quinta-feira, setembro 29, 2011

Já falo disto... há anos!


Comments:
Entao TAE, farmacêuticos e AAM nao tem também as suas funções subaproveitadas??? Aí estes enfermeiros...
 
O que acho mais giro é que em termos de competências dos EEESMO, nunca foram falados nem defendidos veemente pela Ordem nem ninguém, pelo menos de forma visível e digna de ser notado... de repente, eu, Vitor Varela, Lúcia Leite e Germano Couto (ENFERMAGEM PRIMEIRO), juntamo-nos para fazer vencer uma petição que está entregue na AR e de repente, jornais falam das competências dos EEESMO, a Digníssima Bastonária dos Enfermeiros fala dos EEESMO, até a lista MUDAROE ja fala nos EEESMO na sua 8ª proposta (ainda por cima com erro pois a transposição da directiva europeia está feita... desde 2009).... De facto fico feliz de pertencer à locomotiva, e não estar num vagão ou carruagem!!!
Quanto ao anónimo de 8:05... o que tem a ver a notícia com as outras profissões? que mania é essa de se meter nos assuntos alheios?
 
Não desempenhamos todas as funções de que somos capazes por diversas razões (ex.: incompetência; escassez de recursos humanos e materiais; medicocentrismo) e ainda nos querem "dar" mais funções?!
 
Isto é areia para os olhos! Vão aumentar as competências em relação a horários aumentando a precaridade. A OE parece o vaticano. ou seja, mão de cheia dos padres seguindo governos autoritários .............. sempre a bajualr o governo que está, nunca ao lado dos enfermeiros, defendendo o tacho!
 
Isso é tudo uma forma de poupança! Fica mais barato pagar a um enfermeiro do que pagar a um médico para fazer um trabalho...
Sinceramente aceitava quando quisessem pagar para tal! Manter o salário e aumentar as competências! Isso assim é fácil!!!!
 
colegas,
estamos a ser ingénuos...esse senhor (Leal da Costa), se decidir fazer alguma coisa relativamente os enfermeiros não será a pensar na classe...isso vos garanto!

Outra coisa: Os colegas não têm competências suficientes...ou nãos têm trabalho que chegue nos vosso serviços? é que eu não tenho mãos a medir! vai uma ajudinha? Dava jeito...
 
Custa-me aceitar mais responsabilidades sem receber o justo pelo que já actualmente realizo.
 
Alargar competências é o corolário lógico de quem acompanha a evolução, mas não sou apologista de uma fuga para a frente, deixando o que é central nos cuidados de enfermagem à responsabilidade de outros.

Quer gostem, que não gostem, a presença do enfermeiro é necessária e faz toda a diferença ao nível dos cuidados directos ao doente, desde a ajuda na eliminação, à higiene, alimentação, mobilização, tudo. Os auxiliares colaboram, mas quem responde pelos cuidados prestados nessas áreas é o enfermeiro. Quando assim deixar de ser, passarão os outros a ser os verdadeiros enfermeiros e nós técnicos que colaboram no sentido de facilitar o trabalho de outros profissionais, leia-se médicos.

Defendo assim que se mantenha na esfera da responsabilidade do enfermeiro a primeira resposta ao nível mais básico no que respeita à satisfação das necessidades elementares do ser humano. Quem não gosta do trabalho que isso implica, escolheu a profissão errada (pode sempre ir para funções onde não toca nos doentes).

Quanto ao aproveitamento dos enfermeiros, acho muito bem que possamos ter a autonomia necessária para ajudar a agilizar os cuidados de saúde, sem termos que andar a dizer ao médico para prescrever tudo e mais um par de botas, ou andar a fazer trabalho de técnicos. É necessário é que essa autonomia seja acompanhada de competências e isso requer outra forma de estar na profissão. Os conhecimentos são adquiridos nos cursos e no interesse que cada um vai tendo no dia a dia; a transferência dos conhecimentos para a prática dos cuidados depende muito de cada um.
 
Num país com nítida tendência para a inversão da lógica das coisas , esta ampliação de competências pode ser presente envenenado... pode significar que os Enfermeiros, para além de prestarem cuidados de enfermagem,vão ampliar as suas competências, passando também a fazer trabalho administrativo, trabalho de auxiliar de acção médica ou trabalho de acessoria aos médicos, como por exemplo passar receitas médicas de medicação crónica no SAM para depois levar ao Sr. Dr. para este validar e assinar!
Temos de estar atentos, e não aceitar novas competências quando não vier agregada a necessária autonomia para as desempenhar; e, claro, a novas competênciastem que corresponder salário a condizer.. Caso contrário, muito obrigado mas não!
 
No site da ARS Algarve IP,passo a citar:

"Esclarecimento da ARS Algarve IP sobre Cuidados de Enfermagem nos Agrupamentos dos Centros de Saúde do Algarve

Face a notícias vindas a público que dão conta de declarações atribuídas a dirigentes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses acerca de necessidades em cuidados de enfermagem nos Agrupamentos dos Centros de Saúde do Algarve (ACES), entende o Conselho Directivo da ARS Algarve, IP proceder aos seguintes esclarecimentos:



1. Nos finais do ano de 2005 estavam em funções nos Centros de Saúde do Algarve 350 enfermeiros;



2. No ano de 2006, foram postos a concurso (interno geral) 27 vagas de enfermeiro especialista, sendo admitidos a concurso 5 candidatos e colocados 4 enfermeiros;



3. Em 2007, o Decreto - Lei n.º 276-A/2007 permitiu a celebração de contratos de trabalho a termo resolutivo certo, a título excepcional, para satisfação de necessidades urgentes de pessoal que possam comprometer a regular prestação de cuidados de saúde, os serviços e estabelecimentos que integram o Serviço Nacional de Saúde;



4. No ano de 2008, o Decreto - Lei n.º 28/2008, de 22 de Fevereiro, estabelece o enquadramento legal necessário à criação dos agrupamentos de centros de saúde do Serviço Nacional de Saúde, abreviadamente designados por ACES, e estabelece o seu regime de organização e funcionamento;



5. No final do ano de 2008, estavam em funções no Algarve 363 enfermeiros;



6. No ano de 2008, foram postos a concurso (interno acesso limitado) 18 vagas de enfermeiro especialista, sendo admitidos a concurso 18 candidatos e colocados 5 enfermeiros;



7. Em 2009, foram criados os Agrupamentos de Centros de Saúde do Algarve (ACES) através da Portaria n.º 272/2009, de 18 de Março, criando 447 postos de trabalho;



8. No final do ano de 2009, estavam em funções nos 3 ACES do Algarve 400 enfermeiros;



9. No ano de 2010, foi aberto procedimento concursal para ocupação de 22 postos de trabalho de enfermeiro nos ACES da região, sendo admitidos ao mesmo 125 enfermeiros e colocados 22 enfermeiros;



10. No ano de 2010, foi aberto procedimento concursal para ocupação de 99 vagas de enfermeiro, com objectivo de consolidar os postos de trabalho ocupados por enfermeiros contratados a contrato de trabalho a termo resolutivo certo, sendo admitidos a concurso 253 enfermeiros e colocados 99;



11. No ano de 2010, foi aberto procedimento concursal para ocupação 6 postos de enfermeiro, sendo admitidos a concurso 12 enfermeiros e colocados 5 (através deste procedimento foram regularizadas situações de mobilidade);



12. Em Setembro de 2011, estavam em funções nos 3 ACES do Algarve 431 enfermeiros;



13. No presente mês de Setembro, a ARS Algarve, IP, vai avançar com novo procedimento concursal para ocupação definitiva de 26 postos de trabalho. Para este procedimento concursal a ARS Algarve, IP, obteve parecer favorável de SEXA. Secretário de Estado e da Administração Pública para a admissão de candidaturas de trabalhadores de órgãos ou serviços das Administrações Regionais e Locais.



Conselho Directivo da ARS Algarve, IP



Faro, 2011-09-26"

Fim de citação. E ainda se queixam?
 
Sem ganhar mais..... no, thanks !
 
Parece-me que a cegueira da ENFERMAGEM é colectiva. Sempre preocupados com aquilo que ainda não é seu em detrimento daquilo que sempre foi seu e vai ser usurpado. Parece~me que a Enfermagem em primeiro lugar só se fôr a contar vindo do fim...

Continuem assim.
 
Caros amigos, apesar de falar sempre em Obstetrícia (que é a minha área), queria deixar claro que trabalhei anos no hospital num serviço de internamento vulgar : Cirurgia Vascular que, para quem não conhece, tem muito mais de medicina do que de cirurgia... Tem a parte cirúrgica mas a idade avançada, a debilidade/ independência enorme e as patologias asociadas dos doentes tornavam o nosso trabalho bem penoso. Logo tenho a noção do que é trabalhar num serviço "pesado".
Quando leio que colegas dizem que têm trabalho suficiente, tenho A CERTEZA ABSOLUTA que não têm mãos a medir diariamente... mas, como me refere sempre uma colega nossa minha amiga, chefe de serviço, será que competências melhor distribuidas pelos diversos profissionais é OBRIGTORIAMENTE mais trabalho? vejamos...
ela confronta-me com a seguinte situação: os seus enfermeiros, após a admissão andam muitas vezes atrás do médico porque ele "esqueceu-se" de passar esta ou aquela medicação que o doente toma diariamente em casa; a questão que ela lhes coloca é: o médico para o internar não fez uma anamnese? então não é suposto ele ter analisado a situação toda? o tempo que os colgas perdem atrás do médico para lhe dizer algo que ele OBRIGATORIAMENTE deve saber não é... desperdício de tempo? Não é nossa competência andar a corrigir erros médicos... ao invés, na alta ela confronta-se com a situação do doente ter alta sem que o enfermeiro tivesse tempo de lhe fazer alguns ensinos essenciais, que são da nossa inteira competÊncia e que ajuda a dar ainda mais visibilidade ao nosso trabaho... Paradoxal não? estou a falar de casos concretos que me contam mas que me faz relembrar o meu tempo de cirurgia vascular...
E depois, colegas... quantas e quantas vezes andamos horas atrás de um telefone para chamar o médico de urgência para lhe pedir a prescrição de umas análises simples , ou a prescriçãod e um analgésico... esse tempo seria todo POUPADO se em vez de perdermos tempo ao telefone ou PIOR, em vez de preencher cabeçalhos de requesições de análises, e pedir autorização para dar um analgésico, fôssemos autónomos nesses casos simples... ganhávamos agilidade... não era mais trabalho porque já o temos, e era ótimo porque ganharíamos tempo! essa é a minha opinião para os "cuidados gerais".
Para Obstetrícia também já me cairam em cima porque não somos aumentados, nem sequer existe especialista na nova carreira e procuro que mais competências sejam aplicáveis na prática... Eu respondo: carreiras e salários.... queridos amigos: SINDICATOS! eles é que são pagos para isso, não eu... quanto ao resto: alguém tem noção das HORAS que gasto atrás do médico de família atrás deste ou aquele exame que ele não passou correctamente? alguém tem a noção de quanta medicação eu sugiro-lhes para passar ou alterar? Eu tenho competÊncias para isso... porque perder tempo e "pedir autorização" para coisas que posso fazer, sem ter de ir como um cordeirinho atrás do sr. dr? o reconhecimento das minhas competÊncias não me traria realização profissional? não geraria eu melhor o meu tempo se fizesse as coisas sozinho? isso não tem valor nenhum?
Vou ser ousado e lançar uma última questão "polémica" evtualmente... sem me referir a NINGUÉM porque conheço quase ninguém neste mar de enfermeiros...será que muita gente não esconde atrás destas críticas O MEDO de assumir as competências que têm? É que muita gente é licenciada, quer ser pago como licenciado... mas gosta de ter responsabilidades abaixo de bacharéis...
ficam as questões em aberto...
 
Os sindicatos e a bastonaria da ordem, mais uma vez caladinhos que nem ratos!!!
vão eliminar os enfermeiros directores dos conselhos de administração e não dizem nada!!!
Mais uma machadada na Enfermagem...
por estas coisas tb urge mudar...
 
Mas porque razão os enfermeiros andam atras dos médicos pa estes passarem analises se quem decide se os doentes precisam de analises sao os médicos? Há coisas que nao percebo... A avaliação ou re-avaliação analítica é um método complementar de diagnostico e como tal é um método complementar para quem diagnostica, logo é uma decisão médica. E o mesmo para todos os outros exames complementares como raiox etc, nao basta pedir é preciso assumir o porque do pedido e o que se vai decidir em função dos resultados. E o mesmo para quando se prescrve, nao basta administrar a olhometro porque já se viu fazer isso n vezes, é preciso assumir todas as consequências desse acto, ter uma linha de raciocínio (medico) e alterar em função da evolução. No meu serviço os enfermeiros administram livremente alguns antipiréticos, antialgicos e antihipertensores e nao vejo problema nisso. Habitualmente relatam o facto, pois ate coisas "simples" como uma dor de cabeca que foi tamponada por um paracetamol pode descambar em algo grave. Cumprimentos.
 
Partilho da opinião e também das experiências do cyber.enf...
 
Não percebo porque censurou o meu comentário... Acha descabido dizer que o aumento das funções vai ser por os enfermeiros a fazer limpezas? Olhe que isso já acontece hoje nalguns sítios...
 
Excelent post o do «anónimo» das 5:32.

Muito bem
 
O que escrevo de seguida não está relacionado com este post, na uls da guarda querem fazer bolsa de horas, o que parece não se aplicar a todos os serviços! a equipa da vmer é paga pela uls , só pergunto porque paga a enfermeiros para lá estarem quando estão inoperacionais, será que é por alguns enfermeiros serem chefes!!!
Foi só um desabafo!!!
 
Colega das 8:50:

Estou totalmente de acordo com as ideias expostas.

Restantes colegas:

Pena é que muitos enfermeiros andem mais preocupados em lembrar aos doutores as análises que não foram pedidas, a medicação de ambulatório que não foi prescrita, o Rx, o dreno, a dieta, ...

... A atender telefones, preocupados com a limpeza do serviço, a colocar folhas de registos nos processos clínicos e a escrever no cabeçalho das folhas de enfermagem os diagnósticos médicos como se isso fosse o que orienta a prática dos enfermeiros, preocupados porque o doutor não consegue pôr a impressora a funcionar, a ver se veio a ceia do doutor tal que coitadinho...

...A aturar as más criações de determinado doutor porque "ele sempre foi assim, mas é bom médico", a esperar por uma hora mais verpertina para chamar o doutor e não o acordar a meio da noite, a empurrar os carrinhos de pensos porque o doutor "quer ver o penso", a ficar com a responsabilidade de entregar papéis de alta médicos com cartas e receitas ao doente porque o doutor está-se c.....o para a populaça, a esperar que o doutor se vá deitar para só depois esticar as pernas no cadeirão, a juntar as várias urgências do serviço para incomodar o doutor só uma vez e para ele dizer que pode administrar o captopril, pode administrar o paracetamol ou pode dar a dipirona, a corrigir as calinadas das prescrições médicas como ADO às 6h 14h e 22h, a pedir ao doutor para passar a dieta de mole para pastosa...

...A obedecer cegamente às ONR que são impostas pelos médicos e não são discutidas na equipa nem com a família nem jamais revistas até que o doente morra, a assistir ao desfile de vaidades das visitas médicas onde os doutores se pavoneiam com toda a sua sapiência, a obedecer a prescrições que atentam contra a saúde das pessoas como no tratamento de feridas, a pactuar com procedimentos errados como amputação de dedos na enfermaria ou realização de pensos a suturas abertas com elevado risco de infeção, a insistir em punções venosas periféricas sem qualquer viabilidade porque o doutor não lhe apetece (ou não sabe) colocar um catéter central, a manter doentes algaliados sem qualquer justificação mas porque o doutor acha que deve estar, a administrar soros ad eternum porque o doutor nunca mais olhou para aquele processo e já nem se lembra que o doente está lá...

Pena é que a população não conheça os bastidores da saúde, tal qual como as coisas são.

Pena é que a cultura instalada seja tão alimentada por estas pequenas coisas, uma impostas aos enfermeiros outras que são eles mesmos que procuram sarna para se coçar.

Colegas,

Sem colocar em risco a tranquilidade necessária ao desempenho da nossa profissão, façamos dos pequenos gestos do dia a dia um instrumento de luta contra o status quo. Com diplomacia e sendo sempre politicamente correctos, façamos uma greve de zelo a tarefas que não são da nossa responsabilidade, não acrescentam nada ao nosso papel junto do doente e procuram apenas facilitar a vida aos médicos e à máquina institucional.

Desmascaremos os bufos, os lambe botas, os bajuladores, os que escondem as suas insuficiências mostrando-se bons apenas perante quem tem o poder de dar sobre eles uma boa opinião e um lugarzinho no serviço tal e tal...

Aproveitemos a maré de mudança e desenvolvamos uma atitude elevada perante a escravidão em que se está a tornar o trabalho do enfermeiro.
 
Concordo plenamente, com a salvaguarda de 1 pormenor que não é referido: a ajuste salarial às funções que como todos nós sabemos desde há anos que não está ajustado!
 
Aumentar funções = diminuir valor do trabalho realizado, pura matemática
 
contributos
Tese doutoramento
Profissionalismo e competências dos professores de enfermagem
Maria de Guadalupe Mestrinho
http://repositorio.ul.pt/handle/10451/4227
 
então são os TAE que vão executar funções de enfermeiros, ou enfermeiros a executar funções de médicos.
que grande dilema!!!!
 
“"contributos
Tese doutoramento
Profissionalismo e competências dos professores de enfermagem
Maria de Guadalupe Mestrinho
http://repositorio.ul.pt/handle/10451/4227””

PFF! grande contribuição.. só faltava ter feito uma tese sobre a Ética dos cuidados de Enfermagem..
 
PARA O COMENTÁRIO DAS 05:00

EXCELENTE, É PENA QUE A ORDEM NÃO DIVULGUE ATRAVÉS DOS CANAIS DE COMUNICAÇÃO ESTA REALIDADE, E SÓ SE PREOCUPEM COM ELEIÇÕES E REVISTAS, ASSUMIR DE UMA VEZ POR TODAS O QUE SE PASSA NO TERRENO, MAS PARA ISSO É NECESSÁRIO TOMATES DE UMA ORDEM QUE NÃO PASSA DE UMA BRINCADEIRA.
 
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