quase tão mau como a …» [e diz o nome de uma antiga enfermeira gozada por todo o serviço pela reputação de incompetência].”(pág. 55);
Prova escrita do enxovalho público dos Enfermeiros…
“ «Quem é que está a fazer tanto barulho? Senhores enfermeiros, não querem virar aquele senhor de lado? Parece o leão da Metro a rugir» - o barulho fez-lhe lembrar o animal que surge no início dos filmes de uma produtora de Hollywood.” (pág. 56)
Riram-se? Acharam cómico? Era algum familiar vosso? Era assim que o gostariam de ver cuidado…ou como diriam os Srs. de bata branca por vós enaltecidos: tratados? Fizeram alguma pesquisa prévia da fisiologia da dor? De como pode ser agonizante? É uma sugestão…
“Uma conversa desagradável: a filha quer saber porque é que não foi feito uma TAC ao pai, sente falta de um exame, algo palpável que confirme o diagnóstico. A chefe assume uma postura defensiva: «Expliquei-lhe três vezes na sexta-feira. Não vou discutir indicação de exames consigo. Estudei para isso, tenho 30 anos de Medicina, senão a medicina era feita por computadores.»” (pág. 56)
Felicitações pela sua larga experiência, pena que não se tenham lembrado de registar no vosso artigo a provável ansiedade que a dita filha devia sentir pela situação do pai, e a forma como isso influencia a percepção da informação que o profissional quer passar.
“ «Como é que lhe fez um exame neurológico se ele não responde nem diz nada?», insiste a filha. A médica responde: «Com a sua pergunta está a mostrar que não sabe o que é um exame neurológico» ” (pág. 56)
Duas vezes felicitações pelos 30 anos de Medicina que fizeram questão de realçar, e pela segunda vez lamento que os jornalistas não tenham realçado quem afinal tem que deter os conhecimentos, e quem está sujeito ao dever de informação…
É aqui que a ‘equipa dos bastidores’ sobe ao palco, para resolver as lacunas de informação deixadas. Com todos os seus conhecimentos científicos, os Enfermeiros esclarecem e validam a informação percebida por utentes e familiares.
Numa era em que se condenam leigos pelo uso indiscriminado de informação online, na procura de resposta para as suas dúvidas em questões de saúde (aquele palavrão dito pelo médico e que ninguém percebeu, aquela medicação que ninguém sabe o que é, como actua, os efeitos indesejados esperados, reacções a que devem estar atentos e comunicar aos serviços de saúde, os cuidados a ter face a determinada doença, vulgo, patologia, etc), seriam de enaltecer, sim, os correctos cuidados de saúde.
Ao atribuírem notoriedade a simulacros como o 3º lugar: Hospitais da Universidade de Coimbra, mais uma vez revelam a vossa ignorância no que toca à profissão de Enfermagem. Internas de Medicina a fazerem-se passar por Enfermeiras “em maus lençóis”, “em histeria”, “assustada”, que “não ajuda”, que grita “Ai doutor, e agora?” cria a revolta no seio da nossa classe.
Convido-vos a uma breve análise do conteúdo funcional da nossa profissão:
· Somos os primeiros na abordagem ao doente;
· Identificamos problemas de saúde e actuamos em situação de emergência;
· Organizamos, coordenamos, executamos, supervisionamos e avaliamos as intervenções de Enfermagem aos três níveis de prevenção, ao individuo, família, grupos e comunidade;
· Decidimos sobre técnicas e meios a utilizar na prestação de cuidados de Enfermagem;
· Utilizamos técnicas próprias da profissão com vista à manutenção e recuperação das funções vitais (respiração, alimentação, eliminação, circulação, comunicação, integridade cutânea e mobilidade);
· Encaminhamos e orientamos para recursos adequados;
· Promovemos a intervenção de outros técnicos de saúde;
· Participamos na coordenação e dinamização das actividades inerentes à situação de saúde/doença, bem como na elaboração e concretização de protocolos;
· Somos responsáveis por áreas como gestão, investigação, docência, formação e acessoria;
A vossa edição enaltece os médicos pelos seus heróicos actos; eu destaco a sua conduta arrogante do alto da bata branca e, os impertinentes comentários lançados pelos jornalistas:
“«Olhe doutora, beijei hoje uma senhora com gripe A. Acha que estou infectado? Quero a vacina!». Galhofa geral no posto de comando das urgências do Santa Maria.” (pág. 54);
Se faz jus ao seu título de médica, devia validar os medos do utente, e abster-se de juízos de valor.
“ «Com vocês duas aí a triar, isto hoje vai ser para negativos. É quase tão mau como a …» [e diz o nome de uma antiga enfermeira gozada por todo o serviço pela reputação de incompetência].”(pág. 55);
Prova escrita do enxovalho público dos Enfermeiros…
“ «Quem é que está a fazer tanto barulho? Senhores enfermeiros, não querem virar aquele senhor de lado? Parece o leão da Metro a rugir» - o barulho fez-lhe lembrar o animal que surge no início dos filmes de uma produtora de Hollywood.” (pág. 56)
Riram-se? Acharam cómico? Era algum familiar vosso? Era assim que o gostariam de ver cuidado…ou como diriam os Srs. de bata branca por vós enaltecidos: tratados? Fizeram alguma pesquisa prévia da fisiologia da dor? De como pode ser agonizante? É uma sugestão…
“Uma conversa desagradável: a filha quer saber porque é que não foi feito uma TAC ao pai, sente falta de um exame, algo palpável que confirme o diagnóstico. A chefe assume uma postura defensiva: «Expliquei-lhe três vezes na sexta-feira. Não vou discutir indicação de exames consigo. Estudei para isso, tenho 30 anos de Medicina, senão a medicina era feita por computadores.»” (pág. 56)
Felicitações pela sua larga experiência, pena que não se tenham lembrado de registar no vosso artigo a provável ansiedade que a dita filha devia sentir pela situação do pai, e a forma como isso influencia a percepção da informação que o profissional quer passar.
“ «Como é que lhe fez um exame neurológico se ele não responde nem diz nada?», insiste a filha. A médica responde: «Com a sua pergunta está a mostrar que não sabe o que é um exame neurológico» ” (pág. 56)
Duas vezes felicitações pelos 30 anos de Medicina que fizeram questão de realçar, e pela segunda vez lamento que os jornalistas não tenham realçado quem afinal tem que deter os conhecimentos, e quem está sujeito ao dever de informação…
É aqui que a ‘equipa dos bastidores’ sobe ao palco, para resolver as lacunas de informação deixadas. Com todos os seus conhecimentos científicos, os Enfermeiros esclarecem e validam a informação percebida por utentes e familiares.
Numa era em que se condenam leigos pelo uso indiscriminado de informação online, na procura de resposta para as suas dúvidas em questões de saúde (aquele palavrão dito pelo médico e que ninguém percebeu, aquela medicação que ninguém sabe o que é, como actua, os efeitos indesejados esperados, reacções a que devem estar atentos e comunicar aos serviços de saúde, os cuidados a ter face a determinada doença, vulgo, patologia, etc), seriam de enaltecer, sim, os correctos cuidados de saúde.
Ao atribuírem notoriedade a simulacros como o 3º lugar: Hospitais da Universidade de Coimbra, mais uma vez revelam a vossa ignorância no que toca à profissão de Enfermagem. Internas de Medicina a fazerem-se passar por Enfermeiras “em maus lençóis”, “em histeria”, “assustada”, que “não ajuda”, que grita “Ai doutor, e agora?” cria a revolta no seio da nossa classe.
.
Poderia sugerir 24 horas com Enfermeiros com cobertura dos seus cuidados, do seu desempenho, das suas competências…mas não, não queremos mediatismos, apenas ser devidamente reconhecidos e dignificados como importantes que somos, pelo que fazemos.
Mais informo que a presente carta será remetida para a Ordem dos Enfermeiros, à qual será dado conhecimento do vosso infeliz trabalho, e a qual tomará as devidas posições.
Convicto que este poderá ser o despoletar da voz da Enfermagem,
Poderia sugerir 24 horas com Enfermeiros com cobertura dos seus cuidados, do seu desempenho, das suas competências…mas não, não queremos mediatismos, apenas ser devidamente reconhecidos e dignificados como importantes que somos, pelo que fazemos.
Mais informo que a presente carta será remetida para a Ordem dos Enfermeiros, à qual será dado conhecimento do vosso infeliz trabalho, e a qual tomará as devidas posições.
Convicto que este poderá ser o despoletar da voz da Enfermagem,
Asssinado"
Comments:
<< Home
Por favor, seriam as 24 horas mais longas dos jornalistas, que as passavam a ouvir os enfermeiros a criticarem os médicos, a dizerem como sao importantes no SNS, a dizerem que os medicos sao arrogantes (provavelmente porque nao lhes passam cartão em decisoes clinicas), cortar na casaca de colegas, falar mal de sindicatos e da OE e da bastonaria e do INEM e dos TAE e dos Bombeiros e dos Farmaceuticos e dos Fisioterapeutas e dos TDT's...e deles proprios e como gostavam de prescrever, como a maezinha e paizinho iam ficar mm orgulhosos porque afinal ser enfermeiro era mm quase ser medico, e pedir ECD para dizerem o k se havia de fazer e blablabla.... Conclusão, n é preciso nenhum jornalista ir ao hospital, basta passar uns dias aki no blog e ja faz a reportagem em casa...
Ronaldo das 3.32 mas ha alguem que queira ser enfermeiro? Diga-me o sr, era o que queria ser?É o seu sonho desde pequenino?
Parabéns ao autor/colega que tomou a iniciativa!
Aguardemos uma posição da OE e da respectiva revista!
Cumps
Aguardemos uma posição da OE e da respectiva revista!
Cumps
Acho imensa piada quem não tem nada a ver com a enfermagem vir aqui dar opinioes...
Coloquem-se no vosso lugar, nós apenas queremos que dignem o nosso !!
Somos sim enfermeiros porque queremos, e não porque, como julga o leigo, não entramos em medicina...!
e se não formos nós a divulgar o que está mal feito, que nos é feito, quem o fará?
Coloquem-se no vosso lugar, nós apenas queremos que dignem o nosso !!
Somos sim enfermeiros porque queremos, e não porque, como julga o leigo, não entramos em medicina...!
e se não formos nós a divulgar o que está mal feito, que nos é feito, quem o fará?
Sou enfermeiro à cerca de 3 anos e desde cedo o quis ser. Tenho orgulho no que faço. Afinal não fui o único a ficar indignado com a entrevista, dando desde já os meus parabéns ao (s) autor (es) da carta. Qt ao resto dos comentários só partem de pessoas que não trabalham diariamente nos hospitais, pois se não nunca afirmavam o que dizem. Somos todos importantes no SNS, sejamos enfermeiros, medicos, auxiliares, tecnicos de diagnostico, TAE's, etc. Já agora dr enf, não estaria na hora de censurar comentarios de crianças?... cumps.
Ao anónimo das 4:03, gostaria de lhe perguntar quantas pessoas é que ele acha que vão para medicina por se preocuparem com as pessoas? Quantas? Devem ser muitas, devem... pelo menos quem anda pela enfermagem não está lá certamente pelo dinheiro... Ao primeiro anónimo gostaria de dizer que não deveria ser fácil visualizar esse cenário, deve ser até bastante difícil, uma vez que na maioria dos serviços os enfermeiros mal têm tempo de se coçar, quanto mais...
Queria congratular o colega que teve a iniciativa de escrever esta carta, posso não concordar com tudo (acho que foi buscar coisas que não eram para ali chamadas) mas o essencial está lá e muito bem.
Queria também reforçar a ideia que precisamos de dar visibilidade do nosso trabalho à população,se não souberem como, comecem por deixar de amparar o jogo a alguns senhores doutores que cometem erros crassos, sistemáticos, por desleixo e por falta de brio profissional. É que se os doentes soubessem todas as verdades, certamente não os iriam considerar os deuses na terra e atribuir-lhes à partida todos os louros. Lembrem-se do dever que temos para com o doente, sermos o seu advogado...
Paula Almeida
Queria congratular o colega que teve a iniciativa de escrever esta carta, posso não concordar com tudo (acho que foi buscar coisas que não eram para ali chamadas) mas o essencial está lá e muito bem.
Queria também reforçar a ideia que precisamos de dar visibilidade do nosso trabalho à população,se não souberem como, comecem por deixar de amparar o jogo a alguns senhores doutores que cometem erros crassos, sistemáticos, por desleixo e por falta de brio profissional. É que se os doentes soubessem todas as verdades, certamente não os iriam considerar os deuses na terra e atribuir-lhes à partida todos os louros. Lembrem-se do dever que temos para com o doente, sermos o seu advogado...
Paula Almeida
Bravo ! Parabéns ao colega que redigiu este manifesto!
Espero que seja feita essa cobertura jornalística, para que mais possam conhecer o nosso real trabalho.
ps: sendo este um blog de Enfermeiros, porque teimam desgraçados que nada tem a ver com Enfermagem, vir para aqui e mandar "bitaites"???
TAE´s e etc com dor de corno, não vos adianta de nada em embirrar com a "racceira de ""paramédico"", é uma ilusão passada por meia dúzia de TAE´s que queriam ser enfermeiros.
Amen
Espero que seja feita essa cobertura jornalística, para que mais possam conhecer o nosso real trabalho.
ps: sendo este um blog de Enfermeiros, porque teimam desgraçados que nada tem a ver com Enfermagem, vir para aqui e mandar "bitaites"???
TAE´s e etc com dor de corno, não vos adianta de nada em embirrar com a "racceira de ""paramédico"", é uma ilusão passada por meia dúzia de TAE´s que queriam ser enfermeiros.
Amen
Acho cómico que num blog de enfermeiros venha aqui gente de tanto lado diferente. Quem não é daqui que se vá embora.
Para aqueles que continuam a dizer que os enfermeiros são médicos em stand-by, ou que não entraram nas Sangradas Escolas de Medicina, contraponho:
Os médicos são projectos de Enfermeiros que não conseguiram ultrapassar os pré.requisitos.
Para aqueles que continuam a dizer que os enfermeiros são médicos em stand-by, ou que não entraram nas Sangradas Escolas de Medicina, contraponho:
Os médicos são projectos de Enfermeiros que não conseguiram ultrapassar os pré.requisitos.
Parabéns doutor enfermeiro pela iniciativa que teve e pela forma como redigiu a carta. Focou bem os pontos da nossa classe e soube defender-nos... talvez se fossemos mais a faze-lo as coisas tb andassem num caminho diferente. Mais uma vez os meus parabéns
ao imbecil de um dos primeiros comentarios,nem comento. Como dizia um sabio treinador:" UM TOSTÃO É UM TOSTÃO, UM VINTEM, É UM VINTÉM"
fiquei nauseado logo pela manha ao tomar conhecimento deste infeliz artigo desta triste revista. Acho que o colega está de parabéns, e espero que a ordem exiga esclarecimentos, se não exigir deviamos entrar por outras vias
fiquei nauseado logo pela manha ao tomar conhecimento deste infeliz artigo desta triste revista. Acho que o colega está de parabéns, e espero que a ordem exiga esclarecimentos, se não exigir deviamos entrar por outras vias
EXCELENTE RESPOSTA !!!!!
PARABÉNS AO AUTOR (já agora,... não é possível sabermos a sua identidade ? É QUE GOSTAVA DE O FELICITAR PESSOALMENTE...)
Faltam-nos mais enfermeiros como este, dignos da bata que vestem.
Revejo-me totalmente no que ele escreve à Revista.
Faltam-nos mais respostas como esta a muitos outros orgãos de comunicação social pelos falsos artigos que aqui e ali vão publicando contra uma classe profissional tão nobre quanto a nossa.
Mais uma vez... PARABÉNS AO AUTOR !!!
PM / HSTV
PARABÉNS AO AUTOR (já agora,... não é possível sabermos a sua identidade ? É QUE GOSTAVA DE O FELICITAR PESSOALMENTE...)
Faltam-nos mais enfermeiros como este, dignos da bata que vestem.
Revejo-me totalmente no que ele escreve à Revista.
Faltam-nos mais respostas como esta a muitos outros orgãos de comunicação social pelos falsos artigos que aqui e ali vão publicando contra uma classe profissional tão nobre quanto a nossa.
Mais uma vez... PARABÉNS AO AUTOR !!!
PM / HSTV
UMA SUGESTÃO AO DOUTOR ENFERMEIRO :
NÃO SERIA MELHOR PARA TODOS NÓS SE O SENHOR PURA E SIMPLESMENTE BLOQUEASSE / ANULASSE TODOS E QUAIQUER COMENTÁRIOS DE PESSOAS QUE PARA AQUI VÊM DIZER MAL DA NOSSA CLASSE E QUE, OBVIAMENTE, A ELA NÃO PERTENCEM ????...... PENSE NISSO.
ENCARO ESTE BLOG COMO O MELHOR MEIO E VEÍCULO DE INFORMAÇÃO DENTRO DA NOSSA PROFISSÃO, NO ENTANTO, PENSO QUE NÃO DEVE SER CONSTANTEMENTE PREVARICADO COM COMENTÁRIOS QUE NÃO ACRESCENTAM NADA AOS NOSSOS REAIS E LEGÍTIMOS INTERESSES... OUTRA SUGESTÃO ERA DE QUE CADA MEMBRO SE REGISTASSE E POSSUISSE UMA SENHA DE ACESSO AOS COMENTÁRIOS... SÓ ASSIM IREMOS CONSEGUIR DISCIPLINAR ESTES VÂNDALOS QUE, NÃO SENDO ENFERMEIROS, SÓ VÊM PARA AQUI COM UM ÚNICO INTERESSE : ENXOVALHAR-NOS !!! PENSE NESTAS PROPOSTAS, SENHOR DOUTOR ENFERMEIRO.
PM / HSTV
NÃO SERIA MELHOR PARA TODOS NÓS SE O SENHOR PURA E SIMPLESMENTE BLOQUEASSE / ANULASSE TODOS E QUAIQUER COMENTÁRIOS DE PESSOAS QUE PARA AQUI VÊM DIZER MAL DA NOSSA CLASSE E QUE, OBVIAMENTE, A ELA NÃO PERTENCEM ????...... PENSE NISSO.
ENCARO ESTE BLOG COMO O MELHOR MEIO E VEÍCULO DE INFORMAÇÃO DENTRO DA NOSSA PROFISSÃO, NO ENTANTO, PENSO QUE NÃO DEVE SER CONSTANTEMENTE PREVARICADO COM COMENTÁRIOS QUE NÃO ACRESCENTAM NADA AOS NOSSOS REAIS E LEGÍTIMOS INTERESSES... OUTRA SUGESTÃO ERA DE QUE CADA MEMBRO SE REGISTASSE E POSSUISSE UMA SENHA DE ACESSO AOS COMENTÁRIOS... SÓ ASSIM IREMOS CONSEGUIR DISCIPLINAR ESTES VÂNDALOS QUE, NÃO SENDO ENFERMEIROS, SÓ VÊM PARA AQUI COM UM ÚNICO INTERESSE : ENXOVALHAR-NOS !!! PENSE NESTAS PROPOSTAS, SENHOR DOUTOR ENFERMEIRO.
PM / HSTV
"Parabéns doutor enfermeiro pela iniciativa que teve e pela forma como redigiu a carta"
A carta não foi redigida por mim. Conheço a identidade do autor.
A carta não foi redigida por mim. Conheço a identidade do autor.
Acabei de ler e assinar esta petição online:
«A Revolta dos Enfermeiros pelo Direito da Resposta»
http://www.peticaopublica.com/?pi=Enf
Eu pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.
Subscreve a petição aqui http://www.peticaopublica.com/?pi=Enf e divulga-a pelos teus contactos.
«A Revolta dos Enfermeiros pelo Direito da Resposta»
http://www.peticaopublica.com/?pi=Enf
Eu pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.
Subscreve a petição aqui http://www.peticaopublica.com/?pi=Enf e divulga-a pelos teus contactos.
Todos somos precisos, cada um no seu lugar. Deveríamos olhar uns para os outros ao mesmo nível e nunca de cima para baixo. Portugal continua igual. Os médicos a pisar nos enfermeiros e a não reconhecer a sua importância, os enfermeiros frustrados porque o povo é tão cego que não reconhece o seu trabalho e a guerra a continuar... Felizmente, saí desses hospitais onde se pratica a guerra de estatutos... Felizmente estou num país onde os médicos e os Enfermeiros entram juntos nos quartos dos doentes e onde, juntos, dão boas e más noticias... Onde, juntos, sorriem, assustam... Onde se tratam por TU!!!
Parabéns ao colega pela excelente carta que redigiu.
Espero que a OE tenha uma postura do mesmo nível.
Espero que a OE tenha uma postura do mesmo nível.
Parabens aos que desenvolveram esta iniciativa.
Sugeria que esta missiva fosse encaminhada para o mail da revista Sabado por todos os Enfermeiros.
Sugeria que esta missiva fosse encaminhada para o mail da revista Sabado por todos os Enfermeiros.
Uma questão: A OE teve alguma iniciativa ao sair este artigo, ou vai ter alguma iniciativa porque a classe está a se unir e fazer pressão para que a OE faça alguma coisa?
Parabens pela carta.
reenviem-na também para a TVI. Não queremos mediatismo, mas queremos que a nossa voz seja ouvida!
reenviem-na também para a TVI. Não queremos mediatismo, mas queremos que a nossa voz seja ouvida!
OS ENFERMEIROS NÃO SÃO PALERMAS!
OS ENFERMEIROS NÃO SÃO PALERMAS!
A REVISTA SÁBADO SABE!
A REVISTA SÁBADO SABE!
Bom, a ser verdade esta sua intenção, acho que tem matéria para um artigo bombástico!
No meu local de trabalho há enfermeiros a menos para o número de doentes a quem prestamos cuidados. Ver recomendações internacionais sobre "ratio" de enfermeiros.
Actualmente há enfermeiros a ocupar cargos de chefia, sem passaram por qualquer concurso. São convidados e ponto. Nalguns casos, as funções a que mais se dedicam é repor stocks e fazer as escalas do pessoal.
Os doentes não olham para nós da mesma forma que para os médicos. Apesar de "Dr." ser qualquer pessoa detentora de bacharel ou licenciatura, ninguém trata o enfermeiro por "senhor doutor". alguns até têm mestrado e doutoramento.
Há claramente uma discrepância entre as duas profissões. O médico tem um curso base de 6 anos, o internato e a especialidade (4 a 6 anos). O curso de Enfermagem é de 4 anos. Existem várias especialidades em Enfermagem, mas neste momento servem apenas para as pessoas terem mais estatuto no seu serviço. Alguns servem-se das especialidades que têm (ou das pós graduações, mestrados...) não para melhorar o seu desempenho perante os utentes, mas para fugirem para as escolas (dar aulas). Há muito a ideia (e o HORROR) de associar os enfermeiros aos cuidados de higiene (já imaginaram uma fralda cheia de fezes?!?!?). E claro, muitos até se arrepiam... Há enfermeiros com especialidade em Psiquiatria (?!) mas continuam a trabalhar em bloco operatório.
Em tempos, o enfermeiro director nos hopsitias era eleito pelos enfermeiros que lá trabalhavam. Agora não. É nomeado pelo Conselho de Administração. Há casos de enfermeiros que esperam há meses por uma reunião com o enfermeiro director...
A Ordem dos Enfermeiros insiste que há falta de enfermeiros em Portugal. E talvez até haja. O problema é que enquanto o Governo não disser que vai melhorar os tais "ratio", de nada servem as "escolas cogumelo" ou as "escolas de vão de escada" que existem de norte a sul do país. Há cursos a mais de Enfermagem (seja nas escolas públicas, seja nas privadas). Por isso é que há desemprego. E por isso é que há centenas de enfermeiros (senão milhares) a emigrar. Alguns trabalham a 3 euros à hora ou fazem "estágios profissionais"... Os alunos de Enfermagem chega a ser "orientados" em estágio por enfermeiros que concluiram o curso há cerca de 2 ou 3 anos!
Nos debates televisivos a nossa bastonária fica na plateia. O bastonário da ordem dos médicos é convidado de honra... (ver Prós e Contras sobre a gripe A). Relembro que nessa ou na semana anterior, o Dr. Pedro Nunes disse qulaquer coisa como isto: os médicos que não fazem a vacina da gripe A, têm essa atitude por uma questão de princípio; quanto aos enfermeiros, fazem-no por ignorância...
Investigar também os duplos empregos. Há enfermeiros e médicos que trabalham em mais do que um sítio. Não tenho nada contra, desde que a pessoa "dê o litro" nesses locais. Ora, sabemos que isto não acontece. Imaginemos alguém que trabalha no privado: em 6 horas vai operar 3 doentes. No sector público, na melhor das hipóteses opera 2.
Os SIGIC (antigos PECLEC) são disso exemplo. Os intervenientes directos (médicos e enfermeiros) ganham "à peça" (como há quem goste de dizer...). Quanto aos médicos não sei, mas relativamente aos enfermeiros, esta situação é altamente injusta. Primeiro porque há desemprego em Enfermagem (não é necessário pagar grandes quantias a alguns profissionais por horas que são pagas em valor superior ao das horas extras), segundo porque só os enfermeiros do bloco é que ganham esses incentivos. E os do recobro? E os da Enfermaria? Mas lá está, os directores de enfermagem (escolhidos a dedo), são coniventes com esta aldrabice!
OS ENFERMEIROS NÃO SÃO PALERMAS!
A REVISTA SÁBADO SABE!
A REVISTA SÁBADO SABE!
Bom, a ser verdade esta sua intenção, acho que tem matéria para um artigo bombástico!
No meu local de trabalho há enfermeiros a menos para o número de doentes a quem prestamos cuidados. Ver recomendações internacionais sobre "ratio" de enfermeiros.
Actualmente há enfermeiros a ocupar cargos de chefia, sem passaram por qualquer concurso. São convidados e ponto. Nalguns casos, as funções a que mais se dedicam é repor stocks e fazer as escalas do pessoal.
Os doentes não olham para nós da mesma forma que para os médicos. Apesar de "Dr." ser qualquer pessoa detentora de bacharel ou licenciatura, ninguém trata o enfermeiro por "senhor doutor". alguns até têm mestrado e doutoramento.
Há claramente uma discrepância entre as duas profissões. O médico tem um curso base de 6 anos, o internato e a especialidade (4 a 6 anos). O curso de Enfermagem é de 4 anos. Existem várias especialidades em Enfermagem, mas neste momento servem apenas para as pessoas terem mais estatuto no seu serviço. Alguns servem-se das especialidades que têm (ou das pós graduações, mestrados...) não para melhorar o seu desempenho perante os utentes, mas para fugirem para as escolas (dar aulas). Há muito a ideia (e o HORROR) de associar os enfermeiros aos cuidados de higiene (já imaginaram uma fralda cheia de fezes?!?!?). E claro, muitos até se arrepiam... Há enfermeiros com especialidade em Psiquiatria (?!) mas continuam a trabalhar em bloco operatório.
Em tempos, o enfermeiro director nos hopsitias era eleito pelos enfermeiros que lá trabalhavam. Agora não. É nomeado pelo Conselho de Administração. Há casos de enfermeiros que esperam há meses por uma reunião com o enfermeiro director...
A Ordem dos Enfermeiros insiste que há falta de enfermeiros em Portugal. E talvez até haja. O problema é que enquanto o Governo não disser que vai melhorar os tais "ratio", de nada servem as "escolas cogumelo" ou as "escolas de vão de escada" que existem de norte a sul do país. Há cursos a mais de Enfermagem (seja nas escolas públicas, seja nas privadas). Por isso é que há desemprego. E por isso é que há centenas de enfermeiros (senão milhares) a emigrar. Alguns trabalham a 3 euros à hora ou fazem "estágios profissionais"... Os alunos de Enfermagem chega a ser "orientados" em estágio por enfermeiros que concluiram o curso há cerca de 2 ou 3 anos!
Nos debates televisivos a nossa bastonária fica na plateia. O bastonário da ordem dos médicos é convidado de honra... (ver Prós e Contras sobre a gripe A). Relembro que nessa ou na semana anterior, o Dr. Pedro Nunes disse qulaquer coisa como isto: os médicos que não fazem a vacina da gripe A, têm essa atitude por uma questão de princípio; quanto aos enfermeiros, fazem-no por ignorância...
Investigar também os duplos empregos. Há enfermeiros e médicos que trabalham em mais do que um sítio. Não tenho nada contra, desde que a pessoa "dê o litro" nesses locais. Ora, sabemos que isto não acontece. Imaginemos alguém que trabalha no privado: em 6 horas vai operar 3 doentes. No sector público, na melhor das hipóteses opera 2.
Os SIGIC (antigos PECLEC) são disso exemplo. Os intervenientes directos (médicos e enfermeiros) ganham "à peça" (como há quem goste de dizer...). Quanto aos médicos não sei, mas relativamente aos enfermeiros, esta situação é altamente injusta. Primeiro porque há desemprego em Enfermagem (não é necessário pagar grandes quantias a alguns profissionais por horas que são pagas em valor superior ao das horas extras), segundo porque só os enfermeiros do bloco é que ganham esses incentivos. E os do recobro? E os da Enfermaria? Mas lá está, os directores de enfermagem (escolhidos a dedo), são coniventes com esta aldrabice!
Turno da noite. Uma das histórias mais mal contadas! Há serviços onde habitualmente os profissionais (enfemreiros e AAM) chegam a dormir 3, 4 ou 5 horas (num turno que começa cerca das 23 e termina às 8 da manhã). O caso dos médicos ainda é mais espantoso: os famosos "bancos de urgência" são uma verdadeira mina de ouro. O Estado paga ao médico para estar 24 horas seguidas no hospital. Pergunto: alguém acredita que haja um apessoa que consegue "dar o litro" durante 24 horas? Claro que não. A saber: a hora de entrada é às 8, mas muita das vezes só chega ao hospital às 9. Das 10 às 11 é para tomar o pequeno almoço. Das 13 às 15 é para almoçar. Das 20 às 22 é para jantar (alguns vão a casa jantar com a família). Da 1 às 8 da manhã é para dormir (Sim, é verdade, os hospitais têm "alojamentos"/"dormitórios" para os médicos!). Alguns até se dão ao luxo de ir "à privada" ver os seus doentes... Resultado: numa equipa médica com 6 elementos, alguns vão ter de trabalhar por eles e pelos preguiçosos (internos da especialidade); os mais velhos, só entram em cena se houver alguma catástrofe...
A Bastonária do Enfermeiros, o Bastonário do Médicos, a Ministra da Saúde sabem disto. Mas lá está, não querem mudar estes vícios. Relembro que o Correia de Campos introduziu os famosos aparelhos de controlo de assiduidade. Pois bem: há hospitais onde isso não se verifica (H. S. José) e há outros onde isso se pode fazer através da intranet (H. Santa Maria).
Para muitos há vantagens em continuar a alimentar as listas de espera. Exemplo: uma apendicectomia demora cerca de 1 hora; no hospital público, podem fazer-se 5 apendicectomias em 5 horas, mas os intervenientes não vão ganhar mais por isso; no privado, cada acto médico tem associado um valor de K (ver Código de Nomenclatura e Valor Relativo de Actos Médicos); no caso da apendicectomia, o médico é que define o valor de K (habitualmente varia entre 6 a 10€); ora, se eu for operado no privado, vou ter de pagar (no caso de não ter seguro de saúde) o valor dos consumos hospitalares + os honorários médicos (não caso da apendicectomia são 110K). Está tudo dito!
Interessante é a "fórmula de cálculo" usada no sector privado: o cirurgião recebe 100% (desses 110K), o anestesista 30%, o ajudante 20% e o enfermeiros instrumentista 10%. Mais uma vez, está tudo dito!
Actualmente há os enfermeiros do quadro (intocáveis), os enfermeiros com contrato individual de trabalho (vínculo estável, mas sem perspectivas de progressão na carreira) e os enfermeiros recém contratados (que são forçados pelos seus chefes a fazer determinadas coisas contrariando aquilo que são as boas práticas de cuidados de saúde). Há muito quem tenha medo de perder o emprego...
Há neste momento uma "onda" na net onde se abordam estas e outras questões relativas à Enfermagem. Também aqui se multiplicam sites e blogues. Talvez os mais famosos sejam:
http://doutorenfermeiro.blogspot.com/
http://www.forumenfermagem.org/
http://cogitare.forumenfermagem.org/
Quanto ao primeiro penso que há uma clara oposição à actual direcção da Ordem dos Enfermeiros. Penso que o anonimato da pessoa em causa não jogue muito em seu favor. No segundo caso, existe muito debate, mas creio que nem sempre se dá a profundidade necessária. E a ligação à actual Bastonária também não me parece que ajude. O terceiro site penso que quer ser algo intermédio, mas daí até conseguir vai muito.
Mas isto é a blogosfera. Há enfermeiros que nem sequer sabem o nome da Ministra da Saúde ou da Bastonária, quanto mais darem-se ao trabalho de vir teclar para estes espaços... Temos na classe pessoas da velha guarda: sabem muito mas o espírito não é compatível com as novas exigências.
http://www.forumenfermagem.org/forum/index.php?topic=5524.0
A Bastonária do Enfermeiros, o Bastonário do Médicos, a Ministra da Saúde sabem disto. Mas lá está, não querem mudar estes vícios. Relembro que o Correia de Campos introduziu os famosos aparelhos de controlo de assiduidade. Pois bem: há hospitais onde isso não se verifica (H. S. José) e há outros onde isso se pode fazer através da intranet (H. Santa Maria).
Para muitos há vantagens em continuar a alimentar as listas de espera. Exemplo: uma apendicectomia demora cerca de 1 hora; no hospital público, podem fazer-se 5 apendicectomias em 5 horas, mas os intervenientes não vão ganhar mais por isso; no privado, cada acto médico tem associado um valor de K (ver Código de Nomenclatura e Valor Relativo de Actos Médicos); no caso da apendicectomia, o médico é que define o valor de K (habitualmente varia entre 6 a 10€); ora, se eu for operado no privado, vou ter de pagar (no caso de não ter seguro de saúde) o valor dos consumos hospitalares + os honorários médicos (não caso da apendicectomia são 110K). Está tudo dito!
Interessante é a "fórmula de cálculo" usada no sector privado: o cirurgião recebe 100% (desses 110K), o anestesista 30%, o ajudante 20% e o enfermeiros instrumentista 10%. Mais uma vez, está tudo dito!
Actualmente há os enfermeiros do quadro (intocáveis), os enfermeiros com contrato individual de trabalho (vínculo estável, mas sem perspectivas de progressão na carreira) e os enfermeiros recém contratados (que são forçados pelos seus chefes a fazer determinadas coisas contrariando aquilo que são as boas práticas de cuidados de saúde). Há muito quem tenha medo de perder o emprego...
Há neste momento uma "onda" na net onde se abordam estas e outras questões relativas à Enfermagem. Também aqui se multiplicam sites e blogues. Talvez os mais famosos sejam:
http://doutorenfermeiro.blogspot.com/
http://www.forumenfermagem.org/
http://cogitare.forumenfermagem.org/
Quanto ao primeiro penso que há uma clara oposição à actual direcção da Ordem dos Enfermeiros. Penso que o anonimato da pessoa em causa não jogue muito em seu favor. No segundo caso, existe muito debate, mas creio que nem sempre se dá a profundidade necessária. E a ligação à actual Bastonária também não me parece que ajude. O terceiro site penso que quer ser algo intermédio, mas daí até conseguir vai muito.
Mas isto é a blogosfera. Há enfermeiros que nem sequer sabem o nome da Ministra da Saúde ou da Bastonária, quanto mais darem-se ao trabalho de vir teclar para estes espaços... Temos na classe pessoas da velha guarda: sabem muito mas o espírito não é compatível com as novas exigências.
http://www.forumenfermagem.org/forum/index.php?topic=5524.0
esta foi uma iniciativa de todos para todos!
no entanto assumo a minha identidade e a autoria da carta:
Enfermeira Joana Santos
aos muitos que nada percebem de Enfermagem,mas insistem em opinar, uma sugestão...deixem de querer semear na horta do vizinho, olhem pela vossa! cada macaco no seu galho e nada de confusões.
Cumprimentos colegas ENFERMEIROS!
no entanto assumo a minha identidade e a autoria da carta:
Enfermeira Joana Santos
aos muitos que nada percebem de Enfermagem,mas insistem em opinar, uma sugestão...deixem de querer semear na horta do vizinho, olhem pela vossa! cada macaco no seu galho e nada de confusões.
Cumprimentos colegas ENFERMEIROS!
o dr enfermeiro é sempre a mesma coisa, só "foge com o rabo à seringa" quando algém questiona o facto de o mesmo não censurar comentários desnecessários, nem se digna a responder.........
"o dr enfermeiro é sempre a mesma coisa, só "foge com o rabo à seringa" quando algém questiona o facto de o mesmo não censurar comentários desnecessários, nem se digna a responder..."
Se não os censuro é porque a minha capacidade (tempo/disponibilidade) de filtar/moderar comentários é limitada. Devido ao elevado volume, tenho de os ler "na diagonal", sendo que, ocasionalmente, possa ser aprovado algum, cujo conteúdo não respeite a dignidade dos Enfermeiros. A minha pretensão, como deve compreender, não é essa. Faço os possíveis para eliminar comentários não condicentes com a política do blog.
Abraço.
Se não os censuro é porque a minha capacidade (tempo/disponibilidade) de filtar/moderar comentários é limitada. Devido ao elevado volume, tenho de os ler "na diagonal", sendo que, ocasionalmente, possa ser aprovado algum, cujo conteúdo não respeite a dignidade dos Enfermeiros. A minha pretensão, como deve compreender, não é essa. Faço os possíveis para eliminar comentários não condicentes com a política do blog.
Abraço.
Bem, começo por dizer que tive o "prazer" de ter estado presente durante esta bela entrevista à "drª House" e que sei 99% de tudo o que se passou.
Resumindo do que eu li do artigo concluí coisas:
- os jornalistas são incompetentes: publicam coisas totalmente descabidas da realidade, sendo que o suposto era uma colheita de dados prévia.
- a edição da revista é desleixada: deixaram publicarum artigo tão mau como este que inclusivé utiliza expressões pouco profissionais
- a revista sábado deve ter vendido mais: escreveram tanta asneirada que as pessoas indignadas tiveram de comprar a revista para ter a certeza
Já estava a escrever um texto extensissimo para enviar à Sábado e a outras entidades, quando me enviaram um mail com esta petição. Não vou deixar de o fazer. Acho que é preciso alguém para explicar o que realmente acontece e aconteceu naquela urgência...
PARABÉNS!! Há quem ainda não cruze os braços...
Mas é importante referir que somos todos fundamentais para o doente: enfermeiros, AAM e médicos.
É preciso é serem bons profissionais...
Resumindo do que eu li do artigo concluí coisas:
- os jornalistas são incompetentes: publicam coisas totalmente descabidas da realidade, sendo que o suposto era uma colheita de dados prévia.
- a edição da revista é desleixada: deixaram publicarum artigo tão mau como este que inclusivé utiliza expressões pouco profissionais
- a revista sábado deve ter vendido mais: escreveram tanta asneirada que as pessoas indignadas tiveram de comprar a revista para ter a certeza
Já estava a escrever um texto extensissimo para enviar à Sábado e a outras entidades, quando me enviaram um mail com esta petição. Não vou deixar de o fazer. Acho que é preciso alguém para explicar o que realmente acontece e aconteceu naquela urgência...
PARABÉNS!! Há quem ainda não cruze os braços...
Mas é importante referir que somos todos fundamentais para o doente: enfermeiros, AAM e médicos.
É preciso é serem bons profissionais...
Estes pavões armados da merdicina deviam saber que há quem coleccione as encomendas que o MS paga à revista Sábado, para dizer bem dos médicos e realçar que são os únicos no SNS.
Nem tiveram o cuidado de mudar os rótulos e o interior da paropaganda, paga pela escola do Correia de Campos.
A séria anterior custou ao MS através da Escola de Saúde Pública 35 mil contos que multiplicados por euros dão dá a bonita soma de 175 mil euros. Nada mau o negócio.
Vamos saber quanto custa agora?
Depois informo.
Para dar mais "originalidade" à propaganda entrevistam uns quantos paspalhos, com a missão de rebeixar os enfermeiros, senão Pizarro que é o administrador e da saúde, não assina o cheque.
É demasiado ignóbil apanhar os enfermeiros prenhes de ingenuidade a serem comidos por este tubarão que até se gaba disso, à mesa do café.
Este baboso que tem uma lingua mais babosa do que folha de cacto alués tem a estratégia bem montada.
É a ele que temos de atingir e não ao pobre jornalista que se limite a fazer a vontade do seu editor, que sabe que os enfermeiros não podem pagar à revista o que paga o MS, para nos insultar de forma habilidosa.
Já é um bom sinal os enfermeiros terem dado pelos insultos, porque andam sempre tão ocupados a perder tempo com quem os insulta que nem se apercebem do conceito que esses doutorecos têm por quem os dignifica e lhes corrige as baboseiras...
Devemos procurar ver mais longe as estratégias da corja que gravita no SNS.
Não perder de vista que os Enfermeiros só têm a força do seu trabalho que inclui o nó na ligadura que segura os queixos do cadáver, que eles também vão ser.
É má estratégia dos enfermeiros perder tempo a discutir o óbvio.
Procuremos surpreender esta escumalha impante e triunfal.
Um pensamento positivo é o da nora ou engenho, porque no seu girar, os alcatruzes nunca estão todos em cima nem todos em baixo.
E se o burro parou sejamos nós a tocar o engenho para que desçam mais depressa, mas com inteligência e a pancada no sítio certo para não darmos a impressão do traído que se limitou a fazer xixi nos sapatos do concorrente à cama e quem se deita nela.
Nem tiveram o cuidado de mudar os rótulos e o interior da paropaganda, paga pela escola do Correia de Campos.
A séria anterior custou ao MS através da Escola de Saúde Pública 35 mil contos que multiplicados por euros dão dá a bonita soma de 175 mil euros. Nada mau o negócio.
Vamos saber quanto custa agora?
Depois informo.
Para dar mais "originalidade" à propaganda entrevistam uns quantos paspalhos, com a missão de rebeixar os enfermeiros, senão Pizarro que é o administrador e da saúde, não assina o cheque.
É demasiado ignóbil apanhar os enfermeiros prenhes de ingenuidade a serem comidos por este tubarão que até se gaba disso, à mesa do café.
Este baboso que tem uma lingua mais babosa do que folha de cacto alués tem a estratégia bem montada.
É a ele que temos de atingir e não ao pobre jornalista que se limite a fazer a vontade do seu editor, que sabe que os enfermeiros não podem pagar à revista o que paga o MS, para nos insultar de forma habilidosa.
Já é um bom sinal os enfermeiros terem dado pelos insultos, porque andam sempre tão ocupados a perder tempo com quem os insulta que nem se apercebem do conceito que esses doutorecos têm por quem os dignifica e lhes corrige as baboseiras...
Devemos procurar ver mais longe as estratégias da corja que gravita no SNS.
Não perder de vista que os Enfermeiros só têm a força do seu trabalho que inclui o nó na ligadura que segura os queixos do cadáver, que eles também vão ser.
É má estratégia dos enfermeiros perder tempo a discutir o óbvio.
Procuremos surpreender esta escumalha impante e triunfal.
Um pensamento positivo é o da nora ou engenho, porque no seu girar, os alcatruzes nunca estão todos em cima nem todos em baixo.
E se o burro parou sejamos nós a tocar o engenho para que desçam mais depressa, mas com inteligência e a pancada no sítio certo para não darmos a impressão do traído que se limitou a fazer xixi nos sapatos do concorrente à cama e quem se deita nela.
Caro Sr. ou Sra. Anônimo!
Desde já devo salientar que não vou ser meiga... Nem vou estar com "palavras mansas", para quem começa logo por ser cobarde em não se identificar.
Sou ENFERMEIRA com muito orgulho.
Gosto muito do meu trabalho e dou todos os dias Graças a Deus por GANHAR DINHEIRO e FAZER o que mais amo nesta vida, coisa que não deve acontecer com o anônimo.... Tenho 9anos de experiência profissional, dos quais 8 anos com experiencia na área da Saude Mental e Psiquiatria.... Não vou descer ao seu nível, dizendo e desfazendo de quem não conheço, mas posso avaliar que é alguem que possa ter tido uma má experiencia ao nivel dos cuidados de saude ou, então, nunca precisou deles... Nem quero acreditar que tenha feito tal comentário, sem ter tido contacto com os cuidados de saúde... Somos profissionais licenciados e pós-graduados, com conhecimentos cientificos mais que suficientes para desempenhar-mos o nosso trabalho. Mais ainda, somos os parceiros dos doentes, os que estamos lado a lado com eles e com os seus familiares, os unicos profissionais de saúde que permanecem 24h sobre 24h com os doentes.... Ao seu lado, ao seu dispôr e a pensar neles... Como é possivel alguém neste mundo tecer qualquer tipo de comentário prejurativo sobre o que não conhece minimanente e julgar o "todo" por um só? Acho que deve fazer uma reflexão, uma verdadeira introspecção sobre o que realmente pretende com isto. Se tem alguma coisa contra um Enfermeiro(a) por favor exprima-se com ele e não generalize as coisas. Todos temos erros na vida... E nós enfermeiros não somos diferentes... Calculo que também tenha erros na sua vida e este foi um deles.
Enf. Inês Coelho - Porto
Desde já devo salientar que não vou ser meiga... Nem vou estar com "palavras mansas", para quem começa logo por ser cobarde em não se identificar.
Sou ENFERMEIRA com muito orgulho.
Gosto muito do meu trabalho e dou todos os dias Graças a Deus por GANHAR DINHEIRO e FAZER o que mais amo nesta vida, coisa que não deve acontecer com o anônimo.... Tenho 9anos de experiência profissional, dos quais 8 anos com experiencia na área da Saude Mental e Psiquiatria.... Não vou descer ao seu nível, dizendo e desfazendo de quem não conheço, mas posso avaliar que é alguem que possa ter tido uma má experiencia ao nivel dos cuidados de saude ou, então, nunca precisou deles... Nem quero acreditar que tenha feito tal comentário, sem ter tido contacto com os cuidados de saúde... Somos profissionais licenciados e pós-graduados, com conhecimentos cientificos mais que suficientes para desempenhar-mos o nosso trabalho. Mais ainda, somos os parceiros dos doentes, os que estamos lado a lado com eles e com os seus familiares, os unicos profissionais de saúde que permanecem 24h sobre 24h com os doentes.... Ao seu lado, ao seu dispôr e a pensar neles... Como é possivel alguém neste mundo tecer qualquer tipo de comentário prejurativo sobre o que não conhece minimanente e julgar o "todo" por um só? Acho que deve fazer uma reflexão, uma verdadeira introspecção sobre o que realmente pretende com isto. Se tem alguma coisa contra um Enfermeiro(a) por favor exprima-se com ele e não generalize as coisas. Todos temos erros na vida... E nós enfermeiros não somos diferentes... Calculo que também tenha erros na sua vida e este foi um deles.
Enf. Inês Coelho - Porto
Só para responder ao "Sr." das 4:03 PM. Sou estudante do 12ºano e desde pequenino quero ser enfermeiro!!! É, sempre foi , e SEMPRE há-de ser o meu maior sonho. Ser enfermeiro é mais do que limpar rabinhos, do que andar para aqui e apara ali a ouvir os sr's doutores a dizer: enfermeiro vai limpar o vomitado do doente, vai aspirar o renho. A enfermagem é muito mais do que isto, ao contrário do que muita gente pensa e refere aqui. A enfermagem é uma ciência, é a arte do cuidar do enfermo, é aquele que está sempre ao lado do doente e que este pode desabafar, alguém com que o doente pode contar. Ora vejamos, quem está mais tempo com os doentes? é o médico ou o enfermeiro? Quem é que o doente chama quando precisa de alguma coisa, quando tem dor, quando está mal, ou até mesmo quando melhora? A resposta parece-me óbvia. A saúde, e a recuperação do doente é mais do que o acto de prescrever, é mais do que diagnosticar e vejam uma coisa, vários estudos feitos em países como os Estados Unidos e Espanha, a enfermagem foi considerada a 3º profissão mais prestigiada e valorizada pela população, isto claro, só acontece em sociedades onde as pessoas são cultas, modernas e inovadoras, mas como muitas pessoas em Portugal têm uma mentalidade da "Era da Pedra", atrasada e retrógade, onde existem muitos médicos de nariz empinado, egocêntricos que se acham superior aos enfermeiros e a outros profissionais de saúde e têm um especial gosto em rebaixar os enfermeiros, mas não se esquecem "Srs doutores da bata branca" que o facto de terem um papel de receita e uma caneta e escrever amoxicilina 500 mg de 12 em 12 horas, não é tudo na vida, e não os faz nem mais nem menos superiores a qualquer outro profissional de saúde ou de outras áreas. Espero que fique claro que, nem todas as pessoas, adolescentes e crianças sonham em ser médicos, cirurgiões, bombeiros, polícias, advogados ou engenheiros, existem muitas pessoas que também querem ser enfermeiros e nunca lhes passou pela cabeça ser médicos. Espero que tenha ficado esclarecido que os enfermeiros NÃO são aquela classe profissional de frustrados e coitadinhos que não tiveram médias para medicina e foram para enfermagem. Eu quero ser enfermeiro, desde pequenino e orgulho-me, e muito em dizer às pessoas que quero ser enfermeiro. Espero que esse tipo de comentários não se voltem a repetir, pois só iria significar que ainda existem médicos que se acham superiores a todos, egocêntricos, dogmáticos.
Henrique Martinho
Enviar um comentário
Henrique Martinho
<< Home